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Prevalência de estresse em docentes do curso de fisioterapia

da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Predominio de estrés en docentes del curso de fisioterapia de la Pontificia Universidad Católica de Goiás

Prevalence of stress on the course for teachers of physiotherapy of Pontifícia Catholic University of Goiás

 

*Fisioterapeuta

**Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde

Docente do curso de Fisioterapia da PUC-Goiás

***Fisioterapeuta. Educador Físico. Mestre em Fisioterapia

Docente do curso de Fisioterapia da PUC-Goiás

Doutorando em Ciências da Saúde UFG

(Brasil)

Claudineide José dos Santos*

Patrícia Mendes Chagas*

Patrícia Leite Álvares Silva**

Renato Alves Sandoval***

rasterapia@ig.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O estresse pode ser definido como um conjunto de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige um esforço para adaptação e pode desencadear sintomas físicos e/ou psicológicos. Sua subdivisão se dá de modo quadridimensional: fase de alerta, fase de resistência, fase de quase exaustão e fase de exaustão. O exercício da fisioterapia aliado à docência produz fatores desencadeantes de estresse, posto que ambas são profissões inevitavelmente sujeitas a cobrança por parte de terceiros, além do contato direto com seus sentimentos, realidades e preocupações. O objetivo deste trabalho foi verificar a Prevalência de Estresse em Docentes Fisioterapeutas da Universidade Católica de Goiás. Participaram do estudo de quarenta e dois indivíduos e usou-se para análise a abordagem quantitativa. Os participantes responderam a um questionário contendo trinta e sete perguntas, as quais visaram a levantar possíveis sinais de estresse, a vulnerabilidade do docente e seu estilo de vida, bem como possibilitar a determinação do nível de estresse em que os mesmos se encontram. Os dados obtidos confirmaram que os docentes fisioterapeutas encontram-se em estado de estresse na fase de resistência. Contudo, apesar das dificuldades impostas por ambas as profissões, a maior parte da amostra está satisfeita com as atividades exercidas.

          Unitermos: Estresse. Fisioterapeutas. Docentes.

 

Abstract

          Stress can be defined as a set of reactions which the body develops when it is subjected to a situation that demands an adaptation effort and may lead to the development of physical and/or psychological symptoms. Its subdivision is quadridimensional, namely alert phase, resistance phase, near exhaustion phase and exhaustion phase. The association of the work carried out by a physical therapist and that of a docent triggers stress once both professions are known to be inevitably subjected to high demands from third parties in addition to the direct contact with their feelings, realities and worries. This work aimed at investigating the prevalence of stress in docent physical therapists at the Universidade Católica de Goiás. Forty-two individuals participated in the study and the quantitative approach was used during the analysis. Participants answered a thirty-seven item questionnaire aimed at uncovering possible signs of stress, the docents’ vulnerability and their lifestyle, as well as enabling the establishment of the stress level they find themselves in. The collected data confirm that the docent physical therapists are currently in the resistance phase of stress. However, despite the hardships imposed by both professions, the majority of the sample seems to be satisfied with the activities they perform.

          Keywords: Stress. Physical therapists. Docents.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 146 - Julio de 2010

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Introdução

    O estresse tem sido o foco de vários estudos no Brasil e no mundo, e esse termo tem sido utilizado para justificar inúmeros acontecimentos que afligem o dia–a–dia. A palavra estresse é derivada do latim, sendo empregada popularmente no século XVII, significando “fadiga”, “cansaço” (SILVA, 2006). Hans Selye (1936), um dos primeiros estudiosos do estresso o denominou como um conjunto de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige um esforço para se adaptar, tendo denominado o estresse como “síndrome da adaptação geral”, produzida por diversos agentes nocivos.

