Análise da ergonomia dos aparelhos de musculação adutor-abdutores e aparelhos voadores (peck deck) existentes em academia de Capinzal, SC Análisis de la ergonomía de los aparatos de musculación aductor-abductores y aparatos voladores (peck deck) existentes en un gimnasio de Capinzal, SC |
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*Graduando em Educação Física, UNOESC, Joaçaba **Especialista em Ciências do Movimento Humano Professor do Curso de Educação Física, UNOESC, Joaçaba. ***Mestre em Educação Física Professor do Curso de Educação Física da UNOESC, Videira |
Cleiton Massucato* Paulo Henrique Stroher** Aguinado Cesar Surdi*** (Brasil) |
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Resumo É comum termos muitas possibilidades de praticar exercícios, mais nenhuma se compara às academias de ginástica e musculação. Muitos aparelhos estão surgindo, principalmente os de musculação e com isso cresce também o número de usuários que buscam principalmente os treinamentos contra resistência. Porém nem todos esses aparelhos de musculação conseguem ter ou ser de fácil adaptação para os usuários. Com a infinidade de aparelhos que estão sendo criados com o passar dos anos, tem-se a preocupação de buscar uma comparação ergonômica para que os profissionais de Educação Física, entendam esta evolução e auxiliem na confecção de novos aparelhos de musculação para que os mesmos tenham uma melhor adaptação para com a população que os utiliza, por isso partimos sempre do lema “que não é o homem que deve se adaptar a máquina, mais sim a máquina ao homem”. A preocupação com tais modificações adaptativas, como as regulagens para facilitar o movimento é por que, todas as empresas seguem um único padrão de confecção, o norte-americano, sendo que com pequenas alterações no design do aparelho, poderemos ter facilidades adaptativas dos usuários com relação a estes aparelhos, e que assim não tenham nenhum constrangimento por conta de não se acomodarem bem no aparelho. Pensando nestas dificuldades é que analisamos quatro aparelhos de musculação, em especifico os aparelhos que possuem roldanas e blocos de peso, encontrados em uma academia de Capinzal – SC, sendo comparados dois aparelhos adutor-abdutores com design diferentes, um mais moderno da empresa número 1(um) e outros com design mais antigos da empresa número 2 (dois), da mesma forma analisado o aparelho voador, para que possamos perceber a evolução ergonômica que obtiveram com o passar dos anos e se os mesmos estão de acordo com as normas regulamentadoras existentes quando falamos em ergonomia. Portanto verificou-se que os aparelhos não mudaram muito em seu design básico, em sua metragem total ou em seu peso, porém obtiveram em partes, algumas melhoras no conceito de acomodações, estofamentos, foram elaboradas mais área de ajustes na sua regulagem e a segurança dos ajustes ganhou melhorias podendo se ajustar facilmente às pessoas de várias idades e da mais variadas composição corporal. Unitermos: Musculação. Ergonomia. Academia.
Abstract It is common to have many opportunities to practice exercises, plus no one compares to gyms and weight training. Many devices are emerging, especially with weights and it also increases the number of users seeking mainly training against resistance. But not all those weight machines can have or be easily adaptable to users. With the plethora of devices that are being created over the years, there has been a concern to seek an ergonomic comparison to the physical education professionals, understand this development and assist in making new weight machines for which they have to better align with the population that uses them, so we left when the slogan That’s not the man who must adapt the machine, but rather the machine to the man. The concern with such adaptive changes, such as adjustments to facilitate the movement is that all companies follow a single standard of preparation, the U.S., and with minor changes in design of the device, we may have facilities for users with adaptive For these devices, and thus have no embarrassment on account of not sleeping to well on the device. Thinking of the difficulties is that we analyze four weight machines in specific devices that have pulleys and blocks of weight, found in a gym Capinzal - SC, compared with adductor-abductor two devices with different design, a more modern company's number one (a) and others with older design company number 2 (two), similarly analyzed the flying machine, so we can understand the evolution of ergonomics that obtained over the years and whether they comply with regulatory standards existing when we talk about ergonomics. So there was that the equipment has not changed much in its basic design, in his film or on total weight, but gained in parts, some improvements in the concept of accommodation, upholstery, area have been made more adjustments in their regulation and safety of adjustments won improvements can be adjusted easily to people of all ages and many different body composition. Keywords: Fitness. Ergonomics. Academy.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010 |
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1. Introdução
Talvez em um tempo futuro os conhecimentos sejam de tal ordem que façam com que nosso trabalho de hoje pareça tão primitivo quanto nos parece o da Grécia antiga, onde Milon de Crotona treinava com bezerro nas costas. E é isto que a ciência busca: superar-se, e, superando-se, contribuir para que o homem e seus conhecimentos evoluam cada vez mais. (EVANS, 2007).
