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Nível de atividade física habitual e capacidade funcional 

de idosos atendidos pelo Programa Saúde da Família 

de Juazeiro do Norte, Ceará

Nivel de actividad física habitual y capacidad funcional de personas mayores 

atendidas por el Programa Salud de Familia de Jauzeiro do Norte, Ceará

 

*Curso Licenciatura em Educação Física da Faculdade Leão Sampaio

**Especialista em Educação Física Escolar, Faculdades Integradas de Patos, FIP

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE

***Mestrando em Ciências da Motricidade Humana, Universidade Castelo Branco, UCB

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE

Geane Xavier da Silva*

Cicero Luciano Alves Costa**

Richardson Dylsen de Souza Capistrano***

luciano.alvescosta@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo é investigar o nível de atividade física habitual de idosos atendidos pelo Programa de Saúde da Família da cidade de Juazeiro do Norte - CE e sua associação com a capacidade funcional. A amostra foi voluntária, composta por 71 idosos, 25 do grupo masculino e 46 do feminino. Foram aplicados o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e a Escala de Auto-avaliação da Capacidade Funcional de Rikli e Jones apud Matsudo (2004). Utilizou-se estatística descritiva de distribuição de freqüência e inferencial com o teste de Qui-quadrado. Os achados deste estudo permitem concluir que os idosos investigados apesar de possuírem alguma patologia crônica, a maioria foi considerada como ativos no que diz respeito ao nível de atividade física, e na classificação da capacidade funcional como moderados. Sugere-se que sejam criadas políticas públicas de lazer direcionadas a esta população, visando promover a atividade física como um fator preventivo das doenças crônico degenerativas.

          Unitermos: Idosos. Atividade física habitual. Capacidade funcional.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    Com o aumento da idade cronológica as pessoas passam a ser menos ativas, sofrendo diminuições das suas capacidades físicas, como também alterações psicológicas e uma redução do nível de atividade física acometendo-as a um período da vida com uma alta prevalência de doenças crônico-degenerativas. Dentre estas destacam-se as limitações físicas, perdas cognitivas, sintomas depressivos, declínio sensorial, acidentes e isolamento social (MATSUDO et al., 2000).

    O resultado da interação multidimensional entre saúde física, saúde mental, independência na vida diária, integração social, suporte familiar e independência econômica é considerado como um envelhecimento saudável, dentro dessa nova ótica onde a capacidade funcional surge, portanto, como um novo paradigma de saúde, particularmente relevante para o idoso (FILLENBAUM apud RAMOS, 2003).

    Uma velhice tranqüila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer, bom relacionamento familiar, enfim, é preciso investir numa melhor qualidade de vida (PIRES et al., 2002, apud KUWANO; SILVEIRA, 2002, p. 2).

    O importante para o idoso ativo é manter a sua capacidade funcional com aspectos preventivos da atividade física para doenças e agravos não transmissíveis, tais como diabetes e doenças cardíacas. O maior motivo que leva as pessoas mais velhas a se envolverem em programa de exercícios regulares é um desejo de melhorar a aptidão física e a saúde. (SHEPHARD, apud SHEPHARD; 2003)

    Um estilo de vida fisicamente inativo pode causar incapacidade para realizar AVD, porém um programa de exercícios físicos regular pode promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, alteração na forma de realização do movimento, aumento na velocidade de execução da tarefa e adoção de medidas de segurança para realizar a tarefa, além de promover melhora na aptidão física. (FRANCHI et al., 2005). O fortalecimento dos elementos da aptidão física (força, mobilidade, flexibilidade, entre outros), é de extrema importância para o idoso, pois estas capacidades estão diretamente associadas à independência e à autonomia do idoso, principalmente na execução de suas atividades da vida diária (NORMAN, 1995; MATSUDO, 2000 apud KUWANO; SILVEIRA, 2002). Neste contexto, a prática de atividades físicas, aprimora a qualidade de vida e, melhora o relacionamento social, elevando a capacidade de trabalho, bem como modificando e interferindo no grau de declínio funcional do organismo. (FITZGERALD apud KUWANO; SILVEIRA, 2002).

