Avaliação dos níveis de flexibilidade de adolescentes com idades entre 16 e 24 anos Evaluación de los niveles de flexibilidad de adolescentes de 16 a 24 años |
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*Acadêmica do curso de Educação Física da ULBRA Carazinho **Mestre em Educação. Orientadora Docente do curso de Educação Física da ULBRA Carazinho (Brasil) |
Angela Tonello* Patricia Carlesso Marcelino Siqueira** |
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Resumo O presente estudo tem por objetivo verificar os níveis de flexibilidade de um grupo de adolescentes do ensino médio da cidade de Carazinho, RS. A amostra foi composta por 09 indivíduos do sexo feminino e 02 do sexo masculino com idades entre 16 e 24 anos. A pesquisa seguiu as premissas da CNS 196/96 e do comitê de ética e pesquisa da Instituição. O protocolo utilizado foi o de Pavel e Araújo, citado por Dantas (1999), onde após a realização dos movimentos do flexíteste, realizamos o somatório dos dados para compor o flexíndice. Com base nos resultados do somatório, percebeu-se que a maioria da amostra do estudo apresentou nível Médio (-). De acordo com a literatura, a amostra em estudo caracterizou-se em sua maioria por apresentar a Média (-). Esse índice para pessoas não atletas é aceitável, pois o flexindice tem parâmetros para atletas de alto nível. Unitermos: Educação Física. Flexibilidade. Adolescentes.
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 146 - Julio de 2010 |
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Definindo flexibilidade
A flexibilidade é certamente a qualidade física utilizada pelo maior número de desportos. Pode ser definida como: Qualidade física responsável pela execução voluntária de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões. (DANTAS, 2003, p. 176).
No uso do vocabulário esportivo, entende-se por flexibilidade a qualidade flexível, a capacidade de elasticidade, a facilidade de ser manejado, a maleabilidade, a agilidade, a vivacidade, além de certas adaptações psicológicas. (BARBANTI, 2001 apud GROSSER, 1972).
A flexibilidade pode ser definida pela máxima amplitude de movimento voluntário, em uma ou mais articulações, sem lesioná-las. (MENDONÇA, 2005, p. 51).
A flexibilidade não pode ser confundida com alongamento, pois a flexibilidade é referida como habilidade para mover articulações através da amplitude do movimento, e o alongamento como um termo geral usado para descrever os exercícios elaborados para alongar as estruturas de tecidos moles encurtados e, desse modo, aumentar a amplitude do movimento. (LIMA, 2003, p. 136).
Para Dantas (2003). A flexibilidade pode ser considerada como a capacidade de dobrar, torcer ou alongar determinada parte do corpo e depende diretamente das articulações, músculos e tendões e quanto mais demorado, freqüente e intenso for o alongamento, mais rápido e significativo será a melhora do resultado de uma boa flexibilidade.
A prática progressiva de exercícios de flexibilidade tem confirmado que os atletas que possui alto grau de mobilidade são os que menos se machucam. As lesões musculares são mais freqüentes nos atletas com mobilidade débil. A insuficiência de flexibilidade pode ocorrer lesões facilmente e limitar amplitude de movimento para executar técnicas complexas, dificultando a qualidade dos movimentos exigidos. As nossas ações são realizadas de um corpo que permite movimentos, mas que necessita de equilíbrio entre a postura (ação da gravidade), a capacidade de contração muscular (força muscular) e a boa flexibilidade. (LIMA, 2003, p. 136).
Todos nós, independente das tarefas laborativas, necessitamos de uma boa mobilidade para realizar as tarefas diárias, facilitando também os movimentos nas diversas atividades profissionais, pois os locais de nosso corpo se interligam através das articulações, e é necessário que elas se movam com facilidade e não sofram problemas de dores ou lesão devido a modificação da elasticidade muscular e redução da amplitude articular. (LIMA, 2003, p. 136).
