efdeportes.com

Percepção da auto-imagem corporal em relação ao estado 

nutricional de escolares do ensino médio em Campo Grande, MS

La percepción de la autoimagen corporal en relación con el estado nutricional de escolares de nivel medio en Campo Grande, MS

 

*Profissional de Educação Física. Instituto de Ensino Superior da Funlec, IESF

**Profissional de Educação Física. Instituto de Ensino Superior da Funlec, IESF

Escola de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul, ESP, MS

(Brasil)

Fernanda Thill Maciel*

Joel Saraiva Ferreira**

falecomjoel@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Com o objetivo de analisar a percepção da auto-imagem corporal em relação ao estado nutricional de escolares do ensino médio, realizou-se este estudo. Para tanto, foram avaliados 69 escolares na faixa etária de 14 a 17 anos, de ambos os gêneros, de uma escola pública localizada na cidade de Campo Grande–MS, Brasil. Foram coletados dados demográficos (sexo e idade), antropométricos (massa corporal, estatura e espessura de dobras cutâneas) e de imagem corporal (silhueta atual e silhueta desejável). Posteriormente as informações foram analisadas, o que indicou diferença entre os valores de índice de massa corporal e de percentual de gordura, na classificação do estado nutricional, já que 76% das meninas e 78% dos meninos foram classificados dentro de valores considerados normais segundo o índice de massa corporal, enquanto que pelo percentual de gordura apenas 41% das meninas e 39 % dos meninos apresentaram-se nesta condição. A maioria dos adolescentes demonstrou insatisfação com sua imagem corporal (74% das meninas e 57% dos meninos). Esses resultados sugerem que o percentual de gordura foi o indicador com melhor capacidade de descrever a insatisfação com a imagem corporal em escolares do ensino médio, quando comparado ao índice de massa corporal. Com isso conclui-se que a insatisfação com a imagem corporal depende mais da quantidade de tecido adiposo subcutâneo do que da quantidade de massa corporal total.

          Unitermos: Adolescência. Escolares. Imagem corporal. Estado nutricional.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 146 - Julio de 2010

1 / 1

Introdução

    A adolescência é definida como uma etapa evolutiva particular do ser humano. Não se pode compreender a adolescência estudando separadamente os aspectos biológicos, psicológicos e sociais ou culturais, pois nesta etapa culmina todo o processo maturativo biopsicossocial do indivíduo. Tais aspectos são inseparáveis, na constituição das características deste fenômeno adolescência (CONTI, 2002). Para Vidotti (2008) a adolescência é uma fase do processo de crescimento e desenvolvimento humano, onde ocorrem mudanças na vida e nos corpos infantis que compreende um acentuado crescimento pondo-estatural, surgem novas formas físicas e estéticas, transformações no funcionamento orgânico e construção de relações que refletem na formação de estilos como de se comportar e pensar. Para Tossati et al. (2007), a adolescência é uma etapa do desenvolvimento acompanhada de processos de crescimento e de maturação, fase de construção da identidade do indivíduo. Nesta etapa se adquire comportamentos que em partes, se manterão ao longo de toda vida.

    Vidotti (2008) propõe que a adolescência e a puberdade sejam estudas agregadas, pois a adolescência é referida como o período de extrema importância dentro do processo de crescimento e desenvolvimento, por meio de mudanças de ordem social, fisiológica e psicológica que se associam às transformações físicas e biológicas da puberdade. A puberdade é definida, por este mesmo autor, como um processo fisiológico de maturação hormonal e crescimento somático que torna o organismo apto a se reproduzir. Para Gallahue e Ozmun (2005) a puberdade se refere à fase mais inicial da adolescência, cerca de dois anos antes da maturação sexual.

