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Alterações das capacidades biomotoras em futebolistas profissionais:

considerações relacionadas às diferentes posições de jogo

Los cambios en las capacidades físicas en futbolistas profesionales: 

consideraciones relacionadas con las diferentes posiciones de juego

 

*Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP)

Mestrado em Educação Física (DEF), Piracicaba (SP)

**Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), Limeira (SP)

(Brasil)

Tiago Volpi Braz*

Rodrigo Dias*

Pâmela Gonelli*

Leandro Mateus Pagoto Spigolon*

João Paulo Borin**

tiagovolpi@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo teve como objetivo analisar as alterações das capacidades biomotoras em futebolistas profissionais, considerando as diferentes posições de jogo. Foram analisados 29 futebolistas profissionais, divididos pela posição de jogo (3 Goleiros, 5 Zagueiros, 5 Laterais, 7 Volantes, 4 Meias e 5 Atacantes), média de 25,02 ± 4,52 anos, peso 74,83 ± 5,35 kg, estatura 179,14 ± 6,3 cm. Para análise da potência anaeróbia foi utilizado o Running-based Anaerobic Sprint Test (RAST), para força explosiva foi utilizado o salto vertical com contra-movimento, a velocidade foi medida por meio do teste de corrida de 40 m e a potência aeróbica foi avaliada através do teste yo-yo endurance nível 2. Foram submetidos a dois períodos de avaliações, inicio do período preparatório (M1) e após 6 semanas de treinamento (M2). Os dados foram tratados no software Microsoft Excel 2007, a partir de procedimentos descritivos, com medidas de tendência central (média e desvio padrão) e delta percentual (Δ%). Conclui-se que as posições de jogo entre os futebolistas se diferenciam para a média dos resultados das capacidades biomotoras analisadas. As alterações destas capacidades biomotoras quanto aos seus valores médios, durante as 6 semanas de treinamento, também se diferenciam entre as posições.

          Unitermos: Futebol. Treinamento desportivo. Posições de jogo.

 

Abstract

          This study aimed to analyze changes in physical capacities in professional soccer players, considering the different positions of the game. We analyzed 29 professional soccer players, divided by the position of play (3 goalkeepers, 5 central-defenders, 5 external-defenders, 7 central-midfielders, 4 external-midfielders and 5 strikers), averaging 25,02 ± 4,52 years, weight 74,83 ± 5,35 kg, height 179,14 ± 6.3 cm. For analysis of anaerobic power was used Running-based Anaerobic Sprint Test (RAST) was used to force explosive vertical jump with counter movement, the velocity was measured by the test run of 40 m and aerobic power was assessed by yo-yo endurance test level 2. Underwent two evaluation periods, the beginning of the preparatory period (M1) and after six weeks of training (M2). The data were processed using the software Microsoft Excel 2007, from descriptive procedures, and measures of central tendency (mean and standard deviation) and delta percentage (Δ%). We conclude that the positions of play between the players are different to the average of the results of physical capacities analyzed. Changes such as physical capacities to their average values during the six weeks of training, also differ between positions.

          Keywords: Soccer. Athletic training. Players positions.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Nos últimos anos, estudos voltados ao entendimento das diferentes posições de jogo em desportos coletivos tem sido alvo de grande interesse (Wilsmore, 1987; Duthie; Pyne; Hooper, 2003; Garstecki; Latin; Cuppett, 2004; BORIN et al., 2005; PLATANOU; GELADAS, 2006; DI SALVO et al., 2007). Especificamente no futebol, parece que as ações e deslocamentos determinados pelo jogo ocorrem diferentemente entre as funções táticas dos jogadores (O’Donoghue et al., 2001; Mohr; Krustrup; Bangsbo, 2003; Reilly, 2005; STOLEN et al., 2005; Bangsbo, 2006; Impellizzeri et al., 2006; Bloomfield; Polman; O’Donoghue, 2007).

    Di Salvo et al. (2007) verificaram que meio-campistas e laterais percorrem maior distância que outras posições, porém, quanto as deslocamentos de alta intensidade em espaço curto de tempo, os defensores e atacantes apresentam valores maiores do que outras funções táticas. Bloomfield, Polman e O’Donoghue (2007) confirmam tais características, de forma que ambos os estudos evidenciam a importância das posições do jogo no intuito de desenvolver programas de treinamento individualizados para futebolistas. Tais afirmações evidenciam a especificidade de cada posição de jogo no futebol. Neste sentido, diversos estudos Di Salvo e Pigozzi (1998), Balikian et al. (2002), Duthie, Pyne e Hooper (2003), Garstecki, Latin e Cuppett (2004), Hoff (2005), Reilly (2005), Impellizzeri et al. (2006) e Pyne et al. (2006) têm mostrado que o treinamento deve aproximar-se ao máximo das características específicas à competição, considerando as funções táticas do jogo, e dessa forma, tendo aplicação eficaz do volume e intensidade dos deslocamentos e ações motoras.