    Segundo Matsudo (2006) a atividade física é definida como qualquer movimento que possibilite uma contração muscular voluntária, levando a um gasto de energia superior ao do estado de repouso. Sendo assim, a caminhada regular promove a promoção da saúde e a prevenção da enfermidade, possuindo alguns dos benefícios cientificamente confirmados e aceitos pelos órgãos de saúde do Department of Health and Human Services no Estados Unidos que são: diminui o risco de morte prematura e de morte cardiovascular; reduz o risco de desenvolvimento de hipertensão e o risco de desenvolvimento de câncer de cólon; auxílio na diminuição da pressão arterial de pessoas hipertensas; ajuda na construção e manutenção de massa óssea, músculos e articulações; ajuda no controle de peso e no fortalecimento de idosos, que se tornam mais capazes de se movimentar sem quedas; redução da sensação de depressão e ansiedade; promoção do bem-estar psicológico.

    Baseado nestes pressupostos, o objetivo deste estudo é investigar o nível de atividade física habitual de idosos hipertensos e diabéticos atendidos pelo Programa de Saúde da Família da cidade de Juazeiro do Norte - CE e sua associação com a capacidade funcional.

Material e métodos

    O referido estudo caracterizou-se como um estudo transversal de natureza descritivo, com abordagem quantitativa de campo. O procedimento descritivo é o estudo e a descrição das características, propriedades ou relação existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada (CERVO; BERVIAN, 2002).

    A população pesquisada constitui-se de idosos hipertensos e diabéticos de ambos os sexos residentes na zona urbana da cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. A amostra foi voluntária, composta por 71 idosos hipertensos e/ou diabéticos atendidos pelo programa saúde da família (PSF) no posto 46, o grupo masculino foi composto por 25 sujeitos com média de idade 68,9 anos e o grupo feminino 46 idosas com média de 70,1 anos.

    A avaliação do nível de atividade física o instrumento para a coleta dos dados foi o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) (CELAFISCS, 2004), que envolve o tempo que os idosos gastam fazendo atividade física. As perguntas incluem as atividades que eles fazem no trabalho, para irem de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim.

    Para verificar a Capacidade Funcional dos idosos foi aplicado a Escala de Auto-avaliação da Capacidade Funcional das atividades de vidas diárias (AVD) e instrumentais da vida diária (AIVD) com 12 tipos de atividades proposta por Rikli e Jones apud Matsudo (2004). Esta escala é composta por 12 atividades: a) tomar conta de suas necessidades pessoais como vestir-se; b) tomar banho, usar o banheiro; c) caminhar fora de casa (1 a 2 quarteirões); d) fazer atividades domésticas leves como cozinhar, tirar o pó, lavar pratos, varrer ou andar de um lado para o outro na casa; e) subir ou descer escadas; f) fazer compras no supermercado ou no centro; g) levantar e carregar 5Kg (como por exemplo, um pacote de arroz); h) caminhar 6 a 7 quarteirões; i) caminhar 12 a 14 quarteirões; j) levantar e carregar 13 Kg de peso (como uma mala média grande); k) fazer atividade doméstica pesada como aspirar, esfregar pisos, passar o rastelo; l) fazer atividades vigorosas como andar grandes distâncias, cavoucar o jardim, mover objetos pesados, atividades de dança aeróbica ou ginástica vigorosa.

    Os procedimentos para coleta de dados constituída de duas etapas: Na primeira fase foi estabelecido contato com a Secretaria de Saúde da cidade de Juazeiro do Norte - CE, para consentimento e explicação dos objetivos da pesquisa. Em seguida foi marcada uma reunião com os idosos para informar-lhes sobre o intuito da pesquisa e direcionamento quanto à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) conforme o Conselho Nacional da Saúde Lei 196/96 (BRASIL, 2001) para a participação voluntária da pesquisa.

