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As atividades lúdicas como componentes da 

prevenção de incapacidades motoras finas em hanseníase

Las actividades lúdicas como componentes de prevención de discapacidad motora fina en la enfermedad de Hansen (lepra)

 

*Formada em Enfermagem pela

Universidade Presidente Antonio Carlos, Ubá, MG

Mestranda pela Faculdade de Cultura Física de Matanzas, Cuba

**Formado em Fisioterapia pela Universidade Católica de Petrópolis

Pós Graduado latu-senso em Ergonomia pela

Universidade Gama Filho, Belo Horizonte, MG

Mestrando pela Faculdade de Cultura Física de Matanzas, Cuba

Nádia Aparecida Soares Diogo

nsd.net@click21.com.br

Andrês Valente Chiapeta

andreschiapeta@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Prevenir incapacidades, em Hanseníase, é um desafio para os profissionais de saúde até os dias atuais. É uma prática que envolve inúmeros fatores que se fazem essenciais para a idealização destas, como conhecimentos particularizados, disponibilidade de tempo, interação profissional / paciente, estratégias especiais, dentre outras. No entanto, a realidade nos apresenta uma baixa prioridade no assunto e poucas propostas terapêuticas. Almejando um trabalho profilático mais humanizado, relevamos a força do lúdico como componente imprescindível na realização destas práticas de prevenção de incapacidades, com ênfase nas habilidades motoras finas. Será estabelecido um diálogo com diferenciados autores por meio de uma revisão bibliográfica, traçando um panorama sobre a Hanseníase – deformidades e incapacidades e a força do componente lúdico.

          Unitermos: Hanseníase. Incapacidades. Habilidades motoras finas. Lúdico.

 

Abstract

          To prevent incapacities, in leprosy, it is a challenge for the professionals of health to the current days. It is a practice that involves countless factors that are done essential for the accomplishment of these, as particularized knowledge, readiness of time, professional interaction / patient, special strategies, among others. However, the reality presents us a low priority in the subject and few therapeutic proposals. Longing for a work prophylactic more humanized, we emphasized the force of the ludic as indispensable component in the accomplishment of these practices of prevention of incapacities, with emphasis in the fine motive abilities. It will be established a dialogue with having differentiated authors through a bibliographical revision, drawing a panorama on leprosy - deformities and incapacities and the force of the component ludic.

          Keywords: Leprosy. Incapacidades. Fine motive abilities. Ludic.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, que revestem de essencial importância devido ao comprometimento dos nervos periféricos que ocasionam deformidades nas mãos, pés e face. Motivo pelo qual é considerada uma doença incapacitante e, sua prevenção é um desafio a ser vencido por profissionais da área da saúde.

    É relevante lembrar que prevenir incapacidades, em Hanseníase, é muito difícil principalmente quando se trata de adultos. Nesta perspectiva, Virmond et al (1997) afirma que a prevenção não se faz por meio de medicamentos e que o êxito do tratamento depende da confiança do paciente, da equipe de saúde envolvida e a incorporação de técnicas. Isto requer estratégias especiais, envolvimento profissional, conhecimentos particularizados, disponibilidade de tempo. Nas palavras do autor, prevenir incapacidades significa levantar questionamentos e modificar comportamento.

    Neste contexto, será necessário que as propostas terapêuticas levem à criação de espaços nos quais estas pessoas possam sentir-se em casa; espaço que proporcionem tranqüilidade e que possam respirar a cota inalienável de ludicidade e conseqüentemente sentirem a alegria de viver.

    Partindo do principio da inexistência de pesquisas que abordem a utilização do lúdico como componente imprescindível na restauração das habilidades motoras finas de pacientes hansenianos, decidiu-se realizar o presente estudo.

    Buscando respostas, estabeleceremos um diálogo com diferenciados autores por meio de uma revisão bibliográfica, traçando um panorama sobre a Hanseníase – deformidades e incapacidades e a força do componente lúdico.

    Nesta perspectiva este estudo teve por objetivo a reflexão da importância da prevenção de incapacidades em hanseníase, mesclada à presença do fator lúdico como coadjuvante a uma mudança de paradigmas.

    Delimitado o tema e selecionada a literatura, passemos a dialogar com seus autores, buscando compor um referencial que possa orientar a outros que, como nós, se preocupam com um trabalho profilático mais humanizado, ou seja, com a presença do componente lúdico.

    De acordo com o conceito da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), impairment (deficiência) é descrita como as anormalidades nos órgãos e sistemas e nas estruturas do corpo; disability (incapacidade) é caracterizada como as conseqüências da deficiência do ponto de vista do rendimento funcional, handicap (desvantagem) reflete a adaptação do indivíduo ao meio ambiente resultante da deficiência e incapacidade (Farias, 2005).

