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Atividade física e exercício físico e os efeitos 

profiláticos nas doenças cardiovasculares

La actividad física y el ejercicio y los efectos profilácticos sobre las enfermedades cardiovasculares

 

Graduado em Educação Física pela

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Pós-graduado Lato Sensu em Fisiologia do Exercício pela

Universidade Gama Filho (UGF)

James Fernandes de Medeiros

jamesprof@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo apresenta uma investigação sobre as medidas profiláticas diante da prevenção e tratamento de ocorrências de doenças cardiovasculares utilizando-se como intervenção não medicamentosa a prática habitual de atividades físicas. A ênfase nas doenças cardiovasculares se justifica pelo fato delas serem a maior causa de morbimortalidade que aflige a população mundial, especialmente em países desenvolvidos. O objetivo deste trabalho é analisar o efeito da atividade física e do exercício físico na prevenção de doenças cardiovasculares e provocar reflexões sobre o assunto e motivar novos estudiosos a continuarem o debate em questão. O estudo permitiu contemplar a importância da prática regular de atividades e exercícios físicos no contexto da adesão de um estilo de vida saudável por meio de sua prática incluída no cotidiano da população. Adotando-as na profilaxia e no tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas, incluindo aspectos de ordem benéfica e protetora ao sistema cardiorrespiratório. A pesquisa utilizou de uma abordagem qualitativa para alcançar seus objetivos cujo instrumento de pesquisa foi adotado como procedimento metodológico o levantamento bibliográfico. Assim, a prática regular de atividade física é considerada um relevante componente de um estilo de vida saudável. Tanto o exercício de resistência aeróbia quanto o treinamento resistido podem ser adotados como medida preventiva e melhoria da saúde das pessoas, pois o exercício físico praticado regularmente é uma intervenção não medicamentosa eficiente na proteção fisiológica contra as doenças coronarianas.

          Unitermos: Sedentarismo. Atividade física. Doenças cardiovasculares. Saúde.

 

Resumen

          Este trabajo presenta una investigación sobre las medidas profilácticas para la prevención y tratamiento de la aparición de la enfermedad cardiovascular mediante la intervención no farmacológica como la práctica de actividades físicas. El énfasis en las enfermedades cardiovasculares se justifica por el hecho de que son una causa importante de morbilidad y mortalidad que afecta a la población mundial, especialmente en los países desarrollados. El objetivo de este estudio es analizar el efecto de la actividad física y el ejercicio en la prevención de enfermedades cardiovasculares y promover ideas sobre el tema y motivar a los estudiantes para poder continuar el debate en cuestión. El estudio nos permitió contemplar la importancia de la actividad física regular y el ejercicio en el contexto de la adhesión de un estilo de vida saludable a través de su práctica incluida diariamente en la población. La adopción de la profilaxis y el tratamiento de las enfermedades cardiovasculares y las enfermedades crónicas, incluidos los aspectos que benefician y protegen el sistema cardiorrespiratorio. La investigación utilizó un enfoque cualitativo para alcanzar sus metas. Fue adoptado como instrumento de indagación una encuesta, como procedimiento metodológico. Así, la actividad física regular se considera un componente importante de un estilo de vida saludable. Tanto el ejercicio aeróbico de resistencia en el entrenamiento de resistencia puede ser adoptado como una medida preventiva y mejorar la salud de las personas. El ejercicio físico es una intervención efectiva, sin uso de sustancias en la protección fisiológica contra la enfermedad cardíaca coronaria.

          Palabras clave: Sedentarismo. Actividad física. Enfermedades cardiovasculares. Salud.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    As doenças cardiovasculares (DCV) provocam anualmente 12 milhões de mortes em todo o globo. Consoante a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas doenças são as principais causas de óbitos na Europa, registrando-se mais de 50% do total de mortes em indivíduos com idade superior a 65 anos. Nos Estados Unidos, mais de 59 milhões de pessoas – uma em cada cinco – apresentam alguma forma de doença cardiovascular. Apesar de a taxa de mortalidade por (DCV) nos Estados Unidos ter regredido em quase 19% entre os anos de 1987 e 1997, o atual número de mortes diminuiu em apenas 2,1% neste período (AHA apud HEYWARD, 2004). No Brasil, deste 1963, as DCV são as causas de mortalidades que superam todas as outras enfermidades, sendo-se a elas hodiernamente por 27% dos óbitos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2004). Estima-se que 300 mil indivíduos anualmente venham a óbito por doenças (DCV), a maioria delas é afligida, sobretudo, pelo infarto do miocárdio (NAHAS, 2001; CARVALHO, 2001).

    A doença cardiovascular permanece como a maior causa de morte em todo o mundo. O gráfico a seguir apresenta as principais causas de óbitos ocorridos nos países desenvolvidos no ano de 1992, conforme ROBERGS E ROBERTS (2002).