    No tocante a treinabilidade dos futebolistas, Gomes e Souza (2008) e Platonov (2008) mencionam a importância dos métodos competitivos para aperfeiçoamento da forma desportiva, tendo como principal característica a demanda gerada pela competição. Desta forma, sabendo que existem diferenças na demanda motora do jogo entre as posições (Mohr; Krustrup; Bangsbo, 2003; Reilly, 2005; STOLEN et al., 2005; Impellizzeri et al., 2006; BLOOMFIELD; POLMAM; O’DONOGHUE, 2007; DI SALVO et al., 2007) e que isto determinará especificamente os estímulos gerados pela prática da modalidade (GOMES; SOUZA, 2008), poderíamos pensar em considerações importantes acerca da preparação dos futebolistas. Por exemplo, o treinamento para goleiros se diferencia em alguns aspectos quando comparados com outras funções táticas (BALIKIAN et al., 2002). Neste sentido, Di Salvo e Pogozzi (1998) sugeriram que o método de treinamento que considera a especificidade tática imposta pelo jogo resulta em melhor rendimento para todas as posições exercidas na partida.

    Por conseguinte, uma nova abordagem da preparação física no futebol vem emergindo (ARRUDA et al.,1999), com enfoque em meios específicos ao jogo que podem ser caracterizados pelas diferentes posições em que os futebolistas atuam, assim como pelas diferentes ações táticas apresentadas mesmo por jogadores de mesma posição (BANGSBO, 1993; HOFF, 2005; REILLY, 2005; STOLEN et al., 2005; IMPELLIZZERI et al. 2006). Nesta linha, sob o ponto de vista fisiológico, estudos comparativos da capacidade funcional de jogadores de diferentes posições, com o intuito não só de compreender a solicitação metabólica das diferentes funções, mas também de subsidiar a elaboração de treinamentos específicos, seria um importante passo na otimização da dinâmica de jogo no futebol (BALIKIAN et al., 2002).

    Por meio desta orientação, especificidade entre as funções táticas, alguns estudos com enfoque nas capacidades biomotoras (DAVIS; BREWER; ATKIN, 1992; AZIZ et al., 2000; BALIKIAN et al., 2002; BRAZ et al 2007a; SOUZA et al. 2005) identificaram diferenças entre as posições de jogo em futebolistas, no entanto, apenas modelaram um momento do treinamento, não atrelando-se ao fato das alterações das capacidades biomotoras tendo como delineamento experimental as diferentes posições de jogo em que os futebolistas atuam. Assim, este estudo teve como objetivo analisar as alterações das capacidades biomotoras em futebolistas profissionais, considerando suas diferentes posições de jogo.

Procedimentos metodológicos

Amostra

    Foram analisados 29 futebolistas profissionais, apresentando idade média de 25,02 ± 4,52 anos, peso corporal de 74,83 ± 5,35 kg, estatura 179,14 ± 6,3 cm, divididos por posição de jogo (3 goleiros (GO), 5 zagueiros (ZA), 5 laterais (LA), 7 volantes (VO), 4 meias (ME) e 5 atacantes (AT)), pertencentes à uma equipe profissional do futebol brasileiro, todos com no mínimo cinco anos de treinamento na modalidade.

Coleta de dados

    Visando padronização dos critérios de aplicação da bateria de testes, foram observados alguns cuidados metodológicos: avaliadores, horários e uniformes. Os sujeitos foram submetidos a dois períodos de avaliações, inicio do período preparatório (M1) e após seis semanas de treinamento, caracterizando o final deste mesmo período (M2).

Velocidade de deslocamento

    A velocidade foi medida por meio do teste de velocidade de corrida de 40 m (SVENSSON; DRUST, 2005) em que o atleta deve estar em pé junto à linha de largada, realizando o esforço na maior velocidade possível, só diminuindo a velocidade após transcorrer os 40 m, analisando-se os 10 m, 20 m e 40 m. Cada futebolista realizou duas tentativas com intervalo entre 3 e 5 min entre as tentativas, utilizando-se o melhor resultado.