    Nesse aspecto, foram observados sintomas físicos como aumento das glândulas adrenais, a atrofia das partes do sistema linfático, e úlceras estomacais, em decorrência de estímulos não relacionados. Todavia, o interessante é que o termo estresse vem da física, tendo o sentido de grau de deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço (FRANÇA; RODRIGUES, 1999). Monat (1997) define estresse como um processo psicológico, e a compreensão dos estressores ocorre por variáveis cognitivas; não é a situação nem a resposta adquirida que o define, mas a percepção que o indivíduo tem sobre a situação. O estresse é dividido em duas partes, o eustresse, que é o estresse bom, aquele que motiva a pessoa a agir, a procurar novos projetos, aquele que causa felicidade e bem-estar. A segunda parte, o distresse, é o mau estresse, é o que acarretará em sintomatologias, que levará a pessoa ao cansaço e sensação de fadiga. Seyle (1956, 1959) dividiu o estresse em três fases: 1) Reação ao alarme: é quando o indivíduo é exposto ao agente agressor. Segundo Sandín (1995), essa etapa é dividida em dois ciclos, a fase de choque – quando aparece o agente nocivo – e a fase de contrachoque, que ocorre quando o organismo põe em funcionamento suas defesas. É na fase e reação ao alarme que é tomada a decisão de luta ou fuga e são avaliados, em segundos, os riscos ou não que o indivíduo está correndo. Nessa etapa, pode-se reconhecer uma situação de reação saudável ao estresse, possibilitando o retorno ao estado de equilíbrio após a experiência estressante. De acordo com Seyle apud Lipp (1996), é nessa fase que, quando a pessoa sabe administrar o estresse, ocorre um aumento na produtividade, o qual é utilizado em seu benefício pela motivação, entusiasmo e energia produzida pelo estresse nessa. 2) Etapa de resistência: o organismo adquire uma adaptação ao agente agressor, pois se o mesmo se mantivesse em fase de alarme prolongado, esse organismo caminharia rapidamente à exaustão e conseqüentemente à morte. Segundo Sandín (1995), há um aumento da resistência ao agente nocivo particular e uma diminuição da resistência a outros estímulos. Se o indivíduo soluciona a situação estressante, finalizando-a, todo o processo se encerra; entretanto, se não há sucesso, esse passará para uma terceira etapa do estresse. De acordo com Lipp e Malagris (1995), dois sintomas aparecem freqüentemente nessa fase: a sensação de desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldade de memorização. Para França e Rodrigues (1999), o organismo começa a enfraquecer pela resistência dos agentes estressores e inadequação aos mesmos com conseqüente resposta do corpo levando a mudanças de comportamento, insônia e descontentamento. 3) Etapa de exaustão ou esgotamento: caracteriza-se pela persistência do agente agressor, levando o indivíduo aos sintomas iniciais do processo com conseqüente deterioração do organismo. Muitas vezes, o fato de a pessoa apenas pensar na possibilidade da manifestação do agente agressor já é o suficiente para entrar em processo de estresse, mesmo que seja apenas no imaginário do sujeito em questão. Para França e Rodrigues (1999), tem início o aparecimento de doenças crônicas e de difícil reversão, com o surgimento de distúrbios emocionais, fadiga, gastrites, hipertensão e outros.

    Cânon (1932) descobriu que o sistema nervoso simpático e o sistema endócrino estavam envolvidos na resposta de fuga ou luta. Diante de uma ameaça, o hipotálamo altera a secreção de fatores liberadores ou inibidores de hormônios hipofisários. A liberação do hormônio liberador de corticotropina (CRH) aumenta a produção do hormônio adenocorticotrófico (ACTH), que estimula a ação do sistema nervoso simpático liberando cortisol e catecolaminas (FERIN, 1999). Essa ativação do sistema nervoso simpático promove aumento da pressão arterial, elevação da glicemia e da freqüência cardíaca. Há evidências de que a argenina-vasopressina (AVP) está envolvida na resposta ao estresse juntamente com o CRH de origem paraventricular também se eleva em resposta ao estresse agindo sinergicamente com CRH, aumentando a secreção de ACTH (HERMAN; CULLINAN, 1997; DABSON; SMITH, 2000).

    O trabalho acaba por possibilitar não só o crescimento pessoal do individuo, mas ele acaba trazendo muitas das vezes insatisfação, desinteresse, irritação e apatia.

    Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população mundial é acometida pelo estresse, o que caracteriza uma epidemia global (BAUER, 2002). Isso se deve ao mercado de trabalho cada vez mais competitivo que vem comprometendo a saúde do trabalhador (SEEGER; VAN ELDERON, 1996).

    O estresse no trabalho acontece quando este é percebido como ameaça, com vertentes no plano pessoal e profissional, e quando o indivíduo percebe que a demanda é maior que sua capacidade de enfrentá-la (MARTINS et al., 2000).

