A ioga inserida nas aulas de Educação Física do ensino médio El yoga incluido en las clases de Educación Física en el nivel medio |
|||
*Licenciado em Educação Física pela UERN Especialista em Educação Física Escolar pela Fanor **Licenciado em Educação Física pela UVA Especialista em Educação Física Escolar pela Fanor (Brasil) |
Antônio Jansen Fernandes da Silva* Carlos Roberto Pantoja de Sousa* Joana Virgília Fontenele Magalhães* Raphaell Moreira Martins** |
|
|
Resumo A ioga é a ciência e arte milenar que estuda a interação do corpo como um todo, o corpo, a mente e o espírito. Diante disso, o nosso objetivo neste trabalho é mostrar as possibilidades de inserção da ioga nas aulas de Educação Física em turmas do ensino médio e a sua importância para tal disciplina. Utilizamos uma pesquisa de revisão de literatura de vários autores que contribui cientificamente sobre o tema. Através deste estudo pode-se observar que é possível e bastante importante a utilização da ioga nas aulas de Educação Física. Há diversas maneiras de aplicar a ioga na escola, devendo-se assim, empregar a criatividade na elaboração de atividades entre as inúmeras possibilidades de conteúdos usados na Educação Física Escolar. Esperamos contribuir para a organização do conteúdo ioga nos currículos escolares e modificar a hegemonia dos esportes nas aulas de Educação Física. Unitermos: Ioga. Educação Física. Ensino médio.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
Introdução
O presente artigo abordará um tema que ainda não é comumente observado nas aulas de Educação Física: a Ioga. Um trabalho que se refere à ioga inserida nas aulas de Educação Física é o da autora Guérios (1969), Yoga-Elementar, que adéqua a ioga tradicional a um sistema de ginástica. A autora faz o seguinte comentário: “Temos certeza que a yoga-elementar, por nós considerada como ginástica da Educação Física feminina, tenderá a auxiliar na meta do componente curricular, ou seja, educação integral do indivíduo” (ser psicofísico- sócio e espiritual).
Na sua trajetória histórica o termo Educação Física vem sofrendo diversas definições de diferentes autores, tais como: A Educação Física no modelo revolucionário define como a arte e ciência do movimento humano que, através de atividades específicas, auxiliam no desenvolvimento integral dos seres humanos, renovando-os e transformando-os no sentido de sua realização e em conformidade com a própria realização de uma sociedade mais justa e livre (Medina,1983, p.81).
Outro pensamento mais atual sobre Educação Física é utilizado por Neira (2006), ao comentar que o intuito principal da Educação Física deve ser o de possibilitar a investigação das diferentes formas de como os grupos sociais se expressam pelos movimentos, através dos esportes, dos jogos, lutas, ginásticas, brincadeiras e danças, para entender as condições nas quais estas práticas se realizam e são difundidas e experimentá-las para, em seguida, refletir sobre outras formas e alternativas de vivenciar estas práticas no âmbito escolar.
Já como corrente teórica de maior abrangência temos os Parâmetros Curriculares Nacionais, a Educação Física na escola tem o objetivo de incluir e integrar o aluno na cultura corporal do movimento, nas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais, vinculadas aos blocos de conteúdos esportes, jogos, ginásticas, lutas, conhecimento sobre o corpo, atividades rítmicas e expressivas (BRASIL,1998).
Na educação escolar brasileira, de acordo com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, foi promulgada a lei 9394/96 em 20 de dezembro de 1996. O artigo 26 desta lei traz o seguinte “A educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se as faixas etárias e as condições da população escolar, sendo facultativo nos cursos noturnos” (BRASIL,1996). Sendo que, a educação escolar compõe-se de educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e educação superior (LDB,1996).
O ensino médio é a última etapa da educação básica e tem com o objetivo principal a formação técnica profissional e/ou ensino preparatório para ingressar na universidade. A procura por vagas no ensino médio tem aumentado significativamente nos últimos anos no país. De 1987 a 1997 o número de alunos matriculados no ensino médio dobrou, passando de 3,2 milhões para 6,4 milhões. Entre os fatores que ocasionaram essas mudanças, de acordo com INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), deve-se ao mercado de trabalho mais competitivo, que exige um maior grau de escolaridade dos seus trabalhadores e também a melhora do sistema educacional público brasileiro.
