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A importância do exercício físico para mulheres hipertensas

La importancia del ejercicio físico para mujeres hipertensas

 

*Acadêmicos do curso de Educação Física do CEULJI-ULBRA

**Professores do curso de Educação Física do CEULJI-ULBRA

(Brasil)

Alisson Padilha de Lima*

Nivaldo José dos Santos Filho* | Glauber Lameira de Oliveira**

Glauber de Jesus Bedini** | Fabricio Bruno Cardoso**

alissonpadilha@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi avaliar a importância dos efeitos do exercício aeróbico intervalado na pressão arterial de 25 mulheres hipertensas com idade compreendida entre 35 a 45 anos. Para avaliar o efeito causado pela intervenção, que se constituiu em 24 sessões com duração de 60 minutos cada, as participantes deste estudo tiveram avaliadas antes e depois sua pressão arterial. Os resultados desde estudo mostrou-se significante no quis diz respeito à pressão sistólica, pois a partir da realização do Teste T para duas amostras pareadas, obteve-se para um T= 2.86 um p= 0.004. O mesmo ocorreu com a pressão diastólica que para um t= 7.93 a obtivemos-se um p= 0.001. Assim pode-se concluir que o presente estudo contribui satisfatoriamente para obtenção da melhora dos níveis pressóricos dessas mulheres hipertensas e o controle estável da pressão arterial.

          Palavras chave: Hipertensão. Exercício físico. Prevenção.

 

Abstract

          The aim of this study was to evaluate the importance of the effects of aerobic exercise on blood pressure interval of 25 hypertensive women aged 35 to 45 years. To evaluate the effect caused by the intervention, which was formed in 24 sessions lasting 60 minutes each, the study participants were assessed before and after their blood pressure. The results from the study was significant in relation wanted to systolic pressure, for after the completion of the test 'T' for two paired samples, was for a T=2.86 a p=0.004. The same was true diastolic pressure than for a t= 7.93 got to be a p=0.001. Thus we can conclude that this study helps to obtain a satisfactory improvement in blood pressure of these hypertensive women and stable control of blood pressure.

          Keywords: Hypertension. Exercise. Prevention.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    A hipertensão arterial está sendo considerado um dos principais problemas de doenças crônicas na atualidade, atingindo pessoas de diversas idades. Dentro desse contexto, estima-se que a hipertensão atinja 22% da população brasileira acima de vinte anos, sendo responsável por 80% dos casos de acidente cérebro vascular, 60 % dos casos de infarto agudo do miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhões de internações por ano (ZAITUNE et. al, 2006).

    Dentro desse contexto, o profissional de educação física pode contribuir na diminuição dos gastos, e na melhoria da qualidade de vida desses indivíduos hipertensos através do exercício físico, assim pode-se considerar uma economia aos cofres púbicos. O exercício físico esta relacionado com o fator prevenção que é de extrema importância na melhoria da saúde desses indivíduos, e o profissional de educação física qualificado através do exercício poderá contribuir para essas melhoras e ajudar a minimizar esses gastos de alta relevância para o poder público (LOPES et. al, 2003).

    Pois a prevenção da hipertensão através de intervenções de profissionais de educação física vêm conquistando vários adeptos da área da saúde, estão utilizando esse método com mais freqüência, desfrutando dos seus benefícios a médio e a longo prazo. Entre essas intervenções não medicamentosas o exercício físico é um dos principais componentes de tratamento da diminuição dos níveis pressóricos, onde o exercício bem orientado e planejado de forma correta, quanto a sua duração e intensidade, pode ajudar a reduzir ou até abolir os medicamentos que esses pacientes utilizam, e ter um efeito hipotensor importante, através de seus múltiplos efeitos benéficos do exercício sobre a pressão arterial (SILVEIRA et. al, 2007).

