Voleibol: lazer ou futura profissão? Voleibol: ¿diversión o futura profesión? |
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*Acadêmica do curso de Educação Física **Professora do curso de Educação Física UNICENTRO, Irati, PR (Brasil) |
Angelita Lopes da Conceição* | Cizina de Fatima Gonçalves* Marluci Regina Stanski* | Letícia Beatriz Santana Caparroz* Gláucia Andreza Kronbauer** |
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Resumo O voleibol é visto na sociedade como prática para o lazer. Entretanto, observamos já muitos atletas que sobrevivem com a renda do esporte. Por isso muitas crianças e jovens tem procurado a modalidade não só para lazer, mas também como investimento e futura profissão. O presente estudo tem como objetivo verificar se o treino de voleibol da cidade de Irati – PR é visto pelos participantes como lazer ou uma futura profissão. Fizeram parte da amostra 20 atletas participantes do Projeto de Extensão UNIVERCidade Olímpica, vinculado a Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO, Irati, na faixa etária entre 14 e 23 anos. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário contendo 11 questões referentes à participação no projeto. Os resultados indicam que os atletas, em sua maioria, buscam no voleibol de Irati uma futura profissão. Eles acreditam que nas competições podem mostrar seu talento e serem chamados por outros técnicos para ingressar em equipes de maior prestígio podendo transformar o esporte em uma fonte de renda. Os resultados também nos mostram que os atletas buscam inspiração e recebem incentivos de atletas que já jogaram ou ainda jogam em outras equipes. Esses exemplos sem duvida servem de esperança para os atuais participantes do projeto que almejam uma chance de se profissionalizar como jogador de voleibol como ficou explicito na analise dos dados. Contudo, o que consideramos ainda mais importante destacar é a valorização dos vínculos de amizade entre os integrantes da equipe.Unitermos: Voleibol. Lazer. Profissão. Treinamento.
Abstract Volleyball has been faced in contemporary society as a synonym for leisure for the ones who inserted the leisure in society, although it is not always true when the sport means a way of subsistence. The aim of this study was to determine how the students face volleyball training in Irati, PR, as leisure or as a possibility for future profession. The sample consisted of 20 athletes that participate in UniverCidade Olímpica Extension Project from to the State University of West-Central, UNICENTRO, Irati. The athletes were between 14 and 23 years old. For data collection there was used a questionnaire containing 11 questions about the participation in the project as instrument. The results indicated that most of the athletes face volleyball as a possibility of future profession. They believe that their talents can appear in competitions and they may be called by other technicians to join bigger more prestigious teams and that the sport can become source of income. The highlight point of the results was the establishment of friendship laces between team members. The results also showed that athletes look for inspiration and get incentives from athletes who played or still play in other teams. It gets clear through data analysis that these examples give some hope for the project athletes who expect for a profession as volleyball players. Keywords: Volleyball. Leisure. Sports. Profession. Volleyball training.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010 |
1 / 1
Introdução
O desempenho de atletas caracteriza-se pela combinação de muitos fatores, dos quais se destacam a preparação física, a preparação técnico/tática, a preparação psicológica e a motivação (DUWE & NOVAES, 2005). A preparação psicológica é um instrumental eficiente para trabalhar o enfrentamento de situações estressantes do ambiente esportivo e utilizar dessa estrutura pessoal para a obtenção de seu potencial máximo na competição. Ela pode incluir modificação de processos e estados psíquicos como pensamento, motivação, emoção, percepção e estados de humor, componentes das bases psíquicas da regulação do movimento (ZANETTI ET AL., 2008).
Para isso é necessário saber se realmente o atleta esta ali para treinar, e não para um momento de recreação e entretenimento, ou seja, um momento de lazer, ou mesmo forçado pelos pais. Os benefícios que as atividades de lazer trazem aos indivíduos são indiscutíveis, e sabe-se que o mesmo é um dos fatores para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Porém, buscando melhor desempenho no esporte, é necessário definir se o praticante percebe o esporte como lazer ou com o intuito de uma futura profissão quando este ingressa em um projeto de treinamento esportivo (ZANETTI ET AL., 2008). O voleibol é um esporte bastante popular no Brasil, portanto, o mercado para o profissional desta área é relativamente amplo, embora ainda precise de incentivos e investimentos. Para se inserir no mercado de trabalho atualmente é necessário que o profissional faça testes em vários clubes, para então ter a oportunidade de evoluir e participar das grandes competições.
Segundo MACHADO citado por PAIM (2003).
