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A aplicação do conteúdo ginástica nas aulas de 

Educação Física escolar no município de Araruna, PR

La aplicación del contenido gimnasia en las clases de Educación Física escolar en el municipio de Araruna, PR

 

*Pós-graduando do Programa de Pós-graduação em Educação Física Escolar

da Faculdade Integrado de Campo Mourão, PR

**Professora mestranda da Faculdade Integrado

de Campo Mourão–PR e orientadora do artigo

Lucas Augusto Alves Pereira*

Morgana Claudia da Silva**

lucasaugusto144@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          As aulas de Educação Física que contemplam o conteúdo de ginástica são ministradas, muitas vezes, por não sentirem uma aproximação com este conteúdo ele passa a ser ainda menos ensinado e conhecido por parte deles. Isso se deve ao fato de que muitos não tiveram vivências anteriores com ginástica, e por isso desconhecem o seu caráter pedagógico no processo de aprendizagem da atividade corporal. As aulas normalmente baseiam em aulas de cunho esportivo porque “os professores experimentaram por mais tempo, e provavelmente com mais intensidade, as experiências esportivas”. Assim, muitos professores não têm experiências com a ginástica e outros conteúdos e acabam priorizando somente os esportes coletivos contemplando os conteúdos referentes ao futebol, basquetebol, voleibol e handebol com os alunos, limitando-os, assim, de terem outras vivências. Este estudo buscou identificar a ocorrência de utilização do conteúdo ginástica pelos professores de Educação Física na Rede Pública Estadual do município de Araruna – PR. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo. Constituíram a amostra 6 professores, que responderam ao instrumento de pesquisa contendo 9 perguntas abertas. Os resultados obtidos mostraram que a ginástica escolar bem trabalhada e contextualizada pode vir a ser valorizada pela sua prática descobrindo novos caminhos, contribuindo na formação geral dos alunos, possibilitando a eles não só vivencias esportivas nas aulas de Educação Física, mas também outros conteúdos estruturantes como a Ginástica.

          Unitermos: Ginástica. Educação Física. Escola.

 

Abstract

          The vast majority realize that few teachers teach classes of physical education content, which includes a gym, often because they feel closer with this content it becomes even less known and taught by them. This is due to the fact that many had no previous experiences with exercise, and therefore unaware of the pedagogical nature of the learning process of body activity. Adds that the classes usually are based on lessons imprint sports because "the teachers experienced the longest, and probably with more intensity, the sport experiences. Thus, many teachers have no experience with gymnastics and other content, often working only with sports teams contemplating the contents related to football, basketball, volleyball and handball with the students by limiting them, so to have other experiences. This study sought to identify whether occurs using the contents gym teachers of physical education in state public schools in the city of Araruna - PR, so that the study used a qualitative and descriptive. As sample size is 6 teachers, who responded to the survey instrument containing 9 open questions. Thus, it was found that the results as gymnastics school and worked and context might be valued in their practice discovering new ways. Thereby facilitating the general education students, enabling them not only vivencias sports in physical education classes, but also other structural contents such as gymnastics.

          Keywords: Gymnastics. Physical Education. School.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Segundo Darido (2005) a Educação Física possui um vasto conteúdo formado pelas diversas manifestações corporais criadas pelo ser humano ao longo dos anos. São eles: jogos, brincadeiras, danças, esportes, ginásticas, lutas, e outros. Este conjunto de práticas tem sido chamado de cultura corporal de movimento, cultura corporal, cultura de movimento.

    Estes saberes precisam ser transmitidos pela escola, contudo, na prática diária, nem sempre são desenvolvidos de forma correta. Todavia, mais recentemente, observa-se o movimento de alguns docentes que demonstram maior preocupação com os novos rumos da Educação Física Escolar. Para tanto estão se atualizando e buscando construir propostas pedagógicas que considerem esse novo papel atribuído à Educação Física: a integração do aluno na esfera da cultura corporal de movimento. (BRASIL, 2000)

    Os professores de Educação Física, ainda influenciados, sobretudo pela concepção esportivista, continuam restringindo os conteúdos das aulas aos esportes mais tradicionais, como, por exemplo, basquete, vôlei e futebol. Em muitos casos também, estes conteúdos são distribuídos sem nenhuma sistematização e são apresentados de forma desordenada ou aleatória, ou seja, organizados ou seqüenciados sem critérios consistentes. Além disso, é muito comum a prática superficial destes conteúdos esportivos, sob a ótica do saber fazer ou da dimensão procedimental do conteúdo. Esse procedimento didático acaba ocasionando a falta de aprofundamento dos conteúdos dentro das dimensões conceituais e atitudinais, propostas para a Educação Física na escola, conforme Darido (2005).

