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Algumas considerações a respeito do corpo: da Grécia aos dias atuais

 

*Mestre em Educação

Professor nos cursos de educação física e pedagogia

da Universidade Presbiteriana Mackenzie

*Mestre em filosofia pela PUC-SP

Professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Prof. Ronê Paiano*

Profa. Ângela Zamora Cilento de Rezende**

rone@mackenzie.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho objetiva apresentar algumas abordagens sobre o conceito de corpo, principalmente no que tange à sua tessitura, desde a metafísica grega, passando pela física e filosofia modernas até a concepção de ‘corporeidade’, sem, no entanto, esgotar a questão. Pelo contrário, a sua perspectiva é a de indicar caminhos para reflexão.

          Unitermos: Corpo. Filosofia mecânica. Prazer. Corporeidade. Consumo.

 

Texto produzido a partir de palestras proferidas no II Encontro Interdisciplinar Filosofia e Vida

Universidade Presbiteriana Mackenzie - Campus Tamboré - março 2008

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    Múltiplas abordagens podem ser empregadas para falar sobre o corpo o que torna esta tarefa um tanto quanto complexa. Além disto, o grande desafio consiste na seguinte idéia: como falar e pensar sobre o corpo no mesmo momento em que somos um corpo? Portanto, primeiramente partiremos do entendimento de que não existe outra maneira de estarmos no mundo que não seja corporal. Sobre este assunto, Knijnik afirma que “isto é, a percepção do homem somente acontece com o auxílio do corpo; ela se faz no corpo; o ser humano tem um corpo, mas acima de tudo ele é um corpo.“ (Knijnik, 2003, p.69)

    A complexidade desta tarefa também reside no fato de que a epistemologia, ou seja, o conhecimento científico requer alguns critérios, como o da imparcialidade, da neutralidade, mas antes de tudo, o da objetividade. Ora, isto significa que, para que exista uma análise criteriosa de determinado aspecto ou situação, torna-se necessário certo distanciamento da coisa pensada para que possamos olhar e observar com clareza o que se pretende analisar. A pergunta que subjaz é: como podemos nos separar de algo, como sermos objetivos, distanciados, quando faz parte de nós mesmos?

    Os discursos sobre o corpo, mesmo quando o afirmam central e positivamente – corpo saudável, fonte de prazer, corpo produtivo, fonte de equilíbrio – não seriam sempre um discurso sobre o corpo? Se impondo e se escrevendo outras e várias linguagens sobre o corpo? (BRUHNS, 1994, p.48)

    Neste sentido, Rubem Alves (2007) cita como exemplo que, para se pensar ou falar sobre a paixão não se pode estar apaixonado, visto que o apaixonado não consegue pensar sobre ela, pois tudo que pensa são pensamentos apaixonados inundados pelo sentimento e não pensamentos passíveis de racionalização. Esta afirmação tem relação com o princípio de explicação clássico da ciência que eliminava o observador da observação. Será isto possível? Será que conseguiremos falar de um corpo sem que estejamos impregnados das nossas experiências e da trajetória que vivemos até hoje? Muito provavelmente não.

Considerações sobre o corpo

    Dentre tantas reflexões, optamos por começar por esta: porque Orfeu (nota 1) que amava demais Eurídice não conseguiu se entregar a mais ninguém depois da sua morte e foi pelas mênades despedaçado. Eurídice foi o seu único amor. Diante disto, poderíamos nos perguntar - ora, então o que é um corpo? Será apenas uma massa informe e sem movimento, sem a presença daquilo que lhe dá a vida?