    A Word Health Organization - WHO (1995) classifica cronologicamente o período de adolescência dos 10 aos 19 anos, sendo que ocorre uma subdivisão em duas fases: a primeira corresponde à faixa etária de 10 a 14 anos, que inclui o início das maturações púberes e a segunda fase dos 15 aos 19 anos, quando ocorre o término da fase do crescimento e de desenvolvimento morfológicos. Vidotti (2008) destaca que no Brasil o Estatuto da Criança e do adolescente estipula uma faixa etária de 12 a 18 anos como correspondente a adolescência.

    Acredita-se que os aspectos mais importantes da adolescência se referem às modificações relacionadas ao crescimento e desenvolvimento físico (CONTI, 2002). De acordo com Vidotti (2008), ocorre o desenvolvimento dos processos de crescimento e de maturação, tanto do aspecto somático como psicológico. Para Manning (2000) o montante de crescimento como a idade em que se inicia são determinados pela composição genética de cada indivíduo. Na maioria dos rapazes o ápice acontece por volta dos 14 anos, e para as moças aos 12 anos. Geralmente os rapazes atingem seu peso e altura de adultos dois anos após as moças.

    De acordo com Guedes e Guedes (2002), durante e depois da adolescência, as diferenças sexuais se apresentam de forma acentuada. Nos rapazes, a massa muscular pode aumentar por volta dos 17 anos, tendo proporcionalmente 54% de seu peso corporal. Já as moças podem adicionar massa muscular aproximadamente dos 13 – 14 anos, o que corresponderá a 45% do seu peso corporal. Essas diferenças quanto à quantidade de massa muscular são resultantes de influências hormonais, mas um menor número de núcleos nas fibras musculares das moças pode ter uma participação acentuada.

    Além dos tecidos musculares, os rapazes crescem muito mais que as moças, no tamanho do coração e dos pulmões, proporcionalmente ao peso do corpo. Sendo que a pressão arterial dos rapazes é mais elevada quando comparado com as moças, significando que seus músculos recebem mais oxigênio e podem ser mais ativos (MANNING, 2000). De acordo Gallahue e Ozmun (2005) o coração aumenta cerca de 50% em tamanho e quase dobra de peso na adolescência. Já o crescimento dos pulmões é paralelo ao crescimento do coração durante o período da adolescência, a capacidade respiratória e o tamanho dos pulmões aumentam rapidamente na puberdade.

    Em relação das diferenças biológicas, Conti (2002) considera que o desenvolvimento sexual entre moças geralmente se inicia por volta dos 8 anos, com o desenvolvimento do seio como primeiro estágio, sendo que a menarca ocorre normalmente entre 10,5 e 15,5 anos, com estirão púbere entre 9,5 e 14,5 anos. Já nos rapazes, em relação à maturação sexual, ocorre o crescimento dos testículos, que acontece entre os 10,5 e 13,5 anos e estirão um ano depois, sendo que na adolescência o crescimento é intenso, em ambos os sexos.

    De acordo com Malina e Bouchard (2002), o estirão do crescimento é marcado pelo aumento na velocidade de crescimento em estatura, sendo que a velocidade de crescimento ocasionalmente atinge seu ponto máximo durante o estirão e gradativamente vai diminuindo. Para as moças, a velocidade máxima do estirão ocorre por volta dos 11 a 12 anos, e para os rapazes por volta dos 13 a 14 anos, onde cerca de 50% do peso de 20% da estatura definitiva são ganhos nesta fase (CONTI, 2002).

    Conforme Guedes e Guedes (2002), o corpo humano passa por uma série de estágios, desde o nascimento até a idade adulta, caracterizando um processo evolutivo da espécie humana. Assim, maturação biológica é definida como às sucessivas modificações que se processam em determinado tecido, sistema ou função, até que sua forma final seja alcançada. Então, a maturação precisa ser compreendida como o processo de amadurecimento para se atingir a maturidade.