Os adolescentes são o maior público do ensino médio. A autora Aberastury (1981), define algumas características deste grupo, tais como:
busca de si mesmo e da identidade;
tendência grupal;
necessidade de intelectualizar e fantasiar;
crises religiosas, que podem ir desde o ateísmo mais intransigente até o misticismo mais fervoroso;
deslocalização temporal, onde o pensamento adquiriu as características de pensamento primário;
evolução sexual manifesta, que vai do auto-erotismo até a heterossexualidade genital adulta;
atitude social reivindicatória com tendência anti ou associais de diversas intensidades;
contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta, dominada pela ação, que constitui a forma de expressão conceitual mais típica deste período de vida;
uma separação progressiva dos pais;
constantes flutuações do humor e do estado de ânimo.
Segundo a LDB no artigo 10, os estados têm a incumbência de organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus estabelecimentos de ensino. A função do estado com o ensino médio é dar oportunidade para que seus alunos se capacitem tecnicamente, criticamente, autonomamente, ativamente para compreenderem o trabalho nas dimensões sócio-históricas, percebendo que no sistema educacional há uma preocupação em esclarecer que existem diferenças nas relações sócio-econômicas causadas muitas vezes por fatores históricos e como acontecem as desigualdades delas decorrentes.
Dentro desta abordagem, a pesquisa tem como objetivo mostrar as possibilidades de inserção da ioga nas aulas de Educação Física em turmas do ensino médio e a sua importância para tal disciplina. Essa proposta se efetivará através de uma pesquisa bibliográfica e possui diferentes contribuições científicas disponíveis sobre o tema. Desta forma, serão realizados levantamentos e categorizações que auxiliarão na execução do artigo e o estudo encerrará com algumas conclusões acerca do estudo.
1. Educação Física Escolar no Ensino Médio
No ensino médio, a Educação Física tem sua particularidade em relação ao ensino fundamental, porque grande parte dos seus alunos são trabalhadores que estão matriculados nos cursos noturnos, ou seja, 70% dos mesmos. Na LDB, o seu artigo 26 -3º dispensa da prática o aluno que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas, maior de trinta anos de idade, que estiver prestando serviço militar inicial, ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da Educação Física, amparado pelo decreto-lei nº1.044, de 21 de outubro de 1969 ou que tenha prole. Esse aspecto tem refletido negativamente na implementação da proposta pedagógica da Educação Física no ensino médio e também em alguns casos, a dificuldade imposta pela gestão escolar para tal intervenção.
Para tentar resolver esse tipo de problema os professores podem se basear em autores tais como Correia (1999), que propõe que o planejamento seja participativo com os alunos, Verenguer (1995), que se dedicou à formação do professor de Educação Física e Daólio (1986), que dissertou sobre a importância de Educação Física para o aluno trabalhador.
2. Ioga
A Ioga é muito mais que uma ginástica que contribui para manutenção da saúde. Apesar dos benefícios sobre o psiquismo de pessoas que levam uma vida sedentária, submetidas ao estresse, é também uma ciência da interação humana. Derivada do radical sânscrito yui (fusão ou união), a ioga tem o propósito de juntar o homem, o mortal, o infinito, a verdade, a luz. É a junção do espírito com a matéria (DeRose, 2004).
Segundo o mesmo autor a ioga tem sua origem na Índia há mais de 5.000 anos. As lendas declaram que a ioga foi criada por Shiva, e que historicamente a ioga passa pelo período Pré-Clássico, por volta do século III a.C., sendo considerado extinto na própria Índia, pois os livros tinham de ser escritos a mão e reproduzidos um a um pelos copistas, o que tornava o produto literário muito caro e as edições bem restritas, motivo pelo qual foi relativamente fácil perderem-se obras inteiras. O autor segue falando que por outro lado, a ioga moderna, que nasceu no período Medieval, teve quase todas as obras preservadas, tendo como resultado disso, que hoje a maioria dos livros, escolas e instrutores seguirem essa linha ou são fortemente influenciados por ela no que concerne a ioga contemporânea, ainda não houve tempo suficiente para uma produção editorial relevante.
Para DeRose (2004), há muita “estória” sobre a introdução da ioga no Brasil, mas afirma que quem inaugurou oficialmente a ioga no Brasil foi o francês Sêvánanda Swámi, cujo verdadeiro nome era Léo Costet de Mascheville. Sêvánanda viajou por várias cidades fazendo conferências, fundou um grupo em Lages (SC) e um mosteiro em Resende (RJ).
Conforme Vasconcelos (apud Santos, 2006), é cada vez mais popular o método da ioga, nas culturas ocidentais, como meio de melhorar as capacidades físicas e psico-fisiológicas, melhorando a força e a flexibilidade muscular, ajudando a controlar o sistema cardiorrespiratório entre outros e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.