    Imputamos ao corpo certos atributos como o da beleza, que para Aristóteles consiste em ordem e simetria e por uma ‘grandeza capaz de ser abraçada no seu conjunto por um só golpe de vista’, como se lê no livro VII da Poética; enquanto que, para Platão, “só a beleza, entre todas as substâncias perfeitas, ‘coube o privilégio de ser a mais evidente e a mais amável” (ABBAGNANO, 1982, p.101), pois nela o homem encontra o ponto de partida para a recordação ou a contemplação das substâncias ideais. Neste sentido, um corpo em ordem e simétrico provocaria no observador a possibilidade de, partindo dele, alcançar o mundo perfeito das idéias. Na verdade, a beleza, para o grego, tem uma amplitude muito maior do que hoje podemos supor. Ela é apenas um dos componentes do conceito de Areté - conceito que não encontra equivalente na língua portuguesa, segundo Jaeger, “mas a palavra ‘virtude’ na sua acepção não atenuada pelo uso puramente moral, e como expressão do mais alto ideal cavalheiresco unido a uma conduta cortês e distinta e ao heroísmo guerreiro, talvez pudesse exprimir o sentido da palavra grega”. (JAEGER, 1979, p.31). Em outros termos, a beleza não está restrita ao âmbito do corpo, mas se torna uma composição de atributos que sugere nobreza, força, amor-próprio, defesa dos amigos, da pátria, ou seja, de alguém que é capaz de compor-se como obra-de-arte.

    Entenda-se bem que o eu não é o sujeito físico, mas o mais alto ideal de Homem que o nosso espírito consegue forjar e que todo nobre aspira a realizar em si próprio. Só o mais alto amor deste eu, em que está implícita a mais elevada Areté, é capaz de fazer sua beleza. (JAEGER, 1979, p.32)

    O corpo, entretanto, considerado apenas em si mesmo, segundo a tradição platônica é apenas um cárcere para a alma, de modo que passa a ser desconsiderado, referendado pelas concepções cristãs.

    Seguindo a tradição metafísica, Descartes (1983), pensador do século XVII, em vários momentos de sua obra faz menção ao corpo, porém sob uma perspectiva mecânica. Em suas Meditações Metafísicas, define à luz da física o que é um corpo:

    Por corpo entendo tudo o que pode ser limitado por alguma figura, que pode ser compreendido em qualquer lugar e preencher um espaço de tal sorte que todo outro corpo dele seja excluído, que pode ser sentido ou pelo tato, ou pela visão, ou pela audição, ou pelo olfato; que pode ser movido de muitas maneiras, não por si mesmo, mas por algo de alheio pelo qual seja tocado e do qual receba a impressão. Pois não acreditava de modo algum que se devesse atribuir à natureza corpórea vantagens como ter o poder de mover-se, de sentir e de pensar; ao contrário, espantava-me antes ao ver que semelhantes faculdades se encontravam em certos corpos. (Descartes: 1983, p.93)

    Para Descartes (1983), o corpo não teria por si só a habilidade de mover-se sozinho, é preciso que ele contenha algo mais para isso. Temos aqui, antes de Newton, a lei da inércia. Um corpo parado tende a ficar sem movimento. Todas as coisas que ele é capaz de realizar seriam atributos da alma. Mas evidente que só se pode fazer certas coisas, tendo um corpo. No caso, a alma serve de alavanca para o movimento do corpo. Entretanto, este é visto com desconfiança, pois pode nos induzir ao erro, através da nossa percepção apenas pelos sentidos.

    Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que estes sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. (Descartes, 1983, p.86)

    É importante considerar que tal temática foi desdobrada enquanto objeto da biologia, mas foi apropriada não só tanto pela história quanto pelas outras ciências, na tentativa de compreendê-lo, segmentando-a por áreas. Se formos seguir a linha do pensamento clássico da ciência que defendia que, para entendermos a aparente complexidade dos fenômenos bastaria explicar os elementos por redução e separação, logo, isolavam-se os objetos uns dos outros e também do seu observador. Assim, o pensamento redutor atribui a “verdadeira” realidade não às totalidades, mas aos elementos. Vem desta linha de pensamento a famosa frase: “a soma das partes nos permitirá entender o todo.”

    Em se tratando de seres humanos, não concordamos com este ponto de vista. Em função disto, achamos mais adequado falarmos de corporeidade: noção que implica na inserção do corpo humano em um mundo significativo, na relação dialética do corpo consigo mesmo, com os outros corpos expressivos e com os objetos de seu mundo. Em relação a isto Knijnik (2003) afirma que “assim, o corpo sozinho não existe. O que existe é um eu – corpóreo – socializado com vida que possui mensagens, histórias para revelar e para ser descoberto pelos outros.” (Knijnik, 2003, p. 31). Antes de desdobrarmos esta concepção ontológica sobre o corpo, que implica na idéia de ser-no-mundo, advinda do pensamento heideggeriano, sentimos a necessidade de retomar os pontos iniciais da filosofia clássica, na medida em que o homem vive em constante embate consigo mesmo e isto o afeta e tem a ver com o corpo, diretamente.