    Considerando que o Brasil é um país muito extenso, e que apresenta inúmeras diferenças culturais, é importante ressaltar que a apresentação de um currículo, no qual esteja incluído um conjunto de princípios de sistematização, uma ordem lógica de conteúdos diversificados e aprofundados, traria diversos benefícios aos professores e alunos nas aulas de Educação Física. Deve-se pensar também a possibilidade de refletir sobre a própria prática; facilitar a transferência de alunos de uma escola para outra; melhor o planejamento das atividades; implementar de um maior número de conteúdos; melhorar as condições de aprendizagem. (BRASIL, 2000)

    Para Freire e Scaglia (2003, p. 30), alguns professores de Educação Física têm sistematizado, aprofundado e diversificado os conteúdos, conforme suas próprias experiências, erros e acertos. [...] “pois grande parte da produção teórica da Educação Física ainda não possibilitou a construção de princípios que pudessem nortear tal prática”.

    A ginástica é um exercício físico que existe há muito tempo, e já foi usada como dança e como forma de fortalecer militares, tendo diversas manifestações durante todo esse tempo, é o que afirma Souza (2008).

    A ginástica geral ou como é mais conhecida a “GG”1 é um conteúdo que se acredita ser essencial nas escolas. Atualmente poucos professores usam esse conteúdo em suas aulas, prevalecendo ainda em pleno século XXI os esportes. Deste modo, a inserção da ginástica geral enquanto conteúdo rico de elementos e de possibilidades de oferecer conhecimentos diferenciados, não deve ficar fora das aulas de Educação Física escolar.

    Perante estas constatações, o objetivo do presente estudo foi analisar como professores entendem a inserção pedagógica através da Ginástica como conteúdo da Educação Física escolar. Acredita-se que esta possibilidade se concretize por meio da Ginástica Geral (GG), a medida que tem como perspectiva a integração das diversas manifestações gímnicas e outros componentes da cultura corporal, sendo sua principal característica a ausência da competição.

    Participaram do estudo 06 professores de dois colégios estaduais do município de Araruna-PR, que ministram aulas de Educação Física na Educação Básica, nos níveis de Ensino Médio e Fundamental – séries finais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário contendo 9 perguntas abertas. O instrumento de pesquisa foi aplicado no período de hora atividade dos professores.

    A problemática central desta pesquisa consiste na seguinte questão: de que forma está sendo utilizado e entendido o conteúdo Ginástica Geral nas escolas, e como os professores contextualizam e de que forma trabalham este conteúdo. Para a análise das respostas optou-se pela categorização das respostas.

    Sabe-se que há muito tempo grande parte da sociedade enxerga as aulas de Educação Física caracterizando-a como um tempo de lazer, recreação, montagens de coreografias para festa junina, o famoso “rola bola”, entre outros. Esta disciplina também é vista como uma válvula de escape na qual os educandos terão um tempo para descanso e liberação de sua energia, não valorizando assim o conteúdo rico desta área.

    Desta forma, o presente estudo visou identificar se ocorre a utilização do conteúdo ginástica geral pelos professores de Educação Física na Rede Pública Estadual, do município de Araruna – PR.

Referencial teórico

    Para planejar as aulas com caráter pedagógico é necessário que os conteúdos tenham como base as dimensões conceituais (o que se deve saber sobre), procedimental (o que se deve saber fazer) e atitudinal (como se deve ser), descritas por Darido (2005).

    Pode-se dizer que os alunos, ao longo de sua trajetória escolar, aprendem diversos conteúdos, e na área se utiliza este termo quando se refere a:

    [...] conceitos, ideias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras, habilidades cognitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudos, de trabalho, de lazer e de convivência social, valores, convicções e atitudes. (DARIDO, 2005, p.65).

    Na visão da autora (2005), para que se trabalhe os conteúdos, é necessário que as três dimensões já mencionadas sejam aplicadas na escola de maneira não isolada, mas sim que estejam interligadas durante as aulas. É importante se ater a estas classificações, pois o objetivo educacional é fazer com que alguns conteúdos trabalhados nas aulas como o currículo oculto, apareçam de forma explícita nos programas de ensino.

    Bracht (1992, p. 66) diz que é preciso “superar a visão positivista de que o movimento é predominantemente um comportamento motor. O Movimento é humano, e o Homem é fundamentalmente um ser social”.