Potência aeróbia

    A potência aeróbia (VO2 máx) foi avaliada por meio do teste yo-yo endurance nível 2 (BANGSBO, 1996). Consiste em correr o máximo de tempo possível em regime de ida e volta num corredor de 20 metros de comprimento. A velocidade é imposta por sinais sonoros conforme protocolo do teste. O teste termina com a desistência do sujeito ou sua incapacidade de acompanhar o ritmo imposto pelo teste. Registra-se ainda a distância percorrida e o tempo que o sujeito realizou o teste, estimando o VO2 máx.

Potência anaeróbia

    A potência anaeróbia foi avaliada por meio do Running-based Anaerobic Sprint Test (RAST) (ZACHAROGIANNIS et al., 2004). Para sua aplicação inicialmente deve-se anotar o peso antes do teste e a seguir realizar 10 minutos de aquecimento com cinco minutos de recuperação anterior ao teste. O teste consiste em o atleta realizar seis corridas de 35 m em máxima velocidade, havendo 10 segundos de recuperação entre uma corrida e outra. Os valores foram transformados em medidas de potência máxima (w/kg) e índice de fadiga (w/s).

Força explosiva de membros inferiores

    Para análise da força explosiva de membros inferiores utilizou-se o salto vertical com contra-movimento e auxílio dos braços proposto por Gomes e Souza (2008), passa-se o pó de giz nas polpas dos dedos indicadores da mão dominante e, com a outra, junto ao corpo, procura-se alcançar o mais alto possível, conservando-se os calcanhares em contato com o solo. Após realizar a primeira marca, o atleta realiza o salto, caracterizando a segunda marca. O resultado é registrado medindo-se a distância entre a primeira marca e a segunda, permitindo-se três tentativas, registrando a maior distância.

Tratamento estatístico

    Para análise dos dados pré e pós treinamento, foi realizada a correlação intraclasse (dados contínuos), pelo número reduzido de jogadores de algumas posições e delta percentual (valor maior – valor menor / valor menor x 100). Para verificação dos dados entre as posições utilizou-se o teste de Kruskal – wallis, seguido do Student-Newman-Keuls. Foi adotado o nível de significância de p < 0,05, sendo os dados processados no software BioEstat® 5.0 e SPSS®.

Resultados

    Os meias apresentaram alterações significantes (p<0,05) para a velocidade em 10m entre M1 e M2, não sendo para as outras distâncias verificadas. As demais posições não apresentaram diferença significante ante as seis semanas de treinamento no que concerne a velocidade. Todavia, todas as posições diminuíram os valores médios de M1 para M2 para a velocidade em 10m, 20m e 40m (tabela 1). Atacantes apresentaram valores maiores para o delta percentual nos 10m, zagueiros nos 20m e meias nos 40m. Em contrapartida, laterais abrangeram valores menores para os 40m e os goleiros para os 20m e 10m.

Tabela 1. Média, desvio padrão e delta percentual dos valores da velocidade de deslocamento segundo as posições de jogo

    Todas as posições apresentaram valores médios maiores para a potência aeróbia em M2, quando comparado com M1, contudo, tais alterações não foram significantes para nenhuma das funções táticas consideradas. Zagueiros mediaram valores maiores para o delta percentual de M1 a M2 para a potência aeróbia, contrariamente, goleiros tiveram menores resultados.

Tabela 2. Média, desvio padrão e delta percentual dos valores da potência aeróbia segundo as posições de jogo

    Encontrou-se alterações significativas (p<0,05) para a potência anaeróbia (potência máxima) entre os momentos verificados para os laterais, zagueiros e volantes, não ocorrendo para goleiros e meias. Excepcionalmente, os atacantes apresentaram decréscimo significativo para a potência anaeróbia máxima em detrimento de M1 para M2. Quanto ao índice de fadiga não foram notadas alterações entre os dois momentos (tabela 3). Os valores do delta percentual para a potência anaeróbia máxima foram maiores para os volantes e menores com decréscimo de desempenho de M1 para M2 para os atacantes. Nesta linha, o índice de fadiga apresentou valores maiores de delta percentual para os meias e inversamente encontrou-se resultados menores para os goleiros.

Tabela 3. Média, desvio padrão e delta percentual dos valores da potência anaeróbia segundo as posições de jogo

    Goleiros, laterais, zagueiros, volantes, meias e atacantes apresentaram valores médios maiores para a força explosiva de membros inferiores em M2, quando comparado com M1, entretanto, sem significância (tabela 4). Valores maiores para o delta percentual foram encontrados para os zagueiros e menores para os goleiros.