    Considerando a hanseníase uma patologia marcada por deformidades, participa da cadeia abordada na CIF: Doença, Deficiência, Incapacidade e Desvantagem.

    Palande et al (2002) esclarece que a hanseníase, embora tenha características de uma doença cutânea, apresenta aspectos marcantes de uma doença do sistema nervoso periférico, levando à perda de sensibilidade na pele e paralisias musculares devido a agressão do bacilo aos nervos.

    Segue o autor dizendo que apesar do avanço com a poliquimioterapia, a hanseníase ainda não está realmente curada enquanto continuar causando incapacidades. A prevalência da incapacidade está aumentando e isso se deve ao pouco caso dado ao assunto que ainda apresenta uma baixa prioridade, mesmo tendo conhecimentos e boas publicações na área que relatam pesquisa de como anular, diminuir ou controlar as incapacidades.

    No Brasil, o interesse para as questões da prevenção de incapacidade, surgiu em meados dos anos 60 e 70, momento em que a institucionaliza através do Decreto nº 968 de 7 de maio de 1962, portando, o início da divulgação das técnicas de Prevenção de Incapacidades, surgiu apenas em 1974 e vêm sofrendo modificações até os dias atuais (Virmond, 2008).

    As técnicas de prevenção de incapacidades das mãos, para Camargo et al (2003) envolvem: educação em saúde; hidratação e lubrificação da pele; exercícios; dentre outros. Destacando os exercícios, estes são selecionados de acordo com o tipo de lesão e o grau de comprometimento motor, sendo contra-indicados na presença de: dor, inflamação aguda e úlceras.

    Ressalta o autor que as técnicas simples de prevenção de incapacidades, quando aceitas e incorporadas pelo paciente, contribuem para reduzir ou evitar o agravamento das deformidades. Destacam-se várias técnicas de prevenção de incapacidades das mãos, dentre elas, os exercícios ativos, passivos e ativos resistidos, que tem como objetivo fortalecer a musculatura parética da mão e manter ou recuperar a amplitude de movimento articular, contribuindo assim para preservação ou restauração das habilidades motoras finas das mãos.

    Ao dar sua contribuição nesta questão Virmond et al (1997) relata que o paciente submetido às práticas de Prevenção de Incapacidades, deve entender como uma nova modalidade de proceder na vida diária. Estas modificações por sua vez, levam o paciente de hanseníase, recordar sobre sua doença a todo o momento e assim, ele as encara como empecilho à plena atividade social e profissional – mais um motivo para não executá-las.

    Por outro lado Sabroza (2000) afirma que as incapacidades físicas provocadas pelo diagnóstico tardio da hanseníase afetam os mais pobres e as conseqüências desta demora podem ser muito severas para os indivíduos, conduzindo-os à exclusão social.

As habilidades motoras finas em portadores de hanseníase

    A mão tem papel primordial na atividade humana, através de suas funções básicas de preensão e sensibilidade. A capacidade manual (preensão) desenvolve-se gradativamente através dos sistemas sensório- motor até atingir a acuidade necessária para que o indivíduo realize as atividades de vida diária.

    Nesta abordagem Caetano et al (2005) afirma que a motricidade fina refere-se à atividade manual, guiada por meio da coordenação visuomanual, com emprego de força mínima, a fim de atingir uma resposta precisa à tarefa. Este desenvolvimento motor é um processo de alterações no nível de funcionamento de um indivíduo, onde uma maior capacidade de controlar movimentos é adquirida ao longo do tempo. Tem-se em vista que, este desenvolvimento se inicia no período da infância, portanto, são necessários ajustes, compensações e mudanças, a fim de obter, melhorar ou manter a habilidade, principalmente, quando a motricidade está ameaçada por uma patologia ou qualquer atraso.

    Vale lembrar que as funções básicas dos membros superiores nos pacientes portadores de Hanseníase dependem basicamente da integridade sensitiva e motora da mão. A capacidade de realizar a preensão manual pode se apresentar com limitações que podem variar de acordo com o grau de incapacidade das mãos. Os músculos responsáveis pela realização e controle desta função estarão alterados, apresentando-se descoordenados, enfraquecidos e incapazes de realizá-los de forma ordenada, isso devido ao grau de comprometimento dos nervos que os sustentam.

