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Contradições encontradas no interesse de escolares 

pela pratica de Educação Física em Leopoldina, MG

Contradicciones encontradas en el interés de los escolares por la práctica de la Educación Física en Leopoldina, MG

Contradictions found in the interest of students by practice of Physical Education in Leopoldina, MG

 

*Centro Universitário de Volta Redonda, UNIfoa

Campus Cataguases, MG

**Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, MG

***Laboratório de Biociências da Motricidade Humana, LABIMH

Universidade Castelo Branco, UCB, Rio de Janeiro, RJ

****Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC)

Leopoldina, Conselheiro Lafaiete, MG

*****Universidade Traz os Montes e Alto D’Ouro

UTAD, Portugal

Gabriela Rezende de Oliveira Venturini* ** | Bernardo Minelli Rodrigues***

Fernanda Rocha Pereira* | Juliana Haas César****

Bruno Marques Ponte* | Júlio César Correa Neto Carias* **** *****

Dihogo Gama de Matos***** | André Luiz Zanella*****

Ricardo Luiz Pace Júnior**** ***** | Mauro Lúcio Mazini Filho* *****

personalmau@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do presente estudo foi verificar as origens e as razões pelas quais os alunos se afastam da prática da Educação Física na escola. Procurou-se saber: a) as opiniões dos alunos a respeito das aulas de Educação Física, b) porque ocorre o afastamento dos alunos nas aulas de Educação Física. Os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário contendo 2 questões a 72 alunos divididos entre o 6º e 7º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio em uma escola particular de Leopoldina-MG. Os resultados indicaram que há um progressivo afastamento dos alunos das aulas de Educação Física

          Unitermos: Aderência. Educação Física na escola.

 

Abstract
         
The aim of this study was to investigate the origins and reasons what students depart from the practice of physical education at school. Were sought: a) investigate the students' opinions about the Physical Education classes, b) collect information occurs because of the remoteness of students in physical education classes. Data were collected from a questionnaire containing 2 questions to 72 students divided between the 6th. and 9th. years of elementary school and 1st. years of high school. The results indicated that there was a gradual removal of students from physical education classes.

          Keywords: Adherence. Physical Education in school.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 146 - Julio de 2010

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Introdução

    A questão que se coloca neste trabalho é a seguinte: por que poucas pessoas praticam regularmente alguma atividade física, mesmo sabendo dos seus benefícios? Qual é o papel das aulas de Educação Física na escola neste contexto? O que pensam os alunos de suas aulas?

    Uma das hipóteses possíveis para o número reduzido de aderentes à prática da atividade física pode residir nas experiências anteriores vivenciadas nas aulas regulares de Educação Física. Muitos alunos acabam não encontrando satisfação nas aulas de Educação Física e se afastam da prática de atividades físicas na vida adulta.

    A Educação Física na escola é entendida como uma área que trata da cultura corporal e que tem como finalidade introduzir e integrar o aluno nessa esfera, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e também transformá-la. Nesse sentido, o aluno deverá ser instrumentalizado para usufruir dos jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida (BETTI, 1992).

    Outro aspecto aponta para o caminho do domínio cognitivo, ou seja, o conhecimento e o reconhecimento da importância da atividade física, que significa entender, compreender o porquê realizar atividade física, como realizá-la, quais os efeitos, além de outros.

    O prazer e o conhecimento sobre a prática da atividade física teriam um valor bastante limitado se os alunos não vivenciassem ou aprendessem os aspectos vinculados ao corpo/movimento. Por isso, outra importância da Educação Física na escola é garantir a aprendizagem das atividades corporais produzidas pela cultura.

    Conforme Oliveira (2005) o esporte na escola acaba sendo uma atividade reprodutiva, levando a um acomodamento e não a participação e curiosidade efetiva dos alunos nas aulas de Educação Física. Para o autor, o esporte favorece um espírito de grande competitividade, priorizando os mais habilidosos ou aptos e excluindo os menos habilidosos ou inaptos, tendo como conseqüência o individualismo e a exclusão que resulta numa forma de impedir o desenvolvimento de valores coletivos, sendo o principal objetivo das aulas apenas o desempenho. Dessa maneira, em lugar da criação ocorre o desinteresse dos praticantes e a obediência cega as regras, o que pode gerar desânimo e alienação.