    Formigheri (2002) expõe que os profissionais da saúde são afetados e expostos freqüentemente a situações estressantes. Isso se deve a uma carga horária de trabalho exaustiva, o não reconhecimento de sua profissão, cobrança excessiva do paciente e familiares e o do próprio profissional, que vê a necessidade de estar sempre estudando para acompanhar sua área de atuação (SILVA, 2006).

    Segundo o artigo 5º, parágrafos II e III, do Decreto-Lei nº. 938/69, o profissional de fisioterapia poderá atuar no magistério superior ou de ensino médio em cursos de graduação e pós-graduação, dando assessoria e consultoria no campo de pesquisa e em empresas, bem como supervisionar profissionais e alunos em trabalhos técnicos e práticos (COFFITO).

    O fisioterapeuta tem como agente de trabalho o homem, por isso lida diretamente com emoções ligadas ao sofrimento, dor, irritabilidade, ansiedade, incompreensão, morte e tantas outras, o que torna desgastante o trabalho. Muitos profissionais, além de atuarem em clínicas, consultórios, hospitais, ou em domicílio, optaram pela docência, onde têm que dividir seus conhecimentos e aprimorá-los, a fim de poderem transmitir formas de tratamentos novos (SILVA, 2006). Com essa constante necessidade de acompanhar o progresso terapêutico das doenças e a evolução e crescimento da fisioterapia, o profissional se vê na obrigação de ir para uma sala de aula em seu horário disponível, para poder incrementar o seu currículo profissional, seu conhecimento teórico-prático, e garantir sua vaga no mercado de trabalho. Muitas vezes, esse tempo é dividido com um ou dois empregos, casa, com seu companheiro/a e filhos/as, tempo para correção de provas, preparação de aulas teóricas e práticas, para duas ou três turmas de aproximadamente sessenta alunos em cada sala.

    O exercício da docência tem seus antecedentes advindos de seu contexto ocupacional e da organização escolar, que incluem a relação com alunos e seu baixo nível de motivação ou tipo de jornada de trabalho (BECK; GARGIULO, 1983; BYRNE, 1994; FABER, 1984, 1991; FERNÁNDEZ et al., 1995), conflito e ambigüidade de papéis, bem como a inadequação entre formação e desenvolvimento profissional (SCHWAB; IWANICK, 1982; CRANE; IWANICKI, 1986; BURKE; GREENGLASS, 1993), sobrecarga de trabalho referente ao número de horas dedicadas e proporção aluno-professor; sistema de horários; níveis de envolvimento dos alunos e falta de pessoal (ZABEL; ZABEL, 1981; DOMENECH, 1995;) e a coordenação com estrutura do local de trabalho assim como supervisão e administração da mesma e o clima organizacional (FRIEDMAN 1991, 1995). Bahia (2002) cita ainda que sobrecarga e tensões, preocupação em preparar aulas, instabilidade, insegurança, rotina, excesso de carga horária, falta de férias e problemas relacionados com a chefia ou com os próprios alunos podem prejudicar a qualidade de vida e gerar o mal-estar bio-psico-socioambiental e predispor a vários tipos de doenças, como cardiovasculares (hipertensão arterial e infarto), digestivas (úlcera e anorexia), e aumento de colesterol, entre outras. Os distúrbios causados pelo estresse e pelo esgotamento emocional podem comprometer a eficiência e a produtividade dos professores.

    Mediante essas referências, optamos nesta pesquisa em abordar em especial o estresse ocupacional do docente fisioterapeuta da Universidade Católica de Goiás e os problemas advindos deste estresse, pois durante a nossa graduação convivemos com professores cuja rotina de vida é conciliar os multifacetados aspectos de seu trabalho como fisioterapeuta, docente, estudos, seu papel de marido ou mulher, pai ou mãe. O reflexo de tal esforço é indubitavelmente visto em seu trabalho. Como alunos, percebemos isso pelo convívio direto e prolongado com os nossos professores; notamos em sua fisionomia de cansaço, desânimo, irritabilidade ou até mesmo suas tristezas. Diante do que observamos nesses semestres, tivemos o interesse de pesquisar mais essa correlação entre a docência, o estresse e a fisioterapia, visto ser essa uma das áreas de saúde que mais têm contato com pacientes e que cresce cada dia mais.

    Neste contexto este trabalho teve como objetivo verificar a prevalência de estresse em profissionais docentes de fisioterapia da Universidade Católica de Goiás; verificar em que fase do estresse se encontra esses profissionais; se os sintomas apresentados são de caráter físico ou psicológicos.