O esporte valoriza socialmente o homem, proporciona uma melhoria de auto-imagem, e a aprendizagem de uma modalidade esportiva constitui uma das mais significantes experiências que o ser humano pode viver com seu próprio corpo, a experiência vivida assume particularidades que determinam seu êxito resultante na medida em que vencidas as dificuldades, sendo essas criadas pelo próprio corpo e também pelas exigências do projeto assumido pelo indivíduo.
O envolvimento dos adolescentes com o esporte pode ter conseqüências benéficas ou não, determinadas pela forma, atitude e motivação (MORAES ET AL., 2004). Podem-se observar aspectos passivos e ativos no envolvimento com a modalidade voleibol. A forma ativa pressupõe a íntima adesão ao processo esportivo, no qual o adolescente posiciona-se enquanto sujeito singular, buscando ser bem sucedido, ou seja, a busca pelo superar-se, auto afirmar-se, integrar-se socialmente e aprender. Na forma passiva, ao contrário, o adolescente assume uma imobilidade, já que desconsidera a oportunidade de aprender por experiências ativamente vividas.
Para MACHADO (1995)
… é importante saber que, em determinadas circunstâncias, alguns motivos adquirem predominância sobre os outros, orientando o indivíduo para certos objetivos, ou seja, direcionando o seu comportamento. Da mesma forma que, certos motivos, têm maior intensidade em diferentes indivíduos, dependendo de fatores como personalidade de cada um, bem como indivíduos diferentes podem realizar a mesma atividade, animados por motivos diferentes e de intensidades diferentes.
O voleibol é tido na sociedade contemporânea como sinônimo de lazer, por parte dos responsáveis pela inserção do lazer na sociedade, esse fato se torna errôneo quando o esporte é o meio de subsistência. Portanto o presente estudo tem como objetivo verificar se o treino de voleibol da cidade de Irati – PR é visto pelos praticantes como lazer ou uma futura profissão. Foram entrevistados vinte meninos integrantes do projeto de extensão UNIVERCidade Olímpica, Projeto de Extensão vinculado a Universidade Estadual do centro Oeste- UNICENTRO – Irati, que visa o esporte voleibol.
Métodos
Este é um estudo descritivo de corte transversal. Participaram do estudo vinte sujeitos do sexo masculino com idades entre 14 e 23 anos, integrantes do projeto de extensão UNIVERCidade Olímpica na modalidade de voleibol. O projeto está vinculado a Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO, Irati, e tem por objetivo oferecer iniciação esportiva, prática e treinamento de diversas modalidades. As atividades do Projeto são realizadas três vezes por semana, no período da tarde com duração de duas horas, no Ginásio Municipal de Esportes Agostinho Zarpellon Júnior, situado no centro da cidade de Irati.
Coleta de dados
Em um primeiro momento os organizadores do Projeto foram contatados e solicitada a autorização para a realização da pesquisa. Foi elaborado um questionário com onze perguntas abertas e fechadas, sendo quatro questões descritivas e sete questões de múltipla escolha.
As questões referem-se a pensamentos, sentimentos e atitudes em relação a si mesmo e ao ambiente esportivo. Buscou-se investigar também o tipo de incentivo que os participantes recebem dos pais ou responsáveis e como os participantes percebem a atividade. O questionário foi respondido individualmente, no local onde acontecem as atividades, momentos antes do inicio do treino. As questões valorizaram o conteúdo quantitativo das respostas, agrupando-as por significados semelhantes.
Resultados
Os atletas que responderam o questionário apresentaram idade entre 14 e 23 anos, com média igual a 18,5 anos. Vale ressaltar que todos os atletas são do sexo masculino, participantes do Projeto UNIVERCidade Olímpica, Projeto de Extensão vinculado a Universidade Estadual do centro Oeste- UNICENTRO – Irati. Os resultados estão apresentados em forma de tabelas com a freqüência de respostas para cada pergunta.
Quanto a forma com que os atletas ficaram sabendo do projeto, 90% declarou ser através de outros participantes (TABELA 1), o que demonstra que os laços de amizades mantidos fora do local de treinamento são os vínculos que mais divulgam o projeto, e em conseqüência disso acabam por trazer novos atletas, e apenas 10% através do professor responsável (treinador) que muda constantemente.
Tabela 1. Como você ficou sabendo do Projeto?
Respostas |
ƒ |
Participantes |
19 |
Professor Responsável |
1 |
Internet |
0 |
Outros |
0 |
Na Tabela 2 estão descritos o tempo que esses atletas permanecem no Projeto, vê-se que a grande maioria esta a mais de dois anos. Um ponto forte desta questão é a participação de alguns atletas a mais de quatro anos que mesmo não sendo a maioria é um número bastante alto, que demostra uma interação entre os atletas, e independente dos objetivos que cada um busca ali acabam ficando ano após ano, criando laços de amizade e fazendo do Projeto uma nova família onde passam grande parte de suas vidas.
