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Influência da meia maratona na 

resposta hematológica em atletas amadores

Influencia de la media maratón en la respuesta hematológica en corredores aficionados 

 

*Professor responsável pelo FISIO2EX,

Centro de Pesquisa e avaliação Física em Performance Humana

da Universidade Presidente Antônio Carlos

Educação Física, UNIPAC, Uberlândia, MG

**Centro de Pesquisa e Avaliação Física em Performance Humana

da Universidade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC, Uberlândia, MG

(Brasil)

Fernando Nazário-de-Rezende*

Camila Francisca da Silva**

Arley Alves Ferreira**

Daniella Almeida Resende**

Fernanda Arantes Coimbra Teixeira**

Robson da Silva Medeiros**

nazario_rezende@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi examinar os efeitos provocados no organismo, parâmetros fisiológicos e bioquímicos, de atletas amadores de corrida após percorrerem uma meia maratona de 21 km. A amostra foi composta de 12 corredores amadores da cidade de Uberlândia-MG-Brasil, do gênero masculino com idades entre 44 ± 11.2 anos, massa corporal 66 ± 8.4 kg e estatura 169 ± 6.7 cm. Todos os voluntários eram praticantes de atividade física (corrida), pelo menos 3 vezes por semana e não apresentavam doenças musculares ou articulares assim como cardiopatias que pudessem interferir nos resultados. Foram coletados 4 tubos de sangue por participante, contendo 5 ml em cada tubo, sendo 2 tubos colhidos 5min antes e 5min dois depois da meia maratona. Para a análise estatística foi aplicado teste t de Student, sendo que o nível de significância estabelecido em 0,05. De acordo com a comparação das variáveis os valores foram significativamente maiores para o pós corrida, sendo: eritrócito pré 4,93 e pós 5,09 milhões/mm3 com aumentos de 3,24 %, sendo P = 0,012; hemoglobina pré 14,6 e pós 15,0 g/dl com aumento de 2,73 %, sendo P = 0,030; hematócrito pré 44,4 e pós 45,7% com aumento de 2,93 %, sendo P = 0,030; leucócito pré 6.516 e pós 8.925 mm3, aumento de 36,9 %, sendo P = 0,002; neutrófilos pré 3.140 e pós 5.263 mm3, com aumento de 67,61 %, sendo P = 0,002; eosinófilos pré 126 e pós 262 mm3, com aumento de 107,93 %, sendo P = 0,002; basófilo pré 0 e pós 0, aumento de 0 %, sendo P = 0,002; linfócitos pré 2.877 e pós 2.977 mm3, com aumento de 4,17 %, sendo P = 0,002; monócitos pré 372 e pós 397 mm3, com aumento de 6,72 %, sendo P = 0,002; plaquetas pré 203 e pós 231 mm3, com aumento de 13,79 %, sendo P = 0,007; CPK pré 116 e pós 255 U/L com aumento de 119,82 %, sendo P = 0,000. Concluímos que houve uma significante alteração nos fatores hematológicos devido ao aumento no hemograma pós corrida de 21 km, assim como aumento excessivo do CPK.

          Unitermos: Meia maratona. Resposta hematológica. Atletas amadores. 

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    O exercício físico pode ser considerado um instrumento de promoção da saúde contribuindo para o sistema imune e conferindo-lhe proteção contra agentes patogênicos. O sistema imune tem como função principal a defesa contra infecção, sendo composto pelos leucócitos que modulam a resposta imune, a qual pode ser inata ou adaptativa, o exercício físico pode provocar alterações positivas ou negativas sob o número total ou relativo de leucócitos. Quando este é de leve a moderada intensidade, é considerado benéfico por aprimorar a função de células responsáveis pela defesa e reduzir o risco de enfermidades infecciosas. Por outro lado, o exercício intenso e prolongado pode suprimir o sistema imune aumentando a susceptibilidade às infecções, principalmente do trato respiratório superior (DANIEL; CAVAGLIERI, 2005).


    Enquanto o exercício moderado regular é comumente associado com a diminuição da susceptibilidade a infecções, o exercício exaustivo de longa duração tem sido associado com sintomas de imunodepressão transitória, com aumento da susceptibilidade a infecções. Essas respostas são altamente dependentes da habilidade dos leucócitos em migrarem do sangue para os tecidos periféricos em locais de inflamação (SILVA, 2007).

    Segundo LEITÃO et al, (2005) as competições e treinamentos de alta intensidade que duram mais de 90 minutos com utilização de 70% do VO2 máx causam o aparecimento de infecções e inflamações.