    Para Malina e Bouchard (2002) o estado avançado de maturação está relacionado com um maior tamanho corporal em ambos os sexos, mais gordura em moças e relativamente massa magra e muscular maior em rapazes. De acordo com Barbosa et al. (2006), em ambos os sexos ocorrem expressivo aumento da massa de gordura corporal. No entanto, nos rapazes, tal aumento é mais lento, sendo superado pelo ganho da massa livre de gordura corporal. Este mesmo autor ressalta a importância das modificações antropométricas e de composição corporal que ocorrem durante o processo de maturação. Uma vez que desde o início até o final do estadiamento pubertário, em função do crescimento acelerado, o indivíduo passa por intensas modificações corporais.

    Para Gallahue e Ozmun (2005) as alterações de peso na adolescência são grandes, tanto para rapazes como para as moças, sendo que, o aumento geral no peso tende a seguir a curva geral de aumento em altura. Para os rapazes o ganho de peso ocorre basicamente pelo aumento na altura e na massa muscular, sendo que, a massa adiposa tende a permanecer estável. Todavia, nas moças, o aumento do peso se deve muito ao aumento da massa adiposa e na altura, e em menor dimensão, a aumentos na massa muscular. Para este mesmo autor, a maturação esquelética, os aumentos nos tecidos musculares e adiposos e o crescimento dos órgãos colaboram para o ganho de peso na adolescência, tanto para os rapazes como para as moças.

    De acordo com Vidotti (2008), a demanda nutricional no período de maturação é elevada e, por este motivo, a nutrição desempenha importante função no desenvolvimento do adolescente, sendo que, na ocorrência de ingestão inadequada, poderá influenciar negativamente na sua estatura e massa corporal. Para Gallahue e Ozmun (2005) o ganho de peso na adolescência poderá ser afetado por dieta, exercícios, motilidade gástrica e por fatores gerais de estilo de vida, bem como os fatores hereditários.

    Os adolescentes se preocupam com o peso e a aparência corporal, independente do sexo, sendo que a insatisfação com a imagem corporal tem início em idades mais jovens e é fortemente influenciada por aspectos socioculturais (CORSEUIL et al., 2009). Todo adolescente tem em sua mente um corpo idealizado, e quanto mais este corpo se distanciar do real maior será a possibilidade de confusão, comprometendo sua auto-estima (BRANCO et al., 2006).

    De acordo com Costa et al. (2007) a imagem corporal é a forma que o ser humano tem de seu próprio corpo, sendo formada em sua mente e envolve três componentes: o perceptivo, relacionado com a percepção do corpo e a uma estimativa do tamanho corporal e do peso; o subjetivo, referente à satisfação com a aparência, juntamente com a ansiedade e a preocupação relacionados a ela; e o comportamental, que consiste em situações evitadas devido ao desconforto causado pela feição corporal. A imagem corporal para Corseuil et al. (2009) é um constructo psicológico que se desenvolve por meio de pensamentos, sentimentos e percepções das pessoas sobre sua feição geral, das partes do corpo e das estruturas e funções fisiológicas. No entanto, essas percepções podem ou não compreender a realidade. Para Tavares (2003), a imagem corporal abrange todas as formas pelas quais o indivíduo experimenta e conceitua seu próprio corpo, está ligada a uma organização cerebral integrada, sendo influenciado por fatores sensoriais, processo de desenvolvimento e aspectos psicodinâmicos.

    Para Conti (2002) a imagem corporal pode ser compreendida pela imagem do corpo formada na mente do indivíduo; ou seja, é o modo como o corpo apresenta-se para o indivíduo, envolvido pelas sensações e experiências imediatas. Sendo necessário para entender a imagem corporal, abordar a questão psicológica central da relação entre as impressões dos sentidos, dos movimentos e da motilidade geral do indivíduo.