    Sem dúvida, o corpo tem seu valor próprio, mas requer que alguém/algo lhe oriente, visto que é puro desejo, força que o impele a agir. Platão (1979), no seu diálogo Fédon, nos explicita que o corpo acaba muitas vezes se tornando um obstáculo para a alma:

    Reconhecem os amantes do saber que a filosofia toma pela mão a sua alma, completamente presa ao corpo, colada a ele, obrigada a contemplar a realidade através dele como uma prisão e não diretamente por si, a rolar numa absoluta ignorância, verifica a filosofia que o terrível dessa prisão é ser devido ao desejo na medida em que o próprio agrilhoado colaborar no seu agrilhoamento... Como digo, reconhecem os amantes do saber que a filosofia, tomando pela mão a sua alma em tal condição, dá-lhe brandos conselhos, tenta libertá-la mostrando-lhe que está repleta de ilusões o exame por meio dos olhos, repleto de ilusões o realizado por meio dos ouvidos e dos outros sentidos, persuadindo-a a eles afastar-se e não servir além do necessário (...) Assim se abstém dos prazeres, dos desejos, dos sofrimentos, dos temores, tanto quanto pode, estimando que, quando uma pessoa goza, padece, teme ou deseja intensamente, dos males imagináveis, tais como a doença ou a ruína provocada pelas paixões, nenhum a fere tão gravemente como aquele que é o maior e o extremo de todos os males; esse é que a pessoa sofre e não avalia. (Platão, 1979, p.170)

    Ao sermos levados pelos desejos desenfreados do corpo que é insaciável, corremos o risco de nos perder, pois acabamos por confiar que a satisfação desses prazeres nos trará a verdadeira felicidade. Tal equívoco se alastra, porque ao centrarmos a idéia de felicidade baseados apenas no corpo ou no exterior, acabamos por sucumbir aos apelos de sua modificação, não pela saúde, mas a fim de satisfazermos os padrões de beleza impostos tiranicamente pela mídia e aceitos pelas pessoas.

    Analisando as revistas Corpo a Corpo e Boa Forma, Maldonado (2006) percebeu que

    Observando o conteúdo das matérias nas duas revistas, pode-se notar uma preocupação excessiva com a transformação do corpo e sua adaptação a um padrão corporal definido pela indústria cultural. A maior parte das matérias versa sobre dietas, alimentação, atividade física, procurando eventualmente relacionar estas propostas com saúde. No entanto, o que nos parece importante é o convite à leitora para que diminua as suas medidas corporais. Embora não o faça de forma declarada, convida constantemente a leitora a adequar-se ao padrão corporal definido pela indústria e divulgado pela revista. (Maldonado, 2006, p. 63)

    O desafio está em encontrar o que Aristóteles chama de “a justa medida”. A razão deve encontrar o equilíbrio, já que transpondo para os dias de hoje, podemos verificar que se fossemos seguir todas as tendências da moda atual, todos os tratamentos para a juventude eterna, todas as dietas e todas as ginásticas, todas as mercadorias que prometem a beleza, o bem-estar e a felicidade, não haveria proventos no mundo que bastassem para esta empreitada, e seríamos eternamente condenados à infelicidade, já que a felicidade está indissociavelmente ligada ao consumo destes produtos e prazeres, ou seja, ligada estritamente à aparência. Entretanto, sabemos também que alienar-se completamente do mundo não é possível, vivemos em um sistema capitalista que se alimenta da venda destas mercadorias, a mídia reforça o sistema, criando em nós necessidades que muitas vezes não procedem. Como somos um ser-no-mundo, somos convidados a ser como os outros são, faz parte da nossa estrutura ontológica sermos como os outros são, já que nossa identidade procede de outros, outros que habitam em nós. Não há como se isentar ou se ausentar completamente deste mundo capitalista, nem fugir destes apelos totalmente.