    Estudos publicados por Elui et al (2001) relatam que a habilidade de manipular, posicionar e usar objetos resulta da funcionalidade dos membros superiores, e em maior nível de prioridade, as mãos. Estas quando acometidas por uma doença como a hanseníase, perde sua capacidade funcional, o que resulta na perda das habilidades, da produtividade e conseqüentemente, na baixa qualidade de vida e auto-estima do paciente. A instalação de uma deformidade dificulta a preensão e manipulação de objetos, acarretando assim um sério problema tanto pessoal como sócio-econômico.

    Complementando, Caetano (1992) ressalta que considerando a função da mão, verifica-se que cada dedo possui seu valor funcional, individual e específico. O valor funcional de cada dedo depende de sua força, mobilidade e de suas relações com os outros dedos, especialmente o polegar, quando realiza, por exemplo, uma preensão de objetos em um jogo de pequenas peças.

    Com base nas idéias de Duerksen et al (1997) é possível afirmar que as mãos, são alvo das deformidades e incapacidades em pacientes hansenianos e isso, se resume basicamente a três fatores: alterações de sensibilidade; alterações de motricidade; estados imunoinflamatórios. Ainda que a presença do bacilo no nervo seja difusa, alguns se apresentam especificamente mais acometidos, e em ordem de prioridade no membro superior estes são o cubital (ulnar), mediano e radial. Dentre as deformidades das mãos, ressaltam-se: mão em garra (podendo ser completa); depressão da eminência hipotênar; perda do arco transverso distal; depressão dos espaços intermetacarpianos; perda da oponência do polegar; encurtamento adaptativo dos flexores; pinças disfuncionais; desequilíbrio muscular; ausência de sudação; perda da corporalidade, dentre outras.

    A habilidade motora fina prejudicada na hanseníase está relacionada a inúmeros fatores como, a dor, desconforto, prejuízos sensório perceptivo (anestesias em mãos), membros superiores dormentes com cãibras e tremor nas mãos, com perda de sensibilidade da região palmar e dorsal, mudanças na amplitude limitada de movimento, tempo de reação diminuído aos estímulos externos, favorecendo assim o aparecimento de deformidades e incapacidades físicas e, também, gerando alterações autonômicas como pele seca, sem flexibilidade e com fissuras, agravando ainda mais as performances habilidosas (Vieira et al, 2004).

A terapia através do lúdico

    De Huizinga a Roger Caillois, de Heidegger a Georges Bataille, de Montaigne a Fröbel, de Konrad Lorenz a Gardner, alguns dos mais renomados pensadores de nosso tempo relataram o seu grande interesse pela questão lúdica, como também o lugar dos jogos e das metáforas no fenômeno humano e na concepção de mundo. Para a maioria dos filósofos, sociólogos, etimólogos e antropólogos, o jogo é uma atividade que contém em sua essência o objetivo de decifrar os enigmas da vida e contribuir com um momento de prazer e de alegria na aridez da caminhada humana (Antunes, 2002).

    Miranda (2001) traz considerações mostrando que o jogo e o brinquedo sempre estiveram presentes na vida do homem, dos mais remotos tempos até os dias de hoje, como também nas diferentes manifestações (bíblicas, religiosas, filosóficas, educacionais). Através dos jogos, desde os primórdios, o homem sempre buscou o autoconhecimento. Do nascimento até a morte, convivemos com o elemento lúdico.

    Nos dizeres de Lemos (1993), a palavra “lúdico” tem por significado brincar; nesse brincar estão incluídos jogos e brinquedos. Nas palavras do autor, a brincadeira faz parte da vida desde o início da humanidade, no entanto, culturalmente somos programados a não sermos lúdicos.

    Em contrapartida, Lopes (2005) relata que é muito fácil e eficiente aprender por meio dos jogos, e isso é válido para todas as idades desde a infância até a fase adulta. O jogo em si, possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo. Complementando, Miranda (2001) afirma que a atividade lúdica faz com que o indivíduo consiga melhores condições de manipular o mundo e melhor conviver com as situações que lhes são impostas a todo instante.

    A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, o desenvolvimento do aspecto lúdico viabiliza a participação, o crescimento pessoal e social como também romper desafios.

    Esses requisitos revestem-se de especial importância no ambiente dos portadores de hanseníase, porque diante dos mais diversos obstáculos e estado de ânimo freqüentemente reduzido, o caráter das instalações, adquire uma função psíquica estimulante. Por conseguinte, realizar atividades terapêuticas num ambiente estimulante é oferecer melhores perspectivas para que se torne realidade os resultados esperados no processo de prevenção de deformidades.