Para Dantas (1999) a flexibilidade pode ser influenciada por exercícios que podem contribuir para seu aumento ou diminuição. Exercícios leves visando aquecimento provocam aumento da flexibilidade, ao contrário de exercícios intensos que provocam a diminuição da flexibilidade. Exercícios de aquecimento se realizados corretamente, ou seja, de 5 a 20 minutos, consumo energético em torno de 60% do VO2, capaz de provocar uma elevação de 2° a 3°C na temperatura corporal e os demais efeitos do aquecimento, eles produzem fatores que podem trazer influencias benéficas para o desenvolvimento da flexibilidade que são eles:
Diminuição da viscosidade dos líquidos orgânicos;
Aumento de12% a 13% da espessura da cartilagem articular pela penetração de fluído, permitindo o aumento da compressibilidade e a diminuição da pressão por área de superfície articular, reduzindo, portanto, o risco de lesões na região considerada;
Diminuição do tempo de transição entre os estados de contração e relaxação.
Importância da Flexibilidade
Segundo Dantas (1999) por ter um papel muito importante na capacidade motora do homem, a flexibilidade influencia decisivamente diversos aspectos da motricidade humana, podendo-se ressaltar os seguintes aspectos:
Aperfeiçoamento motor;
Eficiência mecânica;
Profilaxia de lesões;
Expressividade e consciência corporal.
Segundo a autora Mendonça (2005) é através de um trabalho de flexibilidade que conseguimos afinar nosso corpo para que possamos obter um rendimento ótimo, em todas as outras atividades que queiramos praticar. A flexibilidade tem um papel fundamental nas atividades profissionais e tarefas diárias. A redução dessa flexibilidade, acompanhada do envelhecimento, pode acarretar em total perda da independência dos movimentos já no inicio da idade avançada.
O estilo de via sedentário não propicia movimentos amplos e restringe a flexibilidade. (MENDONÇA, 2005 apud ACHOUR, 1996).
É dentro de um trabalho de flexibilidade que está embutido o refinamento processo analítico do todo corporal, processo esse que engloba desde a singela descoberta referente à amplitude máxima de um determinado movimento, no contexto da realidade corporal e suas limitações, até seu aprimoramento, objetivando o máximo de eficácia do aparelho motor. (MENDONÇA, 2005, p.46).
Todas as pessoas (atletas ou não) precisam de um limiar mínimo de flexibilidade para prevenir dores musculares e lesões, obter uma musculatura alongada e conquistar a liberdade dos movimentos nas articulações. (MENDONÇA, 2005, p.46).
Benefícios da Flexibilidade
União do corpo, mente e espírito;
Relaxamento do estresse e da tensão;
Relaxamento muscular;
Autodisciplina;
Aptidão, postura e simetria corporais;
Alívio da dor lombar;
Alívio das cãibras musculares;
Alívio do sofrimento muscular;
Satisfação e prazer. (MENDONÇA, 2005 apud ACHOUR, 1999).
Componentes da Flexibilidade
Segundo Dantas (2003). A flexibilidade é composta por quatro componentes:
Mobilidade: grau de movimento da articulação.
Elasticidade: estiramento elástico de componentes musculares.
Plasticidade: grau de deformação temporária que estruturas musculares e articulações deverão sofrer para possibilitar o movimento.
Maleabilidade: modificação das tensões parciais da pele fruto das acomodações necessárias no segmento considerado.
Fatores que Influenciam a Flexibilidade
A flexibilidade pode ser influenciada por diversos fatores, e os itens maleabilidade da pele e elasticidade muscular são os mais influenciados. Os fatores são:
Idade, pois quanto mais velha a pessoa, menor sua flexibilidade.
Sexo, a mulher em geral é mais flexível que o homem.
Hora do dia, a flexibilidade aumenta com o passar das horas do dia, atingindo seu máximo por volta das 13 horas.
A temperatura ambiente é mais um fator, pois o frio reduz e o calor aumenta, a elasticidade muscular com óbvios reflexos sobre a flexibilidade.
