efdeportes.com

Pluralidade cultural: colonização e aprendizado na dança

Pluralidad cultural: la colonización y el aprendizaje en la danza

 

*Discentes da graduação em Educação Física da Universidade Castelo Branco (UCB/RJ)

**Co-orientador. Pós graduado em Elaboração e

Gestão de Projetos Sócio-Esportivos pela UCB

Graduado em Educação Física pela UCB, RJ

Diretor técnico do Instituto Muda Mundo.

Pesquisador do LAPEM, da UCB, RJ e do CUCA da UCB, RJ

***Co-orientador. Mestrando em Educação pelo

Programa de Pós-graduação em Educação (Proped) da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ

Licenciado em Educação Física pela UCB, RJ. Monitor da UCB/RJ

Agência de fomento: FAPERJ

****Orientador. Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB/RJ

Licenciado em Educação Física pela UCB/RJ. Docente da UCB/RJ

Felipe Santiago* | Eduardo Christello*

Thuanny Lima* | Adriana Emiliano*

Carine Bruggüer* | Paulo Ricardo*

Mauricio Fidelis**

mauriciofidelis@hotmail.com

Rafael Valladão***

rafael-valladao@hotmail.com

Sergio Tavares****

sergiof.tavares@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O atual artigo vem abordar a questão da pluralidade cultural, descrevendo o fenômeno desde o período do da colonização até a atualidade, visando datas e eventos históricos importantes para a composição da diversidade étnica e cultural do Brasil. Para isso, traçaram-se os seguintes objetivos: Desvendar e conhecer essa pluralidade cultural não caracteriza o foco de interesse de jovens moradores das comunidades mais vulneráveis da Cidade do Rio de Janeiro e aponte os compromissos da educação física, junto a promoção de um processo de pluralização do perfil cultural de jovens moradores destas áreas utilizando como instrumento a “dança”. O estudo defende que a pluralidade cultural no país não vem sendo trabalhada com a devida atenção, propondo então a transmissão da cultura através da dança e ressaltando aspectos importantes da arte de expressão corporal e cultural que a mesma nos traz. Ressalta ainda que o conhecimento plural das culturas faz com que o individuo conheça a vivencia de outros povos, desenvolvendo seu lado individual e coletivo, aprendendo a valorizar estas outras culturas e identificar a sua própria, qualificando assim suas próprias raízes . Utilizou-se um estudo descritivo de abordagem qualitativa e quantitativa.

          Unitermos: Colonização. Pluralidade cultural. Dança.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 146 - Julio de 2010

1 / 1

Introdução

    Desde o principio de nossa colonização foram inseridos no seio de nossa cultura uma grande variedade de informações trazidas por diferentes povos, que, na forma de culturas, compuseram uma identidade nacional, oferecendo uma imensa diversidade cultural. Todavia, observa-se que essa pluralidade cultural tão grande não tem despertado o interesse de uma parte da sociedade. Desvendar e conhecer essa pluralidade cultural não caracteriza o foco de interesse de jovens moradores das comunidades mais vulneráveis da Cidade do Rio de Janeiro, inclinando nosso grupo a abordar o tema de maneira a verificar o nível desta pluralidade em jovens com este perfil. Contudo, aponta-se os compromissos da educação física, junto a promoção de um processo de pluralização do perfil cultural de jovens moradores destas áreas utilizando como instrumento a “dança”, pois como grupo focal para a intervenção, foi escolhido o grupo de dança da Vila Olímpica Mestre André, da Vila Vintém, comunidade situada no Município do Rio de Janeiro. Pois, mesmo sendo parte de um corpo artístico local, através da pluralidade o individuo aprende a valorizar a cultura que é diferente da sua, e também a firmar a sua raiz cultural, tendo mais consciência sobre os seus valores e compromissos.

Processo da colonização brasileira

    A colonização do Brasil foi feita por Portugal. A idéia de povoar o Brasil através de colonos europeus não-portugueses era antiga, mas essa idéia não foi posta em pratica. Antes de 1750, o Conselho Ultramarino, percebera que, devido à imensidão do território brasileiro e a escassa população do reino aqui existente, assim houve a necessidade de recorrer a outros povos.

