Estilo de vida de servidores da justiça federal de Santa Catarina: um estudo descritivo Estilo de vida de los empleados de la justicia federal de Santa Catarina: un estudio descriptivo Lifestyle of the federal law court workers in Santa Catarina: a descriptive study |
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*Especialista em Ciência do Movimento Humano (CEFD/UFSM) Mestranda em Educação Física (CDS/UFSC) Membro do Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde (CDS/UFSC). **Doutor em Educação Física pela Universidade do Porto, Portugal Professor do Departamento de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina |
Luana Callegaro Rossato* Sidney Ferreira Farias** (Brasil) |
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Resumo Objetivou-se conhecer o estilo de vida atual de um grupo de servidores, de ambos os sexos, de 25 a 44 anos de idade da Justiça Federal de Santa Catarina–SC a fim de propor recomendações para promover mudanças comportamentais para um estilo de vida saudável. Para a coleta dos dados foi aplicado o questionário “Perfil do Estilo de Vida”, uma entrevista semi-estruturada e utilizadas medidas antropométricas. Identificou-se que o grupo de servidores apresentou comportamentos negativos no aspecto nutrição e apenas um participante foi considerado com sobrepeso. Conclui-se que o estilo de vida do grupo é adequado, entretanto, mudanças de comportamento e adoção de hábitos saudáveis referentes aos aspectos da nutrição, principalmente, e atividade física são necessários. Unitermos: Qualidade de vida. Estilo de vida. Trabalhador.
Resumen El objetivo de esta investigación fue conocer el estilo de vida actual de un grupo de empleados, hombres y mujeres con edades entre 25 y 44 años, de la Justicia Federal de Santa Catarina–SC con la finalidad de proponer recomendaciones para promover cambios del comportamiento para un estilo de vida saludable. Para recoger los datos fue realizada una encuesta “El Perfil de Estilo de Vida”, una entrevista semi-estructurada utilizando medidas antropométricas. La investigación mostró que el grupo de empleados tienen comportamientos negativos en el aspecto nutricional. Una persona fue considerada con sobrepeso. Se concluye que el estilo de vida del grupo es adecuado, sin embargo, son necesarios cambios de comportamiento y la adopción de hábitos saludables, para el factor de nutrición y la práctica de actividades físicas. Palabras clave: Calidad de vida. Estilo de vida. Empleados.
Abstract The present paper aimed at making an outline of the lifestyle of a current group of workers of both sexes from 25 to 44 years old at Federal Law Court in Santa Catarina-SC in order to make recommendations to promote behavioral changes for a healthy lifestyle. For data collection it was applied the questionnaire "Profile of Lifestyle", a semi-structured interview and also anthropometric measures. It was identified that the server group showed negative behaviors concerning the nutrition and only a participant was considered overweight. The lifestyle of the group was considered appropriate; however, changes in behavior and adoption of healthy habits related to aspects of nutrition, especially, and physical activity are needed. Keywords: Quality of life. Lifestyle. Worker.
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 146 - Julio de 2010 |
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Introdução
A qualidade de vida (QV) diz respeito ao padrão estabelecido pela própria sociedade e ao conjunto das políticas públicas e sociais que orientam o desenvolvimento humano, as mudanças positivas na maneira, nas condições e no estilo de vida (MINAYO, HARTZ, BUSS, 2000).
Nahas (2003) define o termo QV como “a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que o ser humano vive”.
Nesse contexto, a QV pode ser vista como um conceito amplo, podendo ser associada a diversos aspectos do estilo de vida, como atividade física, nutrição, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000).
De acordo com Guiselini (2006) o estilo de vida que levamos é o principal responsável (50%) por atingirmos idades mais avançadas, 70 a 80 anos ou mais, do modo mais saudável possível. Já, os outros 50% dos fatores que influenciam no tempo de vida estão divididos entre meio-ambiente (20%), hereditariedade (20%) e condições de assistência médica (10%).
Oliveira (2005) afirma que diante das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças crônicas, há uma necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida.