    Desta forma há um grande número de alunos que não participam das aulas ou são dispensados. Provavelmente não irão aderir aos programas sistematizados de atividade física.

    O descontentamento pelas aulas ocorre na opinião dos alunos porque elas deveriam ser diferentes e com variações (música, outros esportes, etc.).

    Uma pesquisa realizada por LOVISOLO (1995) mostra que as disciplinas mais valorizadas pelos alunos são português e matemática. A Educação Física representa a disciplina que os alunos mais apreciam.

    A participação decrescente dos alunos do ensino básico tem sido alvo de preocupação de professores e investigadores interessados neste fenômeno. A participação de todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem é uma condição para a formação para a cidadania e a inclusão social. Assim, compreender a não participação nas aulas mostra-se fundamental para melhoria do processo de ensino aprendizagem da educação física escolar, o que pode promover uma melhor adesão dos alunos nas aulas.

    O presente estudo pretende contribuir para melhoria da compreensão do fenômeno da não participação nas aulas de educação física de alunos do ensino médio, através da confrontação das representações sociais de alunos de escolas públicas com as de alunos de escolas particulares.

Desenvolvimento

    Para que se compreenda o momento atual da Educação Física nas escolas é necessário considerar suas origens no contexto brasileiro, observando as influências que marcam essa disciplina.

    A Educação Física escolar teve vinculada no século passado, às instituições militares e a classes médicas, determinando uma concepção da disciplina e a forma de ser ensinada.

    O esporte é talvez o conteúdo que melhor atende as especificações para o trabalho da Educação Física escolar, visto o grande repertório de possibilidades e objetivos que estão associados a este conteúdo. Aliás, é um campo muito grande de ações, em que através das vivências em situações decorridas, o indivíduo desenvolve sua atitude e capacidade de ação, além é claro de perceber o seu mundo de movimentos, entender as implicações deste para a sua saúde e estética.

    Entretanto, há muito tempo, percebe-se que o esporte e a Educação Física são muitas vezes confundidos, mas é plausível relatar que o esporte por si só não é considerado educativo, a menos que seja “pedagogicamente transformado” (Kunz, 1989: 69), pois se torna um reflexo daqueles que o praticam, ou seja, cada um desfrutará do esporte da forma como lhe foi apresentado. Uma aula de Educação Física metodologicamente tradicional vem a ser, o determinante para a aversão à sua prática social (MELLO & BRACHT, 1992).

    A Educação Física escolar deve dar oportunidade a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. (MUNARO, 1988).

    O professor de Educação Física escolar não deve ser apenas o intitulado “instrutor de atividades físicas”, mas abarcar o universo de questões que envolvem os alunos e a sociedade. Não se pode ter a Educação Física apenas para os mais habilidosos, permitir que o esporte entre nas aulas não como componente acrítico, mas crítico, com caráter de exclusão, mas com inclusão de todos. Cabe ao professor ter o papel de mero auxiliador desse processo, sem deixar de sempre propor desafios intelectuais condizentes à realidade dos alunos, com regras flexíveis em que possam ser trabalhadas variantes e possibilidades dentro de determinado contexto escolar, assim, propiciará a construção do conhecimento significativo (SANTOS e MATOS, 2004).

    O que se vê, muitas vezes, é que:

    [...] as aulas de Educação Física não fogem às características gerais das outras disciplinas, em relação ao controle do corpo. Não se constituem em geral, como se deveria esperar, em momentos de autênticas experiências de movimento, que expressam a totalidade do ser humano, mas, sim, desenrolam-se com o objetivo primordial de disciplinar o corpo. Esse objetivo é alcançado pela realização de movimentos mecânicos, repetitivos, isolados, sem sentido para o aluno, dissociados de afetos e lembranças, presos a padrões e transmitidos por comando pelo professor. O tempo e o espaço são determinados pelo professor, bem como as ações motoras a serem realizadas. Essas em geral são guiadas por um plano, elaborado unicamente pelo professor, distante das experiências de movimentos livres que o aluno tem fora da escola. Desta forma, não permitindo que os alunos formem os seus próprios significados de movimentos, as aulas de Educação Física conduzem-nos à passividade e à submissão, desencorajando a criatividade. (GONÇALVES, 1997, p. 36).