    O excesso de treinamento pode acarretar prejuízo aos atletas, provocando distúrbios, em especial, das vias aéreas superiores, mais especificamente em atletas de “alta performance”, tanto em período de treinamento intenso quanto em competições. Porém, distúrbios podem também ocorrer em atletas amadores que se submetem a grandes esforços (SZENESZI et al. 2007).O sistema imunológico é dividido em dois grandes ramos: o sistema inato e o adaptativo. O sistema inato caracteriza-se por responder aos estímulos de maneira não específica. O sistema imune adaptativo caracteriza-se por responder ao antígeno de modo específico, apresentando memória. O primeiro é composto por células: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, e por fatores solúveis: sistema complemento, proteínas de fase aguda e enzimas. O segundo é composto por células: linfócitos T e B e por fatores humorais, as imunoglobulinas. Essa divisão é didática e elementos de sistema inato podem agir como efetores do sistema adaptativo (ROSA; VAISBERG, 2002).Os exercícios exaustivos ou as competições constantes podem predispor o organismo a infecções. A atividade física pode promover modificações na concentração, proporção e nas funções de células brancas do sangue, especialmente nos leucócitos e nos linfócitos, assim como pode afetar as imunoglobulinas e outros fatores responsáveis pela imunidade (RANDY EICHNER, 1999). As alterações na resposta imune causadas por uma sessão de exercícios podem trazer mudanças no organismo, provocando alterações nos materiais analisados, sendo estes: eritrócito, hemoglobina, hematócrito, leucócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos, plaquetas e CPK (ROSA et al. 2002).

    Algumas hipóteses têm sido propostas para explicar a relação entre o exercício regular e a suscetibilidade na aquisição de infecções tanto em populações de atletas como em sedentários. Para explicar tal ocorrência devemos citar a teoria da janela aberta de Pedersen e Ullum 1994, que propõe, sob enfoques distintos, a existência do período de imunossupressão após exercício de alta intensidade (ROSA; JUNIOR, 2005).

    Diante destes estudos, decidiu-se verificar os efeitos hematológicos de 12 corredores amadores do gênero masculino pré e pós percorrerem correndo uma distância de 21 km, relacionado à análise de leucócitos, hematócrito, plaquetas, hemácias, neutrófilos e CPK ao sistema imunológico. 

Metodologia

Amostra

    A amostra foi composta de 12 corredores amadores da cidade de Uberlândia-MG-Brasil, do gênero masculino com idades entre 44 ± 11.2 anos, massa corporal 66 ± 8.4  kg e estatura 169 ± 6.7 cm. Todos os voluntários eram praticantes de atividade física (corrida), pelo menos 3 vezes por semana e não apresentavam doenças musculares ou articulares assim como cardiopatias que pudessem interferir nos resultados. Cada voluntário para a pesquisa usou sua vestimenta a qual o mesmo era acostumado a correr em suas rotinas diárias de treinamento. 

Procedimentos gerais

    Este estudo foi aprovado pelo CEP - comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia com análise final nº. 612/08 para o protocolo de registro cep/ufu 214/08.

    Antes da realização da coleta de sangue os voluntários receberam informações sobre a pesquisa e em seguida assinaram um termo de consentimento de participação do estudo e publicação dos resultados de acordo com a resolução n.° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

    O material para análise de pesquisa foi colhido por um técnico de enfermagem liberado pelo laboratório de análises clínicas. Os exames hematológico utilizaram o acido etilenodiaminotetraacético (EDTA) líquido como anticoagulante. Os tubos com anticoagulante foram invertidos verticalmente com cuidado, totalizando de 7 a 10 vezes após a coleta. Essa medida assegurou uma completa mistura dos anticoagulantes com o sangue para evitar a formação de coágulo. Os materiais para análise utilizados foram de responsabilidade do técnico, como coleta, armazenamento, identificação e encaminhamento para o laboratório. Os materiais utilizados foram algodão embebido em álcool 70%, seringa 5ml, agulha 25x 8, tubos contendo EDTA para hemograma, BD e tubos com gel para bioquímica devidamente esterilizados, descartáveis e respeitando as técnicas assépticas e os materiais perfuro-cortantes foram desprezados em uma caixa específica (descartex) e o algodão desprezado em saco de lixo branco leitoso. A punção foi realizada na região anticubital, sendo coletados 4 tubos com 5ml de sangue cada por participante, sendo 2 antes e 2 após a meia maratona. Seu armazenamento foi feito em uma caixa térmica contendo um termômetro para manter a temperatura entre -8 ºC e +2 ºC.

    As amostras de sangue dos participantes foram coletadas no período da manha das 7h ás 7h 30min antes que começassem a correr e 5min após chegada de cada atleta. Todas as coletas foram encaminhadas para análise imediatamente após a coleta do sangue pós corrida do último voluntário. Nesta chegada ao laboratório foi realizado o cadastramento e os tubos foram etiquetados por código de cadastro de siglas dos exames CHEM, TOS, SOL, CPK e feito triagem do material e separação para o setor de forma que foi analisado pelo técnico de patologia e análise clínica. O hemograma foi analisado pela máquina ChemWell® Dez. 2007. 