No centro de nosso estudo com pesos se encontra o músculo, estrutura que fez com que fosse adotado em muitos países o termo musculação. Mas, exatamente pelo trabalho muscular ter se tornado o centro das atenções, correu-se o risco do esquecimento de um dado fundamental: em torno de todo músculo há um homem, com suas características próprias, suas necessidades e ambições. (BITTENCOURT, 1986).
É com esta preocupação é que vem de encontro este trabalho, pois de nada adianta termos infinitos aparelhos que trabalhem os músculos se nem todos oferecem possibilidades de ajustes ou adaptações aos usuários daquele aparelho.
Uma academia moderna é como um parque de diversões para os praticantes de musculação, por que oferece uma infinidade de equipamentos e pesos livres para que possamos exercitar cada músculo do nosso corpo. (EVANS, 2007).
Os espaços disponíveis para a prática de atividade física orientada, as chamadas academias e centros de condicionamento físico, estão tendo um crescimento grandioso, estamos vendo muitas salas, alocadas ou construídas que estão se tornando alvo para estas instalações, tais espaços estão sendo lotados de equipamentos para musculação, mesmo que estes equipamentos não atendam a demanda e objetivos de seus usuários. (PANERO E ZELNIK, 1991).
E o desafio é navegar pelo labirinto de tantos equipamentos e selecionar os exercícios realmente importantes e seguir a sua trajetória dentro da academia até a “linha de chegada”. Com isso tudo a uma boa e uma má noticia, a boa é que o vencedor sairá com um corpo sob medida, e a má noticia é que não se tem instruções, dicas, mapas e muito menos regras. E, sem orientação, é certo que estaremos fadados a circular dentro da academia, preso a um padrão cheio de limitações. (EVANS, 2007).
Com relação ao crescimento desordenado tanto na construção e instalações de salas, quanto na fabricação de aparelhos para academia, vemos a necessidade de estudar os aparelhos de musculação, com suas dimensões e suas adaptações aos usuários. Por conta disto destacamos na problemática deste trabalho, a busca de uma comparação para que se possa auxiliar na fabricação e confecção dos equipamentos de musculação para que se tornem ergonomicamente corretos, para a população ou clientela que utilizam destes aparelhos. Estudou-se em especifico os aparelhos de adução-abdução e os voadores (Peck Deck) pois são aparelhos dirigidos, ou seja, aparelhos que possuem roldanas e blocos de peso. Para que com isso se possa analisar se houve mudanças na proposta de montagem dos aparelhos de musculação, buscando fazer com que este aparelho proporcione maior conforto, regulagens e segurança, adaptando-se as várias pessoas que se utilizam destes aparelhos.
Para isso pensamos em nosso corpo, com relação às máquinas e aparelhos existentes nas academias, destacando que nenhum ser humano consegue ir dos 15 até os 75 anos com as mesmas habilidades, e sem adquirir ao longo disto nenhum problema. (EVANS, 2007).
Portanto não há aparelhos somente para pessoas jovens e nem tão pouco aparelhos somente para idosos, este caso os aparelhos são usados por todas as idades e nem todos estes aparelhos possuem adaptações para um grande número de usuários, pois os mesmos seguem às vezes padrões internacionais, como o padrão norte-americano e para auxiliar neste estudo recorrendo também a algumas áreas especificas para termos mais embasamentos.