    A imagem corporal pode ser definida como uma construção multidimensional que representa como os indivíduos pensam, sentem e se comportam a respeito de suas características físicas, não se baseia apenas em associações, memórias e experiências, mas também por meio de intenções, aspirações e tendências (FERNANDES, 2007). Conti (2002) afirma ainda que a imagem corporal seja como um retrato do corpo formado na mente, com o esquema corporal expandido para além do próprio corpo, sendo que roupas, objetos vinculados ao corpo e tudo aquilo que se origina ou deriva dele também passam a fazer parte da imagem criada.

    Ainda em relação à imagem corporal, Mataruna (2004) descreve-a como a representação mental do próprio corpo. Este mesmo autor afirma que a imagem pode ser visual, motora, tátil, audível, entre outras, não pode ser analisada individualmente ou adotar para cada estrutura um padrão único para avaliação de alteração em todas as estruturas. Já Fernandes (2007), destaca que a imagem corporal é um processo em constante transformação, que integra múltiplas dimensões, vulnerável aos processos dinâmicos internos e externos, mas reconhecendo, no entanto, seu caráter singular e indivisível. Ela reflete a história de uma vida, o percurso de um corpo, de forma que suas percepções integram sua unidade e marcam sua existência no mundo a cada instante. A imagem corporal é vivência humana, individual e dinâmica.

    Para Graup et al. (2008) a percepção da imagem corporal é influenciada por componentes físicos, psicológicos, ambientais e comportamentos complexos. O entendimento deste conceito está vinculado ao significado de imagem e corpo, sendo que sua dimensão depende da subjetividade do indivíduo. A busca constante por um padrão ideal, associada às realizações pessoais e à felicidade, são as principais causas de alterações da percepção da imagem corporal, principalmente, para o gênero feminino.

    Para Mataruna (2004) a imagem corporal se desenvolve desde o nascimento até a morte, por meio de uma estrutura complexa e subjetiva, sofrendo mudanças que implicam na construção contínua, e reconstrução incessante, resultante do processo de estímulos, ou seja, a imagem corporal nunca é estática, pois muda de ação para ação. Para Tavares (2003) o desenvolvimento da imagem corporal é paralelo com o desenvolvimento da identidade do próprio corpo, tendo relações com os aspectos fisiológicos, afetivos e sociais. E desta forma, sucessivamente, o corpo, relacionado com o mundo e consigo mesmo, mantém em continua transformação nossa imagem corporal. Para Fernandes (2007) o desenvolvimento da imagem corporal é paralelo com o desenvolvimento da identidade do próprio corpo, tendo relações com os aspectos fisiológicos, afetivos e sociais. É um processo que ocorre durante toda a vida. A construção da identidade corporal é sempre um processo em construção, sendo que as primeiras experiências infantis são fundamentais para o desenvolvimento da imagem corporal, mas as experiências e a exploração do corpo nunca param.

    De acordo com Amude et al. (2004), a percepção contribui na formação da imagem corporal, como resultado de ações de diversas atividades cognitivas. É uma análise da realidade que envolve as sensações do indivíduo, sua memória, imaginação, pensamento e as qualidades afetivas, volitivas e intelectuais da personalidade. O desvio da imagem corporal ocorre quando a percepção corporal não corresponde a indicadores objetivos.

    A formação da imagem corporal envolve um relacionamento do indivíduo com seu próprio corpo. São necessárias experiências afirmativas e gratificantes na relação com o corpo para se desenvolver uma imagem corporal aceitável (FERNANDES, 2007). De acordo com Costa et al. (2007), um dos principais fatores causais de alterações da percepção da imagem corporal é a determinação, pela mídia e pela sociedade, de um padrão corporal considerado o ideal, ao qual associam o sucesso e a felicidade. Quando a percepção corporal não corresponde a indicadores objetivos está ocorrendo um desvio da imagem corporal (AMUDE et al., 2004).

    Para Triches e Giugliani (2007) a imagem corporal é composta por dois elementos: a estima corporal e a insatisfação com o corpo. A estima refere-se ao quanto o adolescente gosta ou não do seu corpo de forma completa, incluindo outros aspectos além do peso e da forma do corpo, por exemplo, cabelos e rosto. A insatisfação corporal enfoca claramente a preocupação com o peso, forma do corpo e gordura corporal.