Tabela 4. Média, desvio padrão e delta percentual dos valores da força explosiva de membros inferiores segundo as posições de jogo

    Na tabela 5, verifica-se a diferença entre os dois momentos do estudo para todas as funções táticas consideradas. Apenas a potência aeróbia e a força explosiva dos membros inferiores apresentaram diferenças significantes quando comparou-se as posições de jogo (tabela 5).

Tabela 5. Resultados do teste de Kruskal – wallis, seguido do Student-Newman-Keuls para diferença entre as posições de jogo em M1 e M2

Discussão

    Procurou-se inicialmente comparar os resultados das capacidades biomotoras verificadas ante as posições de jogo e posteriormente discutir a questão das alterações impostas no período de treinamento analisado mediante a tal delineamento. Importante considerar que as posições de jogo influenciam o gasto total de energia nas partidas, sugerindo diferenças físicas, fisiológicas e bioenergéticas requeridas pelos jogadores e suas funções táticas (DI SALVO; PIGOZZI, 1998). Dentro desta perspectiva, realçada também pelos diferentes deslocamentos e ações motoras impostos pelas posições de jogo (O’DONOGHUE et al, 2001; MOHR; KRUSTRUP; BANGSBO, 2003; REILLY, 2005; STOLEN et al., 2005; BANGSBO, 2006; IMPELLIZZERI et al., 2006; BLOOMFIELD; POLMAM; O’DONOGHUE, 2007; DI SALVO et al., 2007), ponderou-se tal premissa para as alterações durante períodos de treinamento na modalidade.

Potência aeróbia

    Laterais e meio-campistas apresentaram maiores valores quando comparado a outras posições de jogo, em principal aos goleiros, resultados estes, que foram previamente confirmados por outros estudos (Davis; Brewer; Atkin, 1992; Nowacki et al., 1988; Santos; Soares, 2001; Wisloff; Helgerud; Hoff, 1998; McIntyre; Hall, 2005). Davis, Brewer, Atkin (1992) em jogadores ingleses, demonstraram que os goleiros apresentavam menor VO2máx estimado em relação os laterais, zagueiros, meio-campistas e atacantes. Nowacki et al. (1988), encontraram em jogadores alemães que atuam na lateral maior VO2máx em relação aos zagueiros. Santos e Soares (2001) verificaram em 91 futebolistas profissionais portugueses (17 zagueiros, 24 atacantes, 14 laterais e 36 meio-campistas) melhores resultados para os meio-campistas, seguidos pelos laterais, atacantes e zagueiros. Parcialmente, explicam-se estes resultados pelas funções táticas exercidas pelos jogadores (BALIKIAN et al., 2002; McIntyreHall, 2005), meio-campistas e laterais têm como função tanto o ataque (armação e finalização de jogadas) como a defesa (marcação aos adversários), ocasionando movimentação ampla e constante pelo campo de jogo, resultando em adaptações funcionais de caráter aeróbio, já zagueiros e atacantes, atuam em setores restritos do campo, o setor defensivo para os zagueiros e o ofensivo para os atacantes (VAN GOOL; VAN GERVEN; BOUTMANS, 1988). Os goleiros apresentam resultados menores para a potência aeróbia, mediante a particularidade de suas ações no jogo que são de curta duração e alta intensidade, predominando o metabolismo anaeróbio alático (COMETTI et al, 2001).