O estado de treinamento por influenciar diretamente os componentes plásticos e elásticos do músculo irá modificar o potencial de flexibilidade do indivíduo.
Situação do atleta após uma sessão de aquecimento, a flexibilidade aumenta, ao passo que diminui após um treinamento no qual o reflexo miotático de estiramento seja repetidamente acionado. (DANTAS, 2003, p. 179).
Classificação da Flexibilidade
Ao se estudar a flexibilidade, repara-se que ela pode ser classificada sob quatro diferentes perspectivas:
Quanto ao tipo;
Quanto a abrangência;
Quanto ao referencial;
Quanto ás articulações envolvidas. (DANTAS, 1999, p. 84).
Segundo Dantas (2003), os movimentos através dos quais a flexibilidade se manifesta podem ser estudados sob dois diferentes enfoques:
Agente que divide-se em: Movimento Induzido que é realizado por outra pessoa ou outro grupo muscular da mesma pessoa e Movimento Autônomo que é realizado pelos grupos musculares agonistas.
Velocidade de Execução, divide-se em: Movimento Rápido; que é executado com uma alta aceleração inicial com exploração posterior da inércia e Movimento Lento; que é executado sem velocidade ao longo de todo o arco articular. De acordo com esse pensamento se obtém quatro tipos de flexibilidades.
Flexibilidade Balística: Este tipo de flexibilidade só possui interesse teórico, pois não tem existência prática no dia-a-dia. Ela é resultante de um acidente ou uma queda, ou constitua um gesto involuntário, que, via de regra, provoca uma lesão em tendões, ligamento ou tecido muscular.
Flexibilidade Estática: : É o tipo de flexibilidade mais facilmente mensurável. Sua medida pode ser realizada através da relaxação de toda a musculatura ao redor da articulação que participa do movimento e mobilização do segmento de forma lenta e gradual por agente externo, buscando alcançar o limite máximo.
Flexibilidade Dinâmica: É expressada pela máxima amplitude de movimentos obtidas pelos músculos motores e do mesmo de forma rápida.
Flexibilidade Controlada: Ela expressa-se na capacidade de sustentar um segmento corporal num amplo arco articular.
Diferenciação entre Alongamento e Flexionamento
Para o autor Dantas (2003) estes dois trabalhos são diferentes em nível conceitual, fisiológico e metodológico, seus conceitos são os seguintes:
Alongamento: Forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível.
Flexionamento: Forma de trabalho que visa obter uma melhora da flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de movimentos articulares superiores as originais.
Segundo Dantas (1999, p. 97 e 98) há uma diferença entre o trabalho de alongamento quanto ao de flexionamento, tanto nos níveis conceituais, fisiológicos e metodológicos. O alongamento visa à manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível, enquanto que no flexionamento, a amplitude é maior que a normal e há a necessidade de se aplicar força externa, para aumentar a amplitude de movimentos articulares superiores aos originais.
Alongamento
A escola por estar inserida numa sociedade tecnológica e capitalista apresenta os mesmos problemas relacionados às alterações no estilo de vida que atinge os trabalhadores das outras instituições. O modo de vida adotado pela população potencializou o aumento de doenças hipocinéticas em todas as faixas etárias, atingindo na escola tanto os escolares, como os professores e os outros trabalhadores. O indivíduo precisa ser educado quanto ao estilo de vida saudável antes de começar a trabalhar, essa fase tende a agravar o sedentarismo e os hábitos alimentares inadequados. (MENDES e LEITE, 2008, p. 79)
O alongamento é um método pelo qual podemos exercitar a mobilidade dos músculos do corpo de forma fácil, eficaz e sem risco de lesão. Ou, dizendo de outra maneira, é uma técnica para alongar o corpo de forma natural, que consiste em isolar e trabalhar um grupo de músculos em particular. (NUSSIO, 2006, p.6).