    Segundo Herédia (2001), “a colonização efetuou-se com colônias de origem açoriana, completando-se com casais estrangeiros, desde que não fossem de origem inglesa, holandesa e castelhana”. Para preencher o vazio habitacional de sua possessão americana, principalmente entre São Paulo e a Colônia do Sa­cramento, na intenção de garantir a posse do território. Contudo, Portugal tinha o interresse de “criar um grande exercito pela necessidade de defesa do território onde eram visíveis as dificuldades de controle das fronteiras e conseqüentemente da própria hegemonia”. (HERÉDIA, 2001)

    No início do século XIX, com a chegada da Família Real no Brasil, D. João VI implantou a política de colonização, para conseguir preconizando o estabelecimento de homens livres, preferencialmente imigrantes europeus em núcleos coloniais para a exploração em regime de pequenas propriedades, de uma agricultura que viesse suprir a necessidade de um mercado interno que deveria, crescer em significado, com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil. O Processo imigratório para o Brasil, desde o seu início, apresentou diferentes fases, pois estava relacionado a interesses não só das elites brasileira, mas, também das transformações externas que o capitalismo impunha ao Brasil.

    Segundo De Boni (1979, p.26).

    As finalidades do governo, ao promover a imigração, eram múltiplas. Já o Decreto de 25/11 /1808 falava na agricultura e na ocupação da terra - este último interesse enquadrado, aliás, dentro do sistema geopolítico colonial português. O branqueamento da raça era também preocupação geral, mesmo dos fazen­deiros em cujas veias corria o sangue africano: de um lado havia o temor de uma insurreição negra, como em Haiti, e de outro o racismo do século passado, a falar na inferioridade dos negros e mulatos.

    No Brasil, podemos identificar basicamente três fases desse processo imigratório que podem ser caracterizadas por períodos específicos, o primeiro entre 1808 e 1830, que significou a promoção da colonização para o Brasil.

    O segundo período entre 1830 a 1848 foi à fase que prevaleceu o interesse dos grandes proprietários que queriam a manutenção do status quo, e por não se compatibilizar com os interesses da classe dominante, a colonização foi praticamente abandonada, e o terceiro período está compreendido entre 1848 ao início da República, com a pressão da Inglaterra, o Tráfico de escravos foi abolido, e com o problema de mão - de -obra para o trabalho nas lavouras de café, a imigração retorna a ser discutida e não mais só colonização, mas como a obtenção de trabalhadores livres, Além desses objetivos, teve outro muito forte que se deu no final do século XIX e inicio do XX, que foi o da Eugenia, onde as elites achavam que facilitando a vinda de europeus brancos para o Brasil haveria um clareamento da população surgindo assim uma raça mais forte, e mais “pura”.

    De acordo com Herédia (2001), “uma política foi assumida pela elite intelectual brasileira e pelos legisladores do império, garantindo que os colonos europeus que viessem colonizar o Brasil fossem brancos.”

    Naquela época havia na sociedade o pensamento de que a “raça” branca era superior a demais “raças”.

    Dessa forma Oliveira et al (2009):

    No Brasil, no período colonial, sobretudo, as minorias, transformaram-se em verdadeiros “bodes expiatórios”. Vistas como um entrave à idéia tão necessária de civilização e progresso, foram recolhidas e enjauladas em celas insalubres de manicômios e prisões. A idéia de uma raça superior, livre de miscigenação, foi precursora de uma política de higienização que visava o branqueamento das raças.

    No mesmo ano em que se promulga a Lei de Terras, o mesmo acontece com a Lei Eusébio de Queiroz que abolia o tráfico de escravos no Brasil, o que significou o primeiro passo para a libertação dos escravos que levaria ainda 38 anos para a sua efetivação.

    Segundo Seyferth (2005, p. 27):

    (...) o incremento da colonização baseada na pequena propriedade familiar só ocorreu depois da promulgação da Lei 601, em 18/09/1850, que definiu terras devolutas, transferiu para as províncias parte do controle dessas terras, estabeleceu o acesso a elas por compras e abriu espaço para a atuação de empresas particulares na localização de colonos.