Velocidade de deslocamento

    Os resultados encontrados no presente estudo foram previamente confirmados em futebolistas profissionais (BRAZ et al. 2007a), no entanto inferior aos padrões europeus (COMETTI et al., 2001) e internacionais (STOLEN et al., 2005). Antagonicamente ao esperado, goleiros apresentaram valores aproximados as demais posições e atacantes não demonstraram superioridade quanto a velocidade de deslocamento cíclico. Talvez, tal premissa tenha sido direcionada pelo número restrito de sujeitos analisados no presente estudo, dificultando a criação de modelos que proporcionem o real entendimento das possíveis diferenças entre as capacidades biomotoras ante as posições de jogo, contrariando desta forma, resultados de outras pesquisas no tocante a velocidade (GIL, 2007; Davis; Brewer; atkin, 1992). Gil et al. (2007) verificou em 241 futebolistas (17,3 ± 2,6 anos), 29 goleiros, 77 defensores, 79 meio-campistas e 56 atacantes, que os goleiros são menos velozes e que os atacantes são mais rápidos, seguidos pelos meio-campistas e defensores. Davis, Brewer e Atkin (1992) avaliaram 135 futebolistas (13 goleiros, 22 laterais, 24 zagueiros, 35 meio-campistas e 41 atacantes) da Inglaterra e no que tange a velocidade, os zagueiros e atacantes demonstraram melhores resultados quando comparados a outras funções táticas. O elevado número de sujeitos de ambas as pesquisas contribuem para ampla modelação das capacidades biomotoras ante as posições de jogo, confirmando as características apontadas por Di Salvo et al. (2007) no que concerne as ações e deslocamentos impostos nas partidas, zagueiros e atacantes caracterizam-se por sprints e corridas de alta intensidade em curtas distâncias, portanto, tendem a apresentarem melhores resultados em distâncias de 10m e 20m do que as outras posições (Davis; Brewer; atkin, 1992).

Potência anaeróbia

    Braz et al. (2007b) usando procedimento idêntico ao do presente estudo para análise da potência anaeróbia, encontraram os seguintes resultados para a potência máxima em futebolistas juniores: laterais (8,97±2,19 w/kg), zagueiros (10,15±3,21 w/kg), volantes (8,51±1,67 w/kg), meias (9,11±1,31 w/kg) e atacantes (10,81±2,04 w/kg). Quanto ao índice de fadiga, os valores médios relatados foram: laterais (9,29 ± 2,23 w/s), zagueiros (13,4±4,23 w/s), volantes (9,13±3,18 w/s), meias (9,59 ±2,18 w/s) e atacantes (11,14±4,02 w/s). No presente estudo, encontrou-se valores maiores para a potência máxima e menores para o índice de fadiga para todas as funções quando comparado a futebolistas juniores (Braz et al., 2007b), todavia, corroboram com a seqüência anteriormente citada para ambas variáveis, atacantes, zagueiros e goleiros tendem a apresentaram valores médios maiores para potência máxima e volantes valores menores para o índice de fadiga. Diferentemente, Souza et al. (2005) ponderaram para a potência máxima resultados maiores para zagueiros, seguidos pelos atacantes e igualmente citaram maior sustentabilidade da capacidade anaeróbia para volantes (SOUZA et al. 2005). Confirmando tais pressupostos, Davis, Brewer e Atkin (1992) apontam que goleiros apresentam valores altos de potência anaeróbia, já meio-campistas tendem a resultados inferiores, fato este, confirmado por este estudo, principalmente para os volantes. Em outra perspectiva, McIntyreHall (2005) não encontraram diferenças para a potência máxima entre defensores, meio-campistas e atacantes, no entanto, utilizaram-se de um teste em cicloergômetro, com menor especificidade para o futebol do que o proposto neste estudo.

Força explosiva dos membros inferiores

    Zagueiros, goleiros e atacantes tendem a apresentarem valores maiores para a força explosiva dos membros inferiores do que as outras posições de jogos (SOUZA et al., 2005) por apresentarem ações especificas ao movimento analisado (salto vertical) em vários momentos das partidas (COMETI et al., 2001). Tal fato foi confirmado pelos resultados encontrados no presente estudo, principalmente em M2. Uma das prováveis explicações para a ratificação destes resultados, volta-se para o modelo competitivo apresentado pelas posições de jogo no que concerne a saltos realizados durante as partidas. Neste sentido, Thomas e Reilly (1979) apontaram que zagueiros (20,4) realizaram mais saltos do que atacantes (19,6), laterais (11,1) e meio-campistas (10,3). Wisloff, Helgerud e Hoff (1998) reportaram que zagueiros (55,1 ± 6,5 cm) e atacantes (57,6 ± 5,1 cm) de elite da Noruega têm maior desempenho no salto vertical do que meio-campistas (50,5 ± 4,4 cm), apoiando os resultados aqui encontrado para futebolistas brasileiros tanto em M1 como para M2. Em M1, goleiros ponderaram maiores valores para a força explosiva de membros inferiores. Nesta linha, Adhikari e Kumar (1993) afirmam que os goleiros apresentam maiores valores no salto com contra-movimento e que meio-campistas são inferiores a todas as outras funções táticas, com variação de valores entre 47,8-60,1 cm para todas as posições, valores ratificados neste estudo para futebolistas brasileiros. Por meio de outras metodologias de análise da força explosiva de membros inferiores peculiares a meios isocinéticos de trabalho, determinadas pesquisas (Rinaldi; Arruda; Silva, 1999; Cometti et al., 2001; Biette et al., 2002; Goulart; Dias; Altimari, 2007) verificaram variações entre os valores apresentados para zagueiros, laterais e goleiros, citando diferenças ante as distintas posições de jogo.