Análise do tempo e peso corporal pré e pós 21 km de corrida

    Para mensuração do tempo percorrido foi utilizado um cronômetro da marca CRONOBIO SW2018 que foi disparado pré e conferido após chegada de cada um dos voluntários. O peso corporal foi aferido pré e pós corrida de 21 km usando uma balança antropométrica digital da marca TESH LINE®. 

Altimetria e distância do percurso

    A corrida foi realizada em um percurso asfaltado com a distância de 21 km medidos através de um relógio cardio-frequencímetro da marca POLAR® RS800 3G (figura 7). O percurso de 21 km de corrida teve 175 metros de ascensão sendo a pesquisa realizada á uma temperatura média de 27° ± 3° durante o horário de 07h15min às 9h30min AM. Os voluntários foram acompanhados por carros, motos e bicicletas que fizeram apoio como entrega de água a medida que os atletas pediam. 

Estatística

    Com o objetivo de verificar a existência ou não de diferenças estatisticamente significantes entre os valores das variáveis: eritrócitos, hemoglobina, hematócritos, leucócitos, plaquetas e CPK, obtidos com 12 voluntários, antes e depois do treinamento, foi aplicado teste t de Student (GRANER, 1966), aos dados em questão sendo o nível de significância estabelecido em 0,05 em uma prova bicaudal. 

Resultados

    Foram analisados no sangue periférico os valores de várias células da função hematológica, bem como algumas medidas antropométricas, antes e após a meia maratona de 21 km. Foram medidos o número de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, leucócitos, neutrófilos, eusinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos, plaquetas e CPK.De acordo com a comparação das variáveis os valores foram significativamente maiores para o pós, sendo: eritrócito pré 4,93 e pós 5,09 milhões/mm3 com aumentos de 3,24 %, sendo P = 0,012 (figura 1); hemoglobina pré 14,6 e pós 15,0 g/dl com aumento de 2,73 %, sendo P = 0,030 (figura 4); hematócrito pré 44,4 e pós 45,7% com aumento de 2,93 %, sendo P = 0,030 (figura 2); leucócito pré 6.516 e pós 8.925 mm3, aumento de 36,9 %, sendo P = 0,002 (figura 3); neutrófilos pré 3.140 e pós 5.263 mm3, com aumento de 67,61 %, sendo P = 0,002; eosinófilos pré 126 e pós 262 mm3, com aumento de 107,93 %, sendo P = 0,002; basófilo pré 0 e pós 0, aumento de 0 %, sendo P = 0,002; linfócitos pré 2.877 e pós 2.977 mm3, com aumento de 4,17 %, sendo P = 0,002; monócitos pré 372 e pós 397 mm3, com aumento de 6,72 %, sendo P = 0,002; plaquetas pré 203 e pós 231 mm3, com aumento de 13,79 %, sendo P = 0,007 (figura 5); CPK pré 116 e pós 255 U/L com aumento de 119,82 %, sendo P = 0,000 (figura 6 e tabela 1).

    O tempo médio em que os voluntários completaram o percurso foi de 1h 32 min ± 8.1 min sendo a massa corporal pré-corrida de 66.1 ± 8.3 kg passando para 64.9 ± 8.4 kg pós 21 km.

Figura 1. Comparação entre médias dos dados hematológicos relacionados a concentração de eritrócitos pré e pós corrida de 21 Km em 12 homens. *significância de 0,05 

 

Figura 2. Comparação entre médias dos dados hematológicos relacionados a concentração de hematócrito pré e pós corrida de 21 Km em 12 homens. *significância de 0,05 

 

Figura 3. Comparação entre médias dos dados hematológicos relacionados a concentração de leucócitos pré e pós corrida de 21 Km em 12 homens. *significância de 0,05 

 

Figura 4. Comparação entre médias dos dados hematológicos relacionados a concentração de hemoglobina pré e pós corrida de 21 Km em 12 homens. *significância de 0,05 

 

Figura 5. Comparação entre médias dos dados hematológicos relacionados a concentração de plaquetas pré e pós corrida de 21 Km em 12 homens. *significância de 0,05 

 

Figura 6. Comparação entre médias dos dados hematológicos relacionados a concentração de CPK pré e pós corrida de 21 Km em 12 homens. *significância de 0,05 

 

Tabela 1. Comparação hematológica das médias e desvio padrão pré e após corrida de 21 km em atletas amadores experientesAnáliseEritrócito milhões/mm3Hemoglobina g/dl