    Um outro fator que leva alguns alunos à não optarem por freqüentar as aulas de Educação Física é que os adolescentes se encontram descontentes com os conteúdos ou com a forma de atuação dos professores. As experiências acumuladas nos anos do Ensino Fundamental, onde por vezes a Educação Física mostrou-se ser elitista, voltada para o mais forte, o mais rápido, o mais habilidoso, onde o resultado e a marca eram supervalorizados.

    Onde o aluno não produziu grandes alterações cognitivas nesta área do conhecimento. As atividades eram realizadas sem se saber o porquê ou para que. Para estes alunos, a Educação Física acabou se tornando, uma atividade sem muita contribuição para o seu crescimento pessoal.

    Segundo Almeida (2007) os procedimentos didáticos pedagógicos do professor também influenciam na qualidade das aulas e, conseqüentemente, na motivação dos alunos. O professor que leva a sério o que faz e que alia a sua competência técnica ao compromisso de ensinar, desperta a criatividade e conduz os alunos a reflexão através do lúdico, pode não ter alunos desinteressados ou desanimados. Ao adotar estes procedimentos, o professor leva grande vantagem sobre as outras disciplinas escolares, pois a Educação Física, por si só é uma prática motivadora e que permite abordar uma grande variedade de temas e assuntos relacionados na maioria das disciplinas existentes no currículo de uma instituição, podendo promover um ensino mais desafiador e interessante para os alunos e professores.

    Outro fator que pode ser destacado como principal origem das dificuldades ou desinteresse na Educação Física escolar, são os conteúdos realizados nas aulas, principalmente relacionado aos esportes. Assim como os conteúdos, as metodologias adotadas pelos professores que privilegiam apenas o esporte durante as aulas e toda a vivência escolar das crianças e adolescentes, sendo utilizado de forma rotineira e inadequada no ensino fundamental e no ensino médio, em que os alunos praticam as mesmas atividades, muitas vezes sem um planejamento adequado realizados pelos professores nas aulas, parece ter como conseqüência a evasão nas aulas de educação física.

    “assim como o fracasso escolar leva ao abandono da escola, o fracasso esportivo, a não obtenção do desempenho esperado ou desejado e custos psicológicos ou fisiológicos altos, pode levar ao abandono da prática de atividades físicas na escola.” (VIANNA e LOVISOLO, 2005, p. 487)

    Oliveira (2006) julga necessário e oportuno propor alternativas de atividades físicas desde o ensino fundamental, para que haja uma maior adesão e interação dos alunos nas aulas, por meio de atividades em que eles próprios possam criar formas e soluções para os problemas, tendo como mediador, facilitador e transmissor de conhecimentos o professor de Educação Física. O esporte deixa de ser o único conteúdo das aulas. O mesmo pode ser utilizado de maneira atraente e criativa, juntamente com outros conteúdos e atividades.

    O entendimento das racionalidades dos sujeitos pode contribuir para uma melhor compreensão do processo das aulas de educação física escolar, favorecendo a construção de acordos entre os agentes do processo de ensino aprendizagem (LOVISOLO, 1995) que estimule a participação dos alunos.  

    Para Marzinek e Neto (2007) os esportes no ensino fundamental são atividades atraentes e criativas se bem empregadas, mas para os alunos do ensino médio não há um interesse em aulas relacionadas ao esporte em geral ou a conteúdos voltados para um determinado esporte, tais como fundamentos, regras e etc.. Segundo os autores não existe interesse em praticar o esporte como um conteúdo sistematizado. Os alunos só querem jogar como recreação, sem maiores compromissos, talvez pelo desgaste em suas vivências nos anos anteriores.