Alterações das capacidades biomotoras

    Atacantes apresentaram maior adaptação ao treinamento empregado para a velocidade em 10m, no entanto apresentavam índices mais altos no inicio do período de treinos. Todavia, pode-se relacionar-se tal fato as peculiaridades impostas a respectiva posição de jogo, pois tendem a maior quantidade de ações nesta distância de deslocamento (DI SALVO et al, 2007). Em contrapartida, zagueiros ponderaram menor adaptação para os 10m. Tal premissa pode relacionar-se aos diferentes tipos de velocidade presente numa partida de futebol, já que além da velocidade de deslocamento cíclico, outras subdivisões são mencionadas, como a acíclica e a de reação (GOMES; SOUZA, 2008). Nesta linha, Bangsbo (2006) ressalta a importância da velocidade de reação e antecipação para zagueiros, talvez isto explique o fato dos resultados encontrados, dada as características cíclicas do teste utilizado para esta capacidade física, não contendo elementos específicos indispensáveis ao desempenho dos zagueiros na competição, caracterizados principalmente pelas ações de marcação e antecipação as jogadas realizadas pelo adversário, culminando em menores adaptações para a velocidade de deslocamento cíclico. Dada a específica modelagem competitiva, goleiros tiveram menores adaptações nos 10m e 20m. Outro apontamento importante volta-se para os valores de delta percentual encontrados para os meias e volantes para a velocidade nos 40m, claramente tais futebolistas são modelados por corridas de alta intensidade em maiores distâncias (DI SALVO et al., 2007), acometendo provavelmente, adaptações específicas para tal função tática.

    Está bem esclarecido na literatura (VAN GOOL; VAN GERVEN; BOUTMANS, 1988; Nowacki et al., 1988; MORAES et al. 2007) que laterais e meio-campistas tem maior potência aeróbia em detrimento da demais posições de jogo, sobretudo em relação aos goleiros. Diante destes pressupostos, esperava-se que tais particularidades envolvessem as alterações impostas pelo treinamento para a potência aeróbia, fato confirmado na presente pesquisa, todas as posições apresentaram tanto em M1 quanto em M2 valores maiores para esta capacidade física e resultados superiores de delta percentual. Inerentemente, a modelação competitiva da distância total percorrida numa partida de futebol acomete tais apontamentos voltados a potência aeróbia, goleiros percorrem 3972m (reilly e Thomas, 1976), laterais e meio-campistas 11410m a 12027m (DI SALVO et al., 2007), zagueiros e atacantes 10627m a 11254m (DI SALVO et al., 2007), fatalmente implicando em adaptações especificas as funções táticas.

    Laterais, zagueiros, volantes e atacantes apresentaram diferenças significativas entre M1 e M2 para a potência anaeróbia máxima. O índice de fadiga diminuiu para todas as posições de jogo, sugerindo maior sustentabilidade a estímulos anaeróbios, premissa imposta aos futebolistas de maneira geral, não sendo peculiar a determinada função tática do jogo. Ações que definem uma partida no futebol direcionam-se para tal metabolismo, sendo um indicador importante para se desenvolver no treinamento para futebolistas (GOMES; SOUZA, 2008), conseqüentemente, importante o progresso dos jogadores presentemente analisados para a variável índice de fadiga, subentendendo-se melhoria da capacidade anaeróbia, inerente a performance competitiva, já que futebolistas profissionais modelam-se por mais de 1000 ações durante os jogos, com intervalos de três a 60 segundos de recuperação (REILLY; THOMAS, 1976). Volantes ponderaram maiores valores de delta percentual para a potência máxima, em contrapartida, os meias seguiram tal direcionamento para o índice de fadiga. Normalmente meio-campistas delineiam-se por menores valores de potência máxima e menores valores de índice de fadiga do que as outras posições de jogo (Davis, Brewer; Atkin, 1992; Braz et al. 2007b), fatalmente implicando nas alterações ocasionadas pelo treinamento sistematizado. No caso dos volantes, em M1 já mediavam resultados médios menores do que goleiros, laterais, zagueiros, meias e atacantes, tendo maiores adaptações para M2, todavia, ainda com valores abaixo das demais posições. O mesmo entendimento pode ser considerado para os meias no tocante ao índice de fadiga.