Destacamos que o foco de estudo tem como objetivo obter uma visão da evolução que esta tendo no design e na confecção dos aparelhos de musculação, destacando o surgimento de mais formas de adaptações e regulagens dos equipamentos aos usuários, buscando fazer com que a máquina se adapte ao homem e não o homem a máquina, para que assim os usuários possam executar de maneira correta o movimento pressuposto, porém não estamos levando em consideração o melhor ângulo de força do movimento, objetivando melhores resultados, mais sim, que os usuários tenham uma melhor adaptação aos aparelhos de musculação, visando diminuir o seu constrangimento relacionado a acomodações do aparelho.
2. Objetivos
2.1. Objetivo geral
Analisar a evolução ergonômica dos aparelhos de musculação dirigíveis de adução-abdução e os voadores (Peck Deck) de duas empresas fabricantes destes aparelhos.
2.2. Objetivos específicos
Descrever e registrar os equipamentos de musculação estudados disponíveis da academia Vida Ativa em Capinzal – Santa Catarina;
Analisar e comparar um aparelho, de adução-abdução de empresas e ano de fabricação diferente.
Analisar e comparar um aparelho, voador (Peck Deck) de empresas e ano de fabricação diferente.
Registrar a dimensão total dos equipamentos de musculação estudados no local: altura, comprimento, largura, ângulo maior e menor de ajuste do equipamento;
Analisar se os aparelhos obtiveram melhorias gerais com o passar dos anos, tanto nas regulagens existentes, quanto as facilidades obtidas na adaptação do usuário aos equipamentos.
3. Procedimentos metodológicos
A pesquisa foi realizada em aparelhos de musculação adutor-abdutores e aparelhos voadores encontrados na academia Vida Ativa na cidade de Capinzal – Santa Catarina. Foram analisados os equipamentos, de duas empresas distintas no ramo de equipamentos para academia.
Os equipamentos da empresa número 1 (um) possuem um design moderno, sendo fabricados a partir do ano 2000, já a empresa número 2 (dois) possui os aparelhos com um design mais antigo datado do ano 1990.
Analisamos os equipamentos mais antigos em sua amplitude total e suas regulagens existentes, em seguida foram feitas as mesmas medidas nos aparelhos mais modernos e para confrontar os resultados foram apresentadas fotografias dos aparelhos, com suas medidas totais e suas regulagens mínimas e máximas e baseado nestas regulagens, descreveremos se as mudanças ou evoluções com relação às adaptações e amplitude total ao longo dos anos obteve melhorias para as pessoas que utilizam estes aparelhos.
Realizamos a medida dos equipamentos, de altura total, largura total e comprimento total, após estas medidas básicas e primárias, também foram medidos os acentos, encostos, hastes de movimentos e destacados os tipos e quantas regulagens o aparelho possuía.
Os aparelhos utilizados são os chamados dirigidos ou com roldanas e blocos de pesos, foram então selecionados dois aparelhos de musculação os adutor-abdutor e voador (Peck Deck) , sendo um aparelho com design mais moderno da empresa número 1(um), e outro com design mais antigo da empresa número 2 (dois), para que comparando estes aparelhos possamos descrever se houve ou não mudanças ergonômicas referente os diferentes usuários que buscam estes aparelhos nas academias, seja ele de qualquer idade e com qualquer antropometria, após esta seleção, foram efetuadas as medidas gerais do aparelho e as medidas especificas das regulagens, para podermos assim termos base de como são encontrados os aparelhos no mercado e se houve alterações no decorrer dos anos, buscando um maior conforto e adaptação aos usuários.
4. Resultados e discussões
Destacamos as diferenças encontradas nas medidas dos aparelhos ao passar dos anos, e buscamos um embasamento técnico, de acordo com a Normativa NR17.3 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, o porquê do embasamento nesta normativa é que para os estudos relacionados a aparelhos de musculação não se tem nenhuma normalização para seguirmos, e como o estudo trabalha com mobiliário e a NR17.3 normatiza esta área dentro da ergonomia é que buscamos este embasamento.
Na primeira parte da pesquisa, as medidas foram feitas em aparelhos conjugados, pois realizam dois tipos de exercícios, sendo eles denominados de aparelhos adutores e abdutores.