Zorn (1999) explica que a ioga é uma ciência antiga e que oferece um sistema de exercícios, associados com o controle da mente, para todas as regiões do corpo. E para sua prática não é necessário equipamentos e não se deve forçar além das possibilidades pessoais, não tendo assim, limite de idade para sua prática, porém sendo importante a aproximação consigo mesmo, dedicando-se ao bem estar próprio. Para Sharma (apud Santos, 2006) a ioga proporciona uma rotina saudável, que age sobre os recursos internos do próprio corpo, através do sistema de exercícios que visam possibilitar o “domínio da mente através do domínio do corpo”, libertando de dores, tensões e ansiedade.
A ioga atua em todos os níveis do nosso ser físico, mental e emocional. Mas o que torna a ioga única é o fato dele não apenas alongar todas as partes do corpo, mas também massagear os órgãos internos e as glândulas. A prática regular da ioga garante uma qualidade de vida muito melhor, livre dos efeitos nocivos da correria e da tensão do cotidiano (Allegro apud Santos, 2006).
A ioga ensina através de técnicas corporais belíssimas, fortes, porém que respeitam o ritmo biológico do praticante, como respirar melhor, como relaxar, como concentrar-se, como trabalhar músculos, articulações, nervos, glândulas endócrinas, órgãos internos, etc. (DeRose, 2009).
A ioga traz uma melhoria para a respiração, aumentando a capacidade pulmonar e melhorando a função cardiovascular, assim como ajuda a regular o peso e a melhoria da digestão. Promove o autoconhecimento e amplia a percepção da consciência (KUPFER, 1998).
Segundo o mesmo autor, quem sofre de ansiedade possui a respiração ofegante, acelerada, forçando o tórax, estimulando o sistema nervoso simpático, alterando as funções do organismo de maneira adequada. A prática regular da ioga proporciona o controle respiratório e o relaxamento muscular ativando assim, o sistema parassimpático, regulando as funções do organismo. Os exercícios lentos e suaves, assim como a respiração, promovem o relaxamento, que desintoxica o organismo com maior aporte de oxigênio melhorando assim, as funções cardiovasculares (Garcia, 1978).
Santos (2006) considera que a ioga pode ser um excelente recurso nos objetivos de controle da hipertensão arterial, de promover o relaxamento físico e mental, de diminuir fatores desencadeantes, tais como, o estresse, ansiedade e de promover melhora do humor, do emocional e da relação interpessoal. E como explica DeRose (2009) fazem-se sentir muito rapidamente os efeitos sobre os órgãos internos, sistema nervoso e endócrino, flexibilidade, força, aumento de vitalidade e administração do stress.
3. Proposta de inserção da ioga nas aulas de Educação Física no Ensino Médio
Após toda esta exposição de conteúdo referente à Educação Física no Ensino Médio e do tema ioga, compartilhamos neste tópico uma breve sugestão da implementação do conteúdo da ioga nas aulas de Educação Física com base nas dimensões Conceitual, Procedimental e Atitudinal.
Essa classificação segundo Coll (2000), corresponde às seguintes questões: o que se deve saber? (dimensão conceitual), o que se deve fazer? (dimensão procedimental), e como se deve ser? (dimensão atitudinal), com a finalidade de alcançar os objetivos educacionais. Na verdade, quando se opta por uma definição de conteúdos tão ampla, não restrita aos conceitos, permiti-se que esse currículo oculto possa se tornar manifesto e que se possa avaliar a sua pertinência como conteúdo de aprendizagem e de ensino (ZABALA, 1998).
Então a Educação Física como detentora do objeto de estudo da cultura corporal do movimento é a disciplina dentro da escola a desenvolver e promover no aluno os seguintes conhecimentos e conteúdos sobre a ioga:
Dimensão Conceitual
Conhecer o histórico e a origem da ioga. Aprender que a ioga é uma ciência antiga, e que oferece um sistema de exercícios, associados com o controle da mente, para todas as regiões do corpo. Compreender que a prática regular da ioga proporciona benefícios para a respiração, o relaxamento muscular, aumentando a capacidade pulmonar e melhorando a função cardiovascular, assim como ajuda a regular o peso e a melhoria da digestão, promove o autoconhecimento e amplia a percepção da consciência;
Dimensão Procedimental
Vivenciar os vários movimentos da ioga. Experienciar diferentes exercícios de relaxamento. Vivenciar de forma educativa atividades de flexibilidade. Experienciar atividades educativas para desenvolvimento da inteligência intrapessoal;
Dimensão Atitudinal
Valorizar a ioga como conteúdo da cultura corporal do movimento. Respeitar os colegas e a si mesmo no momento da prática da ioga. Respeitar as diferentes técnicas da ioga. Adotar o hábito de praticar atividades físicas como ioga visando à inserção em um estilo de vida saudável. Reconhecer e valorizar atividades de relaxamento.
