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Conhecimento dos funcionários de empresas da 

cidade de Guarani das Missões, RS sobre exercício físico

Conocimiento de los empleados de las empresas de la ciudad de Guaraní de las Misiones, RS sobre el ejercicio físico

 

*Professor Ms. da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

**Aluna do curso de especialização em Educação Física, Exercício Físico

e Treinamento Esportivo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

(Brasil)

Carlos Augusto Fogliarini Lemos*

Ananda Mikoczak Kazmircza**

clemos@urisan.tche.br

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi de avaliar o nível e o conhecimento sobre o exercício físico de funcionários das empresas de indústria, comércio, prestação de serviço, órgãos públicos e órgãos financeiros da cidade de Guarani das Missões. A amostra constituiu-se de forma não probabilística intencional, incluindo 157 indivíduos com média de idade de 30,27±10,5 anos.. A coleta de dados foi realizada em três momentos. O primeiro foi à caracterização sócio-demográfica, o segundo momento foi o questionário específico para avaliar a percepção e o conhecimento da população sobre o exercício físico (podendo variar de 0 a 25 pontos), e o terceiro momento foi o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ- versão curta). Para análise dados foi utilizada estatística descritiva (freqüência percentual, média e desvio padrão). Os resultados revelaram que os trabalhadores possuem um conhecimento sobre o exercício físico de 18,4±4,35 pontos, sendo as mulheres mais esclarecidas nesse assunto. As questões que apresentam índices mais positivos de conhecimento foram: de manter uma freqüência mínima de 30 minutos de exercício físico pelo menos 3 vezes na semana (83,3%); e o exercício ser muito importante tanto no crescimento como no envelhecimento (100%); de uma mulher grávida poder realizar exercício físico (80,3%); do exercício físicos ser protetor de doenças como o estresse (89,8%), ansiedade (84,1%) e hipertensão (88,5%); de ocorrer problemas de circulação pela não realização do exercício físico (94,9%); e maior informação recebida dos meios de comunicação (77,7%). Sugere-se que deve-se estimular ações de maior divulgação sobre o exercício físico para a população em geral, pois são grandes os benefícios que estes proporcionam para os sujeitos.

          Unitermos: Exercício físico. Atividade física. Conhecimento.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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1.     Introdução

    No mundo hoje, o sedentarismo é considerado um problema sério para a população. Conforme Domingues et al. (2004), o desconhecimento sobre como se exercitar, as finalidades de cada exercício, limitações de alguns grupos populacionais e percepções distorcidas em relação aos benefícios do movimento, são uns dos possíveis fatores que levam o ser humano à inatividade. Sabe-se que o exercício físico pode ser um fator protetor para uma série de males. No entanto, muito desses conhecimentos não é adequadamente divulgado fora do meio acadêmico, permanecendo oculto para grande parte da população.

    De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), muitos teóricos sugeriram que os problemas da vida diária, simplesmente, causavam o desgaste do corpo humano. Foi comparado o corpo humano com uma máquina que falha e tem um desgaste em conseqüência do uso contínuo. A máquina com o tempo para de funcionar. Isso mostra que o mesmo aconteceria com o corpo humano, ou seja, a deterioração é um processo contínuo. Nahas (2003) mostra que o corpo humano no exercício e na atividade física pode desacelerar, cessar, ou até reverter aspectos da deterioração relacionados à idade.


    Atualmente, as evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como atividade física e exercício físico vem adquirindo relevância, ensejando a produção de vários trabalhos científicos e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população. (ASSUMPÇÃO; MORAES; FONTOURA, 2002).

    O exercício físico pode ser considerado uma atividade realizada com repetições sistemáticas de movimentos orientados, como conseqüente aumento no consumo de oxigênio devido à solicitação muscular, gerando força (BARROS E GHORAYEB, 2004) e representando assim um subgrupo de atividade física planejada com a finalidade de manter o condicionamento (WILMORE apud. MONTEIRO e FILHO, 2004).

    De acordo com Brum et al. (2004) caracteriza-se por uma situação que retira o organismo da sua homeostase, pois implica no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e, consequentemente, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício físico.

    Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar o nível e o conhecimento sobre exercício físico de funcionários de empresas de indústria, comércio, prestação de serviço, órgãos públicos e órgãos financeiros da cidade de Guarani das Missões.

2.     Procedimentos metodológicos

    A amostra constituiu-se de forma não probabilística intencional, tendo como critérios de inclusão ser funcionário nas empresas de comércio, indústria, prestação de serviço, órgãos públicos e órgãos financeiros da cidade de Guarani das Missões, assinarem o termo de consentimento livre esclarecido e serem voluntários. A investigação realizou-se após um contato com responsáveis das empresas autorizarem a aplicação do instrumento de coleta de dados e a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo Ângelo (014.0.282.000-10).

    Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento dividido em três partes. A primeira parte do instrumento refere-se à caracterização sócio - demográfica (sexo, idade, massa corporal, altura, estado civil, escolaridade, tipo de empresa e função).

    A segunda parte é o questionário elaborado por um grupo de pesquisadores do programa de Pós Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, que foi testado em três situações de campo antes de ser definitivamente aplicado. Este instrumento contém nove questões fechadas, de simples e múltipla escolha, com a respectiva pontuação para elaboração do escore. O escore foi obtido por meio das respostas e a pontuação total poderia variar entre 0 (zero) e 25 (vinte e cinco). E por último o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ - versão curta), validado por Matsudo et al (2001).

    A coleta de dados foi realizada nas empresas, onde foi explicado ao funcionário voluntário o objetivo da pesquisa e quanto ao procedimento sobre o questionário. Para a análise dados foi utilizada estatística descritiva (freqüência percentual, média e desvio padrão) tanto do questionário sobre o conhecimento do exercício físico quanto do nível de atividade física (IPAQ - versão curta).

3.     Resultados e discussão

    Participaram do estudo 157 funcionários, sendo 51,6% (n=81) mulheres e 48,4% homens (n=76), com média de idade de 30,27±10,5 anos. MC de 81,2±12,3kg para os homens e para as mulheres de 60,7±10,5kg. A média de altura 1,71±0,09m, sendo que para homens 1,78±0,06m e para mulheres 1,64±0,06m. O IMC ficou com média de 23,8±3,7kg/m2, onde para homens foi de 25,5±3,5kg/m2 e para as mulheres de 22,3±3,4kg/m2. Os dados referentes à antropometria foram auto-relatados pelos sujeitos, sendo uma maneira utilizada pelo IBGE quando da realização do censo.

    No que se referem às características sócio-demográficas, antropométricas e comportamental, os trabalhadores foram divididos em estado civil, escolaridade, tipo de empresa, IMC e IPAQ. Constatou-se que a maioria dos trabalhadores possui um companheiro, sendo mais prevalente no sexo masculino. Quanto à escolaridade 53,5% dos sujeitos afirmaram que já concluíram o ensino médio, principalmente no sexo feminino. Já no ensino superior encontra-se a segunda maior parte dos sujeitos (31,2%), onde também destacam-se as mulheres. Ficando a minoria dos entrevistados no ensino fundamental completo e incompleto (15,2%). Na caracterização do tipo de empresa, o comercio é o local que emprega a maior parte dos entrevistados (36,9%), principalmente pelo sexo feminino. O menor número de trabalhadores encontra-se em órgãos financeiros, onde neste caso a maioria são homens.

    Na análise do Índice de Massa Corporal (IMC) verificou-se que os homens apresentam índices mais elevados, tanto de sobrepeso (44,7%) como de obesidade (9,2%), quanto comparados ao sexo feminino. Este dado aponta uma preocupação com o excesso de peso desta população. Neste sentido, Thompson apud Howley e Franks (2008) aponta que a crescente prevalência de pessoas obesas no mundo é preocupante devido aos conseqüentes problemas de saúde ocasionada pela associação da obesidade com doenças coronarianas (DC), insuficiência cardíaca congestiva, AVC, diabete tipo 2, hipertensão dislipidemia, doença de vesícula biliar, osteoartrite, alguns tipos de cânceres, apnéia do sono e problemas respiratórios, como também a elevação das taxas de mortalidade e morbidade.

    Se por um lado foram encontrados índices preocupantes de sobrepeso e obesidade, por outro no que se refere ao nível de atividade física habitual medido pelo questionário internacional de atividade Física (IPAQ) a maioria da população encontra-se ativo (66,2%) sendo mais prevalente no sexo feminino, o que torna-se um aspecto relevante para o estudo, pois de acordo com Howley e Franks (2008) um estilo de vida fisicamente ativo aumenta a qualidade de vida e diminui o risco de doenças cardíacas e de outras moléstias.

    Na análise do questionário elaborado pelos pesquisadores do programa de Pós Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas específico para avaliar a percepção e o conhecimento da população sobre o exercício físico, constatou-se que os trabalhadores em geral atingiram 18,4±4,35 pontos de conhecimento sobre o exercício físico. Na comparação entre os sexos as mulheres demonstraram um maior esclarecimento sobre o exercício apresentando o valor médio de 19,45 ±3,91 pontos, o que pode ser explicado pelo maior percentual de mulheres que possuem ensino médio e superior quando comparados com os homens. Entre os homens, o valor foi de 17,27 (DP = 4,35).