Aparelho Adutor e abdutor 1ª empresa: Fotografia 2.0: a. Altura total do aparelho: 140 centímetros. b. Largura total do aparelho: 168 centímetros. |
Aparelho Adutor e abdutor 2ª empresa: Fotografia 2.1: a. Altura total do aparelho: 145 centímetros. b. Largura total do aparelho: 150 centímetros. |
Tabela 1.0. Medidas gerais dos aparelhos Adutor-Abdutores, Comprimento e altura total
Analisando os dados encontrados nos aparelhos adutor-abdutores, recorremos a Normativa NR 17.3.1. Que destaca que sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição (117.006-6 / I1 – ABNT, 2000).
Com relação a o comprimento e a altura dos aparelhos adutor-abdutores, podemos verificar que realmente houve uma preocupação em se dar mais dimensão ao aparelho para que o mesmo possa ter uma maior capacidade adaptativa aos usuários, porém se falarmos de ambiente podemos destacar que ficando o aparelho com dimensões maiores, o mesmo terá dificuldades de ser alocado em um ambiente pequeno.
Existem três fatores que são primordiais quando se analisa uma área utilizada para exercícios com aparelhos: concentração dos aparelhos na sala, áreas de segurança e áreas de espera. Esses três itens têm uma forte relação entre si, visto que para existir uma área de segurança, deve-se respeitar a existência de espaços entre um aparelho e outro. (KMITA, 2000).
Aparelho Adutor e abdutor 1ª empresa: Fotografia 2.2: a. Ajuste mínimo do encosto: 9 centímetros. |
Aparelho Adutor e abdutor 2ª empresa: Fotografia 2.3: a. Ajuste mínimo do encosto: 5 centímetros. |
Fotografia 2.4: a. Ajuste máximo do encosto: 19 centímetros. |
Fotografia 2.5: a. Ajuste máximo do encosto: 14 centímetros. |
Tabela 2.0. Medidas do ajuste do encosto dos aparelhos Adutor-Abdutores, ajuste mínimo e máximo
A Normativa NR17.3.2. Destaca que para trabalho sentado ou que tenha de ser feito em pé, os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender ao seguinte requisito mínimo:
Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2 – ABNT, 2000).
Destacamos a importância deste ajuste, por que na empresa número 1 (um) o encosto desloca-se totalmente para frente desde sua base (região lombar) até o seu topo (região escapular), já o outro aparelho da empresa 2 (dois) possui um ajuste somente na base do encosto, ou seja , na região lombar, desprovendo a região mais superiora do tronco de um apoio.
Aparelho Adutor e abdutor 1ª empresa: Fotografia 2.6: a. Altura total do encosto: 107 centímetros. b. Largura total do encosto: 36 centímetros. c. Largura total do assento: 41 centímetros. d. Comprimento total do acento: 36 centímetros. e. Largura total do aparelho: 60 centímetros. |
Aparelho Adutor e abdutor 2ª empresa: Figura 2.7: a. Altura total do encosto: 78 centímetros. b. Largura total do encosto: 27 centímetros. c. Largura total do assento: 27 centímetros. d. Comprimento total do assento: 34 centímetros. e. Largura total do aparelho: 70 centímetros. |
Tabela 3.0. Medidas gerais do encosto, assento e largura total dos aparelhos Adutor-Abdutores
A Normativa 17.3.3. Destaca dentro de seu conteúdo que os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender alguns requisitos mínimos de conforto que são, a altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função que será exercida pelo trabalhador (117.011-2 / I1), características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento (117.012-0 / I1), borda frontal arredondada (117.013-9 / I1), encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar (117.014-7 / I l).
Destacamos nas medidas de encosto e assento, as falhas que acontecem, ao analisar a normativa Regulamentadora, pois aqui percebemos a evolução obtida com o passar dos anos, e o que ganhamos de melhorias em um ou dois centímetros, comparando as duas empresas reparamos que a empresa número 1 (um) teve a preocupação em se adaptar as normas vigentes, melhorando o encosto e o assento, deixando ambos com centímetros maiores e que possivelmente se adaptam mais facilmente a uma pessoa obesa por exemplo, e a pessoas com uma composição corporal maior.