Métodos

    A pesquisa foi realizada na Universidade Católica de Goiás com docentes fisioterapeutas do Departamento de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição. Foi realizada uma abordagem quantitativa com cálculos percentuais simples.

    Nossa amostra foi composta de 72 docentes, sendo que somente 42 responderam os questionários. Estes responderam 3 questionários, um sócio econômico; o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) (Anexo I), que é um questionário desenvolvido por Lipp e Guevara (1994) para se ter acesso a três perguntas: 1) há presença de estresse? 2) Se existir o estresse, em que fase ele se encontra? e 3) O que prevalece mais: sintomas físicos ou psicológicos? Esse inventário já teve seu uso consolidado em estudos anteriores (FRAGA, 2004).

    O ISSL é composto por três quadros que se referem às quatro fases do estresse, onde o quadro dois avalia as fases de resistência e quase exaustão. Os sintomas que são apresentados correspondem a cada fase, e estas foram analisados por um profissional psicólogo. O último questionário a ser respondido foi Indicador de Estresse Ocupacional (“Occupational Stress Indicator”-OSI-2), que foi desenvolvido por Cooper et al. (1988). É um questionário que possibilitou a investigação do estresse ocupacional e que buscou mensurar o grau de satisfação do profissional quanto ao seu campo de atuação, inter-relacionamento, equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, de que modo são encaradas suas responsabilidades profissionais e como que ele está sendo afetado com a possibilidade ou a falta de possibilidade de crescimento profissional. Por possibilitar a análise da intensidade de como o estresse ocupacional tem afetado o profissional, esse questionário foi escolhido para complementar o presente estudo.

    Foi realizado o contato com os docentes e os questionários forma entregues, e foi estipulado uma data limite de aproximadamente 15 dias para a devolução. Logo após os questionários foram enviados para um psicólogo e bioestátisco para a análise.

Resultados e discussão

    O docente pertence a uma categoria que está exposta a riscos psicossociais, pois defrontam com desencadeantes do estresses próprios da organização acadêmica e escolar e com situações que desequilibram as expectativas individuais do profissional e da realidade do trabalho diário. Diante dessa situação, são possíveis como recurso às estratégias de enfrentamento não adaptativas que vão esgotando seus recursos emocionais levando-os à deterioração pessoal e profissional (MORENO; GARROSA; GONZÁLEZ, 2000).

    Do ponto de vista psicológico, o trabalho provoca diferentes graus de motivação e satisfação, principalmente quanto à forma e ao meio no qual se desempenha a tarefa (KANAANE, 1994). A partir do momento em que o indivíduo passa a fazer parte de um contexto organizacional, atuam sobre ele diferentes variáveis que modificam seu estado pessoal, seu trabalho, sua saúde e suas relações sociais. O desgaste físico e emocional a que as pessoas estão submetidas em seu ambiente de trabalho e na execução de suas tarefas é bastante significativo na determinação de transtornos relacionados ao estresse.

    Os estímulos estressores ligados à atividade laboral são muitos e podemos, de forma simplificada, relacioná-los da seguinte forma: sobrecarga–denotada pela urgência de tempo, responsabilidade excessiva, falta de apoio e expectativas excessivas próprias ou de pessoas que cercam o profissional; falta de estímulos – tédio; solidão ou falta de solicitações de sua capacidade e potencial; falta de perspectivas; mudanças constantes determinadas pela organização por adições a novas tecnologias, mudanças devido ao mercado e mudanças auto-impostas (MENDES, 2002).

    É pertinente citar, as mudanças que o mundo vem passando. A globalização da economia, a sofisticação tecnológica, a decadência das relações humanas cooperativas que são substituídas por aspectos competitivos e de busca de recompensas extrínsecas ao próprio trabalho, vem trazendo à tona sentimentos de insegurança, ansiedade e diminuição da auto – estima do indivíduo e de grupos sociais (MENDES, 2002).

    Apesar de nossa amostra ter sido composta por 72 docentes, apenas 42 responderam os questionários. Isso nos leva a pensar como Kunkler; Whittick (1991), que consideram que sujeitos mais desgastados apresentam menor disposição para participar de outras atividades incluídas em sua atividade laboral cotidiana.

    Destes 42 docentes, 80,95 % são do sexo feminino e 19,05% do sexo masculino. Dos docentes entrevistados 45,24% são casados, 54,76% solteiros; 23,81% possuem filhos; 66,67% não possuem filhos e 9,52% não responderam.