    A força explosiva dos membros inferiores apresentou de maneira geral, maior valor do delta percentual do que as outras capacidades analisadas. Primeiramente, tais indicadores são determinados pela efetividade do sistema neural gerando adaptações coordenativas intra e intermusculares, caracterizadas por ganhos e perdas acometidos por curtos períodos de treinamento ou destreinamento desta capacidade física (PLATONOV, 2008, GOMES). Neste sentido, como constatado no presente estudo, as alterações ocasionadas pela sistematização do treino podem influenciar-se pelas funções táticas exercidas pelos jogadores tanto nos treinamentos como nas partidas. Zagueiros apresentaram valores maiores para M1 e M2, com valores maiores de delta percentual do que as demais posições de jogo. O modelo competitivo dos zagueiros é mediado por maior número de saltos (REILLY, 1976), sugerindo maior quantidade de estímulos nas partidas e nos meios especiais de preparação acometidos no futebol. Tal premissa é importante a ser considerada para a explicação dos resultados apontados para esta posição de jogo. Entretanto, laterais também apresentaram valores altos de delta percentual para a força explosiva de membros inferiores e parecidos com os valores absolutos de M2 quando comparados aos atacantes e goleiros, posições estas, juntamente com os zagueiros, sempre mediadas por maiores valores de forca explosiva dos membros inferiores. No caso do delta percentual, o menor valor ponderado em M1 para os laterais parece elucidar o resultado encontrado, no entanto, para os valores absolutos de M2 outros direcionamentos poderiam ser apontados como i) novas funções táticas exercidas pela posição ou as ii) características genéticas (individualidade biológica) em alguns sujeitos considerados para a posição.

    De maneira geral, esperava-se adaptações específicas geradas pelos estímulos próprios das funções táticas e por histórico característico anteriormente ao inicio do estudo, já que eram futebolistas profissionais com vivência motora especifica a modalidade de no mínimo cinco anos. Tais apontamentos considerando as distintas posições de jogo puderam ser contemplados de maneira significativa apenas para a potência anaeróbia e força explosiva de membros inferiores, não sendo para as demais capacidades biomotoras (tabela 5).

    Significativamente, o período de seis semanas após iniciados os treinamentos foi suficiente apenas para causar modificações na potência máxima (zagueiros, laterais, volantes e atacantes) e velocidade de deslocamento nos 10m (meias), diferentemente dos resultados encontrados por Braz et al. (2007a), apontando diferenças para todas as capacidades biomotoras aqui consideradas num período de treinamento de seis semanas no período preparatório, porém, sem delinear-se pelas posições de jogo. Neste sentido, Godik (1996) mostrou que a base da condição física em futebolistas alemães e holandeses restabelece-se após 4 a 8 semanas do início da preparação da temporada competitiva, porém, sabe-se que diversos fatores (reserva adaptativa, estrutura e organização do treino, ênfase em meios especiais e gerais de preparação, nível dos futebolistas) influenciam a modificação das estruturas destes indivíduos, em especial, as alterações das capacidades biomotoras (PLATONOV, 2008).

    Acerca disto, torna-se importante a análise dos conteúdos de preparação em detrimento das alterações das capacidades biomotoras ocasionadas por meio dos estímulos dos treinos, situação esta, não abordada na presente pesquisa e sugerida em futuros estudos, em especial, o controle dos conteúdos de preparação pela especificidade do desporto, aliada as diferentes funções táticas exercidas pelos atletas. Em conformidade com esta sugestão, Di Salvo e Pogozzi (1998) analisaram durante 8 meses 44 jovens futebolistas de elite mediante a aplicação de dois programas de treinamento, um atendia a especificidade tática imposta pelo jogo e o outro não a considerava, sendo que ambos os grupos eram compostos por 5 atacantes, 6 meio-campistas, 4 laterais, 4 zagueiros e 3 goleiros. Esclareceu-se que a preparação específica em detrimento das posições de jogo é um método superior de treinamento, pois atende os processos bioenergéticos da modalidade e atuam no aperfeiçoamento de todos os jogadores da equipe. Tais resultados não podem ser contemplados por meio deste estudo, já que apenas pretendeu-se diferenciar as posições de jogo e verificar as alterações em detrimento desta especificidade, não ponderando conteúdos, meios e métodos de treinamento.