Importante destacar a indicação de Darido (2007), que na prática docente não há como dividir os conteúdos nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal, embora possa haver ênfase em determinadas dimensões. Como por exemplo, a Educação Física historicamente enfatizou a dimensão procedimental, mas para melhorar a compreensão de toda a trama e seus significados e códigos é necessário expor as outras dimensões.
Vale ressaltar, que com a apropriação dos conteúdos com base na ioga o professor poderá mediar junto ao seu grupo de alunos, o processo mais eficaz de aula. Assim, entendemos que não é necessário reproduzir um plano ou estrutura de aula neste estudo. A trama de uma aula com seus significados e códigos estão para além das discussões produzidas neste trabalho, ou seja, o intuito deste trabalho é instigar os colegas professores a enveredar pela Educação Física com a diversidade de conteúdos, e compartilhamos mais um, a Ioga.
4. Considerações finais
Através deste estudo pode-se observar que é possível e bastante importante a utilização da ioga nas aulas de Educação Física. Há diversas maneiras de aplicar a ioga na escola, devendo-se assim, empregar mais atividades entre as inúmeras possibilidades de conteúdos usados na Educação Física Escolar que sejam relacionados a esse tema.
Desta forma, sabendo-se que a ioga traz vários benefícios ao corpo e a mente nota-se que pode também auxiliar na aquisição de vários conhecimentos relacionados ao tema, como mais cultura e qualidade de vida para os alunos, entre outras características positivas.
O estudo teve com ponto salutar a necessidade de pensar outros conteúdos para prática pedagógica da Educação Física, e tentar de certa forma manter o debate sobre como vislumbrar uma estrutura curricular com práticas corporais diversas.
Conclui-se que os professores devem usufruir da diversidade de conteúdos que a Educação Física assegura e habituar-se a introduzir em suas aulas a ioga contribuindo assim, para a formação integral dos seus alunos.
Referências bibliográficas
ABERASTURY, Arminda. Adolescência normal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981.
BRASIL. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física, 3º e 4º ciclo, v. 7, Brasília: MEC, 1998.
BRASIL. Republica Federativa do Brasil. Lei nº 9.394. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
COLL, C. ET AL. Os conteúdos na reforma. Porto Alegre: Artmed, 2000.
CORREIA, W.R. Planejamento participativo e o ensino de Educação Física no 2º grau. Revista Paulista de Educação Física, supl. n.2, p.43-48, 1996
DAÓLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995.DARIDO, S. C. Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas, SP: Papirus, 2007.
DeRose, L.S.A. Origens do Yôga Antigo. São Paulo: Nobel, 2004.
__________. Tudo o que você nunca quis saber sobre Yôga. São Paulo: DeRose Editora, 2009.
Garcia, S. Curso fundamental de Hatha-Yoga. 2º Ed. São Paulo: Parma LTDA, 1978.
GUERIOS, Stela F. M.. Yoga-elementar Boletim Técnico Informativo. Brasília, n.8, p. 132, abr./jun. 1969.
KUPFER, P. Yoga Prático. Florianópolis: Fundação Dharma, 1988.
MEDINA, João Paulo S. (1983). A educação física cuida do corpo... e “mente”: bases para a renovação e transformação da educação física. 2.ed Campinas, Papirus.
NEIRA, Marcos Garcia; NUNES, Mário Luiz Ferrari. Pedagogia da Cultura Corporal: crítica e alternativas. São Paulo: Phorte Editora, 2006.
SANTOS, D. A. B. O Relaxamento do Yoga no controle da hipertensão arterial. TCC, Faculdade Assis Gurgacz de Cascavel, PR, 2006.
VERENGUER, R.C.G. Educação Física escolar: considerações sobre a formação profissional do professor e o conteúdo do componente curricular no 2ograu. Revista Paulista de Educação Física, n.9, p.69-74, 1995.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ZORN, W. I. É fácil Praticar Yoga. 1ª Ed. São Paulo: Cultrix LTD, 1999.
VERENGUER, R.C.G. Educação Física escolar: considerações sobre a formação profissional do professor e o conteúdo do componente curricular no 2ograu. Revista Paulista de Educação Física, n.9, p.69-74, 1995.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 15 · N° 148 | Buenos Aires,
Septiembre de 2010 |