Segundo Nussio (2006) dessa forma os exercícios de alongamentos podem ser feitos antes, durante ou depois das atividades física, do esporte. Mas não apenas esportistas devem realizar o alongamento, pois os seus benefícios são muitos, além de serem fáceis de aprender, podem ser praticados sem a necessidade de meios auxiliares e são apropriados para todas as idades, pessoas pouco acostumadas a fazerem exercícios e até mesmos grávidas.
Os exercícios de alongamento deveriam ser parte de qualquer tipo de disciplina esportiva, tanto para a fase de aquecimento quanto para o final, como relaxamento. Os exercícios, suaves e harmoniosos, contribuem também para trazer um relaxamento psíquico, com o que se tornam ainda mais eficazes. (NUSSIO, 2006, p.7).
A singularidade do treinamento com o alongamento é a comprovação da sua eficiência na prevenção de lesão. Existe uma relação inegável entre a musculatura contraída e encurtada e o surgimento de lesões. Se nos exercitarmos seguindo o princípio de tensão-relaxamento-extensão, ficam reduzidos consideravelmente os riscos de lesões, lacerações, inflamações musculares, tendinites ou das inserções musculares. (NUSSIO, 2006, p.7).
O alongamento é uma disciplina que mantém o corpo e a mente em harmonia, usando técnicas de alongamento, relaxamento e respiração. Uma necessidade para todos, por causa da vida estressante que levamos. (NUSSIO, 2006, p.7).
A Educação Física nas suas práticas educacionais abrange a pessoa em sua totalidade, por isso paralelamente ao desenvolvimento do movimento corporal desenvolve sua espiritualidade, que é o pensar e o sentir. É incontestável que nas práticas corporais educativas o aluno pensa e sente atuando com sua interioridade. Essa visão educacional apóia-se no “princípio da totalidade”, que é uma teoria que compõe a compreensão HOLÍSTICA do mundo, na qual se fundem matéria e espírito, corpo e alma, interioridade e exterioridade. (BREGOLATO, 2007, p.25).
Tipos de Alongamentos:
Alongamento Estático: São exercícios de alongamento com sustentação da posição, que coloca o músculo em uma posição alongada e mantém essa posição durante alguns segundos. (BARBANTI, 2001, p. 84).
Em relação a saúde o alongamento estático é o mais indicado nos ambientes escolares e empresariais, pois o excesso de tensão muscular aumenta a pressão sanguínea e desperdiça energia mecânica, diminuindo a produtividade, no qual os exercícios de alongamento são utilizados para diminuir o estresse muscular. (LIMA, 2003 apud ACHOUR, 1999).
Outra vantagem do alongamento estático é que pode ser realizado em qualquer local e requer pouco espaço para a execução. (Lima, 2003, p. 144).
Alongamento Passivo: é feito com a ajuda de forças externas (aparelhos, companheiros), em um estado de relaxamento da musculatura a ser alongada.
Alongamento Ativo: é determinado pelo maior alcance do movimento voluntario, utilizando – se a força dos músculos agonistas e o relaxamento dos antagonistas.
Alongamento Balístico: São exercícios que envolvem (insistência) para ganhar “momento” na parte do corpo e aumentar a amplitude. (BARBANTI, 2001).
Para Dantas (2005), o alongamento consiste em três tipos de ação:
Estiramento: é a execução de um determinado movimento à custa da ação do antagonista, de outros grupos musculares ou da ação de terceiros. Equivale a um empreguiçamento amplo e completo.
Suspensão: neste tipo de alongamento, não há movimento das articulações. Assim os ligamentos e os músculos que circundam as articulações são tracionados por meio da ação da gravidade.
Soltura: consiste no balanceamento dos membros, que se realizados por outra pessoa, podem ser acompanhados de leve tração.