Aplicabilidade prática

    Mediante as diferenças referidas entre determinadas variáveis controladas no presente estudo, podem ser sugeridas importantes considerações acerca do treinamento para futebolistas, principalmente na fase final de preparação destes desportistas, onde são considerados elementos de especialização voltadas as características competitivas, sendo aspecto principal e inerente a forma desportiva (GOMES; SOUZA, 2008; PLATONOV, 2008). Di Salvo e Pigozzi (1998) sugeriram que o treinamento para futebolistas deveria ser orientado pelas funções táticas dos jogadores, mediante a aplicabilidade de cargas específicas modeladas pela competição. Acerca disto, Bompa (2005) aponta que o uso do mesmo programa de treinamento para todos os jogadores torna-se cientificamente incorreto. Bloomfield, Polman e O’Donoghue (2007) afirmam que programas de preparação específicos as posições de jogo beneficiariam os futebolistas, sendo que os defensores e atacantes seriam favorecidos por métodos que enfatizassem a velocidade e agilidade, já os meio-campistas e laterais, por meio de métodos intervalados de corrida.

    Importante destacar que as diferenças encontradas são fortemente influenciadas pelo princípio da individualidade biológica (GOMES & SOUZA, 2008), ainda presentes na especificidade de cada posição de jogo. Mesmo no modelo competitivo de ações e deslocamentos acometidos nos jogos por futebolistas, são encontradas variações para as mesmas posições de jogo (Di Salvo et al., 2007). Prudentemente tal contexto deve ser considerado, inclusive para análise das alterações das capacidades biomotoras sob a perspectiva das diferentes posições de jogo. Todavia, está bem consolidado para a modalidade, que quando as funções táticas são comparadas considerando o modelo físico do jogo, existem diferenças entre elas. (DI SALVO; PIGOZZI, 1998; O’Donoghue et al., 2001; Mohr, Krustrup; Bangsbo, 2003; REILLY, 2005; Bangsbo, 2006; Impellizzeri et al., 2006; Di Salvo et al., 2007). Sendo assim, o treinamento sistematizado para futebolistas também deveria ser baseada nas exigências específicas das posições de jogo, assegurando a possibilidade dos jogadores poderem cumprir da melhor forma as responsabilidades táticas durante as partidas (DI SALVO et al, 2007). Di Salvo et al. (2007) afirmam que seus resultados poderiam nortear a base científica do treinamento para futebolistas, considerando as demandas impostas a cada posição de jogo, porém, esta orientação tática das cargas de treino podem não superar deficiências individuais, peculiares ao potencial genético, requeridas a cada posição (SVENSSON; DRUST, 2005).

    Portanto, entender a carga fisiológica imposta em futebolistas de acordo com a posição de jogo, priorizando o modelo competitivo, torna-se necessário para o desenvolvimento de metodologias de treinamento específicas as modalidades; especialmente em futebolistas de elite que a forma mais importante de treinamento pondera a biomecânica e os sistemas energéticos peculiares as partidas (DI SALVO et al., 2007), por meio do método competitivo (PLATONOV, 2008; GOMES; SOUZA, 2008). Os métodos e meios competitivos foram usados por Balikian et al. (2002) para justificar as diferenças encontradas entre as funções táticas no tocante a potência aeróbia, uma vez que os atletas de diferentes posições não realizavam treinamento diferenciado, creditando à especificidade da movimentação durante partidas e coletivos os resultados do estudo. Assim, considerar as características das posições de jogo em futebolistas torna-se favorável ao desenvolvimento de programas específicos que transcrevam as condições fisiológicas impostas pelo jogo e não menos importante, é verificar se este desenvolvimento ocorre de maneira diferente entre as funções táticas exercidas pelos jogadores aliado a suas particularidades, fato este pouco abordado na atualidade (BALIKIAN et al., 2002), no entanto, apurado por meio deste estudo.

Conclusão

    Para a prescrição do treinamento, as diferenciadas características entre as distintas funções táticas exercidas pelos futebolistas devem ser amplamente consideradas. Seis semanas de treinamento ocasionaram adaptações significativas na potência anaeróbia máxima para zagueiros, laterais, volantes e atacantes e na velocidade de deslocamento cíclico nos 10m para meias, não ocorrendo para as demais situações. Nota-se que estas alterações ocorrem de maneira diferenciada para a força explosiva e potência aeróbia quando comparadas algumas posições, sugerindo diferentes adaptações a sistematização empregada, fatalmente implicando na especificidade das cargas de treinamento em concordância com as funções táticas exercidas pelos futebolistas durante as partidas.

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