    O exercício físico provoca uma série de respostas fisiológicas nos sistemas corporais, em especial no sistema cardiovascular. Com o objetivo de manter a homeostasia celular diante do incremento das demandas metabólicas. Há aumento do débito cardíaco, redistribuição do fluxo sanguíneo e elevação da perfusão circulatória para os músculos em atividade. Esses fatores influenciam diretamente nos níveis de pressão arterial, tanto na sistólica como na diastólica, determinando assim a eficiência e a importância que o exercício físico possui no tratamento da hipertensão (MONTEIRO e FILHO, 2004).

    A redução da pressão arterial em mulheres através do exercício físico apresenta uma resposta dos níveis tensionais mais eficiente que o homem, devido a melhores respostas e adaptações ao exercício. Tendo em consideração o impacto do aumento da expectativa de vida da população e o papel social e profissional adotado pela mulher nos últimos anos, fatores que impõem uma revisão no estudo de diversas patologias e na perspectiva de prevenção e tratamento das mesmas (LEITÃO et. al, 2000).

    Assim, levando-se em consideração o exposto anteriormente, o presente estudo tem por objetivo avaliar a importância dos efeitos do exercício aeróbico intervalado na pressão arterial de mulheres hipertensas.

Metodologia

Tipologia do estudo

    O presente estudo foi desenvolvido por meio de um formato ou desenho experimental, considerando-se que uma pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável independente produz diretamente na variável dependente, isto sendo realizado em uma avaliação antes (pré-teste), e uma avaliação após ( pós-teste) à aplicação de uma intervenção (BARROS e LEHFELD, 2000).

Amostra

    A amostra deste estudo foi composta por 25 mulheres com idade compreendida entre 35 e 45 anos, portadoras de hipertensão arterial, cadastradas na Unidade Básica de Saúde – 2 de abril, da cidade de Ji-Paraná, Estado de Rondônia.

    A inclusão dos sujeitos no estudo ocorreu por desejo em participar do experimento, porém todas deveriam ser portadoras de hipertensão arterial, ou seja, apresentar na ausência de terapia anti-hipertensiva, seus níveis pressóricos mantidos cronicamente ou superiores a 140 mmHg para pressão arterial sistólica e 90 mmHg para a pressão arterial diastólica.

Procedimentos de avaliação

    Como estratégia metodológica de avaliação deste estudo decidiu-se utilizar a aferição da pressão arterial das mulheres em dois momentos antes do inicio de período da intervenção desenvolvida, ou seja a prática de exercício físico e uma avaliação após a este período. Os níveis pressóricos foram aferidos através do aparelho esfigmomanômetro da marca (Welch allyn).

Procedimentos de intervenção

    Inicialmente realizou-se a aplicação do teste de Milha proposto por Rippe (1988), obtendo-se o consumo máximo de oxigênio, dado esse, inicial para a realização da prescrição da caminhada, para que pudesse detectar o metabolismo predominante de cada participante e com isso, respeitando assim a individualidade biológica de cada participante.

    A prescrição do treinamento intervalado que caracteriza-se pela fragmentação do esforço total com pausas de recuperação entre os esforços, utilizou-se da proporções de trabalho de 1:1, 1:2 e 2:1, sendo que as mulheres que apresentaram como predominância o metabolismo anaeróbico glicolítico utilizará a proporção 1:1, onde o tempo de esforço e recuperação foi o mesmo, sendo que no tempo de esforço será de alta intensidade, no de recuperação de baixa intensidade. Nos indivíduos com predominância do metabolismo anaeróbico alático foi aplicada a proporção 1:2, onde o tempo de repouso foi o dobro do de esforço, onde o tempo de esforço foi em alta intensidade e no de recuperação baixa intensidade. E os com metabolismo oxidativo foi o 2:1, sendo o tempo de esforço maior que o de recuperação e em alta intensidade, já o de recuperação será em baixa intensidade. Cabe ainda ressaltar, que os períodos de descanso foram ativos, ou seja, os indivíduos permaneceram realizando o esforço, porém com uma intensidade menor.

    Após um mês foi feito uma reavaliação dos testes de milha e refeito as prescrições individualizadas novamente para que se obtivesse um melhor resultado, conforme fosse observado às melhoras do primeiro mês, a intensidade e as variáveis prescritas eram modificadas para uma melhor ênfase no resultado do exercício na pressão arterial dessas mulheres.

