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Prevalência de inatividade física e determinantes em escolares do 8º

ano de uma escola pública estadual da cidade de Porto Velho, RO

Predominancia de inactividad física y factores determinantes en escolares 

de 8º año de una escuela pública estatal de la ciudad de Porto Velho, RO

 

Professora ULBRA-PVH

(Brasil)

Prof. Mestre Silvia Teixeira de Pinho*

Prof. Especialista Eliane Eliker*

Prof. Pedro Vitor dos Santos

silvia_esef@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho buscou investigar a prevalência de inatividade física em escolares. A amostra foi composta de 96 estudantes do oitavo ano de uma Escola Publica Estadual da cidade de Porto Velho-RO, o instrumento utilizado foi um questionário de atividade física e situação econômica que foi testado e aprovado em uma pesquisa realizada em Gravatai-RS. Os resultados mostraram que 51,70% dos escolares são ativos fisicamente e a prevalência de inatividade física foi de 48,30% que ainda e um percentual muito alto e um dos fatores que contribui para esse percentual e a utilização especialmente da televisão e/ou computador, pois a media diária na utilização destes aparelhos foi de 190,6 minutos, podendo boa parte desse tempo ser convertido na realização de atividades físicas.

          Unitermos: Prevalência. Inatividade física. Adolescentes.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    O homem torna-se cada vez mais sedentário devido as tecnologias inventadas e, desde a Revolução Industrial esses avanços tecnológicos são mais freqüentes, colaborando assim para um aumento do nível de sedentarismo na população, afetando especialmente o homem urbano-ocidental (MENDES, 2004).

    Deste modo, devido as facilidades que a tecnologia trouxe, o homem torna-se cada vez mais sedentário, tornando-se mais propicio ao desenvolvimento de algumas patologias que são desencadeadas por meio da inatividade física.

    O homem utiliza os movimentos naturais para se expressar das mais diversas formas, se locomover e realizar atividades do cotidiano, ou seja, “o ambiente em que o ser humano se encontra não é fixo, e variável, o que gera estímulos, aos quais deve responder” (MANOEL, 1989).

    Da mesma forma Menestrina (2000) pactua da mesma teoria já que conceitua o movimento como “a essência da vida humana”. De acordo com a mesma autora as civilizações antigas para poderem sobreviver eram obrigadas a executar um grande numero de atividades, por meio das quais o homem utilizava os movimentos para caçar, pescar e para a defesa pessoal, ou seja, pelo estilo de vida que levavam, essas civilizações eram fisicamente ativas.

    Por um longo tempo o homem viveu como nômade. Depois disso iniciou-se o processo de sedentarizacao, no qual foram incrementadas técnicas simples para produção de alimentos (OLIVEIRA, 1983).

    Mendes (2004) destaca que “para se afirmar que uma pessoa é sedentária, deve-se avaliar o quanto ela gasta de energia durante a atividade executada no trabalho e no lazer”.

    Tendo em vista os problemas de saúde que estão relacionados ao sedentarismo, a educação física escolar torna-se uma importante ferramenta na promoção de um estilo de vida mais saudável.

    Para Gallahue (2003) a escola pode ser considerada o agente inicial e fundamental na socialização, na qual e nela que o adolescente passa a maior parte do tempo. Por isso, “o programa de Educacao Fisica Escolar é responsável pelo desenvolvimento de movimentos fundamentais e de habilidades esportivas nas atividades da cultura”.

Metodologia

    O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva quantitativa em que se verificou a prevalência de escolares inativos fisicamente do oitavo ano do ensino Fundamental de uma Escola Publica Estadual da cidade de Porto Velho-RO e identificou os motivos que desencadeiam esta situação.

    Esta pesquisa faz parte de outra pesquisa ainda maior do programa de Pos-

    Graduação em Saúde Coletiva da Ulbra que foi realizado na cidade de Gravatai-RS, e esta sendo realizado na Região Norte na cidade de Porto Velho-RO, Ji-Parana-RO e Santarem-PA. A população do estudo na região norte são todas as Escolas Publicas Estaduais da cidade de Porto Velho-RO. Por isso foi solicitado junto a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) o quantitativo do número de turmas e o número de alunos por turma na escola, na qual, foi retirada a amostragem, sendo esta de 18 escolas selecionadas que corresponde a 1075 alunos. Para este estudo foram utilizados os dados de uma escola da zona leste da cidade, totalizando 96 alunos.

    Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com perguntas fechadas, previamente testado e aprovado que foi utilizado em uma pesquisa realizada pela Secretaria de Educação de Gravataí e Universidade Luterana do Brasil – Ulbra para conhecer aspectos importantes da saúde dos adolescentes de Gravataí.

    Para Gil (2002) questionário é “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado”, sendo entre a entrevista e o formulário que também são instrumentos de coleta de dados nos levantamentos, o mais pratico, barato e mais rápido para obtenção de dados ou informações, não necessitando de treinamento especifico para a realização do mesmo e ainda garante o anonimato.

    O questionário foi preenchido anonimamente pelos alunos e para o estudo em questão foram utilizadas somente algumas perguntas em relação à atividade física e uma da situação econômica.

    Em geral os resultados de uma pesquisa especialmente em relação ao nível de atividade física, ate podem servir de base para outras pesquisas, mas deve ser verificado que os resultados obtidos dependem de vários fatores como a localidade pesquisada, hábitos culturais e outros.

Resultados e discussão

    O gráfico 1 mostra o quantitativo total de respostas. Pode-se verificar que a maioria dos alunos realiza atividades físicas em dois dias da semana.

Gráfico 1. Freqüência de dias na realização de atividades físicas

    No gráfico 2 foi perguntado quanto tempo por dia o escolar pratica ou faz atividade física. O maior numero de respostas foi 90 minutos por dia que juntamente como os outros valores demonstrados neste gráfico, foi contabilizado multiplicandos e pela freqüência na realização de atividades físicas.

Gráfico 2. Duração das Atividades Físicas

    A hipótese levantada de que os escolares são inativos fisicamente não foi confirmada, porque 51,70% dos escolares foram considerados ativos fisicamente, apesar de não haver diferenças significativas entre os ativos fisicamente e os inativos fisicamente, sendo a prevalência de inatividade detectada de 48,30%. No entanto, pode-se considerar que este valor ainda e alto, sendo necessária a adoção de medidas preventivas e educativas por parte dos órgãos competentes como a Secretaria Estadual de Educação.

    O nível de atividade física positiva encontrada de 51,70% pode ser justificado porque a maioria dos alunos vai e volta da escola a pe ou bicicleta, pelo fato da escola estar localizada no próprio bairro onde a maioria reside, não sendo necessária a utilização de outros meios de transporte.

    A outra hipótese levantada foi que a utilização excessiva de equipamentos de entretenimento incide diretamente para que os escolares sejam inativos fisicamente.

    Esta hipótese e considerada valida justamente por ser esta a forma de lazer para a maioria dos alunos. Constata-se que a televisão e computador têm um percentual muito maior de utilização pelos adolescentes em comparação com o videogame.

    Deste modo, especialmente a televisão exerce influencia no nível de atividade física por ser um lazer realizado de maneira sedentária e por ser um equipamento acessível a praticamente todas as classes sociais.

Referências

  • GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora, 2003.

  • GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002.

  • MANOEL, Edson de Jesus. Revista Universidade de São Paulo. Centro de Praticas Esportivas. Educação Física na Universidade. São Paulo, 1989.

  • MENDES, Ricardo Alves. Ginástica laboral: princípios e aplicações praticas. Barueri, SP: Manole, 2004.

  • MENESTRINA, Eloi. Educação física e saúde. 2. ed. UNIJUI, 2000.

  • OLIVEIRA, Vitor Marinho. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção primeiros passos; 79).

  • RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner Rocha; DAVIS, Claudia. Psicologia do desenvolvimento. Volume 4. São Paulo: EPU, 1982.

  • WILMORE, J.H. & COSTILL, D.L. Fisiologia do Esporte e Exercício. 2. ed. – São Paulo, Manole, 2001.

  • ZAGURY, Tânia. O adolescente por ele mesmo. 13. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2002.

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