Sendo assim, a prática regular de atividades físicas se faz necessária tanto como medida preventiva de saúde quanto possibilidade real de manutenção da qualidade de vida, além de demonstrar relação com a adoção de outros hábitos de vida saudáveis, tais como o consumo regular de frutas e hortaliças (PATE, 1995).
No entanto, apesar de todas as informações e evidências científicas apontadas na literatura a respeito de um estilo de vida saudável para todas as faixas etárias, um número significativo de pessoas ainda parece desinformado ou desinteressado nos efeitos a médio e longo prazo dos comportamentos relacionados à saúde (NAHAS, 2003).
Levando em consideração o cargo desempenhado, nível de estresse, funções de responsabilidade e o tempo de serviço diário (sete horas) é que se questionam o estilo de vida de servidores de um departamento da Justiça Federal de 1ª Instância de Santa Catarina – SC, servindo como ponto determinante o fato de somente este setor específico não participar das aulas de Ginástica Laboral oferecidas por um programa de atividade física implantado no próprio local de trabalho.
Assim, pode-se inferir que apesar dos estudos mostrando a importância da atividade física, estes não têm sido suficientes para garantir a motivação necessária para a adesão e permanência das pessoas em uma vida mais ativa. Desta maneira, evidencia-se a importância de identificar casos onde as condições do estilo de vida se mostram aparentemente comprometedoras, avaliá-las e, de forma gradual, buscar inserir mudanças positivas nos comportamentos mais negativos, contribuindo de forma efetiva na qualidade de vida do trabalhador.
Tendo como intuito à obtenção de dados que possam ser relevantes para a proposição de mudanças comportamentais e adoção de hábitos saudáveis, o presente estudo objetivou conhecer o estilo de vida atual a partir da análise desse grupo em especial.
Métodos
Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa descritiva na forma de estudo de caso, pois fornece informações detalhadas sobre um grupo específico (Thomas e Nelson 2002). O caso foi composto por quatro sujeitos (duas mulheres e dois homens), com idades que variam entre 25 a 44 anos, selecionados de forma intencional entre os servidores de um setor da Justiça Federal de 1ª Instância de Santa Catarina – SC. Antes da coleta dos dados, foi explicado aos participantes sobre os objetivos, procedimentos e confidencialidade do estudo. Na seqüência os sujeitos assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando a participação na pesquisa. Os dados foram coletados em maio de 2009 e utilizou-se como técnica uma entrevista semi-estruturada enfocando questões relacionadas ao trabalho e à prática de atividades físicas.
Para avaliar o estilo de vida foi utilizado o questionário auto-administrado “Perfil do Estilo de Vida”, baseado no modelo do Pentáculo do Bem-Estar (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000). Este instrumento permitiu avaliar cinco aspectos fundamentais do estilo de vida das pessoas relacionadas ao bem-estar: nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse. O mesmo é composto por 15 itens que devem ser respondidos numa escala de zero (ausência total de tal característica no estilo de vida) até três pontos (completa realização do comportamento considerado).
Também foram medidas variáveis antropométricas (massa corporal, estatura e perímetro da cintura) que permitiram determinar o Índice de Massa Corporal (IMC) e a Razão Cintura Estatura (RCEst).
Para classificar os valores do IMC utilizou-se os pontos de corte para adultos sugeridos pela WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998), sendo IMC < 18,5 kg/m2 classificado como baixo, IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2 classificado como recomendável, IMC ³ 25 kg/m2 classificado como sobrepeso e valores de IMC ³ 30 kg/m2 como obesos.
Para discriminar o risco coronariano elevado através da RCEst. foram utilizados os seguintes pontos de corte: para pessoas acima dos 30 anos, 0,52 cm para homens e 0,53 cm para mulheres; a partir da equação RCEst = Circunferência Cintura (cm) / Estatura (cm) (PITANGA e LESSA, 2006). Sendo que, a circunferência da cintura foi avaliada utilizando-se o menor perímetro logo abaixo da última costela.
A entrevista, o questionário bem como a mensuração das variáveis antropométricas foram realizadas individualmente e ocorreram no próprio local de trabalho dos participantes em ambiente reservado.