    No Brasil, o fluxo das entradas de emigrantes avolumou-se progressivamente no início da década de 1880, atingindo seu apogeu no início do século XX. Estima-se que entre 1880 e 1914 o Brasil recebeu quase dez milhões de pessoas de diferentes nacionalidades, tais como italianos (em sua grande maioria), portugueses, espanhóis, alemães e eslavos.

Pluralidade na atualidade

    Segundo PCNs (BRASIL, 2000), a cultura é o conjunto de códigos simbólicos reconhecidos pelo grupo que neles o individuo e formado desde o momento de sua concepção. Concepção que vem sendo deturpada pela indústria cultural que deseja formar um individuo como apenas uma ferramenta que pode ser substituído a qualquer instante.

    Já entendimentos de Adorno (2002, p. 43), “A indústria cultural perfidamente realizou o homem como ser genérico. Cada um é apenas aquilo que qualquer outro pode substituir: coisa fungível, um exemplar”.

    Sabe-se que todo individuo nasce no contexto de uma cultura e não existe homem sem cultura mesmo que ele não saiba ler, escrever e fazer contas PCNs (BRASIL, 2000). A partir dessa concepção de que qualquer individuo tem a necessidade de experimentar e vivenciar uma cultura que tenha códigos símbolos totalmente distintos de sua raiz cultural e que o individuo pode se adaptar aos novos códigos simbólicos apresentados sem que haja dispêndio de sua cultura.

    Segundo PCNs (BRASIL, 2000), pluralidade se dá ao compreender suas relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas e aponta transformações necessárias, apresenta, entretanto elementos para a compreensão de valorizar as diferenças étnicas e culturais. No Brasil, onde ocorreu em sua formação uma vasta miscigenação de etnias e de culturas, passa a ser necessário que haja uma valorização das culturas que são provenientes dessa miscigenação, como também as novas culturas que ao longo do tempo foram implantadas no seio da sociedade. Justamente devido a esse grande contingente de influência, no Brasil se encontra uma enorme variedade de historias, de contos, de cantigas e de ritmos, que ao longo do tempo da historia foram tomando forma, corpo e pegando o compasso.

    Desta forma, a grande tarefa da Educação Física é unir os conhecimentos dos determinantes sociais, econômicos, políticos e ambientais aos seus conteúdos, com o objetivo de tornar as pessoas independentes não só para a prática de exercícios físicos no transcorrer de suas vidas, mas também com conhecimento para distinguir sobre a realidade em que vivem. Então, é notório que a Educação Física tem o caráter de propiciar não apenas uma melhoria física ao seu individuo, mas também de criar meios para desenvolver as partes afetiva e social, com isso ela entra no seio da sociedade para ajudar a integrar o individuo com outras culturas.

    Conforme Arroyo (2007, p. 21-22) diz:

    É inegável a pluralidade cultural do mundo em que vivemos, que se manifesta, de forma impetuosa, em todos os espaços sociais, inclusive nas escolas e nas salas de aula. Essa pluralidade, freqüentemente, acarreta confrontos e conflitos, tornando cada vez mais agudos os desafios a serem enfrentados pelos profissionais da educação.

    A sociedade tem uma grande diversidade cultural e todos pertencentes à mesma tem a necessidade de se relacionar com novas culturas, porem, nem todos a contemplam. Visto que no PCN, (BRASIL, 2000) há importância em desenvolver o aluno a um conhecimento básico referente a pluralidade cultural, para assim desenvolver o individual e o coletivo, e também para suprir uma necessidade sociocultural e o dialogo entre as culturas.

    Já Darido, et al (2001, p. 32) entende que:

    A importância da articulação entre o aprender a fazer, a saber por quê está fazendo e como relacionar-se neste fazer, explicitando as dimensões dos conteúdos, e propõe um relacionamento das atividades da Educação Física com os grandes problemas da sociedade brasileira, sem, no entanto, perder de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da cultura corporal.