    O que provavelmente nos cabe pensar aqui, nestas poucas linhas sobre o corpo, é que ele merece certos cuidados, não como algo externo a nós, mas como algo que nos compõe irremediavelmente. O corpo carece de cuidados no que se refere à saúde - merece alguns mimos, quando há possibilidade de realizá-los, mas ele ainda deve estar subordinado à razão, na medida em que ele não deve ser o centro da felicidade, visto que ele é movido pelos desejos e estes sempre insaciáveis. Podemos também indicar alguns agravantes que facilmente podem tornar infelizes bilhões de pessoas ao tomarem como pontos de partida modelos externos que, muitas vezes, jamais serão alcançados. Quantas pessoas podem ter as medidas, por exemplo, de uma modelo de passarela?

    Cabe verificar ainda porque são estas formas de convencimento e influência e não outras? Como estamos considerando neste texto um olhar sobre a corporeidade em nossa sociedade, vamos contemplar mais alguns elementos presentes em nosso meio.

    “A corporeidade implica na inserção de um corpo humano em um mundo significativo, na relação dialética do corpo consigo mesmo, com os outros corpos expressivos e com os objetos de seu mundo”. (Freitas, 2004, p. 57)

    Reunimos elementos contraditórios ao vivermos em uma sociedade que cada vez mais leva as pessoas ao sedentarismo e a hábitos alimentares pouco saudáveis, gerando acúmulo de gordura corporal, ao mesmo tempo em que somos o tempo todo influenciados por uma mídia e uma sociedade que prega a eliminação total desta mesma gordura e divulga um padrão corporal magro que pouquíssimas pessoas atingirão. Isto muitas vezes faz com que as pessoas busquem uma imagem corporal que a sociedade impõe como ideal influenciada muitas vezes pela mídia distanciando-se de sua imagem real.

    A professora de antropologia da USP Maria Lúcia Montes, EME em entrevista a Erika Sallum e André do Val da Folha de São Paulo (2004) disse: “a indústria da moda vendeu uma estranha idéia de que gordura é feio e ninguém questiona isso na sociedade em que vivemos”.

    Quanto à questão da imagem corporal Zinn (1985) apud Knijnik (2003) afirma que

    é composta tanto dos aspectos holísticos – o corpo enquanto o todo – quanto das partes articuladas do corpo e que a imagem corporal do ser humano está em constante transformação, pois se desenvolve por meio das trocas recíprocas entre o corpo e o ambiente físico e social. (Knijnik, 2003, p. 74)

    Por que será que esta questão mexe tanto com as pessoas? Para Knijnik (2003) “nesse sentido . o ser está no mundo quando o percebem; a imagem corporal constitui-se e só existe quando o próprio corpo é percebido pelo outro como parte integrante do mundo” (Knijnik, 2003, p. 79). Nesse sentido, o ser está no mundo quando o percebem. A imagem corporal constitui-se e só existe quando o próprio corpo é percebido pelo outro como parte integrante do mundo. Ora, tal afirmação implica na consideração de que eu sou meu corpo também, numa primeira representação da minha presença no mundo, constituindo-me tanto para mim, como também para os outros. A imagem está diretamente relacionada ao cuidado despendido do corpo para consigo mesmo. Entretanto, se aqui não cabe avaliar, vale ao menos deixar a questão indicada: a imagem acabou por se tornar o próprio ser, houve uma inversão do ser pelo aparecer, o que vai ao encontro dos objetivos do próprio sistema capitalista.

    As pessoas são avaliadas e julgadas pela sua aparência, os melhores empregos são destinados àqueles que têm melhor aparência, ainda que a capacidade entre dois candidatos seja a mesma, desconsidera-se que cada ser tem a sua própria beleza, de acordo com as suas próprias medidas. Outro elemento que nos dá o que pensar, é que os gregos admiravam a beleza posto que, nesta contemplação, poderiam ter uma idéia do divino, tal dimensão foi perdida no tempo. O que conta hoje é a imagem por si mesma.