Conceituação e aspectos fisiológicos da DCV

    A doença artéria coronariana ou aterosclerose coronariana é caracterizada pelo estreitamento dos vasos que suprem o coração em face ao espessamento da camada interna da artéria oriundo do acúmulo de placas (ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2000). Conforme POLLOCK; WILMORE (1993), essa enfermidade ganhou destaque a partir da Revolução Industrial e mudança de uma sociedade predominantemente urbana em detrimento da rural. A sociedade urbana contemporaneamente está acostumada com o conforto, imbricado com elevados índices de sedentarismo. O advento tecnológico gera situações indesejadas frente ao comodismo – dispensa boa parte dos trabalhos físicos - que aflige toda a sociedade contemporânea a torna dia-a-dia mais inativa fisicamente. Para MELLOROWICZ; MELLER (1984), o sedentarismo é capaz de atrofiar os órgãos por inatividade muscular, diminuir o rendimento e torná-los mais vulneráveis às doenças.


Inatividade física e conseqüências na saúde

    O corpo humano é planejado para movimentos e atividades, inclusive de nível extenuante, todavia a atividade física de intensidade leve e moderada faça parte do estilo de vida padrão. Não se pode esperar que o organismo humano tenha funcionamento ótimo e permaneça saudável por longos períodos se ele não for adequadamente utilizado. Assim, a inatividade física levou ao incremento - ao longo dos anos – de doenças crônicas, visto que pessoas sedentárias apresentam maior chance de desenvolver enfermidades crônicas como cardiopatia coronariana, hipercolesterolemia, câncer, obesidade, distúrbios musculoesqueléticos (HEYWARD, 2004). Consoante a AMERICAN HEART ASSOCIATION apud ESPEJO; GARCÍA (2008), a inatividade física é tida como o maior fator de risco de desenvolver problemas coronarianos cuja causa mais comum de lesão é denominada de aterosclerose coronária obstrutiva – responsável por 40 mil mortes anuais na Espanha, representando 11% de todas as mortes. Conforme ROBERGS E ROBERTS (2002), é imputada a inatividade física como uma grande contribuição na formação do processo aterosclerótico.

Atividade física e exercício físico na profilaxia de DCV

    A medicina preventiva e a área da saúde pública têm focado sua atenção para os fatores de risco modificáveis capazes de favorecer o desenvolvimento de doença arterial coronariana. Dentre eles pode-se elencar a hipertensão, hipercolesterolemia, tabagismo, obesidade e sedentarismo (NAHAS, 2001). Quando o indivíduo torna-se fisicamente ativo, boa parte desses eventuais problemas de saúde podem ser atenuados, para melhorar a fisiologia humana é necessário movimento diário do corpo, ou seja, ativá-lo por meio da atividade física.

    A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto de energia. O exercício físico é conceituado como sendo um subconjunto da atividade física de modo planejado, estruturado e repetitivo cujo efeito é de manter ou melhorar um ou mais componentes da aptidão física (capacidade de realizar atividade física) PATE et al. (1995). Desde a década de 1960, estudos têm demonstrado associação inversa da atividade física e aptidão cardiorrespiratória com a ocorrência das enfermidades cardíacas (NAHAS, 2001). Segundo BERLIN; COLDITZ apud FUNCH, MOREIRA; RIBEIRO (2007), a atividade física regular está associada com inúmeros benefícios à saúde, incluindo a redução da incidência de doenças cardiovasculares, como as oriundas de aterosclerose coronariana e cerebrovascular.

    Para HEYWARD (2004), a prática de atividade física regular constitui a melhor intervenção contra o desenvolvimento de várias doenças, distúrbios e indisposições, isto é, tem efeitos na prevenção de doenças, mortes prematuras e manutenção de uma melhor qualidade de vida. Consoante PATE et al. (1995), a atividade física reduz o risco de desenvolver doenças coronárias por uma série de respostas fisiológicas e metabólicas, a saber: aumento do colesterol de lipoproteína de baixa densidade, redução do triglicérides séricos, atenuação da pressão arterial, redução do risco de trombose aguda, aumento da sensibilidade à insulina e redução da sensibilidade do miocárdio aos efeitos das catecolaminas, reduzindo desta forma o risco de arritmias ventriculares.

    Conforme as informações supracitadas, a atividade física ou o exercício físico apazigua as chances de ocorrência de uma série de problemas de saúde, inclusive o risco de ter um ataque cardíaco. Para FOSS; KETEYIAN (2000), as possíveis respostas biológicas pelas quais a atividade física promove atenuação das taxas de mortalidades cardiovasculares incluem as seguintes:

  • maior estabilidade elétrica do miocárdio (menores concentrações de catecolaminas em repouso e durante o exercício, maior limiar de fibrilação ventricular);

  • menor trabalho do miocárdio e demanda do oxigênio (menor frequência cardíaca e pressão arterial em repouso e durante o exercício);

  • melhor função do miocárdio (maior contratilidade miocárdica);

  • suprimento de oxigênio ao músculo cardíaco mantido (progressão retardada da aterosclerose em virtude da menor adiposidade e dos maiores níveis de colesterol lipoprotéico de alta densidade).