    A ideia central da maioria dos professores e técnicos, sempre foi de ensinar o aluno como jogar futebol explicando, por exemplo, os seus fundamentos, mas sem ampliar os conhecimentos do aluno referente ao futebol quanto ao seu histórico, curiosidades e valores éticos que através da prática corporal pode-se aprender.

    A reflexão sobre o que se deve ensinar nas aulas de Educação Física aponta como referência Freire (1998, p.8-9-10), que retrata, por exemplo, como ensinar uma aula de futebol. Suas informações são de grande valia para os conteúdos da Educação Física escolar, pois orientam os professores nas seguintes critérios: “1. Ensinar futebol a todos; 2. Ensinar futebol bem a todos; 3. Ensinar mais que futebol a todos; 4. Ensinar a gostar do esporte”.

    Com base nesses ensinamentos, com certeza o professor estará proporcionando uma prática corporal mais completa, trabalhando com os alunos todos seus aspectos: motor, cognitivo, social e afetivo, e conseqüentemente, baseando-se nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal.

    Também é necessário que toda a comunidade escolar; diretores, coordenadores e professores esteja disposta a cooperar e perceber que trabalhando essas questões com os alunos estarão proporcionado mais oportunidades e conhecimentos diversos, contribuindo para a formação humana dos alunos, para que sejam adultos mais felizes e completos, tenham saúde corporal e mental e respeitem o outro independente de etnia, habilidade ou nível social.

Ginástica Geral

    A Ginástica no contexto da Educação Física escolar foi historicamente construída a partir de determinados modelos, especialmente os das escolas ginásticas da Europa. O caráter esportivizado também foi uma característica marcante. No decorrer dos anos, a formação profissional em Educação Física enfatizou tais modelos, e conseqüentemente, grande parte dos professores, no âmbito da prática pedagógica escolar, ora apresenta a ginástica baseada nestes modelos ou opta pela sua ausência, perante a alegação de falta de equipamentos e/ou instalações adequadas, confundindo assim, as modalidades gímnicas competitivas (artística/olímpica, rítmica, dentre outras) com a ginástica em si, gerando desta forma, a elitização de tal prática. (COLETIVO DE AUTORES, 1992)

    A GG pode proporcionar, além do divertimento e da satisfação, provocada pela própria atividade; na medida em que busca o resgate do núcleo primordial da ginástica – o desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, e ainda a apreensão pelos alunos das inúmeras interpretações da ginástica e a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica. (AYOUB, 2003)

    As vivências no campo da GG têm a função de sociabilização, além de solidariedade e identificação social. Assim, pode-se considerá-las como elemento privilegiado no contexto educativo. Apresenta-se dotada de um caráter de autonomia e liberdade, o que favorece também o convívio em novos grupos, fazendo com que o indivíduo alargue as fronteiras do seu mundo e intensifique assim suas comunicações. Portanto, se for entendida e assumida como fenômeno social e historicamente produzido pelo homem, constitui-se como bem cultural, que deve ser apropriado pela população. Nesse sentido deve-se buscar o desenvolvimento de uma reflexão sobre suas contribuições no contexto da Educação Física escolar. (id)

    No que diz respeito à Educação Física na escola, o entendimento é de que a mesma constitui-se como prática pedagógica, que trata política e pedagogicamente dos temas da cultura corporal (jogo, dança, esporte, lutas, ginástica), visando apreender a expressão corporal como linguagem de acordo com os apontamentos do Coletivo de Autores (1992). Desta forma, pode contribuir para a formação de indivíduos críticos e criativos e intervir de forma significativa em sua realidade social.

    O século XIX representa um importante período para a compreensão das raízes da GG e da Educação Física. Entretanto, a Ginástica não é algo recente na sociedade. Segundo Rouyer (1977), sua denominação remonta aos agrupamentos desportivos gregos, como a arte de exercitar o corpo nu (em grego gymnos). Essa associação entre o exercício físico e a nudez, traz o sentido do despido, do simples, do livre, do limpo, do desprovido ou destituído de maldade, do imparcial, do neutro, do puro (AYOUB, 2003).