Tabela 2. Há quanto tempo você participa do Projeto?
Respostas |
ƒ |
Até 6 meses |
4 |
1 Ano |
2 |
2 Anos |
8 |
3 Anos |
0 |
4 Anos |
0 |
Mais de 4 Anos |
6 |
Quando questionados se receberam influência dos pais para participar do projeto, 80% disseram não receber influência alguma, um dado importante que demonstra autonomia dos atletas na busca de seus interesses, em alguns casos atletas acaba por enfrentar os próprios pais para poder ingressar no Projeto, e fazer parte da equipe masculina de voleibol que representa a cidade em vários campeonatos.
Tabela 3. Seus pais influenciaram você a treinar?
Respostas |
ƒ |
Sim |
|
Não |
16 |
Na questão referente a receber incentivo e/ou motivação para dar continuidade nos treinamentos realizados no Projeto, 30% relataram pais; 10% treinador e 50% colocaram os amigos como os principais motivadores de sua permanência, o que reforça a importância da interação e das amizades entre os atletas, na questão outros assinalado por um dos atletas foi esta relacionado apenas a sua vontade de jogar voleibol.
Tabela 4. Você recebe incentivo, motivação de quem para treinar?
Respostas |
ƒ |
Pais |
6 |
Treinador |
2 |
Amigos |
10 |
Outros |
2 |
A questão 5 refere-se ao fato dos pais conhecerem ou não o atual treinador da equipe, os dados apontam que 50% conhecem o treinador e 50% não conhecem, podemos dizer então que nem sempre os pais estão envolvidos ou interessados com as relações externas mantidas por seus filhos.
Tabela 5. Seus pais conhecem o treinador?
Respostas |
ƒ |
Sim |
10 |
Não |
10 |
Ao analisar a questão referente aos objetivos dos atletas em participar dos treinamentos, percebe-se que a alternativa que a minoria colocou foi melhorar a saúde (TABELA 6). E 40% assinalaram futura profissão, ou seja, a maioria vê no projeto uma oportunidade de se profissionalizar como jogador de voleibol supõe-se que mesmo muito dos atletas não recebendo incentivo nem apoio dos pais, e mesmo o Projeto não tendo como foco principal o treinamento desportivo de voleibol, eles acreditam ser possível se profissionalizar nesta modalidade, tendo como exemplos alguns atletas que faziam parte do projeto assim como eles, e hoje integram grandes equipes, e ganham a vida jogando voleibol.
Tabela 6. Com que objetivo você participa dos treinamentos?
Respostas |
ƒ |
Recreação/Lazer |
6 |
Futura profissão |
8 |
Para praticar uma atividade física |
4 |
Melhorar a saúde |
2 |
Outros |
0 |
No diz respeito ao fato deles acreditarem ou não ser possível participando do projeto ingressar em outra equipe, 50% acredita que sim, justificando que acredita ter potencial, força de vontade e talento para faz parte de uma grande equipe e participando dos campeonatos podem ser vistos e convidados por treinadores de fora, e 50% não acreditam nessa possibilidade, os atletas que assinalaram não ser possível, quando questionados por que, justificam dizendo que treinam apenas por lazer, ou diversão ou porque desejam jogar apenas representando a cidade.
Tabela 7. Você acredita que treinando nesse projeto vai jogar em outra equipe?
Respostas |
ƒ |
Sim |
10 |
Não |
10 |
Na questão oito, que se refere às equipes em que os atletas sonham fazer parte um dia, foram citadas 6 equipes diferentes, sendo elas: Minas; Paranaense; Castro; Irati Abertos; Master; e Cimed. A equipe Cimed foi colocada pela maioria totalizando 40%, visto que dois atletas disseram não desejar fazer parte de nenhuma equipe. Essa questão reforça de maneira quantitativa o quanto alguns atletas levam a sério os treinos e acreditam realmente na oportunidade de se profissionalizar.
Tabela 8. Qual equipe de voleibol você sonha fazer parte?