    Desta forma, a Educação Física tem como o seu objetivo principal trazer saúde ao individuo. Tendo consciência que a saúde desse individuo está divido em três partes que se diferem, mas para o seu pleno equilíbrio é necessário que estejam fluindo em perfeita harmonia, essa três o social, afetivo e o físico. “essa mesma pluralidade pode propiciar o enriquecimento e a renovação das possibilidades de atuação pedagógica.” (ARROYO, 2007)

A dança como instrumento transportador de cultura

    A dança é uma arte milenar, vistos nos primeiros registros de movimentos do corpo como forma de expressão foram datados a mais de 14.000 anos atrás, assim temos a noção que a dança é uma manifestação do homem que expressa os códigos simbólicos de sua cultura.

    Tendo pleno conhecimento que a dança tem um forte poder de integração que facilita a descoberta de diversas culturas, automaticamente, trazendo a valorização e o auto-estimulo do seu próprio valor humano e suas raízes culturais. Entretanto “A dança é uma das expressões significativas que integra o campo de possibilidades artísticas, contribuindo para a ampliação da aprendizagem e a formação humana.” (TARKOVISKI, 1988 apud SANTOS e FIGUEIREDO, 2003, p. 107)

    Ela configura-se ainda como sendo um canal que, a partir de uma linguagem da arte, transmite a bagagem cultural de cada povo existente em nosso país. Ela tem um forte poder atrativo e incentivador ao conhecimento de culturas. Com isso, vem assumindo várias formas e tem se transformado com a sociedade. Mas, Santos e Figueiredo (2003,p.109), nos trazem a proposta de que:

    [...] a dança não pode mais ser considerada como um ato mecânico, ou apenas reproduzido pela mídia, mas como uma proposta educativa a ser desenvolvida com criatividade, expressão e comunicação, em virtude de uma intensa possibilidade de linguagem corporal.

    A dança na educação tem por objetivo ajudar o ser humano a achar uma relação corporal com a totalidade da existência. Mas vale lembrar que ensinar a dança na escola vai muito além de reproduzir o que se vê na mídia, ou o que o professor traz de casa pronto para passar aos seus alunos. Ensinar e aprender a dança é vivenciar, criar, expressar, brincar com o próprio corpo; é deixar-se levar pela descoberta de inimagináveis movimentos, é descobrir no corpo o que é certo pode estar errado e o que é errado pode estar certo (SANTOS & FIGUEIREDO, 2003).

Metodologia

    O presente estudo é descritivo de abordagem qualitativa e quantitativa. Segundo Gil (2002, p.44), as pesquisas descritivas salientam-se aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade e renda, estado de saúde física e mental.

    As pesquisas descritivas determinam quando, quanto, onde e como um fenômeno ocorre e aceitam hipóteses.

    Utilizaremos a abordagem qualitativa que segundo Minayo (1998, p. 21):

    “... a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa nas ciências sociais, com nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo dos significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos, dos fenômenos que não podem ser reduzidos a operacionalização de variáveis”.

    A abordagem qualitativa se revelou a mais adequada para alcançar os objetivos propostos. Já análise quantitativa é utilizada uma análise estatística de dados.

    Como o fenômeno a ser estudado necessita de maior informação sobre ele e será analisado descritivamente este estudo se caracteriza como descritivo.

    Para Triviños (1995, p.112), estudos descritivos exigem do pesquisador, uma série de informações sobre o que se deseja pesquisar e objetiva descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade.

    Sendo assim, entendemos que para realizarmos essa pesquisa, onde a o entrevistado é extremamente importante, vimos à necessidade de fixar urna relação de confiança, mostrando nosso interesse e respeito, e valorizando os sentimentos revelados durante a entrevista.

    E para atender os objetivos dispostos da pesquisa, empregaremos a pesquisa de campo, que na visão de GIL (2002, p. 14) demarca corno: “estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou, seja, ressaltando a interação de seus componentes”.