Exercício físico aeróbio e DCV

    Ao longo dos anos do século passado, os exercícios aeróbios foram os mais estudados (caminhada, corrida, ciclismo, natação, dentre outros). Hodiernamente os exercícios - atividades de longa duração que utilizam predominantemente a via metabólica aeróbia - continuam sendo maioria absoluta no número de pesquisas publicadas pela comunidade científica no Brasil e no mundo. Desta forma, existem também inúmeros trabalhos acadêmicos cujos estudos voltaram suas aplicações aos exercícios aeróbios na profilaxia e no tratamento das várias enfermidades que acometem o sistema cardiovascular no organismo humano.

    Para FRONTERA; DAWSON; SLOVIK (2001); ROBERTS; ROBERGS (2002), o exercício físico tem papel importante na prevenção primária das doenças cardíacas. Sobre essa função, foram disponibilizadas novas informações referentes aos efeitos do exercício sobre os fatores de risco, morbidade e mortalidade causas doenças do coração que inclui o papel do exercício da prevenção secundária (SMITH apud FRONTERA; DAWSON; SLOVIK, 2001). Para ROBERGS E ROBERTS (2002), todos os principais fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardíacas – hipertensão, tabagismo, colesterol elevado – são afetados de modo positivo pelo exercício físico.

    De acordo com ESPEJO E GARCÍA (2008), a realização habitual de atividade aeróbia deve ser uma parte essencial do tratamento de problemas coronários, pois ajuda a dilatar as artérias coronarianas. Ainda segundo esses autores, outra causa de morte, embora em menor proporção, é a morte súbita que aflige comumente adultos jovens e saudáveis praticantes de atividades desportivas. Assim, nem mesmo os indivíduos aparentemente saudáveis estão isentos de ataques cardíacos inesperados.

    “Treinamento aeróbio influencia mais no desenvolvimento VO2 máx. estando associado a variáveis cardiopulmonares e sendo mais efetivo na melhora de fatores de risco associados ao desenvolvimento de distúrbios de coronárias” (SIMÃO, 2009).

    Consoante NAHAS (2001), os exercícios físicos praticados regularmente têm importância marcante na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares degenerativas, tendo efeito direto e independente, contribuindo no controle do colesterol, da pressão arterial e da obesidade. Ao longo das décadas, cada vez mais, confirma-se cientificamente a importância da adoção da prática regular de exercícios físicos como meio efetivo na melhoria do sistema cardiorrespiratório e na prevenção de doenças cardiovasculares.

    Para Leite (2000), o consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo) é conceituado como sendo a capacidade de o organismo inspirar, transportar, absorver e metabolizar o oxigênio. VO2 máximo é melhorado, sobretudo com a prática regular de exercícios aeróbios que tem sido considerado o melhor indicador de como o sistema cardiovascular está capacitado a responder ao aumento de demanda de oxigênio acima do metabolismo basal. Segundo LAURENTINO E PELLEGRINOTTI (2003), o VO2 máximo é um dos componentes da aptidão física geral.

Exercício de força muscular e DCV

    Inicialmente o treinamento de força muscular ou treinamento resistido foi empregado para desenvolver a força dos músculos esqueléticos e hipertrofiá-los. Em princípio, a prática do treinamento resistido foi mais utilizada em meio às atividades desportivas a fim de melhorar os resultados atléticos. Com o passar dos anos, foram verificada outras vertentes de aplicabilidade do treinamento de força, a saber: esporte de alto rendimento, treinamento de culturistas, melhoria da saúde e reabilitação. Desta forma, o treinamento de força é recomendado hoje para a prevenção e tratamento de inúmeras enfermidades, dentre as quais as doenças cardiovasculares (FLECK; KRAEMER, 2006; SIMÃO, 2009).

    Nos programas de reabilitação cardíaca os exercícios de força muscular são parte integrante na prescrição. Pacientes portadores de cardiopatias podem obter benefícios relevantes ao serem submetidos a um programa de exercícios resistidos. De acordo com

    SIMÃO (2009), o Colégio Americano de Medicina do Esporte foi a primeira instituição científica a reconhecer e recomendar o treinamento de força como componente significativo em programas de aptidão atlética e saúde de adultos de todas as faixas etárias.