Respostas |
ƒ |
Minas |
3 |
Paranaense |
1 |
Castro |
2 |
Irati Abertos |
1 |
Master |
3 |
Cimed |
8 |
Nenhuma |
2 |
Em relação aos pontos positivos o item mais apontado pelos atletas foi, “Melhorar a Saúde e Condicionamento Físico”, visto que a prática de atividade física traz muitos benefícios aos seus adeptos, outros fatores como “trabalhar em equipe, novas amizades e ótimo esporte” também foram citados. Dos pontos negativos, a maioria disse não ter nenhum, sete citaram as lesões como um ponto negativo e seis optaram por não responder, um item citado que chamou bastante a atenção, porém não teve justificativa foi o atual “treinador” colocado como um ponto negativo, visto que o treinador é acadêmico do 3º ano de Educação Física, inserido como bolsista no projeto de extensão.
Tabela 9. Quais os pontos positivos e negativos de treinar voleibol?
Respostas |
ƒ |
Pontos positivos |
|
Melhorar a saúde |
14 |
Trabalhar em equipe |
4 |
Novas amizades |
4 |
Condicionamento físico |
6 |
Ótimo esporte |
3 |
Desenvolvimento dos reflexos |
1 |
Pontos negativos |
|
Lesões |
7 |
Treinador |
1 |
Nenhum |
12 |
Não responderam |
6 |
Na questão referente ao significado de participar da equipe de voleibol da cidade dois itens foram citados pela maioria, sendo eles: “representar a cidade e as novas amizades ali conquistadas, senão mantidas”, os demais itens como “oportunidade de participar de competições, viajar e melhorar como pessoa” foram citados porém menos vezes, mais uma vez essa questão demonstra o quanto a amizade mantida entre o grupo faz com que eles permaneçam no projeto, além do desejo e da vontade de representar a cidade.
Tabela 10. Qual o significado de participar da equipe de voleibol de Irati?
Respostas |
ƒ |
Representar a cidade |
8 |
Oportunidade de participar de competições |
4 |
Amizades |
8 |
Viajar |
2 |
Melhorar como pessoa/ educação |
2 |
A última questão diz respeito a influência do voleibol na vida particular do atletas e mais uma vez os itens mais citados foram, “amigos e socialização”. Neste ponto esta a importância que as amizades têm para os participantes do Projeto, em todas as questões abertas, onde eles tinham total liberdade de expressão a amizade sempre foi colocado como principal fator na permanência ou ingresso no projeto. Sendo assim, podemos dizer que mesmo sendo um Projeto de extensão que visa a socialização entre a comunidade, muitos ingressam com objetivos bem particulares e treinam de acordo com o que almejam alcançar.
Tabela 11. Qual influência que o voleibol tem em relação a sua vida particular?
Respostas |
ƒ |
Amigos |
6 |
Respeito |
4 |
Socialização |
6 |
Preparo físico |
2 |
Nenhum |
4 |
Não responderam |
2 |
Discussão
O presente estudo teve como objetivo verificar se o treino de voleibol da cidade de Irati – PR é visto pelos praticantes como lazer ou uma futura profissão. Foram entrevistados vinte meninos integrantes do projeto de extensão UNIVERCidade Olímpica, Projeto de Extensão vinculado a Universidade Estadual do centro Oeste- UNICENTRO – Irati, que visa o esporte voleibol.
Os resultados encontrados corroboram com estudo realizado por Paim (2003), que analisou 75 meninas na faixa etária de 14-16 anos, pertencentes às Escolinhas de Voleibol de Escolas Estaduais e Particulares de Santa Maria. Os resultados indicaram que o fator motivacional mais relevante para o envolvimento das adolescentes no voleibol é: Excitação e Desafios com (77%) da preferência, seguido de Afiliação (69%), Desenvolver Habilidades (65%), Reconhecimento e Status (45%), Aptidão (40%) e Liberar Tensões (30%).
Outro motivo que merece destaque e não foi incluído nas categorias de fatores motivacionais, e sim utilizado somente como auxílio ao questionário, é o de "Ter Alegria", com (100%). A presente pesquisa também encontrou apoio nos estudos de WANKEL e KREISEL apud PAIM (2003), onde se investigou um grupo de crianças, variando a idade e o esporte. Estes autores concluíram que as razões intrínsecas, tais como, melhorar habilidades (desenvolver habilidades) e estar com amigos (afiliação), eram os motivos mais importantes para participarem do esporte. De acordo com a pesquisa realizada os amigos foram o principal motivo para a freqüência dos atletas nos treinos.