    Para Soares (2001), a partir do início do século XIX, que a Ginástica passou a ser considerada científica, fruto das distintas formas de se pensar os exercícios físicos em países da Europa, tais como: Alemanha, Suécia, França e Inglaterra – surgindo assim os métodos/escolas de ginástica ou Movimento Ginástico Europeu. Nesta perspectiva, buscou-se imprimir um caráter de utilidade aos exercícios físicos, nas quais foram negadas as práticas populares de artistas de rua, de circo, acrobatas, funâmbulos, que a apresentavam como espetáculo, trazendo o corpo como centro de entretenimento. Na concepção de Soares

    Como expressão da cultura, este movimento se constrói a partir das relações cotidianas, dos divertimentos e festas populares, dos espetáculos de rua, do circo, dos exercícios militares, bem como dos passatempos da aristocracia. Possui em seu interior princípios de ordem e de disciplina que podem ser potencializados. Para sua aceitação, porém, estes princípios de disciplina e ordem não são suficientes. Ao movimento ginástico é exigido o rompimento com seu núcleo primordial, cuja característica dominante se localiza no campo dos divertimentos. (2001, p. 18)

    Ainda, segundo Soares (2001, p.71), a Ginástica como “prática científica é constitutiva da mentalidade burguesa, destacando-se pelo seu caráter ordenativo, disciplinador e metódico, além do discurso de aquisição e preservação da saúde”. Ao longo do século XIX foram inúmeras as tentativas de estender sua prática à grande massa trabalhadora urbana, que para os interesses do capital, tornava-se cada vez mais numerosa e potencialmente perigosa.

    Para a autora é na aceitação gradual dos princípios de ordem e disciplina formulados pelo Movimento Ginástico Europeu, bem como do afastamento de seu núcleo primordial (o divertimento), que paulatinamente a Ginástica se afirma como parte da educação dos indivíduos, como prática capaz de potencializar a utilidade dos gestos e oferecer um espetáculo “controlado” e institucionalizado dos usos do corpo, em negação aos elementos cênicos, funambulescos e acrobáticos.

    No Brasil, os métodos ginásticos influenciaram sobremaneira a constituição da Educação Física e estiveram presentes nos discursos político, médico e pedagógico. Soares (2001) afirma que apesar das particularidades dos países de origem, as escolas de ginástica, geralmente, possuíam características semelhantes, como regeneração da raça, promoção da saúde (independente das condições de vida), desenvolvimento de vontade, força, coragem, energia de viver (para servir à pátria) e desenvolvimento da moral (intervenção nas tradições e costumes dos povos).

    Precursora da Educação Física, a Ginástica científica se afirmou ao longo do século XIX como síntese do pensamento científico no Ocidente europeu e integrante dos novos códigos de civilidade, o que vai justificar sua presença no currículo escolar. Como discorre Soares (2001, p.113) a ginástica é “herdeira de uma tradição científica e política que privilegia a ordem e a hierarquia desde sua denominação inicial de Ginástica, a hoje chamada Educação Física foi e é compreendida como um importante modelo de educação corporal que integra o discurso do poder”.

    É neste contexto que no século XIX, teve início o projeto de institucionalização da Educação Física no Brasil, ainda chamada Ginástica, como disciplina obrigatória nas escolas, em que os ideais eugênicos e higiênicos se faziam presentes na Educação.

    Cabia à Educação Física, vinculada à Educação Escolar, o papel de contribuir para a formação dos corpos eugênicos e higiênicos. Na prática, a Educação Física ressaltava por meio de seus conteúdos e metodologias os assuntos relacionados à formação da ordem, disciplina e moralização, fruto das concepções advindas dos métodos ginásticos europeus, estes por sua vez, ancorados nos preceitos e contextos de seus países de origem.

    Para Oliveira (1997), no contexto do projeto higienista e de eugenização da população brasileira, a Ginástica constituiu-se como elemento de extrema importância, na perspectiva de adestrar e alterar os corpos produzidos por quase três séculos de colonização.

    No que diz respeito à esportivização da Ginástica, tal processo tem sua gênese na Inglaterra. Segundo Soares (2001), diferente dos outros países da Europa, nos quais desenvolveram-se as principais escolas de ginástica – França, Alemanha e Suécia, a Inglaterra deu ênfase ao desenvolvimento do desporto.

    Para Rouyer (1977), isto foi devido ao grande desenvolvimento das forças produtivas neste país que conduziu mais depressa à transformação das relações sociais. Neste sentido, a riqueza e a liberdade das classes dirigentes permitiam-lhes o ócio marcado pela lei do dinheiro, em que se apostava em cavalos, depois em corredores a pé e, mais tarde, em semi-profissionais. O desporto constituiu-se então como atividade de ócio da aristocracia e da alta burguesia, além de meio de educação social de seus filhos, ao mesmo tempo tornava-se o trabalho de numerosos profissionais. Assim, a Inglaterra burguesa deu ao mundo o desporto moderno institucionalizado e com regras precisas.