    Segundo Reinhold (1984), pessoas casadas e com filhos, teriam uma possibilidade maior de estarem estressadas por influência de estressores não-ocupacionais. Talvez isto ocorra pela maior parte da amostra ser do sexo feminino, e muitas vezes ter que conciliar o trabalho em casa, educação dos filhos e trabalho. Freudenberger (1985), Zimmermann (1999) e Mendes (2002) apontam que há maior grau de estresse ocupacional em mulheres. Freudenberg (1985) ressalta ainda que as mulheres assessoram a todos, exceto a si mesmas, devido às excessivas demandas que enfrentam.

    Benevides; Pereira (2001) ressalta que os profissionais sem filhos tendem a usar o trabalho como fonte de vida social. A média de idade encontrada na amostra foi de 27 anos. Estes dados refletem talvez que a Fisioterapia no Brasil é uma profissão relativamente nova, reconhecida e regulamentada há 38 anos e, nos últimos 10 anos, apresentou grande expansão no número de profissionais, com crescimento da oferta de cursos nas universidades.

    Em relação ao trabalho foi constatado que 52,38% atuam somente em uma instituição; 40,48 % atuam em duas instituições e 7,14% em três. Para Peiró (1992), status elevado = salário mais alto = maior satisfação. Se não há perspectiva dessa condição, maior a possibilidade de estresse. O mesmo autor mostra que a satisfação obtida em relação ao trabalho é dependente da percepção de sua eqüidade por parte do trabalhador, e que se não houver uma perspectiva de melhores condições salariais, há um amento da possibilidade de estresse.

    Segundo Heim (1992), a ambigüidade de funções ocorre quando membros do grupo de trabalho têm expectativas ou demandas incompatíveis entre si. Denomina-se também ambigüidade de funções a sobrecarga decorrente de acúmulo de obrigações e responsabilidades provenientes de uma ou várias funções que a pessoa desempenha. Fornés (1994), Cherniss (1983) descreve forças específicas da ambigüidade de funções como: falta de informação sobre expectativas dos colaboradores; conhecimento sobre oportunidade de crescimento; informação necessária para o desempenho no trabalho, dentre outras, que contribuem para o aumento de tensão e estresse do indivíduo.

    Encontramos em nosso estudo que muitos docentes possuem mais de uma atividade ocupacional e acreditamos que eles estejam em busca de melhores condições salariais e melhor satisfação profissional, pois ficou evidenciado em nosso estudo que 14,29 % estão insatisfeitos com o seu salário, 57,14 % estão razoavelmente satisfeitos, 23,81% estão satisfeitos e 4,76 % acham o seu salário excelente.

    Notamos também que os profissionais que consideram o seu salário de razoável a excelente possuem alguma atividade ocupacional extra. Onde 71,43% da amostra realiza outra atividade profissional além da docência, como o atendimento em consultórios particulares, atendimento domiciliar, hospitais etc. Esse dado é comum com o estudo realizado por Souza, Fraga; Sampaio (2005), que constataram que entre os fisioterapeutas pesquisados, 72 % tinham outro emprego ou ocupação.

    Cunha (1989) descreve a universidade como instituição repleta de contradições e carrega a dimensão crítica sobre si mesma e sobre a sociedade. Talvez seja uma das instituições mais exigidas da contemporaneidade, pois sobre ela recaem grandes expectativas que exigem uma formação profissional de qualidade que busque solução de problemas sociais através da pesquisa e extensão.

    Para Mendes (2002) as universidades são centros de produção e difusão do conhecimento, que fundamenta a formação profissional e pessoal dos futuros trabalhadores, e, por conseguinte o desenvolvimento da organização social. Os profissionais da área de saúde, bem como os professores e educadores, ocupam um lugar especial diante da população. Estas atividades quase sempre vêm atreladas as características pessoais de benevolência, vocação, assistência e dedicação, o que torna estes profissionais mais predispostos a conflitos, estresse, e segundo Dias; Ferreira (2002), o ambiente de trabalho muito estressante resulta em queda do desempenho profissional e diminuição da produtividade.