    Resultado semelhante ocorreu na investigação de Domingues et al. (2004), que avaliou uma população adulta urbana do sul do Brasil e constatou que as mulheres foi o grupo que demonstrou possuir mais conhecimento, mas em contrapartida não se mostraram mais ativas do que os homens, o que não anula a importância do conhecimento.

    A Tabela 1 descreve as freqüências das variáveis referentes à percepção do exercício físico para toda a amostra, e separadamente para homens e mulheres. Pode ser observado que nas questões em geral as mulheres referem-se saber mais que os homens, mas que ambos gostariam de saber mais sobre o assunto.

Tabela 1. Distribuição das variáveis referente à percepção e conhecimento do exercício físico para toda a amostra, e separadamente para homens e mulheres

Variável

Prevalências (%)

Todos

Homens

Mulheres

Auto-percepção do conhecimento sobre o exercício físico

Sabe o suficiente

28,0

34,2

22,2

Gostaria de aprender mais

68,6

59,2

77,8

Não acha necessário saber essas coisas

1,9

1,3

0,0

Não tem nenhum conhecimento

0,0

3,9

0,0

IGN

0,0

1,3

0,0

Importância do exercício físico no crescimento/envelhecimento

Pouco e/ou sem importância

0,0

0,0

0,0

Muito importante e/ou indispensável

100,0

100,0

100,0

IGN

0,0

0,0

0,0

Freqüência mínima de exercício para obtenção de saúde

10 minutos, 4 vezes por semana

5,6

0,0

9,1

2 horas por dia, todos os dias

0,0

0,0

0,0

30 minutos, 3 vezes por semana

83,3

85,7

81,8

1 hora, 1 vez por semana

11,1

14,3

9,1

IGN

0,0

0,0

0,0

Melhor exercício para o emagrecimento

Futebol

10,8

14,5

7,4

Tênis

0,0

0,0

0,0

Hidroginástica

30,6

21,1

39,5

Caminhada

32,5

35,5

29,6

Ginástica localizada

12,1

11,8

12,3

IGN

14,0

17,1

11,1

Quem pode executar exercício físico

Uma mulher no início da gravidez

80,3

73,7

86,4

Uma pessoa com osteoporose e problemas cardíacos

59,9

53,9

65,4

Um idoso com mais de 90 anos

70,1

60,5

79,0

Uma criança com menos de 10 anos

69,4

69,7

69,1

Identificação do exercício como protetor contra doenças

Estresse

89,8

85,5

93,8

Depressão

79,0

75,0

82,7

Ansiedade

84,1

78,9

88,9

Insônia

77,7

76,3

81,4

Colesterol alto

77,7

72,4

82,7

Hipertensão

88,5

80,3

96,3

Câncer de pele

46,5

40,8

34,6

Osteoporose

73,2

71,1

75,3

Identificação do sedentarismo como fator de risco

Problemas de circulação

94,9

93,4

96,3

Diarréia

41,4

55,3

28,4

Meningite

47,8

61,8

34,6

Diabetes

49,0

47,4

50,6

Fonte de informação sobre benefícios do exercício físico

Meio de comunicação

77,7

72,4

82,7

Médico

56,1

55,3

56,8

Parente ou amigo

51,0

40,8

60,5

Professor

53,5

52,6

54,3

Nunca recebeu informação

1,3

1,3

1,2

    Na análise da auto-percepção do conhecimento sobre o exercício físico, constatou-se que a maioria das pessoas gostaria de aprender mais sobre o assunto, sendo que as mulheres em um maior número (77,8%) em comparação com os homens (59,2%).

    Nesta perspectiva, Ramos (1999) afirma que o exercicio físico, através das diferentes adaptações fisiológicas para ele estimuladas torna-se uma grande aliada para a saúde, prevenindo e até podendo fazer parte do tratamento de diversas doenças. Para tanto é nescessário uma concientização geral dessa prática regular, para que se possa conhecer realmente seus benefícios e melhora de condicionamento físico, e dessa maneira tornar-se uma hábito saudável e possível de realizar.

    No que se refere à população reconhecer que o exercício físico é muito importante e/ou indispensável para o crescimento/envelhecimento verificou-se a totalidade dos funcionários apontarem esta alternativa. Segundo Araújo (2001) programas adequados de exercício físico ajudam o organismo a diminuir o seu processo degenerativo, prolongando, então o tempo de vida saudável.