De todos os aspectos envolvidos na atividade física, o alongamento parece ser um dos mais subestimados. Ninguém parece ter tempo ou paciência para manter um programa de alongamento regular, nem no inicio e nem no termino de suas atividades porque geralmente quando as pessoas acabam seus treinos, sua aula elas já estão loucas ir embora para suas casas.
Medida adimensional
Rocha (2004, p. 134) diz que o Flexiteste de Pavel e Gil (1980) é o teste mais divulgado pelos profissionais de Educação Física para medir a flexibilidade.
Para Guedes e Guedes (2006, p. 460 e 461) as medidas adimensionais são um dos protocolos mais freqüentemente empregado na monitoração dos níveis de flexibilidade com o propósito de condicionamento físico.
Os mesmos autores citam que esse protocolo procura oferecer informações sobre os níveis de flexibilidade pela execução de movimentos articulares com alongamento muscular passivo, ou seja, com auxílio de outra pessoa que pode ser o avaliador. São vinte movimentos articulares que abrangem as articulações de tornozelo, joelho, quadris, tronco, punho, cotovelo e ombro, sendo que cada um desses movimentos é retratado por meio de uma escala crescente e descontínua de valores inteiros que varia de 0 a 4.
Segundo Rocha (2004, p. 134) a amplitude das medidas realizadas para cada movimento, se expressam da seguinte forma:
0 = muito pequena
1 = pequena
2 = média
3 = grande
4 = muito grande
Segundo Dantas (1999, p. 128) as posições intermediárias entre dois valores quaisquer são medidos pelo menor resultado, um exemplo, se em um movimento cuja amplitude o avaliado ficar entre a posição 2 e 3, serão medidos como grau 2. Em populações de indivíduos sadios e não atletas imagina-se que a tendência dos resultados seja em média pelo grau 2.
A seguir, estão contemplados os vinte movimentos articulares no protocolo do Flexiteste. (DANTAS, 1999, p. 315 á 324).
Após executados os vinte movimentos isolados, ao serem somados darão um resultado global da flexibilidade, chamado de flexíndice, que está contida na tabela abaixo:
Classificação de Flexíndice
Classificação |
Somatório dos vinte movimentos |
Deficiente |
Menor ou igual a 20 |
Fraco |
21 a 30 |
Médio (-) |
31 a 40 |
Médio (+) |
41 a 50 |
Bom |
51 a 60 |
Excelente |
Maior que 60 |
Fonte: (Araújo, 1987, apud Dantas, 1999, p. 128).
Metodologia e procedimentos do estudo
Para a obtenção dos dados do presente estudo, foi utilizado o teste adimensional (Flexiteste) segundo Pavel e Araújo (1987 apud DANTAS, 1999 p. 127), o qual permite a mensuração da flexibilidade de 20 movimentos articulares, que abrange as articulações do tornozelo, joelho, quadris, tronco, punho, cotovelo e ombro. A execução dos movimentos é realizada de forma passiva, na sua maior amplitude articular, em sua crescente escala numérica de 0 a 4 e a obtenção de um resultado global a partir do somatório dos resultados obtidos (Flexíndice).
Caracterização da investigação
Este estudo caracterizou-se por ser do tipo qualitativo, no qual se teve por objetivo avaliar os níveis de flexibilidade dos alunos da turma 30 do I.E.E Cruzeiro do Sul Oniva de Moura Brizola.
Amostra
A amostra foi composta por 11 alunos, de ambos os sexos, sendo 09 do sexo feminino e 02 do sexo masculino, com idades entre 16 e 24 anos, que estudam no I.E.E Cruzeiro do Sul Oniva de Moura Brizola, os quais concordaram espontaneamente em participar do estudo.
Instrumentos e materiais
Para avaliar o grau de flexibilidade dos alunos, foi utilizado o flexiteste, sendo que os dados foram anotados em planilha específica. Utilizou-se também um computador para a tabulação dos dados.