    A segunda fase da coleta dos dados se deu na aplicação de dois questionários: o primeiro foi o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) para avaliar o nível de atividade física e o segundo a Escala de Auto-avaliação da Capacidade Funcional das atividades de vidas diárias (AVD) e instrumentais da vida diária (AIVD) que verifica a Capacidade Funcional dos idosos.

    O banco de dados foi confeccionado no pacote estatístico Statistical Package for Science Social (SPSS) versão 16.0 for Windows. Utilizou-se estatística descritiva de distribuição de freqüência e porcentagens e inferencial com o teste de Qui-quadrado para verificar diferenças significativas entre gêneros no que diz respeito ao atendimento às normas de classificação dos questionários. O nível de significância adotado foi de 5%.

Análise e discussões dos resultados

    A figura 1 apresenta a classificação do nível de atividade física apontada a partir do Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ (CELAFISCS, 2004). Verificou-se que 59,1% dos idosos foram classificações como indivíduos ativos e muito ativos, e 40,9% como idosos insuficientemente ativos e sedentários sem distinção de sexo e nem de idade em ambos os resultados. No entanto, na divisão dos grupos, masculino e feminino, o grupo feminino obteve melhores resultados que o masculino com 63% delas sendo classificadas como ativas e muito ativas contra 52% dos homens. Conseqüentemente, os homens apresentaram maior prevalência de baixos níveis de atividade física, com 48% destes sendo classificados como insuficientemente ativos e sedentários. Entretanto, o teste Qui-quadrado não apontou diferenças significativas nas classificações do nível de atividade física habitual entre os idosos do gênero feminino e masculino (p=0,102).

Figura 1. Distribuição de freqüência para a classificação do Nível de Atividade Física Habitual

    Estudos realizados por Mazo e Col. (2007) com uma amostra de 256 idosos que analisou o nível de atividade física e incidência de quedas com as condições de saúde. Foi verificado que cerca de 79,13% estava classificados como muito ativos, observando uma relação de baixos índices de atividades física e sua relação com quedas. Chegando a conclusão que o nível de atividade física (AF) e a incidência de quedas com as condições de saúde dos idosos há um nível de significância entre algumas variáveis tais como: o nível de AF "pouco ativo" está relacionado com o índice de quedas e o estado de saúde ruim. Acontece uma insatisfação com a saúde onde esta dificulta a prática de AF, afetando assim a manutenção do alto nível da atividade física que sua maioria minimiza a incidência de quedas e melhora a saúde geral.

    Cardoso e Col. (2008) realizaram um estudo com 225 idosas e 37 idosos, possuindo uma média de idade de 70,05 anos, pode-se observar uma grande prevalência de idosos com o nível de atividade física considerado como muito ativos, 83,8% e 89,5% do grupo masculino e feminino respectivamente, não corroborando com o presente estudo onde os índices encontrados desta classificação foram muito baixos quando comparados ao estudo citado, com apenas 8% do grupo masculino e 32,6% do grupo feminino classificado como muito ativos. Tal discrepância pode ser justificada pelo fato do referido estudo possuir uma classificação diferente da pesquisa realizada com os Idosos da Cidade de São José-SC, onde foram utilizados apenas as classificações de insuficientemente ativo (< 150 min/sem) e muito ativo (> 150 min/sem).

    A tabela 1 apresenta a distribuição da freqüência das classificações dos idosos do gênero masculino e feminino e seus respectivos níveis de capacidade funcional. Observa-se que a grande maioria tanto do grupo masculino quanto do grupo feminino encontra-se com os níveis classificados como moderado. No entanto o grupo dos idosos apresentou melhor resultado que as idosas tanto com um maior percentual classificado como avançados quanto com uma menor prevalência de classificação de nível baixo.

