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Iniciação esportiva: propostas para o

desenvolvimento pleno do jovem atleta

Iniciación deportiva: propuestas para el pleno desarrollo del joven atleta

 

Acadêmicos do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física

pela Universidade do Estado do Pará, Campus Altamira

(Brasil)

Marina Lorena Paracampos Cardoso

marina_paracampos@hotmail.com

Randerson Sousa e Silva

randerson_atm14@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo aborda a cerca da iniciação esportiva e os métodos mais eficazes para a aplicação da prática esportiva em crianças e adolescentes, realizando um rápido apanhando sobre a infância e as suas particularidades de desenvolvimento motor, psíquico e social. Sugerindo também a melhor época para iniciação da atividade esportiva, identificando e especificando cada fase do desenvolvimento motor, quais atividades físicas são adequadas a cada faixa etária e quais ações devem ser evitadas para não prejudicar o desenvolvimento do jovem atleta. Relevando ainda os benefícios adquiridos ao se praticar uma atividade física bem orientada que atue de acordo com desenvolvimento do indivíduo praticante, sempre respeitando seus limites e capacidades.

          Unitermos: Desenvolvimento motor. Atividade física. Criança. Treinamento esportivo.

 

Abstract
          This article discusses about the sport initiation and more effective methods for the application of sports in children and adolescents, realizing a fast catching on childhood and its special motor development, mental and social. Also suggesting the best time to initiation of sports activity, identifying and specifying each stage of motor development, physical activities which are appropriate to each age group and what actions should be avoided so as not to hinder the development of young athletes. Noting further the benefits acquired to practice a physical activity and directed to act in accordance with development of the individual practitioner, always respecting their limits and capabilities.

          Keywords: Motor development. Physical activity. Child. Sports training.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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    O presente artigo foi desenvolvido com o intuito e a preocupação de esclarecer a melhor forma para que as crianças tenham sua iniciação adequada ao esporte. E para a realização do mesmo, foi empregada como metodologia de pesquisa a revisão bibliográfica de obras que discutem sobre a iniciação esportiva na infância, suas etapas de desenvolvimento e quais os benefícios para a criança ao participar de um treinamento esportivo organizado.

    Muitos pais querem que seus filhos tenham uma vida ativa e saudável ou que se tornem grandes atletas no futuro, e as crianças estão se identificando cada vez mais com os atletas que se destacam em suas modalidades esportivas. Por isso os pais levam cada vez mais cedo as crianças para escolinhas e clubes para participarem de atividades esportivas. Porém para que não se tenha frustrações com o desempenho e a saúde desses pequenos atletas, é necessário direcionar as atividades de acordo com o desenvolvimento apresentado pela criança. Por isso é importante que se esclareça os métodos mais corretos e efetivos no que diz respeito ao treinamento desportivo de jovens e crianças.

    A infância corresponde à fase mais intensa e inovadora da vida de um indivíduo, pois é nessa etapa que ele vivencia muitas descobertas. As crianças são muito intensas e se interessam bastante por jogos e brincadeiras que estimulem novas aprendizagens. A criança tem a necessidade constante de se mexer, por isso as realizações de atividades que movimentem o corpo devem ser estimuladas desde cedo, observando e respeitando o estágio de desenvolvimento da criança (FARINATTI, 1995).

    Para que a criança adquira, de forma saudável, novas habilidades é necessária uma liberdade para a realização e exploração espontânea das ações, os pais devem abrir mão do controle excessivo e deixar as crianças fazerem suas descobertas, o que auxilia no desenvolvimento motor das mesmas (SULLIVAN; ANDERSON, 2004). Crianças gostam de espontaneidade, elas agem por puro impulso durante suas brincadeiras, e a imposição de muitos limites pode até tirar todo o prazer e satisfação dessas atividades.

    A prática de atividades desportivas disponibiliza para a criança muitas oportunidades de relações e aprendizagem social, pois ela irá interagir com outras crianças e também com adultos. “[...] a atividade física é, desde a infância, o meio pelo qual a criança afirma sua independência e seus primeiros contatos sociais, sendo fundamental ao seu desenvolvimento psicofísico de forma geral” (UNITED SATES OF AMERICA apud FARINATTI, 1995, p. 33)

    Crianças e adolescentes são indivíduos bastante ativos, por isso os pais estão sempre à procura de atividades envolventes e interessantes. As práticas esportivas podem ser uma excelente forma de canalizar essa energia em exercícios saudáveis que auxiliem seu desenvolvimento motor. “[...] a iniciação esportiva, aguça de forma direta os domínios cognitivos e psicomotores da criança [...]” (FERREIRA, 2002, p. 3).