Plano de coleta de dados
Inicialmente foi realizado um contato com os alunos que fizeram parte da amostra do estudo. Posteriormente foi requerida a devida autorização por meio de um termo livre e esclarecido. Após a autorização, os participantes realizaram o flexiteste e a partir dos dados coletados, os resultados serão devidamente contextualizados segundo a literatura específica.
Análise dos dados
Os dados foram processados e submetidos à análise, utilizando-se a estatística descritiva que tem por função a ordenação e a descrição dos dados coletados, os quais os resultados obtidos se seguem:
Gráfico 01. Resultado total do flexíndice
Fonte: construção da autora
De acordo com os dados obtidos no somatório do flexíndice, obtivemos os seguintes resultados:
A amostra foi composta por 11 alunos, de ambos os sexos, sendo 09 do sexo feminino e 02 do sexo masculino, com idades entre 16 e 24 anos. De acordo com os dados resultados do somatório, percebeu-se que 01 aluno apresentou o resultado fraco; 02 indivíduos obtiveram o resultado Médio (-) e 08 indivíduos apresentaram o índice Médio (+).
De acordo com a literatura, a amostra em estudo caracterizou-se em sua maioria por apresentar a Média (-), esse índice para pessoas não atletas é aceitável, pois o flexindice tem parâmetros para atletas. Através do treinamento de flexibilidade que se obtêm níveis maiores da amplitude articular, ou seja, melhora da flexibilidade, mas sempre respeitando o princípio da individualidade de todas as pessoas.
Considerações finais
A partir da análise de todos esses dados do flexíndice, é possível concluir que dos 11 participantes: 01 aluno apresentou resultado fraco; 02 indivíduos obtiveram o resultado Médio (-) e 08 indivíduos apresentaram o índice Médio (+), constatou-se portanto que o índice de flexibilidade da amostra participante do estudo obteve uma boa média, visto que os parâmetros do flexindice e do flexiteste estão enfocados para atletas de alto nível, portanto considera-se uma boa média.
Segundo o autor (BARBANTI, 2001, p. 80), no intuito de ter a flexibilidade aumentada, não é a pessoa que alonga os músculos ou tendões, mas ela permite que o sistema muscular esteja livre de inibições. Quanto mais constante seja o trabalho de alongamento e maior for sua extensão, por outro lado, diminui-se a resistência oferecida pelos músculos antagonista resultando assim em uma maior amplitude das articulações.
Segundo (DANTAS, 2003 apud TUBINO, 1979), “a flexibilidade proporciona a facilitação do aperfeiçoamento nas técnicas dos desportos; aumento da capacidade mecânica dos músculos e articulações, permitindo um aperfeiçoamento mais econômico de energia; fator preventivo contra acidentes desportivos (lesões, contusões, etc.)”.
Segundo (DANTAS, 2003 apud SHAKEY, 1984), “as lesões ocorrem quando um membro é forçado além de sua angulação de utilização normal. Assim, um aumento da flexibilidade reduzirá este risco”.
Referencias
BARBANTI. V. Treinamento físico: bases científicas. 3ª ed. São Paulo: CLR Balieiro, 2001.
BREGOLATO, R.A. Cultura corporal do esporte. 2ª ed. São Paulo: Ícone, 2007.
DANTAS. E. H. M. A prática da preparação física. 5ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
DANTAS. E. H. M. Flexibilidade, Alongamento e Flexionamento. 4ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 1999.
GUEDES. D. P. e GUEDES. J. E. R. P., Manual Prático para Avaliação em Educação Física.1ª ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2006.
LIMA. V. Ginástica laboral: atividade física no ambiente de trabalho. São Paulo: Phorte, 2003.
MENDES. R. A. e LEITE. N. Ginástica Laboral: princípios e aplicações práticas. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2008.
MENDONÇA. M. RP2: método de alongamento. São Paulo: Phorte, 2005.
NUSSIO. E. M., Alongamento. São Paulo: Marco Zero, 2006
ROCHA. P. E. C. P., Medidas e Avaliações em Ciências do Esporte. 6ª. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
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