O tratamento estatístico dos dados foi feito através da análise descritiva, apresentando a distribuição de freqüências, valores mínimos e máximos.
Resultados
Para melhor, compreensão e apresentação dos resultados, a tabela 1 apresenta as informações referentes às variáveis antropométricas.
Tabela 1. Características descritivas do grupo de servidores (valores mínimos e máximos).
MC: massa corporal; IMC: índice de massa corporal ; RCEst: razão cintura estatura.
Mín.= mínimo; Máx.= máximo
Quando feito o IMC do grupo, os valores identificados variaram entre 22 e 25,5 kg/m2. No que se refere a RCEst do grupo, os valores identificados variaram entre 0,40 e 0,49 cm.
Na entrevista semi-estruturada, verificou-se quanto às características sociodemográficas que todos os sujeitos possuíam nível superior completo; dois eram solteiros, um era casado e um era separado.
Em relação ao trabalho, quanto à função desempenhada dois eram técnicos judiciários e dois eram analistas judiciários; cumprindo uma carga horária diária de sete horas/dia, cinco vezes por semana. Além disso, todos os sujeitos relataram estar satisfeitos com o trabalho; consideraram o ambiente de trabalho bom e calmo e o relacionamento com os colegas de trabalho bom. Em relação às dores ou desconfortos sentidos durante o trabalho, apenas um relatou sentir dor no joelho.
Quando questionados sobre o nível de estresse em suas vidas, três servidores descreveram ser “raramente estressado, vivendo muito bem” e apenas um descreveu ser “às vezes estressado, vivendo razoavelmente bem”.
Quanto à satisfação com o peso corporal e se faziam algo para melhorá-lo, três sujeitos referiram estar satisfeitos com seu peso e afirmaram fazer exercícios físicos para melhorá-lo e um afirmou não estar satisfeito, pois gostaria de diminuir seu peso, mas não faz nada para melhorá-lo.
Quando questionados sobre a freqüência que consideram que dormem bem, todos afirmaram dormir bem quase sempre e também disseram não possuir algum distúrbio de sono (insônia ou hipersommia).
Em relação a patologias, dois sujeitos informaram possuir algum tipo de patologia que foram respectivamente bronquite asmática/ rinite; e hérnia de disco. Ainda, todos os sujeitos disseram não fazer o uso de medicamentos contínuos.
Foi possível identificar que apenas uma das participantes nunca freqüentou programas sistemáticos de atividades físicas.
No que se refere a não realização das aulas de Ginástica Laboral (GL) os sujeitos relataram motivos tais como: falta de tempo, prática das aulas fora do ambiente (setor) de trabalho, desgosto em parar o trabalho e considerarem desnecessária, pois já fazem outras atividades físicas regulares.
Quanto aos motivos para praticar atividades físicas regulares, dois sujeitos mencionaram manter a forma e um sujeito disse que era para o seu bem-estar e satisfação pessoal.
Na tabela a seguir, podem ser vizualizadas informações sobre as atividades físicas e o tempo (multiplicado pelos dias) que o grupo realiza em uma semana típica.
Tabela 2. Atividades físicas realizadas durante uma semana normal considerando os quatro domínios
Sujeitos |
Trabalho |
Casa |
Transporte |
Lazer |
1 |
Digitação, raciocínio e posição sentada (32h); subir e descer escadas (1:40min)
|
Não realiza |
Carro (14h) |
Passeios no shopping e festas (4h), ver televisão e leitura (8h) |
2 |
Digitação, raciocínio e posição sentada (32:25min); subir e descer escadas (1:15min)
|
Lavar roupas, varrer e passar pano no chão (4h) |
Ônibus e carro (9h) |
Musculação (6:50min); cinema e leitura (6h). |
3 |
Digitação, raciocínio e posição sentada (31:75min); subir e descer escadas (1:65min) |
Cozinhar e cortar grama (3h) |
Carro (16h) |
Natação e surf (5h); caminhadas e andar de bicicleta (1h); ver televisão |
4 |
Digitação, raciocínio e posição sentada (32h); subir e descer escadas (1:40min) |
Cozinhar e manutenção da casa (consertos) (5hr) |
Carro (15h) |
Natação (2h) |
Para fornecer benefícios à saúde é recomendado que todo o indivíduo acumule um gasto energético semanal em atividades físicas superior a 1000 kcal (US, DEPARTAMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 1996), ou realize 30 minutos ou mais de atividades físicas de intensidade moderada na maioria dos dias, preferencialmente em todos, de forma acumulada ou contínua (PATE et al., 1995). Desta forma, pode-se observar que os sujeitos números 2, 3 e 4 estão dentro destas recomendações, demonstrando serem ativos em pelo menos dois contextos. Já o sujeito número 1 evidencia ser uma pessoa que não está envolvida em um nível suficiente de atividades físicas.