    A iniciação ao esporte deve ser realizada por um profissional da área, que poderá observar e atender as particularidades de cada criança, formando assim uma sólida base para que a mesma continue no caminho do esporte e consiga desenvolver e explorar seu potencial ao máximo.

    O treinamento esportivo pode e deve ser iniciado na infância, pois assim o atleta pode desenvolver progressivamente o corpo, a mente e suas habilidades, mas essa iniciação deve ter alguns cuidados e requisitos a serem observados (BOMPA, 2002). Programas de treinamentos para crianças jamais devem ser os mesmo dos atletas adultos, pois as crianças não possuem as mesmas habilidades, não conseguem se relacionar com os companheiros de equipe e nem entender regras e táticas como os adultos (SULLIVAN; ANDERSON, 2004).

    Os programas devem analisar e atender as necessidades e os limites das crianças, pois um treinamento que não foi elaborado especificamente para essa fase do desenvolvimento pode prejudicar a saúde física e mental da criança (BOMPA, 2002).

    De acordo com alguns cientistas do esporte e treinadores, aquelas crianças que foram trabalhadas em cima de programas de treinamento com uma boa base, em geral, conseguem melhores desempenhos durante sua vida de atleta (BOMPA, 2002). Para Oliveira e Paes (2004) o desenvolvimento não depende somente do potencial genético ou do ambiente no qual o atleta convive, mas dependem também das particularidades do seu desenvolvimento, maturação motora e a atenção prestada por seus técnicos. Porém, quando a criança inicia um treinamento organizado não significa que ela será um atleta de alto rendimento, para isso deve-se ter a preocupação com sua saúde física e mental e com sua vida fora da rotina de treinos.

    Alguns treinadores cometem um erro terrível quando buscam nas crianças resultados rápidos, submetendo-as a treinamentos rigorosos, muito repetitivos e específicos, se preocupando apenas em desenvolver habilidades para um determinado esporte. Isso pode trazer conseqüências negativas para a vida da criança, como por exemplo, o desenvolvimento limitado das aptidões motoras, lesões adquiridas pela grande intensidade dos treinos, a desmotivação e o abandono do esporte e desgaste psicológico por conta do excesso de pressão aplicada a elas (BOMPA, 2002).

    É importante que os programas de treinamento esportivo sigam respeitando os estágios do desenvolvimento dos atletas, desde a iniciação até o alto rendimento para não prejudicar o desenvolvimento do jovem atleta.

    Para Bompa (2002), Sullivan e Anderson (2004) a iniciação da criança em atividades esportivas organizadas é indicada a partir dos 6 anos de idade, pois após essa idade a criança já desenvolveu grande parte das capacidades motoras necessárias para realizar diversas atividades como, correr saltar e arremessar. Oliveira e Paes (2004) sugerem ainda o desenvolvimento de ações como o lançamento, o chute, o saque, o quicar e cortar que são típicos dos jogos desportivos.

    Nessa etapa do desenvolvimento que, segundo Bompa (2002), prossegue até os 10 anos de idade, é necessário estimular a diversão com jogos e brincadeiras de caráter lúdico, participativo e alegre, além de dar ênfase a prática de atividades que desenvolva as habilidades no geral, e ainda não se é recomendado o treinamento voltado para um único esporte. A exposição das crianças, nessa faixa etária, a competições deve ser evitada ao máximo (OLIVEIRA; PAES, 2004).

    Nessa faixa etária o treino deve ser de baixa intensidade e sem exigências de rendimento, pois a criança ainda não está preparada para receber cobranças do seu desempenho (BOMPA, 2002). É importante também que não se cobre muito em relação às regras, pois isso tira o caráter espontâneo e divertido da atividade. Para Sullivan e Anderson (2004) crianças dessa etapa do desenvolvimento podem participar de grupos mesclados, pois segundo os autores, os meninos e as meninas antes da puberdade não possuem muitas diferenças quanto à força e aquisição de habilidades motoras, podendo jogar juntos e até mesmo competir entre eles.