Aparelho Adutor e abdutor 1ª empresa: Fotografia 2.8: a. Ajuste da primeira regulagem para apoio da coxa: 24 centímetros. b. Ajuste da segunda regulagem para apoio da coxa: 34 centímetros. c. Comprimento total da haste para o movimento: 60 centímetros. d. Ajuste da primeira regulagem para apoio da perna: 47 centímetros. e. Ajuste da segunda regulagem para apoio da perna: 57 centímetros. |
Aparelho Adutor e abdutor 2ª empresa: Fotografia 2.9: a. Comprimento total da haste para o movimento: 75 centímetros. b. Primeira haste para apoio do pé: 55 centímetros. c. Segunda haste para apoio do pé: 65 centímetros. |
Fotografia 2.10: Número de regulagens encontradas no aparelho tanto para o movimento de adução, quanto para o movimento de abdução: 4 regulagens. |
Figura 2.11: Número de regulagens encontradas no aparelho tanto para o movimento de adução, quanto para o movimento de abdução: 9 regulagens. |
Tabela 4.0. Medidas das regulagens mínimas e máximas para a execução do movimento
A Normativa 17.3.2.1. Destaca que para os trabalhos que necessitam também da utilização dos pés, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2).
De acordo com a Normativa Regulamentadora NR17, ao analisar-mos as mudanças com relação a os ajustes nas hastes do movimento, reparamos as grandes mudanças, a primeira se refere ao apoio do pé e a posição que é executado o movimento, resgatando as medidas anteriormente mostras com relação ao ajuste do encosto e assento, verificamos que a empresa número 1 (um) desenhou o aparelho para que o indivíduo que se exercite nele, fique com um conforto maior devido aos ajustes encontrados, sendo que a empresa número 2 (dois) não tinha esta preocupação com relação à dimensão de assento e encosto, muito menos que pessoas obesas ou com pernas muito compridas por exemplo teriam dificuldade para se adaptar a este aparelho.
Destacamos na segunda parte da análise feita os aparelhos chamados de Voadores ou Peck Deck, que exercitam a região superior, mais diretamente a região dos músculos peitorais, sendo também um dos aparelhos mais procurados nas academias, as normas regulamentadoras para o embasamento da análise serão basicamente as mesmas.
Aparelho Voador (Peck Deck. 1ª empresa: Fotografia 2.0: a. Altura total do aparelho: 193 centímetros. b. Comprimento Total do aparelho: 140 centímetros. |
Aparelho Voador (Peck Deck. 2ª empresa: Figura 2.1: a. Altura total do aparelho: 190 centímetros. b. Comprimento Total do aparelho: 115 centímetros. |
Tabela 5.0. Medidas gerais dos aparelhos Voador (Peck Deck), Comprimento e altura total
Destacamos ainda que o aparelho da empresa número 1 (um) possui uma dupla função, pois o mesmo pode também efetuar um trabalho muscular da região dorsal (escapular), nele existe regulagens para inverter o trabalho do aparelho, passando de trabalho peitoral, para um trabalho dorsal.
Aparelho Voador (Peck Deck. 1ª empresa: Fotografia 2.2: a. Regulagem mínima para o assento: 13 centímetros. b. Regulagem única para o apoio dos pés: 33 centímetros. |
Aparelho Voador (Peck Deck. 2ª empresa: Fotografia 2.3: a. Regulagem mínima para o assento: 10 centímetros. b. Regulagem mínima para o apoio dos pés: 34 centímetros. |
Fotografia 2.4: a. Regulagem máxima para o assento: 29 centímetros. |
Fotografia 2.5: a. Regulagem máxima para assento: 31 centímetros. b. Regulagem máxima para apoio dos pés: 50 centímetros. |
Tabela 6.0. Medidas dos ajustes de altura mínima e máxima do assento e apoio para os pés dos aparelhos Voador (Peck Deck)
A Normativa Regulamentadora NR17.3.4. Destaca que para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do operador. (117.015-5 / I1).