    O treinamento de força eleva a resistência muscular com discreto incremento no consumo máximo de oxigênio – preditor da capacidade cardiorrespiratória geral e da aptidão física. De acordo com KATCH; MCARDLE apud LAURENTINO E PELLEGRINOTTI (2003), no programa de treinamento resistido com a finalidade de aumentar a resistência muscular e hipertrofia foi demonstrada elevação de 4% a 10% nos valores do consumo máximo de oxigênio. Esse tipo de treino inserido dos programas de reabilitação cardíaca de modo a complementar o programa, pode atuar efetivamente gerando benefícios de ordem profilática de várias condições clínicas crônicas, a saber: osteoporose, obesidade, diabetes mellitus, dentre outras.

    Os indivíduos pretendentes a participarem de um programa de exercícios (aeróbios e anaeróbios) - sobretudo os cardíacos - podem previamente serem submetidos a uma avaliação médica, por meio da qual será emitido um parecer sobre o atual estado de saúde do paciente. Informações estas que serviram de base na análise frente às principais tomadas de decisão na prescrição dos exercícios físicos. Os cardíacos ao se exercitar devem ser constantemente acompanhados pelos profissionais do centro de reabilitação. O controle da pressão arterial e da frequência cardíaca durante as sessões é extremamente importante para proporcionar mais segurança aos pacientes.

Prescrição e benefícios da atividade física e exercício físico na profilaxia das DCV

    As doenças cardiovasculares são as maiores causas de morte da população em escala mundial. Preveni-las se torna uma preocupação emergencial no âmbito do setor de saúde. Adotar medidas preventivas – por meio de um estilo de vida saudável – como: controle da pressão arterial, da massa corporal, do estresse excessivo e da prática habitual de atividade física, certamente melhora padrão de saúde e previne contra doenças. Os cientistas do exercício e profissionais de saúde afirmam que a atividade física regular constitui a melhor defesa contra o desenvolvimento de inúmeras enfermidades, distúrbios e indisposições. Desta feita, a atividade física é importante na profilaxia de doenças e óbitos prematuros (HEYWARD, 2004).

    A prática regular de atividade física é considerada um relevante componente de um estilo de vida saudável, que promove um funcionamento mais eficiente dos sistemas orgânicos, especialmente no cardiorrepiratório. Essa prática é capaz de minimizar os riscos de desenvolvimento das doenças cardiovasculares (NAHAS, 2001). A atividade física – salutar para a saúde – proporciona inúmeros benefícios à saúde das pessoas. Estudos realizados por meio de investigações epidemiológicas demonstram efeitos protetores gerados pela prática de atividade física habitual, incluindo as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes insulino não dependente, osteoporose, câncer de cólon, ansiedade e depressão (PATE et al., 1995).

    Os pesquisadores sugerem que os exercícios físicos devam ser realizados três ou mais vezes por semana com duração de cerca de 30 minutos diários, de modo intermitente ou contínuo cuja intensidade gire em torno de 3 a 6 equivalentes metabólicos (METS). A intensidade é estabelecida entre 60% a 90% da frequência cardíaca máxima ou 50% a 85% do consumo máximo de oxigênio. Atividades essas suficientes para consumir aproximadamente 200 kilocalorias diárias.

    O exercício físico é aceito como agente preventivo e terapêutico de diversas moléstias, inclusive diante das cardiovasculares (LEE E PAFFEMBARGER, 1998; BERLIN E COLDITZ, 1990). Este age na profilaxia e no tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas, imputando-se aspectos de ordem benéfica e protetora (KRINSKI, ELISANGEDY, GORLA, CALEGARI, 2006). Consoante POLLOCK et al. (2000), tanto os exercícios de resistência aeróbia quanto os exercícios resistidos podem promover benefícios significativos nas aptidões físicas relacionados à saúde (resistência aeróbia, força e resistência muscular), favorecendo melhorias na função cardiovascular, metabólica, fatores de risco coronarianos e psicossociais.

Considerações finais

    A prática habitual de atividades e exercícios é considerada medida não medicamentosa capaz de evitar problemas mais severos de saúde, pois atua no organismo como fator benéfico e protetor contra diversas enfermidades, como: hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes millitus, obesidade e especialmente as doenças cardiovasculares. Estas são as maiores causas de óbitos nas últimas décadas em todo o globo. Enquanto o sedentarismo pode dobrar o risco de ser acometido por alguma ocorrência cardiovascular grave - de modo independente -, a atividade física cotidiana realizada ao menos três vezes semanais e de intensidade moderada pode favorecer melhorias na saúde e na qualidade de vida da população em geral. Os ganhos advindos desta prática podem ser obtidos tanto pela realização dos exercícios de resistência cardiorrespirtória quanto do exercício de força. Ambos devem ser componentes indispensáveis na elaboração de um programa de condicionamento, que vise melhoria do desempenho e aptidões físicas relacionadas à saúde.

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