    Em um estágio de desenvolvimento mais avançado, na qual o jovem atleta já desenvolveu consideravelmente as habilidades cognitivas, o nível do treinamento e das atividades é voltado para o proveito das aptidões esportivas.

    Na faixa etária entre 10 a 14 anos de idade a criança já é capaz de compreender e lembrar as estratégias e regras dos esportes que serão apresentadas a elas durante os treinamentos e competições, pelo início da puberdade pode ocorrer uma diminuição do rendimento, o que não significa falta de capacidade em desenvolver as atividades (SULLIVAN; ANDERSON, 2004). Nesse estágio deve-se orientar o jovem atleta sobre a ética e o jogo justo, é recomendado que a intensidade do treino seja acrescentada de forma moderada e voltado para a melhora das aptidões e habilidades motoras, que foram adquiridas na fase inicial, e não ao desempenho e a vitória (BOMPA, 2002). Esse estágio da iniciação ao esporte se caracteriza pela aprendizagem diversificada e motivacional na qual se confere muita importância a auto-imagem, socialização e valorização do indivíduo dentro dos jogos coletivos (OLIVEIRA; PAES, 2004).

    No estágio de desenvolvimento entre 15 e 18 anos, é onde ocorre a especialização em determinada modalidade esportiva. Segundo Oliveira e Paes (2004) o desenvolvimento nessa fase se baseia no refino e em uma automatização dos movimentos do atleta, e cita ainda três características do atleta que serão muito relevantes na hora da escolha da modalidade esportiva a ser praticada: a idade, o biótipo e a motivação.

    Durante esse período os atletas são capazes de tolerar uma carga maior de exercícios do que nos estágios anteriores, e devido a sua boa formação inicial no esporte, pode-se diminuir consideravelmente o risco de lesões (BOMPA, 2002). Agora o atleta necessita utilizar do seu repertório motor que foi adquirido nos estágios anteriores e aplicá-las na modalidade escolhida. Segundo Kröger e Roth, (2002, p. 10) “[...] o desenvolvimento da sensomotricidade e da motricidade geral, pode servir de base para um posterior treinamento das habilidades esportivas específicas (técnicas)”.

    Os jovens atletas desse estágio adquirem uma grande capacidade técnica, dispensando assim que o técnico necessite realizar correções, mas não isenta o mesmo da elaboração de um bom plano de treinamento que aliado com uma base sólida de iniciação pode levar o atleta a alcançar resultados excepcionais (BOMPA, 2002). Há, porém, aquelas crianças que não conseguem alcançar o desenvolvimento esperado das habilidades motoras. Por isso é importante que os treinadores estejam alertas, para quando isso ocorrer, eles possam analisar e tentar definir se esse baixo desenvolvimento é resultado de um atraso ou de uma deficiência da criança (SULLIVAN; ANDERSON, 2004). Após determinar quais os jovens atletas e quais tipos de desenvolvimento motor possuem dificuldades, durante o treino deve-se estimular a realização de atividades que ajudem na melhora ou obtenção dessas habilidades (OLIVEIRA; PAES, 2004).

    A tabela 1 mostra a idade para iniciar e especializar a criança no esporte, de acordo com algumas modalidades.

Modalidade Esportiva

Idade para iniciar a prática do esporte

Idade para iniciar a especialização

Atletismo-velocidade

10-12

14-16

Corrida de meia distância

13-14

16-17

Corrida de fundo

14-16

17-19

Saltos

12-14

16-18

Basquetebol

10-12

14-16

Boxe

13-15

16-17

Handebol continental

10-12

14-16

Ginástica olímpica

 

 

Feminino

6-8

9-10

Masculino

8-9

14-15

Judô

8-10

15-16

Futebol

10-12

14-16

Natação

 

 

Feminino

7-9

11-13

Masculino

7-8

12-14

Tênis de mesa

8-9

13-14

Tênis Feminino

7-8

11-13

Tênis Masculino

7-8

12-14

Voleibol

10-12

15-16

Tabela 1. BOMPA, Tudor O. Treinamento Total Para Jovens Campeões. Barueri, São Paulo, Brasil. Manole. 2002.

    As crianças precisam ter a oportunidade de participar de atividades que lhes permitam adquirir diversos tipos de habilidades essenciais para futuramente se tornar um bom atleta, assim, o estímulo a aquisição de diferentes habilidades motoras deve ser tanto para a modalidade escolhida quanto para as outras mais. Ao desenvolver múltiplas aptidões o jovem atleta se adaptará a vários esportes e terá várias opções de modalidades para se especializar, e ao obter várias habilidades a criança se adequará melhor aos exercícios e aos treinos (BOMPA, 2002).