    A caminhada era o exercício de predominância no presente estudo, juntamente com exercícios estáticos como alongamentos e exercícios sentados de refortalecimento muscular como: elevação de braços, flexão e extensão de braços, abdução e adução de braços, e membros inferiores, elas praticavam duas vezes por semana a caminhada e uma vez especificamente os alongamentos e exercícios sentados.

    A Caminhada acontecia duas vezes por semana em uma área de atividades de lazer do município de Ji-paraná, uma pista onde a população utiliza para fazer exercícios físicos e praticar esportes na suas respectivas estruturas, como quadra, e campo. Quando o clima não estava favorável, como chuva, sol intenso, utilizava-se a quadra poli-esportiva.

    Para a execução dos exercícios eram utilizados frequêncimetro da marca (polar) para acompanhamento da freqüência cardíaca durante a caminhada, e esfigmomanômetro da marca (Welch allyn) para aferição dos níveis pressóricos antes e após exercício físico. Já os exercícios de refortalecimento muscular eram utilizados somente as cadeiras onde elas ficavam sentadas e foi executado os exercícios na própria estrutura da unidade básica de saúde dois de abril.

    Cabe salientar que o período de treinamento foi de 2 meses completos, sendo a prática realizada numa freqüência semanal de 3 vezes, totalizando 24 sessões com duração de 60 minutos cada, e sua zona alvo foi caracterizada com intensidade de esforço entre 40% e 60% da freqüência cardíaca máxima.

Tratamento estatístico

    O tratamento estatístico utilizado nesse trabalho foi à estatística descritiva com o intuito de construir uma análise descritiva do comportamento da pressão arterial em mulheres hipertensas durante a realização do exercício. Portanto, para essa análise realizou-se inicialmente o teste de normalidade de Shapiro-Wilk para a verificação de dados paramétricos e não paramétricos. Para a comparação do pré-teste com o pós-teste utilizou-se o teste T de “Student” pareado, com nível de significância de p<0,05, para tanto os resultados foram analisados estatisticamente pelo pacote estatístico SPSS 7.5, for Windows.

Resultados e discussões

    A hipertensão é definida por uma patologia caracterizada pelo aumento dos níveis tensionais acima dos valores normais da pressão arterial sistêmica. É uma patologia de caráter multígeno e multifatorial que pode ser catalogada entre as doenças crônicas degenerativas, e quando não tratada adequadamente, acarreta sérios danos ao organismo, principalmente ao coração, rins e sistema nervoso (JESUS et. al, 2008).

    A partir da tabela 1 pode-se perceber que no momento anterior a participar do programa de atividades físicas, as idosas apresentaram uma variação na pressão Sistólica (SIST PRÉ) entre 100 e 160, com isso apresentando uma média igual a 127.5, já no instante pós intervenção, a média da pressão sistólica apresentada pelas idosas foi para 117, pois o resultado máximo obtido foi de 140, nota-se então uma evolução no quadro clinico destas idosas ao comparar o momento pré e pós intervenção.

    A evolução comentada anteriormente mostra-se significante, pois a partir da realização do Teste T para duas amostras pareadas, obteve-se para um T= 2.86 um p= 0.004. Quando comparado o instante pré e pós acerca da pressão diastólica nota-se que inicialmente a variação ficou entre 70 e 100 e obteve-se uma média de 82.5, já no instante pós intervenção as idos obtiveram como escore máximo o valor de 70 e mínimo de 60, com isso obtiveram uma média 19 menor que o instante anterior, o que tendencia a um efeito positivo da intervenção desenvolvida neste estudo, visto que ao realizar o teste T para duas amostras pareadas para um T = 7.93 a obteve-se um p= 0.001.

    Segundo Zaitune et. al. (2006) afirma que o exercício físico vem desempenhando importante papel nas intervenções não farmacológicas, caracterizando-se ainda, pelo baixo custo e risco mínimo e eficácia na diminuição da pressão arterial.