Em relação ao estilo de vida, os participantes apresentaram os seguintes resultados obtidos à partir do questionário do “Perfil de estilo de vida” (Tabela 3):
Tabela 3. Escores do grupo em relação ao estilo de vida
Nutrição |
Atividade Física |
Comportamento Preventivo |
Relacionamento Social |
Controle do Stress |
1 |
2 |
1 |
2 |
2 |
2 |
2 |
2 |
2 |
2 |
1 |
2 |
3 |
0 |
2 |
Considerando as recomendações dos autores do questionário do “Perfil de estilo de vida” (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000), são considerados comportamentos negativos aqueles que foram pontuados com escore de zero ou um e, comportamentos positivos com escores dois e três. Pode-se visualizar o comportamento dos participantes do estudo na representação pictorial abaixo.
Figura 1. Representação do estilo de vida do grupo através do Pentáculo do Bem Estar
Considerando a orientação de que quanto mais preenchida estiver a figura melhores as condições do estilo de vida do respondente, pode-se perceber que o componente menos preenchido é o da nutrição, indicando comportamento negativo nesse aspecto. Assim, os componentes mais completos são o da atividade física e o do controle do stress, seguidos por comportamento preventivo e relacionamento social, podendo ser classificados como comportamentos positivos.
Discussão
Quando analisado o IMC do grupo identificou-se que um dos sujeitos foi classificado com sobrepeso (IMC= 25,5 Kg/m2) em relação aos pontos de corte sugeridos pela WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Um aspecto positivo a ressaltar é que este sujeito mostrou-se ativo nos domínios das atividades físicas de lazer e domésticas, no entanto, estas atividades, não têm conseguido reduzir o peso corporal, visto que o sujeito encontra-se classificado com sobrepeso.
Com os valores obtidos (0,40 a 0,49 cm) através da RCEst do grupo, pode-se verificar que os mesmos ficaram inferiores aos pontos de corte sugeridos por Pitanga e Lessa (2006). Diante disso, pode-se afirmar que nenhum dos participantes apresenta risco de desenvolver doenças cardiovasculares, pois a circunferência da cintura de cada sujeito foi menor que a metade da sua estatura.
Estudos que buscam levantar informações sobre a prevalência de aspectos do estilo de vida, como atividade física, hábitos alimentares e comportamentos preventivos têm sido amplamente abordados na literatura tanto em pesquisas de abrangência populacional (FREEDMAN et al., 2006; TEICHMANN et al., 2006; LANAS et al., 2007), bem como em subgrupos populacionais como o de trabalhadores (CONCEIÇÃO et al., 2006; DEVINE, et al., 2007).
Assim, melhorar o estilo e a QV dependem principalmente de gerenciamento dos hábitos do dia-a-dia, ou seja, ter uma atividade física regular, controlar o estresse, nutrição equilibrada, cuidados preventivos com a saúde e o cultivo de relacionamentos sociais (GUISELINI, 2006).
Kasmel et al., (2004) evidenciaram prevalência de consumo de vegetais menor que três dias na semana na Estônia (58%) e Lituânia (56%). Quanto aos servidores de universidade, Reis (2005) evidenciou que os docentes das instituições federais do sul do Brasil apresentaram prevalência de 80% para o consumo menor que cinco porções por dia de frutas e verduras.