    A maioria dos indivíduos da pesquisa (83,3%) quando indagados sobre freqüência mínima de exercício para obtenção de saúde, afirmou que a freqüência correta seria de realizar exercício físico por trinta minutos e três vezes por semana, sendo também elevado entre homens e mulheres o que vai de encontro ao estudo de Domingues et al. (2004)

    Este tempo e freqüência é o mínimo necessário para que os benefícios sobre a saúde possam ser percebidos. Cabe destacar que um número maior de sessões poderia gerar benefícios maiores, no entanto esta avaliação visava a identificar o conhecimento apenas em relação à quantidade mínima de sessões (SPRIET apud DOMINGUES et. al. 2004)

    Com relação ao melhor exercício para o emagrecimento, o maior número de trabalhadores em geral responderam ser a caminhada. Nesta questão surgiu a maior diferença encontrada entre homens e mulheres, pois a maioria das mulheres considerou a hidroginástica como o melhor exercício físico para o emagrecimento e homens a caminhada.

    Neste aspecto de acordo com as recomendações baseadas nos princípios da fisiologia, que consideram caminhar um exemplo perfeito de exercício aeróbico sendo o tipo de atividade que mais possivelmente permitiria o consumo de gordura corporal (Spriet apud Domingues et al. 2004).

    Nas questões referentes a quem pode executar exercício físico constatou-se um maior conhecimento por parte das mulheres, pois afirmaram que mulheres no inicio da gravidez (86,4%), pessoas com osteoporose e problemas cardíacos (65,4%) e pessoas com mais de 90 anos (79%) podem realizar exercícios físicos a qualquer momento. Já o sexo masculino apresentou saber mais no quesito de crianças com menos de 10 anos (69,7%).

    Autores como Howley e Franks (2008) afirmam que para gestantes saudáveis, o exercício é sadio e benéfico durante este período, incluindo maior bem estar psicológico, menor fadiga e um parto mais rápido e fácil. Mattos e Farinatti (2007) embora falando do treinamento aeróbio na terceira idade ser importante para a manutenção da autonomia funcional em idosos deixam claro que o grupo de idosos pode sim realizar exercício físico.

    No aspecto identificação do exercício como protetor contra doenças, destaca-se que a maioria, tanto homens quanto mulheres, acham importante o exercício físico como protetor de doenças como estresse, depressão, ansiedade, insônia, colesterol alto, hipertensão e osteoporose.

    Quanto à identificação do sedentarismo como fator de risco para a saúde constatou-se que as mulheres demonstraram ser um pouco mais esclarecidas quanto ao malefício problema de circulação ocasionado pela inatividade. Entretanto uma preocupação destes resultados é que apenas 49% dos trabalhadores acreditam que o exercício físico não ajuda no controle do diabetes, pois segundo Howley e Franks (2008) o exercício físico pode gerar muitos benefícios com indivíduos com diabetes tanto do tipo 1 como do tipo 2. Embora não previna nem cure o diabetes, a prática de exercícios por essa população deve ser estimulada por uma série de razões. O exercício físico melhora a sensibilidade a insulina e reduz o risco de doenças em pessoas que já sofrem de diabetes, e ainda mais na população sem essa condição. Além disso, o exercício protege contra doenças coronarianas, dislipidemia, hipertensão e obesidade, promovendo assim a saúde psicológica e a qualidade de vida.

    Entre as fontes de informação sobre os benefícios do exercício físico, os trabalhadores afirmaram que os meios de comunicação foram às formas de maior esclarecimento, seguidos dos médicos (56,1%), professores (53,5%) e por último parentes/ou amigos (51%). Cabe ressaltar que 1,3% desta população nunca receberam nenhuma informação sobre o assunto.

4.     Conclusão

    Considerando o objetivo do estudo e as evidências encontradas nesta investigação, foi possível elaborar as seguintes conclusões:

    Verificou-se que a maioria dos indivíduos encontra-se ativos, sendo que maior parte são mulheres. Na análise do questionário específico para avaliar a percepção e o conhecimento da população sobre o exercício físico, constatou-se também que o sexo feminino possui um maior esclarecimento sobre o exercício que os homens.

    Observou-se um maior conhecimento dos trabalhadores nos itens de se ter uma freqüência mínima de 30 minutos de exercício físico pelo menos 3 vezes por semana; o exercício físico ser muito importante tanto no crescimento como no envelhecimento; uma mulher grávida poder realizar exercício físico; o exercício físico como protetor de doenças como estresse, ansiedade e hipertensão; problemas de circulação pela não realização do exercício físico; e maior informação recebida dos meio de comunicação

    Nesta perspectiva, nota-se que o ideal para a saúde é que o exercício físico se torne um hábito na infância ou na adolescência, para não haver dificuldades de integrá-lo à vida adulta através de individuos somente sabedores dos benefícios do mesmo. Pois, a falta de tempo e principalmente com o uso da tecnologia faz com que cada vez mais muitos deixem de praticá-lo tornando assim uma vida sedentária.

Referências

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