Outro estudo que apresentou resultados semelhantes foi realizado por GONZÁLEZ, TABERNERO & MÁRQUEZ (2000) que analisaram 100 jovens praticantes de tênis (50) e futebol (50). Os valores médios que os futebolistas consideraram a cada um dos 30 motivos do questionário mostrou que os motivos considerados mais importantes para os jovens futebolistas são: “Quero me manter em forma”, “Gosto de fazer exercício”, “Quero aprender novos movimentos e habilidades”, “Quero estar fisicamente bem”, “Gosto de esporte em grupo” e “Gosto de me divertir”. Até mesmo em um estudo feito por NOCE. & SAMULSKI (2002) que analisaram o estresse psíquico em atacantes no voleibol de alto rendimento a participação na equipe e a continuidades no esporte são citadas como prazer e dinheiro. Sendo assim, podemos analisar que mesmo nos projetos que oferecem a pratica de voleibol sem fins lucrativos ou em grandes equipes com renome além do lucro, existe toda uma questão de prazer pela pratica, de convivência com os amigos que acabam surgindo nos treinos e tudo isso se torna motivação para freqüentar afinal o voleibol é um esporte extremamente dinâmico.
Considerações finais
Sabemos que hoje a grande maioria das pessoas tem a conscientização de que a prática de atividade física traz muitos benefícios para o indivíduo, independente do esporte ou atividade que se está inserido é sempre benéfico. Como o objetivo deste trabalho foi analisar se o treino de voleibol de Irati é visto pelos atletas como lazer ou futura profissão, nosso embasamento gira em torno da modalidade de voleibol masculino. De acordo com os dados analisados podemos dizer que a grande maioria participa do projeto visando participar de uma equipe de fora ou de maior nível, onde o foco dos treinos é o voleibol de competição, com técnica e táticas bem definidas, onde se “briga” pelas posições e tem a chance de se profissionalizar. Como citado anteriormente durante todo o questionário que foi aplicado nos atletas à amizade prevaleceu sobre a grande maioria das questões, independente se referente ao ingresso na equipe, permanência ou ainda como uma influência.
Em relação a trabalhos futuros este trabalho fornece informações relevantes e de grande importância no que diz respeito a continuidade do desenvolvimento do projeto, como oportunidade da pratica de atividade física e treinamento esportivo. Como já mencionado, alguns atletas que ingressaram no projeto em anos anteriores, hoje são profissionalizados na modalidade e jogam em grandes equipes, alguns exemplos como o Atleta Luiz Fernando Requião integrante da equipe Chapecó de Santa Catarina que já participou de diversas equipes como Campos Novos SC, Palmera PR, Pinhais PR, Aldebaram na Espanha entre outras; Lucas Traple integrante da equipe Neo Master da cidade de Ponta Grossa PR, convocado para Seleção Brasileira sub 16 para o ano de 2010; Guilherme Fillus ex Jogador do Alagoas em Maceió; Luis Felipe Requião que foi integrante da equipe de Palmera PR e Pinhais PR e Vinicius Pedroso Emiliano de Morais integrante da equipe de Pinhas da cidade de Pinhais PR, esses exemplos sem duvida servem de esperança para os atuais participantes do projeto que almejam uma chance de se profissionalizar como jogador de voleibol como ficou explicito na analise dos dados.
Referências bibliográficas
DUWE, E.J.; NOVAES, A.J. Planejamento do voleibol à longo prazo por faixas etárias. Instituto Catarinense de Pós-Graduação – ICPG. Curso de Especialização em Educação Física Escolar, 2005.
GONZÁLEZ, G.; TABERNERO, B.; MÁRQUEZ, S. Análisis de los motivos para participar en futbol y en tenis en la iniciación deportiva. Revista Motricidad, 06: 47-66, 2000.
MACHADO, A. A Importância da Motivação para o Movimento Humano. In: Perspectivas Interdisciplinares em Educação Física, São Paulo: Soc. Bras. Des. Educação Física, 1995.
MORAES, L. C., SALMELA, J. H., RABELO, A. S., LIMA, M. S. O. Desenvolvimento de jovens atletas de voleibol. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2004
NOCE, F.; SAMULSKI, D.M. Análise do estresse psíquico em atacantes no voleibol de alto nível. Revista Paulista de Educação Física, 2002.
NOCE, F.; SAMULSKI, D.M. Análisis del estrés psíquico en colocadores brasileños de voleibol de alto nivel. Revista de Psicología del Deporte, 2002.
PAIM, M.C.C. Voleibol, que fatores motivacionais levam a sua pratica? Revista EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, 09(61), 2003. http://www.efdeportes.com/efd61/volei.htm
ZANETTI, M. C.; LAVOURA T. N.; MACHADO, A.A. Motivação no esporte. Revista Conexões, 6(esp), 2008.
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digital · Año 15 · N° 147 | Buenos Aires,
Agosto de 2010 |