    Ouriques et al. (2008) destacam a importância de conhecer o público alvo a fim de promover maior adesão e permanência nas atividades praticadas pelos adolescentes. Partindo deste princípio, os professores devem inserir atividades que proporcionem prazer e os conteúdos respeitem os interesses de proporcionar a inclusão de adolescentes nas atividades físicas, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem.

Material e metodologia

    A metodologia utilizada na realização deste trabalho baseou-se em uma coleta empírica de dados, através de um questionário composto por duas questões:

    A fim de investigar o fenômeno da não participação dos alunos nas aulas de educação física escolar do ensino fundamental e médio, realizou-se uma pesquisa descritiva de caráter qualitativo. Desta forma procurou-se registrar,descrever,analisar e interpretar as opiniões dos alunos a respeito da disciplina de Educação Física e as suas implicações sobre o afastamento dos alunos da prática da atividade física.

O que você acha das suas aulas de Educação Física?

6º ano

    Os resultados indicam que os alunos consideram as aulas de Educação Física legais com 86,5% das indicações, animadas com 74%, muito fáceis com 30,6%, sem importância 3%, difíceis com 2,1% e chatas com 1,7% de indicação por parte dos alunos.

7ºano

    Os resultados indicam que os alunos consideram as aulas de Educação Física legais com 80,7% das indicações, animadas com 46,9%, muito fáceis com 18,8%, chatas com 2,6% e as alternativas sem importância e difíceis receberam 1,4% das indicações cada uma.

1º ano EM

    Os resultados indicam que os alunos consideram as aulas de Educação Física legais com 67,4% das indicações, animadas com 37%, muito fáceis com 11%, sem importância 5,7%, chatas com 5,1% e difíceis com 0,3% de indicação por parte dos alunos.

Resultados referentes à questão: O que você acha das suas aulas de Educação Física?

6º ano

7º ano

1º ano EM

Legais

86,5%

80,7%

67,4%

Animada

74%

46,9%

37%

Muito Fáceis

30,6%

18,8%

11%

Sem importância

3%

1,4%

5,7%

Chatas

1,7%

2,6%

5,1%

Difíceis

2,1%

1,4%

0,3%

    Tais resultados mostram que os alunos, em sua grande maioria, apreciam as aulas de Educação Física, pois as consideram legais e animadas, o que pode estar relacionado com a manifestação do estado de fluxo conforme assinalou (CSIKSZENTMIHALYI, 1992).

    No entanto, observa-se mais uma vez uma diminuição destas experiências positivas na opinião dos alunos conforme se caminha para o Ensino Médio,por exemplo, a aula é animada para 74% dos alunos da 6ºano e no Ensino Médio este número é exatamente a metade, ou seja, para 37% dos alunos.

    Além disso, no Ensino Médio é maior o número de alunos que consideram a disciplina sem importância e chata e, ao mesmo tempo, diminui o número de alunos que a consideram uma disciplina fácil. É provável que as atividades propostas nas aulas de Educação Física se tornem na opinião dos alunos, mais exigentes quanto ao nível de habilidade, ou a auto-exigência.

    Estes resultados estão de acordo com aqueles verificados por VANREUSEL et al. (1997) segundo a qual os alunos do Ensino Médio, não participam das aulas devido à percepção de baixa qualidade delas.

Você participa das aulas de Educação Física em sua escola?

6º ano

    Oitenta e nove e meio por cento dos alunos afirmaram que participam sempre das aulas de Educação Física, 10,2% responderam que participam às vezes das aulas e 0,3% dos mesmos nunca. participam das aulas de Educação Física.

7ºano

    Oitenta e seis vírgula dois por cento dos alunos afirmaram que participam sempre das aulas de Educação Física, 13,1% responderam que participam às vezes das aulas e 0,7% dos mesmos nunca participam das aulas de Educação Física.