    Os cursos de graduação trazem em seu bojo uma diversidade teórico-metodológica, o que exige do docente conhecimento profundo e domínio para auxiliar seus alunos em seu percurso. Caracterizar cada faceta de forma reflexiva e crítica para que esses tenham uma visão global e possam vislumbrar as opções que poderão seguir em seu futuro profissional exige que o próprio docente tenha apaziguado e integrado o conflito existente, não através do fechamento dogmático em seu referencial teórico-prático, mas através da constante revisão crítica e reflexiva, mola propulsora da pesquisa e extensão (MENDES, 2002).

    Sabendo dessas expectativas, os profissionais vivem em uma constante busca por novos conhecimentos, para assim poderem garantir e manter seu emprego bem como melhorar o seu curriculum e quem sabe aumentar as chances de ascensão profissional e salarial. No entanto percebemos em nosso estudo que há aí uma discordância, haja visto, que apesar desses profissionais não se conterem somente à graduação, ainda é pequena a quantidade de professores que se dedicam à pesquisa. Segundo a nossa pesquisa 6,38% possuem especialização incompleta, 63,83% especialização completa, 27,66% mestrado e 2,13% doutorado.

    Talvez isso ocorra pela maior parte da amostra possuir pouco tempo de formação acadêmica ou estarem envolvidos em outras atividades ocupacionais. O tempo médio de graduação encontrado em nossa pesquisa foi de 5 anos; a média de horas trabalhadas diariamente foi de 9,26 horas diárias, semanalmente encontramos uma média de 59,25 horas e a média de quantidade de dias semanais ficou de 5 dias. Esses dados foram confirmados no estudo de Benedetti; Gonçalves (2005), que encontraram uma relação entre menor tempo de profissão e excesso de carga horária.

    Assumir as novas funções que o contexto social exige dos professores supõe domínio de uma ampla série de habilidades pessoais que não podem ser reduzidas ao âmbito da acumulação do conhecimento (ESTEVE, 1999).

    Talvez a mais significativa modificação ocorrida no papel do professor esteja relacionada ao que o autor anteriormente citado denomina de “avanço contínuo do saber”. Não se trata somente da necessidade de atualização contínua, mas sim da renúncia a conteúdos e a um saber que vinha sendo de seu domínio durante anos. Os professores devem incorporar conteúdos que nem sequer eram mencionados quando começaram a exercer esta profissão. O professor que resiste a essas mudanças, que ainda pretende manter o papel de modelo social, de transmissor exclusivo de conhecimento e de hierarquia possuidora de poder tem maiores possibilidades de ser questionado e de desenvolver sentimentos de mal-estar.

    Assumir as novas funções que o contexto social exige dos professores supõe domínio de uma ampla série de habilidades pessoais que não podem ser reduzidas ao âmbito da acumulação do conhecimento (ESTEVE, 1999).

    No que se refere a atuação na Universidade Católica de Goiás os entrevistados dividem as suas funções da seguinte forma: 16,67% atuam na sala de aula, 59,26% em campo de estágio, 12,96% em pesquisa e 11,11% em cargos administrativos.

    É relevante salientar que 95,24% dos indivíduos estudados se mostram satisfeitos como docentes e 4,76% não estão satisfeitos como professores. Já como fisioterapeutas, 80,95% estão satisfeitos com a profissão enquanto 19,05% não mostram satisfação com a mesma.

    Em nossa pesquisa, 47,62% praticam atividade física regular e 50,00% não praticam nenhuma atividade física; não responderam 2,38%. Dentre os que praticam, 11,90% a realizam duas vezes por semana, e 35,71% três ou mais vezes por semana; os demais 52,38% não responderam). Pudemos perceber que apesar destes professores praticarem atividades físicas, eles apresentam estressse.

    Dennis (1983) descreve hábitos pessoais e estilo de vida como fatores fundamentais para a condição de boa saúde mental e física. Acrescenta que a prática de exercícios físicos regulares proporciona sensação de bem estar, reduzindo a tensão e promovendo o controle do estresse.

    Peiró (1992) descreve que essas sobrecargas de trabalho produzem sintomas de estresse físico e psicológico e assim os enumera: tensão e insatisfação no trabalho, ansiedade, sensação de ameaça, redução da auto-estima, elevação do nível de colesterol circulante, aumento da taxa cardíaca, resistência da pele e consumo de tabaco. O excesso de horas trabalhadas reduz a possibilidade de apoio social do indivíduo.