    Desta forma, aliada à racionalização científica e às regras do esporte moderno, a Ginástica se transforma em um esporte de rendimento ao qual poucos têm acesso. Ou seja, as expressões gímnicas esportivizam se e a sociedade contemporânea herda a ginástica como prática elitizada, o que contribui paulatinamente para sua exclusão da escola.

Ginástica na Educação Física escolar

    A Europa atualmente é o principal centro de desenvolvimento e prática da GG. Segundo Souza (2008), este fato se confirma ao observar o grande número de clubes e praticantes. A crescente popularidade desta modalidade pelo mundo pode ser averiguada pelos festivais que são promovidos nos mais diversos países. Em alguns países é denominada apenas de Ginástica sem o complemento Geral, a exemplo da Dinamarca que tem na DGI (Associação Dinamarquesa de Ginástica e Esporte) sua maior expressão nesta modalidade, já que cerca de 30% da população é associada.

    É importante salientar que as outras modalidades de Ginástica são consideradas de competição, como a ginástica artística, a ginástica rítmica, dentre outras. A GG está orientada para as questões educacionais e do lazer, para a prática sem fins competitivos, privilegiando a demonstração.

    Conforme Souza (2008), os princípios que norteiam a GG privilegiam o estímulo à criatividade, ao bem-estar, à união entre as pessoas e o prazer pela sua prática. Sua riqueza está exatamente no princípio de privilegiar todas as formas de trabalho, estilos, tendências, influenciado por uma variedade de tradições, simbolismos e valores que cada cultura agrega.

    Poucos professores incluem o conteúdo da ginástica escolar, e a GG é ainda menos ensinada e conhecida por parte deles. Nista-Piccolo (1999) ressalta que isso se deve ao fato de que muitos não tiveram vivências anteriores com ginástica e por isso desconhecem o seu caráter pedagógico no processo de aprendizagem da atividade corporal.

    Não que estes conteúdos não devem ser ensinados, pelo contrário, mas é importante lembrar que a Educação Física deve ser ensinada de maneira pluralizada, ou seja, ela é constituída por jogos, esportes, lutas, ginásticas e dança. Dessa forma torna-se um campo muito rico para trabalhar e ampliar os conhecimentos necessários a formação de bons professores permitindo aos alunos acesso às diversas atividades corporais.

    Muitos professores aplicam atividades referente à ginástica no sentido de aquecimento/alongamento da musculatura no início e no fim da aula. As explicações por não trabalharem a modalidade ginástica além da dificuldade em ensinar os movimentos ginásticos, são decorrentes da ausência de conhecimento sobre o que é ginástica geral e desconhecem o caráter demonstrativo e pedagógico dessa modalidade.

    Outra explicação consiste na falta de interesse dos mesmos em aprofundar nesse conteúdo por acharem mais fácil ensinarem modalidades esportivas.

    Sabe-se que não é fácil mudar esses pensamentos de uma hora pra outra. Contudo é possível ensinar além dos esportes na escola, apesar de todas as dificuldades enfrentados pelos professores, entre elas a falta de materiais na escola, sendo preciso muitas vezes adaptar as aulas. Assim é preciso acreditar que pode haver mudança, tanto da parte dos professores de Educação Física, como também de toda comunidade escolar.

    Por isso ressalta-se a importância da Ginástica Geral na escola como uma proposta de ensino, por sua facilidade criadora, pois ela não exige materiais ou espaços específicos.

    Se a Educação Física é tão ampla em conteúdos a serem ensinados, por quê não trabalhar a ginástica geral, as lutas e a dança também? Através da organização de conteúdos, descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS), o professor planejará suas aulas de acordo com a série e faixa etária de seus alunos, podendo assim diversificar e abranger informações aos mesmos da maneira mais articulada possível. (BRASIL, 2000)

    Sendo assim, uma das funções do professor de Educação Física é a de proporcionar esses conhecimentos diversos aos alunos, onde cada conteúdo tem suas particularidades, mas todos com enfoque no desenvolvimento motor e psicológico dos alunos.

Análise e discussão dos dados

    Para a análise dos dados obtidos pelo formulário optou-se pela categorização das perguntas assim descritas abaixo.

    Em relação à formação acadêmica dos professores pesquisados, 5 deles são formados e 1 está em processo de formação acadêmica. A idade média dos professores é de 35 anos e, como experiência profissional variam de 1 a 10 anos.

Quadro 01. Referente ao conhecimento da Ginástica geral dos professores

Conhecimento de Ginástica

Percentagem

Conceituação e história

83%

Prática de atividades ginásticas

17%

    Percebe-se pelo do quadro que 83% dos professores conhecem a conceituação e a história da Ginástica e 17% possuem um conhecimento voltado somente para a prática de atividades ginásticas.