Figura 7. Altimetria e distância do trajeto percorrido pelos 12 voluntários do gênero masculino aferidos com o uso do polar RS 800 3G 

Discussão

    Inúmeros estudos têm evidenciado alterações na concentração e na função de alguns componentes do sistema hematológico provocadas pelo exercício físico (LEANDRO; et al, 2002).Segundo o autor ROSA et al. (2002) o exercício praticado em alta intensidade sob condições estressantes provoca um estado transitório de imunodepressão.Segundo AVILA (2006) os exercícios de força não promovem alterações no organismo dos atletas que configuram-se como um quadro de imunodepressão mediada pelo exercício de força. Tal achado é importante por não aumentar a probabilidade destes indivíduos contraírem alguma doença mediada por falha no sistema imunológico. O que pode ser uma estratégia ótima como forma de não interrupção de treinamento físico durante um período de falha do sistema imunológico até seu processo de recuperação. Porém os exercícios aeróbios de longa duração e alta intensidade não são indicados pelo período de falha do sistema imunológico por aumentarem o risco de novas infecções como relatado por ROSA et al. (2002), FERREIRA (2007) e SANTOS et al. (2008). 

    De acordo com SANTOS et al. (2008), o exercício prolongado constante altera de forma crônica a função imune, o autor citou a teoria de “open window” que caracteriza-se pela diminuição das defesas imunes de 1 a 9 hs após o exercício prolongado, podendo-se estabelecer como déficit crônico do sistema imunitário quando o treino de “endurance” muito prolongado se torna sistemático.

    Nossos resultados apresentam apenas uma coleta imediatamente após o término da corrida, não possibilitando conclusões com o decorrer da recuperação de cada atleta. O aumento ocorrido no hemograma completo pode ser devido à perda hídrica provocando uma hemoconcentração assim como um mecanismo rápido de defesa do organismo para intensificar o combate a possíveis infecções imediatamente após o término da corrida. Já o aumento excessivo do CPK possivelmente justificado devido ao alto grau de contrações excêntricas que ocorrem durante uma corrida de 21 km, isto é, o excesso de impacto com o solo (asfalto) resultando em micro-lesões durante a corrida.

    A atividade física afeta a competência do sistema hematológico, porém estes efeitos variam de acordo com o tempo e a intensidade do exercício físico, sendo que os mecanismos envolvidos não foram completamente elucidados (PEDERSEN & SALTIN, 2006). Estes efeitos podem ser mediados através das ações dos hormônios do estresse, interação neuro-endócrina, citocinas, fatores hematológicos, nutricionais e diminuição dos níveis circulantes de glutamina (PEDERSEN & SALTIN, 2006). De acordo com GARCIA et al. (1999); CURI, (2000); MALM (2006); EKBLOM et al. (2006); PEDERSEN & SALTIN (2006) os exercícios de intensidade moderada parecem exercer um efeito benéfico sobre as células do sistema imunitário, enquanto que outros relatos observaram uma diminuição da resistência imunitária (FERREIRA, 2007). Enquanto o exercício moderado regular é comumente associado com a diminuição da susceptibilidade a infecções, o exercício exaustivo de longa duração tem sido associado com sintomas de imunodepressão transitória, com aumento da susceptibilidade a infecções. Nosso dados tratam-se de atletas amadores acostumados com percursos longos e corridas desgastantes, assim esperando uma possível imunossupressão pós esforço, porém, estes resultados contrariaram nossa hipótese pelos valores hematológicos aumentados imediatamente pós esforço de 21 km de corrida. Talvez, pela coleta ter sido realizada imediatamente após o término do esforço não houve tempo suficiente para que os leucócitos migrassem do sangue para os tecidos periféricos em locais de inflamação causados pelas possíveis microlesões musculares, pois é sabido que o efeito de imunossupressão depende altamente da habilidade dos leucócitos e seu transporte para tecidos lesionados como citado por SILVA (2007)

    Diante de nossos achados, aconselhamos que novos estudos com diferentes retiradas de sangue após o término da corrida sejam realizados no período de recuperação, para verificarmos um possível efeito “open window” citado por SANTOS et al. (2008) nessa modalidade de exercício em atletas amadores praticantes de corrida e de exercícios resistidos com diferentes volumes e intensidades de treinamento. Os resultados deste estudo poderão possibilitar maior compreensão do problema imunológico e contribuir para elaboração de projetos como ações educativas voltadas para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população após corridas e diferente exercícios físicos. 

Conclusão

    Concluímos que houve uma significante alteração nos fatores hematológicos. Contrariando as nossas expectativas que eram de uma possível imunossupressão, houve um aumento de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, leucócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos, plaquetas e principalmente CPK.  

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