    A pesquisa de campo foi realizada na Vila Olímpica Mestre André Localizada na Vila Vintém, no município do Rio de Janeiro.

    Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o questionário, com questões abertas e fechadas, adaptado do protocolo “Projeto Desenvolvendo a Dança no Magistério”, através das quais foram explorados o conhecimento e situações vivenciadas destes indivíduos.

    Em relação ao questionário Gil (2002) ressalta que o questionário apresenta a questões por escrito às pessoas. As questões podem ser abertas, fechadas ou relacionadas abertas: as respostas são livres, sem restrições. Devem ser incluídas apenas questões relacionadas ao problema pesquisado e que possam ser respondidas sem maiores dificuldades.

    Questionário de Pluralidade

1.     Sua Idade:

( ) menos de 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) 16 a 20 anos ( ) acima de 20 anos

2.     Quais são os estilos de músicas que você gosta?

_____________________________________________________________________

3.     Você tem amigos que gostam de estilos diferentes do seu?

( ) sim ( ) Não

3.1.     Se respondeu que sim, cite pelo menos um diferente: _______________________

4.     Além dessa dança que você está realizando, você já teve experiências com outros tipos de dança?

( ) Sim ( ) Não

4.1.     Se respondeu sim, cite-as: _____________________________________________

5.     Tem vontade conhecer (ou realizar) outros tipos de danças ?

( ) Sim ( ) Não

5.1.     Se respondeu sim, cite-as : ______________________________

6.     Pra você o que é cultura:

( ) Não sei

( ) É tudo relacionado a mídia ( cinema, teatro, televisão.. )

( ) Tudo o que o homem faz

Apresentação dos resultados

    Após a aplicação do questionário obteve-se os seguintes resultados :

1.     Qual sua idade?

    A nossa amostra foi composta por mais de 65% de adolescentes de 10 a 15 anos

    O gráfico aponta que 70% de nossa amostra tinham uma pouca variedade de conhecimento de musicas, sendo a maioria dessas tendo o Funk e o Pagode com uma das suas preferências.

    Essa pergunta teve o caráter de verificar o nível de envolvimento dessa amostra com outras culturas, foi percebido então que 85% delas se relacionam com pessoas que gostam de outras culturas.

    Nessa pergunta observamos se elas já conheceram outras danças e 65% delas já tinham praticado outros tipos de danças.

    A questão acima ratifica a necessidade dessas pessoas se relacionarem com outro tipo de cultura, além das quais eles estão acostumados, pois 95% dos inquiridos na pesquisa responderam que sim.

    A partir dessa questão fica notória que pela falta de oportunidade, essas adolescestes não conhecem mais das demais culturas.

    O gráfico indica que a falta de conhecimento acerca da cultura, contando com 75% de inquiridos que responderam que a cultura é tudo relacionado a mídia. 15% não souberam responder e 10% acredita que a cultura seja tudo que o homem faz.

    Através das respostas dos inquiridos na pesquisa, constatou-se que a sociedade está se encaminhando contra as raízes plurais, caminhando em uma luta, ou seja, uma busca, um processo, que tenta homogeneizar os códigos simbólicos de cada individuo que força a perda do seu valor cultural, destruindo por completo inúmeros conhecimentos e representações que se transformariam com naturalidade, e futuramente poderiam se transformar em uma nova raiz cultural.

Tabela de pontuação

Questão 2

Não (vale 1 ponto)

Sim, 1 estilo (vale 2 pontos)

Sim, mais de 1 estilo (vale 3 pontos)

Questão 3

Não (vale 1 ponto)

Sim, 1 estilo (vale 2 pontos)

Sim, mais de 1 estilo (vale 3 pontos)

Questão 4

Não (vale 1 ponto)

Sim, 1 estilo (vale 2 pontos)

Sim, mais de 1 estilo (vale 3 pontos)

Questão 5

Não (vale 1 ponto)

Sim, 1 estilo (vale 2 pontos)

Sim, mais de 1 estilo (vale 3 pontos)

Questão 6

Não sei (vale 1 ponto)

É tudo relacionado a mídia (vale 2 pontos)

Tudo o que o homem faz (vale 3 pontos)

 

Tabela de nível de pluralidade

Singular (De 5 a 8 pontos)

O individuo dentre as questões apresentados suas respostas não mostravam uma pouca conhecimento sobre diversas culturas, mostrando assim que tem uma bagagem cultural pequena.