    Vieira et al. (2008) relatam o notório desagrado de muitos adolescentes com sua imagem corporal ocasionado distúrbios alimentares e psiquiátricos. A busca do corpo perfeito induz os adolescentes a percepções equivocadas sobre o próprio corpo, podendo causar, algumas vezes, distúrbios da imagem corporal. Todo adolescente traz em sua mente um corpo desejado, e quanto mais este corpo se distancia da realidade, maior será a possibilidade de conflito, comprometendo sua auto-estima (BRANCO et al., 2006). Para Triches e Giugliani (2007) a insatisfação corporal está relacionada aos transtornos de comportamento alimentar como anorexia, bulimia e o comer compulsivo.

    Para Corseuil et al. (2009), por meio das medidas antropométricas é possível identificar a propensão a riscos, ocasionados tanto pela magreza excessiva quanto pelo excesso de peso, propiciando um ponto de partida para as devidas e necessárias intervenções. Nessa perspectiva, a antropometria tem contribuindo efetivamente no sentido de verificar a associação entre a autopercepção das proporções e dimensões corporais dos adolescentes.

    De acordo com Eisenstein et al. (2000), a antropometria é definida como a técnica de expressão quantitativa da forma do corpo, sendo, durante a adolescência o método mais acessível e universalmente aplicável. E para Sigulem et al. (2002), a antropometria consiste na avaliação das dimensões físicas e da composição corporal global do corpo humano, sendo um dos métodos de avaliação do estado nutricional. Para este mesmo autor a avaliação do estado nutricional tem por objetivo verificar o crescimento e as proporções corporais do indivíduo, visando instituir atitudes de intervenção.

    Autores como Marins e Giannichi (2003) e Fernandes Filho (2003) concordam que a antropometria representa um importante recurso de assessoramento para uma análise completa de um indivíduo, pois apresenta informações ideais para a predição e estimação dos vários componentes corporais, pois oferece informações ligadas ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, sendo decisiva na avaliação do estado físico.

    Para Mello (2002) a avaliação nutricional é um instrumento diagnóstico, já que mede as condições nutricionais do organismo, sendo determinante para o resultado do estado nutricional do indivíduo. Para este mesmo autor, o estado nutricional é o resultado do balanço entre a ingestão e perda de nutrientes, sendo um importante indicador da qualidade de vida.

    De acordo com Farias e Salvador (2005) estudos que englobam avaliação antropométrica, principalmente de massa corporal, tem sido a maneira mais empregada para a avaliação do estado nutricional e a regulação do crescimento em adolescentes podendo desta forma detectar casos de subnutrição ou obesidade precoce. O cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) é um dos parâmetros de dimensão corporal que pode servir como referência para verificar se a percepção corporal do indivíduo corresponde à sua real condição (AMUDE et al. 2004). O índice de massa corporal parece se correlacionar positivamente com o peso e aparência corporal e o risco de distúrbios alimentares em ambos os sexos (CORSEUIL et al., 2009).

    Problemas na esfera alimentar com repercussão na apresentação, percepção e imagem corporal torna-se cada vez mais comuns. De um pólo a outro, da obesidade à anorexia, adolescentes desenvolvem distúrbios de conduta alimentar comprometendo sua saúde e qualidade de vida (CONTI, 2002). Diante disso, este estudo teve por objetivo analisar a percepção da auto-imagem corporal em relação ao estado nutricional de escolares na faixa etária de 14 a 17 anos, de ambos os gêneros, de uma escola pública do Município de Campo Grande-MS.

Materiais e métodos

    O presente estudo caracteriza-se como sendo do tipo observacional de campo, com abordagem quantitativa, que é descrito por Beaglehole et al. (2003) como aquele que há coleta de informações sem intervenção por parte do pesquisador.