    Uma pesquisa soviética de Nagorni apud (BOMPA, 2002) confrontou os resultados do treinamento de especialização precoce com o treinamento multilateral, ou seja, de habilidades múltiplas, em jovens atletas. A especialização precoce apresentou: uma rápida melhora no desempenho, o melhor desempenho de seus atletas foi aos 15-16 anos, um desempenho desregulado desses atletas em competições, aos 18 anos muitos deles abandonaram o esporte e apresentaram uma disposição maior a lesões. Já o treinamento multilateral obteve melhores resultados em longo prazo. De início teve uma pequena evolução no desenvolvimento, a alta performance dos atletas foi alcançada aos 18 anos ou mais, os atletas apresentaram uma regularidade de desempenho nas competições, apresentaram uma vida esportiva mais longa e uma pequena propensão a lesões.

    Percebe-se pelos resultados que o desenvolvimento de múltiplas habilidades do jovem atleta irá refletir em seu rendimento futuro no esporte. Nesse tipo de treinamento não se consegue alcançar grandes resultados em relação a rendimento das habilidades esportivas com rapidez, é preciso retardar a especialização e dispensar resultados imediatos, como mostra a pesquisa.

    Um bom programa de treinamento em longo prazo, que avance passo a passo e sem um aumento precipitado da intensidade dos exercícios, é de grande importância para se obter resultados positivos tanto no desempenho do esporte quanto em promover a satisfação pessoal do jovem atleta sem prejudicá-lo física e psicologicamente. A figura 1 mostra que apesar de o treinamento multilateral ser mais importante no estágio inicial do desenvolvimento esportivo, ele também deve fazer parte do programa de treinamento dos estágios mais avançados. O treinamento multilateral inclui em seu programa o treinamento de habilidades motoras, flexibilidade, resistência, força e potência (BOMPA, 2002).

Figura 1. BOMPA, Tudor O. Treinamento Total Para Jovens Campeões. Barueri, São Paulo, Brasil. Manole. 2002

    Para que se tenha um programa eficaz, em rendimento e saúde do jovem atleta, é necessária a periodização do treinamento. A periodização do treinamento é a organização do treino dos atletas de forma progressiva em longo prazo, em pequenas etapas e em determinada quantidade de tempo, levando em consideração as habilidades e objetivos que se deseja alcançar na modalidade escolhida, sendo desenvolvida desde o nível iniciante (BOMPA, 2002).

Benefícios das práticas esportivas

    Toda prática esportiva ou atividade física gera algum tipo de benefício no corpo do indivíduo, não sendo diferente nas crianças, que no caso específico delas o desenvolvimento fisiológico acontece de forma não muito clara, já que esse desenvolvimento poder se confundir com o crescimento natural da criança (SULLIVAN; ANDERSON, 2004).

    Os fatores intrínsecos desenvolvidos na criança são mais notáveis, já que atividades físicas propostas durante esse período da infância são de fundamental importância para o desenvolvimento do caráter psíquico e social da criança, por meio de brincadeiras que estimulem a interação social, como compartilhar, colaborar ou mesmo competir (SULLIVAN; ANDERSON, 2004).

    É nessa fase onde ocorre o ingresso na escola e se aumenta consideravelmente o número de pessoas importantes na vida da criança, através disso, criando sua própria forma de auto-conceito e auto-estima que são fatores que dependem muito da reação dos outros a presença da criança e a comparação das suas habilidades com as dos outros. Nesse período se recomenda que a mesma ingresse em algum programa de esporte organizado (SULLIVAN; ANDERSON, 2004).

    As crianças ao entrarem em um programa de esporte aprendem a ter respeito, adquirindo segurança e a capacidade de medir e de consciência de suas ações (KÖGER; ROTH, 2002).

    Os fatores fisiológicos podem ser observados com mais clareza na fase da adolescência, onde ocorre a maturação do indivíduo e o mesmo, aflora diversas habilidades como arremessar a bola, acertar a bola com um bastão entre outras que são atividades trabalhadas durante a infância, mas que só poder ser realizada com precisão na adolescência com o aumento da capacidade motora e da força física do indivíduo (SULLIVAN; ANDERSON, 2004).