    Ayoub (2003, p. 30) diz que a ginástica nas aulas de Educação Física escolar está praticamente extinta, devido a uma série de fatores que dificultam o seu desenvolvimento, entre os quais a ausência de conhecimento do professor sobre esse tema. Sendo assim, é necessário buscar saídas para reverter esse processo, já que, como parte integrante do conjunto de conteúdos, caracteriza-se como um conhecimento de importância indiscutível e que não pode ser simplesmente abandonado na instituição escolar.

    A ginástica escolar deve oportunizar o conhecimento de movimentos que possam permitir a participação de todos de forma inclusiva e não seletiva. Tratada numa dimensão conceitual permite aos alunos compreenderem a evolução da ginástica, sua história, origem, conceitos e contextos, como também, podem aprender a relacionar os conhecimentos da ginástica, presentes em outras práticas da cultura corporal. Como processo de aquisição de novos movimentos e conhecimentos, de uma forma que permita a transformação e a recriação, na escola. Deve-se buscar como resultado uma performance possível, considerando a individualidade biológica de cada discente.

Quadro 02. Referente às turmas que os professores aplicam o conteúdo Ginástica

Respostas dos professores

Percentagem

Ensino Fundamental – Séries Finais

33%

Ensino Médio

17%

Ensino Fundamental e Médio

50%

    Em sua totalidade os professores trabalham a ginástica nas aulas de Educação Física, sendo que 33% trabalham com o Ensino Fundamental – Séries Finais; 50% no Ensino Fundamental e médio e 17% no Ensino Médio.

    De acordo com Kunz (2002), no Ensino Fundamental – Séries Finais o conteúdo ginástica deve contribuir para que o aluno conheça, experimente e discuta, criticamente, as implicações fisiológicas, históricas e culturais dessa prática, para que possa agir autonomamente em relação às suas vivências corporais. Nesse sentido, é importante que o ensino da ginástica permita a liberdade de agir e descobrir formas de movimento individualmente significativas; conhecer e interpretar o contexto objetivo em que se realizam as atividades e participar nas decisões e soluções apresentadas.

    Já no Ensino Médio a ginástica, não requer do aluno grandes habilidades como um desporto, por exemplo, sendo assim, demonstra-se bem aceita por eles nesta etapa. Nesta faixa etária a preocupação com o corpo também influencia muito na participação em aula. (BRASIL, 2000)

Quadro 03. Referente ao espaço físico disponível para aplicação do conteúdo Ginástica

Respostas dos professores

Percentagem

Quadra, pátio, espaço gramado e sala de aula

83%

Somente a quadra

17%

    Em relação ao quadro 03 relacionado ao espaço que os professores utilizam durante as aulas de ginástica em Educação Física, 83% dos professores usam a quadra, o pátio, o espaço gramado e a sala de aula e que 17% usa somente a quadra.

    Os 17% dos professores que responderam que usam somente a quadra, relataram que o colégio não possui um espaço adequado para a prática da ginástica. Analisando a presente resposta, percebe-se que o professor é limitado e só compreende que a quadra é o único local alternativo para a prática da ginástica escolar, revelando também a falta de aulas teóricas, que oferece ao aluno a base para uma prática consciente e não só uma reprodução de movimentos.

    Os outros 83% dos professores descreveram que utilizam a quadra, o pátio, o espaço gramado e a sala de aula para aplicar o conteúdo ginástica. Não havendo uma sala própria para ginástica geral a maioria dos professores entende que os espaços físicos disponíveis no colégio servem para a prática desse conteúdo.

Quadro 04. Referente aos materias utilizados nas aulas de Ginástica

Respostas dos professores

Percentagem

Arcos, colchonetes, bolas, fitas, cordas, TV Pendrive.

83%

Materiais alternativos

17%

    Através do quadro acima, verifica-se que 83% dos professores afirmaram usar materias como arcos, colchonetes, bolas, fitas, cordas, TV Pendrive e outros. Somente 17% deles utilizam-se de materiais alternativos nas aplicações da ginástica e suas aulas.

    Schiavon (2005) demonstra uma iniciativa pedagógica para a inclusão da ginástica geral na escola, que é a de construir materiais alternativos para as aulas de ginástica escolar, demonstrando que é “possível adaptar”, ou melhor, lembrando-os que “é possível”, a utilização desses materiais nas aulas desse conteúdo também. Sabendo da dificuldade da falta de materiais, de espaço e lugar para guardar os aparelhos, a autora nos mostra algumas possibilidades de como confeccionar estes aparelhos de ginástica, que já utilizou em muitas aulas e obteve o retorno esperado com os alunos.