Tabela 1. Distribuição de freqüência das classificações dos idosos quanto ao questionário de auto avaliação da capacidade funcional

    No estudo realizado por Fiedler e Peres (2008) vão de encontro ao presente estudo, pois ocorre uma maior incidência de mulheres com classificação inadequada do que os idosos do gênero masculino. Entretanto, o presente estudo traz um menor percentual de idosos com classificação inadequada tanto do gênero feminino quanto do masculino quando comparados ao trabalho de Fiedler e Peres com 43,1% e 25,8% para grupo feminino e masculino respectivamente. No total os resultados obtidos foram considerados bons, pois apenas 21,1% dos sujeitos apresentaram os níveis mais baixos de classificação, obtendo um menor percentual de idosos com classificação inadequada quando comparados ao estudo realizado em Joaçaba-SC localizada no Sul do país, onde 37,1% não atingiram uma boa classificação do nível de capacidade funcional.

    Os achados da presente pesquisa em relação às demais relacionadas anteriormente, constatam que os idosos possuem uma maior independência funcional mesmo possuindo o diagnóstico de algumas patologias crônicas (hipertensão e/ou diabetes) que os acometem. Os resultados constatam a independência física e um menor comprometimento da saúde e da qualidade de vida dos idosos.

    A tabela 2 apresenta a distribuição de freqüência da capacidade funcional em função do nível de atividade física. Para uma melhor apresentação e análise dos resultados optou-se pela formação de dois grupos. Um composto pelos idosos classificados como sedentários e insuficientemente ativos (Insuficientemente ativo) e outro formado por ativos e muito ativo (Ativo). Observa-se que a capacidade funcional em relação à classificação do nível de atividade física obteve um maior índice como moderado 64,8%. O grupo ativo obteve maior percentual de idosos classificados como avançado do que insuficientemente ativo no que diz respeito à auto avaliação da capacidade funcional. Quando analisado a prevalência de idosos com classificação de baixa capacidade funcional, verificou-se o inverso com uma maior quantidade de idosos do grupo insuficientemente ativo.

Tabela 2. Distribuição das freqüências da classificação da Capacidade Funcional em função do Nível de Atividade Física

    Apesar de tais diferenças não serem significativas (p=0,470), o grupo ativo apresentou melhores resultados que o insuficientemente ativo. Na pesquisa feita por Mazo, Mota e Gonçalves (2005), os resultados confirmam uma associação benéfica entre a prática de atividade física e uma melhor qualidade de vida, onde as idosas consideradas mais ativas possuíam um estado de saúde que não interferia na prática de atividade física, sendo mais satisfeitas e possuindo uma vida saudável e consecutivamente uma melhor qualidade de vida.

Conclusão

    Os achados deste estudo permitem concluir que os idosos investigados apesar de possuírem alguma patologia crônica no requisito nível de atividade física a maioria foi considerada como ativos e na classificação da capacidade funcional como moderados. Ao verificar os níveis de atividades físicas e a capacidade funcional, foi constatado que existe uma relação benéfica entre exercício físico na manutenção da capacidade funcional para a realização das AVDs e AIVDs e uma melhora significativa da saúde e da qualidade de vida, pois a saúde e um estilo de vida mais saudável estão relacionados a permanência do individuo ativo e a sua independência física, além da adoção de hábitos saudáveis como a prática constante de exercícios físicos e uma alimentação adequada.

    No idoso se faz necessário o inicio da prática de exercícios físicos com orientação e o acompanhamento de profissionais capacitados como o auxilio nutricionista e de professor de educação física. Sabendo que nem todos os indivíduos têm poder aquisitivo suficiente para usufruir destes acompanhamentos, sugere-se a criação de políticas públicas direcionadas a suprir tais necessidades nesta população, podendo assim, além de beneficiá-los diminuir gastos com a saúde publica.

Referências

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  • MAZO, G. Z.; MOTA, J. A.; GONÇALVES, L. H. T. Atividade física e qualidade de vida de mulheres idosas. RBCEH - Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 115-118 - jan./jun. 2005.

  • RAMOS, L. R. Fatores determinantes do envelhecimento saudável em idosos residentes em centro urbano: Projeto Epidoso, São Paulo. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(3):793-798, mai-jun: 2003

  • SHEPHARD, J. R. Envelhecimento atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, 2003.

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