Aparelho Voador (Peck Deck. 1ª empresa: Fotografia 2.6: a. Largura total do aparelho: 140 centímetros. b. Altura total do encosto: 70 centímetros. c. Largura total do encosto: 25 centímetros. d. Circunferência total do assento: 28 centímetros. |
Aparelho Voador (Peck Deck. 2ª empresa: Fotografia 2.7: a. Largura total do aparelho: 86 centímetros. b. Altura total do encosto: 80 centímetros. c. Largura total do encosto: 21 centímetros. d. Largura total do assento: 28 centímetros. e. Comprimento total do assento: 30 centímetros. |
Tabela 6.0. Medidas gerais do encosto, assento e largura total dos aparelhos Voador (Peck Deck)
Destacamos porém que devido o aparelho da empresa 1 (um) ter dupla função o mesmo possui um assento e encosto muito pequeno, para facilitar a execução de ambos os exercícios, mais em função disso acabou por causar dificuldades de acomodações no assento por parte de seus usuários.
Aparelho Voador (Peck Deck. 1ª empresa: Fotografia 2.8: Número de regulagens encontradas no aparelho para o movimento para facilitar a pegada: 5 regulagens. |
Aparelho Voador (Peck Deck. 2ª empresa: Fotografia 2.9: a. Ajuste máximo da haste de movimento: 86 centímetros. b. Comprimento vertical da haste de movimento: 60 centímetros. c. Tamanho da pegada: 12 centímetros. |
Fotografia 3.0: Número de regulagens encontradas no aparelho que tem por objetivo também efetuar um outro movimento para músculos dorsais, sendo que as regulagens de número 1ª, 2ª, 3ª são regulagens para aumentar e ou diminuir o ângulo do movimento do voador e somente a 4ª regulagem e para a transformação de um aparelho de exercícios peitorais para o de exercícios dorsais. |
Tabela 7.0. Medidas das regulagens mínimas e máximas para a execução do movimento dos aparelhos Voador (Peck Deck)
5. Considerações finais
Entendemos ao final deste trabalho que a uma preocupação com o conforto e com as adaptações dos aparelhos de musculação estudados ao longo dos anos, pois a cada novo aparelho lançado ou que simplesmente mude de design.
A preocupação em atender de melhor maneira possível as pessoas que nele se exercitaram, é o ponto chave, porém ao analisarmos estas mudanças em específico constatamos que a preocupação com a ergonomia dos aparelhos existe, mais não é necessariamente levada a sério, pois algumas modificações feitas ao longo dos anos, não são eficazes, outras são de excelente valia. Mais ainda à muito que se evoluir no que diz respeito à confecção destes aparelhos e um dos recursos que seria de imediatos é que além de engenheiros e projetista, é que se tenha junto na equipe de confecção e planejamento do design dos aparelhos, um profissional de Educação Física especializado em aparelhos para academia, ou que tenha um conhecimento prático dos aparelhos existentes em academias.
Para assim termos mudanças, específicas nos aparelhos, reconhecendo alguns detalhes de trabalho do aparelho que só o profissional de Educação Física pode vivenciar, por que é ele que esta trabalhando na prática com o aparelho, e somente na hora do uso é que surgem as dificuldades e até mesmo os erros de projeto dos aparelhos.
Portanto verificou-se que os aparelhos não mudaram muito em seu design básico, em sua metragem total ou em seu peso, porém obtiveram em partes, algumas melhoras no conceito de acomodações, estofamentos, foram elaboradas mais área de ajustes na sua regulagem e a segurança dos ajustes ganhou melhorias podendo se ajustar facilmente às pessoas de várias idades e da mais variadas composição corporal.
Referências
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normativa Regulamentadora NR17. Ergonomia. Rio de Janeiro, 2000.
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COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho: manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: ERGO Editora, 1995.
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GUIMARÃES, L.B. M (2000) Ergonomia de Produto – Antropometria Fisiologia. Porto Alegre: UFRGS, Escola de Engenharia, Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção.
HALL, Susan J. Biomecânica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 4ª Ed. 2005.
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. São Paulo: Manole, 1999.
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HOWLEY, Edward T; FRANKS, B. Don. Manual do Instrutor de Condicionamento Físico para Saúde. Porto Alegre: Artmed Editora, 3ª Ed. 2000.
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PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. (1991). Las dimensiones humanas en los espacios interiores. Estandartes antropométricos. 5ª ed. México: G. Gili.
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TRINDADE, Alexandre. Biomecânica e Cinesiologia I. Lê, 2003. 26 diapositivos, color.
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digital · Año 15 · N° 147 | Buenos Aires,
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