     A utilização dos materiais tradicionais e não tradicionais, a partir do momento que são utilizados numa aula de Ginástica Escolar podem servir de meios auxiliares, estimulando o pensamento dos alunos. Nesse sentido, também pode favorecer no desenvolvimento, pois, a partir do que já conhece sobre determinado material, é possivel propor novos conhecimentos, visando alcançar a zona de desenvolvimento potencial por meio da brincadeira. Para complementar, o aluno, ao aproximar-se de conhecimentos relacionados à ginástica geral, e considerando o que ela já conhece sobre esta manifestação por meio da sua história de vida, e que compartilhados com o outro no seu ambiente cultural, no caso a escola, institui intervenções com o meio externo, possibilitando mudanças internas na sua história de vida. (BERTOLINI, 2005)

Quadro 05. Referente às dificuldades da aplicação da ginástica nas aulas de Educação Física

Dificuldade dos professores

Percentagem

Espaço físico adequado

17%

Desinteresse dos alunos

83%

    Para 17% dos professores a maior dificuldade para a aplicação do conteúdo ginástica esta na falta de espaço físico adequado, os outros 83 % dos docentes descreveram que há um grande desinteresse por parte dos alunos. É necessário que os alunos entendam que as aulas de Educação Física não são somente manifestações esportivas. Darido (2005, p. 74) afirma essa dificuldade também, pois as aulas normalmente possuem cunho esportivo porque “os professores experimentaram por mais tempo, e provavelmente com mais intensidade, as experiências esportivas”.

    Na Educação Física, poucos autores se posicionaram quanto à questão da sistematização dos conteúdos. Daolio (2002) é um deles, para o autor, é um equívoco imaginar que todas as escolas devam trabalhar com um mesmo currículo fechado e inflexível, desconsiderando o contexto no qual estão inseridas. Por isso o autor não concorda com a sistematização de conteúdos na Educação Física, nos mesmos moldes das outras disciplinas.

    Porém, Daolio (2002), defende a necessidade de planejamentos quando estes são tomados como referência, e não como verdade absoluta; atualizados constantemente, construídos e debatidos com os próprios alunos, relacionados com o projeto escolar, enfim, dinâmicos e mutantes, considerando os contextos onde serão aplicados,pois talvez estas dificuldades não estariam tão presentes. Já Kunz (2002) entende que a elaboração de um programa mínimo poderia resolver a bagunça interna dessa disciplina, um programa de conteúdos baseados na complexidade e com objetivos definidos para cada série de ensino. Esse programa traria opções para o professor que, por exemplo, implementa um mesmo conteúdo, com a mesma complexidade tanto para a 5ª série quanto para o ensino médio.

    O professor é, portanto, responsável por debater, refletir e contextualizar o documento que sistematiza os conteúdos, de acordo com as necessidades de sua escola. A proposta parece ser polêmica, já que o documento pode deixar de ser um instrumento de referência e passar a assumir o papel do próprio professor, se este apenas o reproduzir.

Quadro 06. Referente á vivência da ginástica do professor

Vivência dos professores

Percentagem

Na Escola e na Faculdade

66%

Em eventos

17%

Nunca experimentou

17%

    É possível verificar que 17% dos professores afirmaram não ter vivência alguma na ginástica, já 66% dos professores descreveram ter vivenciado na faculdade, na escola e somente 17% já vivenciaram a ginástica em eventos. Estes dados são convergentes com as idéias de Nista-Piccolo (1999) quando afirma que muitos professores não tiveram experiências anteriores com ginástica e não conseguem enxergá-la com caráter pedagógico, possível de ser realizada na escola. Nem todos ministram aulas de ginástica escolar, e a GG é ainda menos ensinada e conhecida por parte deles. Para que as aulas sejam vivenciadas e promova a inclusão de todos, é muito importante que o professor (a) lembre-se de “abrir mão da busca e formação de um talento no meio de vários alunos, pela busca do talento que cada um tem” (BERTOLINI, 2005, p. 26).

    É preciso explorar o talento de cada aluno, individualmente, percebendo-o, elogiando-o, motivando-o, e assim fazer com que os alunos integrem-se, troquem informações, ampliando seus conhecimentos promovendo a cooperação e a participação de todos.