    Plante; Coscarelli; Ford (2001) descobriram na prática de atividades físicas uma redução do estresse. Lipp (1996) cita a eficácia do fortalecimento físico, relaxamento, alimentação no manejo do estresse através do Treino de Controle do Stress.

    Em nosso questionário foi perguntado se os participantes se sentiam estressados. O resultado encontrado foi: 59,52% se consideram estressados enquanto 40,48% não se consideram. Esse dado vai em desencontro aos resultados obtidos nos questionários, onde percebe-se que 88,10% apresentam estresse e 11,9% não apresenta. Dos 21,43% dos profissionais que não se consideram estressados, 0,8% encontram-se na fase de alerta; 4,04% estão na fase de resistência e 0,8% encontram-se em fase de exaustão.

    Esse fato nos mostra que, provavelmente, estes profissionais não sabem como lidar com o estresse ou ainda não dão a devida importância aos sinais e sintomas que o caracterizam, talvez pela impossibilidade de reduzir o ritmo de trabalho mediante a queda salarial e de status na instituição.

    Em uma segunda parte de nosso estudo, procuramos analisar a existência ou não de estresse em professores bem como a fase em que os mesmos se encontram.

    Dentre os que apresentam, 4,76% estão na fase denominada fase de alerta; 21,43% na fase de exaustão e, predominando na denominada fase de resistência, encontram-se 61,90%. Os outros 11,90% não têm estresse.

    Em seu estudo, Monte (1997) coloca que a fadiga é o primeiro sinal de alerta, seguido de irritabilidade, falta de tolerância ao barulho e agressividade; e ainda dor de cabeça, alterações de apetite e do sono; perdas repentinas da memória, alterações da voz e problemas sexuais; sensação impotência mediante a situação e apatia.

    No total da amostra, prevalecem os sintomas físicos com 47,62% confirmados por Nahas (2001), que destaca que alguns dos sintomas físicos do estresse são: dores musculares e articulares, insônia e cansaço constante. Confirmando este fato, a Instituição FUNCOR associa ao estresse ao surgimento de doenças como a hipertensão arterial, doenças do coração, gastrite, úlceras, alguns tipos de câncer, ou ainda o agravamento do quadro de pessoas hipertensas e com problemas cardíacos.

    Monte (1997) descreve outros sintomas físicos importantes, como cefaléias, alterações de apetite e sono, alterações da voz, taquicardia, vertigens e enxaquecas. Seyle; Abage (2001) relatam que alguns dos sintomas são aumento nos níveis de colesterol, hipertonia dos músculos esqueléticos, enfarto e doenças musculares crônicas.

    Conforme Fonseca; Sousa (1998), o estresse pode provocar alterações nas funções psicológicas e fisiológicas, podendo transformar-se em problemas psicossomáticos. Esse dado foi comprovado no estudo onde 19,05% apresentaram sintomas psicológicos. Para Robbins; Coulter (1998), os sintomas psicológicos que poderão ser apresentados são insatisfação no trabalho, tensão, ansiedade, irritabilidade, tédio e protelação.

    Rodrigues (1997) apresenta uma visão bio-psico-social do estresse, considerando os estímulos estressores presentes tanto no âmbito externo (físico ou social) quanto interno (emoções, pensamentos, fantasias e sentimentos). Enfatiza, também, a participação do indivíduo na equalização do estímulo estressor. Demonstra que as crenças e compromissos são fatores individuais que norteiam o processo de avaliação.

    Outro dado importante que em nosso estudo difere, foi o fato de que 61,90% da amostra não consideram suas atividades ocupacionais como fonte de pressão, 26,19% acham que geralmente não é fonte de pressão, 7,14 % consideram que geralmente é fonte de pressão, e somente 4,76% consideram como fonte de pressão.

    Diferente do nosso estudo, Lautert (1999) agrupou os potenciais estressores ocupacionais em dois grupos: os relacionados ao ambiente de trabalho e os relacionados às demandas do trabalho. Miranda; Miranda (1995) acrescentam que quando o indivíduo se entrega a uma relação interpessoal é impossível sair ileso da mesma. Assim, a transformação constante, e o afeto são produtos dessa díade. Esse afeto é elemento essencial para que a aprendizagem ocorra além da antecipação das capacidades intelectual e de comunicação ou transmissão de conhecimento.

    O envolvimento da emoção, da história nesta relação direta com o outro, coloca este trabalho numa dimensão suscetível e delicada, que envolve investimento e custos, desde os níveis mais concretos, até os mais abstratos (dimensão física, psicológica, intelectual e financeira) (MENDES, 2002).