    As atividades físicas auxiliam na prevenção de várias doenças principalmente as ligadas ao sistema cardiovascular. Para Sullivan e Anderson (2004) as práticas de atividades físicas criam hábitos saudáveis que são levadas por toda uma vida. Estudos relatam que o maior índice de mortalidade entre indivíduos adultos por doenças coronárias, é de pessoas que não praticavam nenhum tipo de atividade física ou esportiva.

    Weineck (2003) define a saúde ideal como um estado de bem estar físico, mental e social. E o esporte pode proporcionar tudo isso principalmente para as crianças, já que uma criança ativa poderá ser um adolescente ativo e mais tarde um adulto ativo e saudável.

Considerações finais

    Entende-se que as atividades físicas e esportivas ocupam um papel de fundamental importância no desenvolvimento físico, psíquico e social da criança e do adolescente. Pois se ele for estimulado quando jovem, às práticas que proporcionem um bem-estar geral, ele provavelmente será um adulto ativo e saudável. Mas para que ocorra um total desenvolvimento das habilidades, é necessário que as crianças participem de atividades direcionadas a suas necessidades e particularidades.

    Para se elaborar um programa de treinamento esportivo para jovens atletas também se deve levar em consideração que a criança não é um adulto em proporções menores, pois ela ainda está aprendendo e desenvolvendo suas capacidades. Por isso é importante uma atenção diferenciada quanto ao conteúdo repassado a elas. As principais atividades a serem trabalhadas com as crianças na iniciação ao esporte devem ser de cunho educativo, que permitam a aquisição de novas habilidades, que oportunizem a vivência da liberdade, da espontaneidade e da descoberta do seu corpo e de experiências sociais. O treino, nessa etapa do desenvolvimento humano, não deve ser intenso e nem específico a uma modalidade esportiva. Compreende-se então, que o treinamento para crianças e jovens tem por obrigação estimular a criação e o desenvolvimento do seu repertório motor. Além de prepará-lo para o convívio social, por meio de atividades que permitam um bom relacionamento em grupo.

    As organizações dos programas de treinamento são de encargo dos profissionais dedicados a iniciação do esporte. Os mesmos devem ter a responsabilidade de explorar ao máximo o potencial do seu atleta, de forma inteligente e segura. Em nenhum momento, durante os treino ou competições, os técnicos ou até mesmo os pais devem exigir o rendimento esportivo de uma criança que está se iniciando na vida esportiva, pois elas não estão preparadas psicologicamente para receber esse tipo de cobrança. Esse tipo de atitude pode levar o jovem atleta a sofre lesões físicas e psicológicas, e até mesmo o abandonar a prática esportiva.

    Acredita-se ter reunido através desta pesquisa, os principais métodos para um desenvolvimento adequado e saudável na iniciação esportiva para crianças, esclarecendo ainda as dúvidas que permeiam este assunto.

Referências

  • BOMPA, Tudor O. Treinamento Total Para Jovens Campeões. Barueri, São Paulo, Brasil. Manole. 2002.

  • CONDURÚ, Marise T; MOREIRA, Maria da C. R. Produção Científica na Universidade: normas para apresentação. 2. ed. Belém: EDUEPA, 2007.

  • FARINATTI, Paulo de Tarso Veras. Criança e atividade física. Rio de Janeiro. Sprint editora, 1995.

  • KROGER, Christian. ROTH, Klaus. Escola da Bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. São Paulo. Phorte. 2002.

  • OLIVEIRA, Valdomiro de. PAES, Roberto Rodrigues. A pedagogia da iniciação esportiva: um estudo sobre o ensino dos jogos desportivos coletivos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 10, N° 71, Abril de 2004. http://www.efdeportes.com/efd71/ensino-treinamento-dos-jogos-desportivos-coletivos.htm

  • SULLIVAN, J. Andy. ANDERSON, Steven J. Cuidados com o Jovem Atleta: enfoque interdisciplinar na iniciação e no treinamento esportivo. Traduzido por: E. Carvalho Freire e Cláudio Flausino de Oliveira. Bruerí: Manole, 2004.

  • WEINECK, Jürgen. Atividade Física e Esporte: para quê? Traduzido por: Daniela Coelho Zazá, Fabiano Amorin e Mauro Heleno Chagas. Baruerí: Manole, 2003.

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