    As diminuições dos níveis pressóricos observados neste estudo ocorreram decorrentes da prática de exercício físico realizado três vezes semanais, o que segundo Powers e Howley (2000) o exercício pode ser utilizado como uma intervenção não-farmacológica para os indivíduos hipertensos, sendo que a freqüência semanal e o tempo de realização recomendada para que seja observada alguma alteração fisiológica nessa enfermidade, seja de três ou mais dias da semana e em sessões de vinte a sessenta minutos de duração.

    Entretanto deve-se ter uma atenção voltada à intensidade e a duração ao prescrever um programa de exercício físico para indivíduos hipertensos. O presente estudo utilizou uma intensidade de 40 á 60% da freqüência cardíaca máxima para a prescrição do treinamento, determinado através de testes específicos para o treinamento utilizado.

    Fato esse que Lopes et. al. (2003) afirma que são recomendadas três sessões de treinamento aeróbico por semana, com intensidade de 60 á 80% da freqüência cardíaca máxima, em uma duração de 30 á 40 minutos.

    Já Negrão e Rondon et. al. (2001) diz que o exercício físico deve apresentar uma intensidade de baixa a moderada, com uma duração de 30 á 45 minutos da freqüência cardíaca máxima, sendo aquelas que mais beneficiam o paciente hipertenso no controle dos níveis pressóricos.

    Os efeitos do exercício são de extrema relevância nesses indivíduos, onde as diminuições dos níveis pressóricos são consideráveis à prática do exercício físico, sendo esses constatados pelo decréscimo nos valores de pressão arterial sistólica e diastólica apresentados na Tabela 1, decorrentes da prática prolongada de exercício físico.

    Assim, sabe-se que os efeitos agudos imediatos acontecem durante a sessão de exercício e imediatamente após, na denominada fase de recuperação ou de retorno ás condições basais. Os efeitos agudos tardios aparecem nas primeiras 24 horas que se seguem á prática do exercício, consistem em discreta diminuição dos níveis de pressão arterial e no aumento dos receptores de insulina nas células musculares. E os efeitos crônicos ou prolongados do exercício surgem com a sua prática periódica e regular, em longo prazo, e consistem em adaptações orgânicas a nível osteomuscular e cardiovascular, as quais aumentam a resistência e a capacidade de esforço do organismo (OLIVEIRA, 2005).

    Conforme o ACSM (2006) os níveis considerados normais de pressão arterial se encontram em 120 á 129mmHg na sistólica e 80 á 84mmHg na diastólica. Sendo considerada pressão arterial sistólica a pressão máxima exercida nas artérias quando os ventrículos se contraem durante o batimento cardíaco, e a pressão arterial diastólica a pressão mínima exercida nas artérias quando os ventrículos se relaxam.

    A pressão arterial tanto sistólica quanto diastólica é reduzida significativamente com um programa regular de exercícios. Esses resultados foram observados em indivíduos normotensos e hipertensos em repouso. Os efeitos do treinamento com exercícios sobre a pressão arterial em indivíduos hipertensos “limítrofes” e indivíduos com doença arterial coronariana são ainda mais impressionantes (MCARDLE et. al, 1986).

    Já Wilmore e Costill (2001) dizem que o exercício não somente reduz a pressão arterial elevada naqueles que apresentam hipertensão moderada, mas também afeta outros fatores de risco, sendo esses a redução da gordura corporal e o aumento da massa muscular, o que pode ser fundamental na redução da concentração de glicose no sangue e, com isso, auxiliar no controle da glicemia, reduzindo à resistência a insulina, contribuindo no controle da pressão arterial.

    Dentre os benefícios constatados pelo exercício físico, ressalva-se o fato do mesmo proteger e ser um tratamento eficaz para hipertensão, aumentando o número de capilares do músculo esquelético e diminuindo, portanto a resistência ao fluxo sangüíneo. E essas melhoras podem ser averiguadas por meio do exercício prolongado aeróbio, que é recomendado como um método de tratamento não farmacológico para diminuir a hipertensão (ROBERGS e ROBERTS, 2002).