1º ano EM

    Cinqüenta e sete vírgula um por cento dos alunos afirmaram que participam sempre das aulas de Educação Física, 23,9% responderam que participam às vezes das aulas e 19% dos mesmos nunca participam das aulas de Educação Física.

Resultados da questão: Você participa das aulas de Educação Física em sua escola?

 

6º ano

7º ano

1º ano EM

Participa sempre

89,5%

86,2%

57,1%

Participa às vezes

10,2%

13,1%

9%

Nunca participam

0,3%

0,7%

19%

    Estes resultados nos auxiliam na resposta a duas questões colocadas inicialmente neste trabalho, que são as seguintes: Verificar como as opiniões dos alunos a respeito das aulas de Educação Física se modificam ao longo dos ciclos escolares. E Verificar quando os alunos iniciam o afastamento das aulas de Educação Física escolar e da prática da atividade física fora da escola.

    Os resultados mostraram que os alunos são bastante participantes no 6º ano, com quase 90% de presença às aulas, passando para 57,7% no 1º ano do EM. Do mesmo modo pode-se observar uma diminuição do número de alunos que afirmam participar as vezes da aula do 6º ano para 7º ano, e d 7º ano para 1º ano EM.

    Um dado contundente é a passagem quase inexpressiva do total de alunos que nunca participam das aulas, menos de 1% na 5ª e 7ª séries para quase 20% dos alunos do 1º ano do EM.

    Pode-se afirmar analisando os dados desta questão que há de fato um afastamento gradativo da participação dos alunos da prática da Educação Física na escola, sobretudo no EM, mas que se inicia antes, tal como foi verificado por CAVIGLIOLI (1976).

Conclusão

    Este estudo procura-se investigar a causa do o afastamento de alunos da prática na atividade física e o papel da disciplina de Educação Física neste processo.

    A Educação Física é uma disciplina que possibilita, mais do que as outras,espaços onde se pode dar início a mudanças significativas na maneira de se implementar o processo de ensino/aprendizagem, tendo em vista as diversas situações em que os dados do cotidiano associados à cultura de movimento podem ser utilizados como objetos de reflexão.

    Certos de que a área de Educação Física escolar possui uma influência primordial no desenvolvimento dos alunos, os professores de educação física devem assumir suas responsabilidades como educadores para que possam ser mais valorizados profissionalmente. 

    Embora a Educação Física escolar seja uma disciplina importante no aprendizado e na formação do cidadão, a disciplina ainda não é percebida pela sua relevância.

    Os resultados mostraram que há um progressivo afastamento dos alunos da Educação Física na escola.

    Desta forma adotando um ensino inclusivo pode-se amenizar esse afastamento. A Educação Física na escola deve oferecer oportunidades para que todos os alunos tenham acesso ao conhecimento da cultura corporal, como um conjunto articulado de informações necessárias à formação do cidadão, de forma democrática e não seletiva.Assim os portadores de necessidades especiais não devem ser privados das aulas de Educação Física.

    Cabe a escola e ao professor de Educação Física, de acordo com a sua realidade, ponderar sobre as melhores condições para realização da disciplina.

    O professor é um mediador, facilitador e transmissor de conhecimentos nas suas aulas. Sendo assim, é o principal responsável para transmitir e oportunizar a construção de conhecimentos aos seus alunos com um embasamento teórico para complementar a pratica. Enfatizar mais o aspecto social, motor e cognitivo do indivíduo, tornando-o um ser humano mais apto a realização das atividades do cotidiano e de sua vida pessoal, parece ser um caminho mais razoável do que a prática descontextualizada de esportes formais. Para tanto, o desenvolvimento de competências e a atualização constante do professor se faz necessário.    Por outro lado, percebe-se que as campanhas de valorização da prática regular de atividade física, não encontra-se generalizada em todo o público escolar que as atividades corporais na escola ainda são percebidas como uma prática sem importância na formação dos alunos.

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  • VIANNA, J. A. e LOVISOLO, H. Esporte Educacional: A adesão dos sujeitos das camadas populares. In: FIEP Bulletin, vol. 75 – Special Edition – Article – I, p.487-490, 2005.

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