Considerações finais

    A resposta para muitos dos questionamentos aqui levantados poderia ser encontrada nos pensamentos de nossos antepassados. Na antiguidade clássica, segundo Foucault (1985), pensador do século XX, ao escrever seu livro História da Sexualidade faz uma pesquisa histórica: o grego respeitava seu corpo, numa postura que ele denominou de cuidado de si que revelava os cuidados com o corpo e com a alma. Segundo o autor, a arte da existência se encontrava dominada pelo princípio segundo o qual é preciso ter cuidado consigo mesmo e gastar um bom tempo da vida cuidando de si - do corpo, das reflexões, dos estudos, numa tentativa de formar-se a si mesmo, enriquecer-se interiormente, adornando sua alma.

    Havia prescrições quanto aos exercícios físicos, à higiene e até mesmo quanto à própria sexualidade, no sentido de ser o mais seletivo possível, inclusive também moderando os excessos de comida e bebida.

    Talvez este seja um caminho, se considerarmos que a mídia divulga um padrão corporal magro que poucas pessoas terão possibilidade de atingir, que se não alcançados não significam, necessariamente falta de esforço ou desleixo. Devemos ter consciência de que a busca por modificações corporais, que nem sempre serão atingidas (quer sejam por exercícios ou cirurgias) devem visar a saúde, qualidade de vida, prazer e não para seguir modismos ou modelos tirânicos impostos.

    Seguindo os ensinamentos propiciados pelos gregos, nada melhor do que cuidarmos de nós mesmos. Ninguém pode fazer isto por nós e ninguém melhor do que nós para cuidar tanto interiormente, porção invisível, quanto externamente, porção visível do nosso veículo enquanto um ser-no-mundo que é o nosso corpo.

Nota

  1. Orfeu, filho de Calíope, o maior músico que se tem notícia em toda a mitologia grega. Dizem que, quando tocava acalmava até os animais mais selvagens, as árvores se inclinavam para saborear seus sons ao vento. Orfeu casou-se com Eurídice, mas como sua esposa era muito bonita atraiu a atenção de Aristeu. Foi ferida por uma serpente tentando fugir deste assédio pela floresta. Orfeu vai até o Mundo dos Mortos, a fim de resgatá-la, visto que é tomado de uma tristeza profunda. Com sua lira, consegue comover Hades e Perséfone a liberá-la. Entretanto, no caminho de volta, perdeu-a para sempre ao quebrar a promessa de não olhar para trás durante a travessia. Depois disto, Orfeu nunca mais olhou ou desejou outra mulher, seu corpo se fechou para novos encantos e possibilidades a ponto de despertar inveja nas Mênades que posteriormente o despedaçaram.

Referências

  • ABBAGNANO, N – Dicionário de Filosofia. São Paulo, Ed. Mestre Jou, 1982.

  • ALVES, Ruben. Sobre a Paixão, Folha de São Paulo, caderno 2, 11/12/2007, acessado em 05/02/2010.

  • BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega e Latina.. Ed. Vozes, Petrópolis, vol II, 1987.

  • BRUHNS, H. T. (org.) Conversando sobre o corpo. 5ª edição. Campinas, São Paulo, Papirus, 1994.

  • DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Col. Os Pensadores, Abril Cultural, São Paulo,2ª edição, 1983.

  • FREITAS, Giovanina Gomes de. O Esquema Corporal, a Imagem Corporal, a Consciência Corporal e a Corporeidade. Ijuí, Ed. Unijui, 2004.

  • FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade.. Ed. Graal, Rio de Janeiro, v.3, 1985.

  • HEIDEGGER, Martin.. Ser e tempo. Ed. Vozes, Petrópolis, vol I, 1989.

  • JAEGER, WERNER – PAIDEIA. São Paulo, Martins Fontes, 1979

  • KNIJNIK, Jorge Dorfman.. A Mulher Brasileira e o Esporte: Seu corpo, Sua História. Editora Mackenzie, São Paulo, 2003.

  • LIPOVESTSKY, Gilles. A Era do Vazio. Ed. Manole, São Paulo, 2006.

  • MALDONADO, Gisela de Rosso. A Educação Física e o Adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, ano 5, nº1, p.59-76, 2006.

  • MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2003.

  • PLATÃO. Fédon in Diálogos. São Paulo, Cultrix, São Paulo, 1979.

  • SALLUM, Erika e VAL, Andre do. Carne e osso. Folha de São Paulo, Caderno Ilustrada, 20 de junho de 2004.

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