    Quanto a questão que trata da importância de se trabalhar com o conteúdo de ginástica em suas aulas, 100% dos professores apontam que os alunos devem vivenciar todas as manifestações que fazem parte dos conteúdos da disciplina para contribuir, modificar e enriquecer sua formação como indivíduo. Oliveira e Lourdes (2004, p. 221) afirmam que a Ginástica é uma possibilidade de encontro com a Educação Física escolar, na medida em que esta tem como perspectiva “a integração das diversas manifestações gímnicas e os outros componentes da cultura corporal, sendo sua principal característica a ausência da competição”.

    A Ginástica é um conhecimento a ser vivenciado no âmbito escolar, pois pertence ao conteúdo Ginástica, devendo ser desenvolvido na escola. Entretanto, representa um desafio, pois ainda é um conteúdo pouco utilizado nas escolas, mas que vem sendo difundindo e ganhando mais espaço através de pesquisas de profissionais da área e elaboração de projetos.

    O ambiente escolar é um espaço essencial para troca a de conhecimentos entre alunos e professores, isso quando bem aproveitado por ambos. Por meio dos conteúdos pode-se aproveitar os momentos preciosos das aulas de Educação Física, em que a prática docente poderá trazer ao ambiente escolar, benefícios diversos devido aos seus aspetos. (SANTOS, 2001)

    Em relação à importância das aulas de Educação Física para os professores, foram consideradas de muita relevância para todos os segmentos e o valor desta foi atribuídas ao fato de a mesma promover o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, a vida saudável, o espírito de equipe, a distração, o relaxamento e a prática de esportes.

    Sendo assim, verificou-se que todos os professores consideram importante as aulas de Educação Física, merecendo destaque uma das falas de um dos professores, que a entende “como uma contribuição dada pela mesma na formação do indivíduo nos aspectos psicológico, social, emocional, comportamental e cultural”, evidenciando assim sua importância. Fica claro que os professores que responderam o questionário optam por uma formação geral do indivíduo, no que diz respeito aos aspectos psicológico, social, emocional, comportamental e cultural.

    Já a outra metade dos professores atribui esta importância à possibilidade de o aluno se desenvolver fisicamente e mentalmente, sendo que esta importância foi atribuída ao fato de a mesma promover o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, a vida saudável, o espírito de equipe, a distração, o relaxamento e a prática de esportes.

    Para Vygotsky (1994), os alunos, nas aulas de Educação Física participam das diversas experiências corporais pelas quais são provocados. Ao serem ajudados por professores e colegas, acabam por descobrir novos modelos. As relações entre os colegas provocam o simbolismo e a necessidade de comunicação nos participantes. “Se a aquisição dos processos mentais superiores se dá através do meio e as experiências lúdicas são provocadoras naturais de novas zonas proximais”, então a Educação Física, que se utiliza do movimento como ferramenta pedagógica é um ambiente propício para a ampliação das aprendizagens. (ibid, p. 91)

    Pode-se caracterizar esta importância mencionada por eles considerando-se que aprender a levar a atividade física como um comportamento pessoal para o resto da vida, significa compreender que isso só é possível mediante experiências satisfatórias com exercícios físicos e os jogos.

Considerações finais

    Após as análises realizadas é possível identificar que os professores que fizeram parte da pesquisa possuem um bom conhecimento sobre o conteúdo da Ginástica Geral, possibilitando, a partir de sua utilização, um bom ensino aos alunos. Contudo identificou-se que este conteúdo não é bem utilizado pelos mesmos. Foi possível reconhecer também que as dificuldades apontadas pelos professores para utilizar e/ou aplicar o conteúdo da ginástica geral se dá principalmente, segundo os professores, pela falta de entendimento e/ou conscientização por parte dos alunos de que as aulas de Educação Física não são somente manifestações esportivas.

    Em relação à importância da Ginástica Geral para o âmbito escolar, os professores apontaram que todos os alunos devem vivenciar todas as manifestações que fazem parte dos conteúdos estruturantes da disciplina como a GG, para contribuir, modificar e enriquecer sua formação enquanto indivíduo. A experiência dos professores em Ginástica Geral se deu por meio da faculdade, na escola e até em eventos de Ginástica Geral, assegurando uma boa vivência para a aplicação das aulas práticas.

    Enfim, diante do exposto no trabalho, todos os professores aplicam a GG em suas aulas. Assim, quando esse conteúdo é bem trabalhado e contextualizado, passa a ser valorizado na sua prática indicando novos caminhos. Desse modo facilitam na formação geral dos alunos, possibilitando a eles não só vivências esportivas nas aulas de Educação Física, mas também outros conteúdos estruturantes como a Ginástica.

Notas

1.     GG: toda vez que aparecer esta sigla no trabalho vai se referir a Ginástica Geral.

Referências

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