    Jesus (1996) descreve que houve um aumento da percentagem de professores com sintomas de mal-estar, pois antigamente não havia tão alto grau de insatisfação, nem estresse ou exaustão. Também salienta que é um fenômeno da sociedade atual, fruto das mudanças sociais presentes na ultima década.

    Formigheri (2002) expõe que os profissionais da saúde são afetados e expostos freqüentemente a situações estressantes. Percebe-se a formação de uma trilogia: universidade, docência e exercício profissional na área da saúde, a qual converge para um ponto em comum: a necessidade de grande dispêndio de energia na busca de soluções e encaminhamentos para questões estruturais e também conjunturais, no exercício laboral diário. Esta situação parece funcionar como provável agente estressor (MENDES, 2002).

    Esses autores associam a docência, e a profissão na área da saúde como um fator desencadeante do estresse, porém isso não foi encontrado em nossa pesquisa. Acreditamos que esses dados tenham a ver com o que foi descrito por Bauk (1999) onde afirma que para desencadear-se a reação de estresse é necessária a interação de três fatores, o estressor, o contexto e a vulnerabilidade.

    Os estressores, agentes de mudança, são representados por inúmeros agentes físicos, químicos, virais, bacterianos, biológicos e sociais, especialmente os resultantes de conflitos interpessoais, manifestos de modo verbal ou simbólico. Os fatores de contexto são os inerentes ao ambiente em que vivemos, seja ele o familiar, o de uma empresa, de uma nação ou mesmo mundial. Entre eles podemos considerar as condições de vida em termos de padrões morais e sociais, econômicos, de segurança e políticos. Os quais são utilizados como medidores da qualidade de vida dos indivíduos (GRIMBERG, 1991).

    Os fatores de vulnerabilidade são os que dizem respeito à nossa individualidade em termos de hereditariedade, personalidade, idade, sexo, grau de instrução e experiências de vida.

    São esses fatores, especialmente os de vulnerabilidade, que explicam o porque de um agente ser estressor para um indivíduo e não o ser para outro (MENDES, 2002). Por isso achamos que o estresse encontrados nesses docentes fisioterapeutas possa estar ligado a fatores pessoais, como o citado por Bauk (1999), quando definiu a vulnerabilidade.

Conclusão

    Verificamos que a docência é uma profissão que exige muito e de forma constante, pois com todo o processo de modificação através do qual o mundo vem passando é necessário que os professores acompanhem essas mudanças. Além disso, quando se alia a docência à fisioterapia, que também é uma profissão que cresce a cada dia, e com isso também sofre muitas modificações, percebemos que as exigências não só por parte dos discentes e dos pacientes aumentam, mas também a exigência do próprio profissional, que tem por necessidade incrementar o seu currículo.

    Outro dado observado é que na maioria das vezes para que este profissional esteja atualizado, ele se vê na necessidade de estar em mais de um emprego para assim poder custear os seus estudos, e grande parte ainda tem que conciliar sua dupla ou tripla jornada de trabalho com a sua vida pessoal, o que acaba por gerar estresse.

    Através dos resultados obtidos, esse estudo possibilitou verificar que a docência juntamente com a fisioterapia e as atuais exigências do mercado de trabalho vêm levando o profissional a uma busca contínua por um reconhecimento profissional não se detendo somente ao mercado externo, mas também às suas expectativas e anseios. Foi possível concluir que os professores do presente estudo não estão conseguindo manejar de forma satisfatória o estresse, fato que os leva a desenvolver o denominado distresse, evoluindo para as sub-fases do estresse.

    Visto que o nosso estudo não teve por objetivo descobrir se o estresse adivinha de outra fonte que não fosse a docência e a fisioterapia, e o fato de acreditarmos que os dados obtidos possam estar mascarados e que o estresse apresentados por esses profissionais possa ser originado de outras fontes não identificadas, que não seja a docência e a fisioterapia, sugerimos que sejam feitos novos estudos com o objetivo de identificar qual a fonte de estresse desses professores fisioterapeutas, já que os mesmos encontram – se satisfeitos com suas profissões. Seria relevante analisar também como intervir nesse estresse; saber se os mesmos tomam medidas profilática para preveni-lo bem como sua visão sobre a interferência dele em sua atividade ocupacional.

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