    É preciso, portanto, cuidar melhor do ambiente de terapia. É nosso dever considerarmos o lado humano dos problemas, permutando as atitudes mecanizadas e realizadas solitariamente por um contexto que lhe seja favorável a vivencia lúdica, que oportuniza situações estimulando desafios e ressalta a inquisição de novas competências e habilidades.

Considerações finais

    As práticas para Prevenção de Incapacidades (PI) em hanseníase com foco na restauração das habilidades motoras finas seguem uma mesma linha composta de educação continuada, exercícios, alongamentos, dentre outras que são vistas em literaturas diversas e com poucas variações.

    O observado nos leva a interferir que é difícil, encontrar literatura que ressalta a plena satisfação e a marcante assiduidade dos pacientes perante estas práticas convencionais de prevenção de incapacidades.

    Daí surge o questionamento. Estas práticas convencionais de PI, como citadas em várias literaturas, dentre elas no Manual de PI em Hanseníase do Ministério da Saúde de 2008, onde aborda exercícios resistidos para os dedos, utilizando como meios, elásticos de borracha, pregador de roupas e outras técnicas, não necessitam de algo que realce o prazer, a motivação, o estímulo para atingir o êxito?

    Os pacientes de hanseníase, já condenados às modificações de hábitos em sua vida social / profissional, já marginalizados por uma população pouco esclarecida que fazem questão de sublinharem a diferença destes em relação ao resto do mundo, poderiam se sentir mais motivados às praticas para PI se estas oferecessem satisfação, prazer, bem-estar e ao mesmo tempo, comprometimento e interação entre o profissional, o paciente e o meio, sendo vistas como um processo criativo humanizado.

    É importante destacar que a condição de ter sido portador de hanseníase impõe o indivíduo limitações em suas atividades de vida diária e a tendência de manter-se isolado, principalmente se houver um grau atenuante de comprometimento das habilidades coordenativas. Diante disso, faz-se importante valorizar seu direito de ter qualidade nos anos a serem vividos, de vivenciar momentos de ludicidade, sendo esta uma maneira dele interar-se com o meio, reconstruir sua vida e expressar seus desejos e vontades.

    Perante estas considerações, nota-se a necessidade da integração de raízes lúdicas; uma alternativa de vida humana.

    As reflexões aqui apresentadas constroem um prefácio de um tema que não se esgota facilmente, pois abriga em sua própria existência a construção cotidiana de seu horizonte de possibilidades. Interessante apontar alguns caminhos possíveis para uma terapia preventiva efetiva, eficaz e motivadora.

    Caminhos apontam possibilidades. No entanto, há um ponto de convergência capaz de unir as várias ramificações que eclodem dessas travessias. Aqui, a terapia lúdica é o ponto.

Referencias bibliográficas

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  • Caetano, B.B. In: Pardini, A.G.JR. Anatomia Funcional da Mão. Traumatismo da Mão. 2 ed. Cap 2, p.9 -6. Medsi, RJ. 1992.

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  • Duerksen, F.; Virmond, M. Cirurgia Reparadora e Reabilitação em Hanseníase: Fisiopatologia da mão em hanseníase; p. 24. Copyright, by ALM International Inc. 1997.

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  • Lemos, F. Brincar é coisa séria. Vida e Saúde. 1993.

  • Lopes, M.G. Jogos na Educação: Crias, Fazer, Jogar. Ed.Cortez, 6ªvol. São Paulo. 2005.

  • Miranda, S.; Fascínio do jogo a alegria de aprender nas séries iniciais. Ed. Papirus, Campinas – SP. 2001.

  • Palande, D.D.; Virmond, M. Reabilitação social e cirurgia na hanseníase. Hansen. Int. p. 9 4 - 9 7, 2 0 0 2.

  • Sabroza, P.C.; Santos, E.M.; Andrade, V.; Hartz, Z. Linhas de pesquisas operacionais na área de hansenfase no âmbito da vigilância em saúde – uma proposta. p. 143-144, 2000.

  • Vieira, V.B.; Patine, F.S.; Paschoal, V.D.A.; Brandão, V.Z. Sistematização da assistência de enfermagem em um ambulatório de hanseníase: estudo de caso. Rev. Arq Ciênc Saúde, p. 3-7; 2004.

  • Virmond, M.C.L. Alguns apontamentos sobre a história da prevenção de incapacidades e reabilitação em hanseníase no Brasil. Hansen Int.; p. 13-8. 2008.

  • Virmond,M.; Vieth,H. Prevenção de Incapacidades na Hanseníase: Uma Análise Crítica. Medicina, Ribeirão Preto, 30: 358-363 jul./set. 1997. p. 360.

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