    Uma segunda analise foi feita através do segundo mês do programa de exercício físico, com as mesmas participantes. Novamente identificou a eficiência do treinamento aeróbico na redução dos níveis pressóricos, onde houve redução das pressões sistólica antes e após exercício e diastólica antes e após exercício.

    As pessoas sedentárias têm uma maior probabilidade de desenvolver hipertensão quando comparadas a pessoas fisicamente ativas, fato comprovado também em idosos. O sedentarismo apresenta o fator maior de risco de doenças cardiovasculares estabelecidas principalmente em idosos, o exercício físico é de grande importância para eliminação desses fatores de risco (GRAVINA et. al, 2007).

    O treinamento aeróbio reduz a pressão arterial daqueles que apresentam hipertensão moderada, provavelmente em decorrência da menor resistência vascular periférica, os mecanismos pelos quais o exercício reduz a pressão arterial não foram totalmente determinados (WILMORE e COSTILL, 2001).

    Os níveis de pressão arterial do segundo mês foram identificados um decréscimo numérico, porém não significativo estatisticamente como no primeiro mês, tanto a sistólica quanto a diastólica foi reduzida através do exercício físico. Constatando mais uma vez a importância do exercício sobre indivíduos hipertensos no tratamento e na prevenção dessa patologia.

    De fato Mcardle et. al. (1986) afirma que um programa de exercício físico aeróbio regular pode acarretar reduções significativas nas pressões sistólicas e diastólicas em repouso e durante o exercício submáximo, em indivíduos hipertensos é comprovado sua eficiência no tratamento dessa patologia.

    Os resultados apresentados no primeiro e segundo mês de treinamento aeróbico mostram que a resposta fisiológica em que o organismo tem devido à prática do exercício físico pode beneficiar não somente os níveis de pressão arterial, como proporcionar ao individuo uma melhor qualidade de vida.

    Assim afirma-se que o exercício físico por requerer interação dos mecanismos fisiológicos, de modo que os sistemas corporais, sobretudo o sistema cardiovascular, suportem as demandas metabólicas impostam a ele, possibilitam efeitos agudos e crônicos advindo da prática do exercício físico, assim proporcionando uma redução dos níveis de pressão arterial desejada entre a normalidade, para a prevenção da hipertensão (SCHER et. al, 2008).

    Conforme Pessuto (1998) são vários os fatores relacionados ao risco de hipertensão arterial, dentre eles a obesidade muitas vezes relacionada com a inatividade física, a idade e o sexo, o masculino tem uma maior prevalência de hipertensão do que as mulheres devido à mudança de hábitos de vida.

    Já Krieger et. al (1996) afirma que a resistência elevada, que acarreta a hipertensão em um determinado individuo, pode resultar de um aumento de produção de fatores vasoconstritores ou da diminuição de fatores vasodilatadores.

Conclusão

    A partir do desenvolvido neste estudo pode-se concluir que um programa de exercício físico aeróbio é eficiente na redução dos níveis de pressão arterial, no tratamento e prevenção da hipertensão arterial. De fato tanto a pressão sistólica quanto a diastólica antes e após exercício físico foi reduzida, mostrando a relevância e a eficácia do exercício físico na diminuição dos níveis pressóricos.

    Portanto o presente estudo teve como resultado satisfatório a obtenção da melhora dos níveis pressóricos dessas mulheres hipertensas e o controle estável da pressão arterial sem a ingestão de medicamentos, apresentando a importância do exercício físico no tratamento da hipertensão arterial e na saúde dessas mulheres. Apesar do curto tempo de treinamento em que essas mulheres foram submetidas pode-se constatar ainda mais a eficiência em que o exercício se predispõe na melhora dessa patologia e como pode influenciar na melhora da mesma.

    Recomenda-se que outros estudos mais detalhados sejam feitos no tratamento da hipertensão arterial, com um período de treinamento maior e com outros métodos de exercício físico continuo para que aumente o acervo cientifico da importância do exercício físico e sua eficácia no tratamento da hipertensão.

Referências

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