Parcialmente Plural (De 9 a 11 pontos)

O individuo mostrou-se um conhecimento, razoavelmente, pois o mesmo tinha noções sobre mais de um tipo de cultura, fazendo-se assim um individuo com uma bagagem cultural razoável.

Plural (De 12 a 15 pontos)

O individuo mostrou em suas respostas muito conhecimento sobre varias culturas e que também tem uma bagagem cultural muito grande.

Conclusão

    Através da realização do trabalho verificou-se que em um país onde o capitalismo selvagem está nitidamente reconhecido por ambos os blocos econômicos, e o mesmo tentam de todas as formas homogeneizar a sociedade. No qual claramente comprova-se em nossa pesquisa que é uma opção fora de cogitação e que já estamos juntos num país onde a diversidade cultural é imensa, e com a tentava da valorizar apenas uma única cultura por falta de conhecimento das demais ,entramos ai então na questão da pluralidade cultural. Em que foi vislumbrando nesse trabalho que é de suma importância o conhecimento das demais culturais existente em nosso país em que através do conhecimento vem a valorização e o respeito das raízes culturais de nosso país. Contudo, verificou-se em nossa pesquisa que a dança é um grande transmissor de cultura e que no âmbito escolar ela pode ser tornar um meio de grande importância cultural para os alunos. Alunos na sua grande maioria têm a vontade de conhecer novas culturas, mas, todavia são privados dessas culturas diferentes. Constata-se que existe uma grande necessidade de uma maior intervenção plural, por via da dança. Assim sendo, verificou-se que mais da metade tem o nível de pluralidade cultural abaixo do esperado.

Referencias bibliográficas

  • ADORNO, Theodor W. Indústria cultural e sociedade. Theodor W. Adorno; seleção de textos Jorge Mattos Brito de Almeida; traduzido por Julia Elisabeth Levy [et. al.]. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

  • ARROYO, M.G. Indagações sobre o currículo do ensino fundamental. Fundamental, que será apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola/SEED/MEC de 24 a 28 de setembro de 2007.

  • BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

  • DARIDO, S. C; et AL. A educação física, a formação do cidadão e os parâmetros Curriculares nacionais. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.15, n.1, p.17-32, 2001.

  • DE BONI, Luis A. Os Italianos do Rio Grande do Sul. 3.ed. Caxias do Sul: Correio Riograndense, 1979.

  • GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4° ed. Editora Atlas. São Paulo. 2002.

  • HERÉDIA, V. A imigração européia no século passado: o programa de colonização no rio grande do sul. Rev. Scripta Nova: Revista electrónica de geografía y ciencias sociales, ISSN 1138-9788, Nº. 5, 2001

  • MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 6° ed. Rio deJjaneiro: Vozes, 1998.

  • OLIVEIRA,W. V.; ROCHA, C.C.& LEAL, M. S. Intolerância étnica e racial: o pensamento eugenista no Brasil e o ideal de “purificação” das raças. Rev. Abrapso, 2009.

  • PCN - PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Educação Física, vol. 07. Rio de Janeiro: DP & A, 2000.

  • SANTOS, R.C. & FIGUEIREDO, V.M.C. Dança E Inclusão No Contexto Escolar, Um Diálogo Possível. Pensar a Prática 6: 107-116, Jul./Jun. 2002.

  • SEYFERTH, Giralda. A República e a Questão do Negro no Brasil. (org) Maria Aparecida Andrade Salgueiro. Rio de Janeiro: Museu da República, 2005.

  • TRIVIÑOS, Augusto N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. A pesquisa qualitativa em educação: o positivismo, a fenomenologia e o marxismo. Editora Atlas. São Paulo. 1995.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, N° 146, Julio de 2010
© 1997-2010 Derechos reservados