Tais estudos corroboram com os achados desta pesquisa, pois o grupo apresentou comportamentos negativos em relação ao componente nutrição uma vez que não se caracterizava como um comportamento comum à inclusão de cinco porções ou mais de frutas e hortaliças na sua alimentação diária e não realizavam quatro a cinco refeições variadas durante o dia.
Na maioria dos países em desenvolvimento como o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não estão envolvidos em um nível suficiente de atividade física. Dados do censo 2000 indicam que 80% da população brasileira vive em cidades, estando, portanto, sujeitos a desenvolver doenças associadas ao sedentarismo (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2000).
Uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (2007) verificou prevalência elevada de inatividade física (abordando os quatro domínios da atividade física) em capitais do Brasil, variando entre 26,1% em Boa Vista e 35,1% em Natal, em Salvador foi evidenciada prevalência de inatividade física de 28%.
Em contrapartida, nesta pesquisa a maioria dos sujeitos (três) foram considerados, como suficientemente ativos de acordo com as recomendações obtidas na literatura (PATE et al., 1995).
Conclusão
Com base nos resultados apresentados, conclui-se que o estilo de vida do grupo pode ser considerado adequado. Entretanto, mudanças de comportamento e adoção de hábitos saudáveis referentes aos aspectos da nutrição, principalmente, e atividade física são necessários.
Os resultados identificados foram discutidos com os participantes do estudo e então foi proposta uma futura avaliação para verificar o que mudou na realidade da vida destes sujeitos após três meses.
Sendo assim as seguintes recomendações foram feitas: Em relação ao aspecto nutrição foi sugerido dar atenção ás refeições e ingestão de alimentos, buscando ingerir mais frutas e hortaliças por dia e substituir os alimentos hipercalóricos (industrializados) por alimentos mais saudáveis (frutas, alimentos orgânicos e cereais integrais) e ainda procurar realizar um número maior de refeições diárias, porém, com quantidades menores.
Foi sugerido a Justiça Federal contratar um profissional da área de nutrição para o mesmo fazer o acompanhamento da alimentação (dieta) dos servidores e fazer palestras sobre hábitos alimentares saudáveis.
Também foi sugerida a empresa de GL contratada pela Justiça Federal realizar palestras, entregar informativos sobre o conceito, benefícios bem como a importância de os servidores realizarem as aulas.
Ainda, recomendou-se aos servidores avaliados uma melhor organização de suas atividades de trabalho e iniciar a prática de GL como forma de diversão, de prevenção para compensar a má postura do trabalho bem como fazer sessões de massagens para relaxar e aliviar a tensão, já que estas são opções oferecidas no próprio local de trabalho.
Em especial, para a servidora inativa foi recomendado usar menos o carro, e dedicar pelo menos uma vez por dia em atividades de relaxamento.
Referências
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DEVINE, Carol Molin et al. Work-to-family spillover and fruit and vegetable consumption among construction laborers. American Journal Health Promotion, Hollywood, v. 21, n. 3, p. 175-182, jan., 2007.
FREEDMAN, D. Michal et al. The mortality risk of smoking and obesity combined. American Journal of Preventive Medicine, California, v. 31, n. 5, p. 355-362, nov., 2006.
GUISELINI, Mauro. Aptidão física, saúde e bem-estar: fundamentos teóricos e exercícios práticos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2006.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico: Resultados do universo. Brasília, 2000. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/default.shtm. Acesso em: 22 maio 2009.
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LANAS, Fernando et al. Risk factors for acute myocardial infarction in Latin America: the interheart Latin American study. Circulation, New York, v. 115, n. 9, p. 1067-1074, 2007.
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NAHAS, Markus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 3. ed. Londrina: Midiograf, 2003.
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TEICHMANN, Luciana et al. Fatores de risco associados ao sobrepeso e a obesidade em mulheres de São Leopoldo, RS. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 9, n. 3, p. 360-373, 2006.
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