    Para a realização deste estudo, foram avaliados 69 adolescentes de 14 a 17 anos de idade de ambos os gêneros, escolares do ensino médio de uma escola pública do município de Campo Grande-MS. Os critérios de participação da população investigada foram os indivíduos que estavam presentes no momento da coleta de dados e que se apresentaram dentro da faixa etária estipulada para essa pesquisa.

    Os dados antropométricos seguiram as recomendações sugeridas por Petroski (2003), sendo eles: peso corporal (medido em quilogramas) utilizou-se uma balança digital da marca Tech Line® com capacidade 180 kg, com o avaliado mantido na posição ortostática, vestindo o mínimo possível de roupas, sem que lhe cause constrangimento. Para a estatura, utilizou-se um estadiômetro fixado a uma parede plana e sem rodapé, e a leitura feita com a precisão de 0,1 centímetro sendo que, o avaliado foi mantido na posição ortostática, procurando deixar em contato com o aparelho as superfícies posteriores de calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A cabeça foi mantida no plano de Frankfurt.

    Para a avaliação de dobras cutâneas (medidas em milímetros) utilizou-se o adipômetro de marca Sanny® com precisão em milímetros e pressão de 10g/mm² em qualquer abertura, segundo o fabricante. Os pontos anatômicos mensurados foram: tríceps, na face posterior do braço direito, no ponto médio entre o processo acromial da escápula e o processo do olécrano da ulna; e de panturrilha, na face medial da perna direita, no ponto de maior circunferência desse segmento corporal, estando o avaliado com o joelho flexionado em um ângulo de 90º.

    A percepção da imagem corporal foi obtida por auto-avaliação, com uso da escala de silhuetas proposta por Tiggemann e Wilson-Barret (1998), essa escala contém nove silhuetas numeradas, com extremos de magreza e gordura com altura estável, sendo apresentada separadamente, segundo o sexo. Foi solicitado que o indivíduo identificasse qual silhueta considera semelhante a sua aparência corporal atual e também o número da silhueta que acredita ser mais condizente a sua aparência corporal desejável. Para a avaliação da satisfação com a imagem corporal subtrai-se o valor anotado na escala de silhuetas como aparência corporal atual daquela anotada como aparência corporal desejável, podendo variar de menos oito até oito. Se essa variação for igual a zero, o indivíduo é classificado como satisfeito com sua aparência e se diferente de zero é classificado como insatisfeito. Caso a diferença seja positiva considera-se uma insatisfação pelo excesso de peso e, quando negativa , uma insatisfação pelo baixo peso, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1. Conjunto de silhuetas para avaliação da imagem corporal

Fonte: Tiggemann e Wilson–Barret (1998)

    A coleta de dados foi realizada por dois acadêmicos de Educação Física e na presença do professor de Educação Física da escola.

    Posteriormente, os dados obtidos na avaliação antropométrica foram utilizados para o desenvolvimento de cálculos que pudessem representar duas informações importantes, sendo elas: o excesso de massa corporal, representado pelo Índice de Massa Corporal (IMC) e o tipo de tecido corporal responsável pelo excesso de massa, representado pelo percentual de gordura corporal (%G). Para tanto, os procedimentos foram:

  • 1º - Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC): Com os resultados obtidos na mensuração do peso corporal e da estatura, procedeu-se o cálculo do IMC, também conhecido como índice de Quetelet, conforme recomendado por Petroski (2003), utilizando a seguinte equação: IMC = Massa Corporal (kg) ÷ (estatura)2. Para a avaliação do índice de massa corporal utilizou-se os critérios de referência de Conde e Monteiro (2006).

  • 2º Cálculo do percentual de gordura corporal (%G): Para a identificação do percentual de gordura corporal utilizou-se os valores de dobras cutâneas, aplicados na equação elaborada por Slaughter et al., conforme descrito por Heyward e Stolarczyk (2000). As equações utilizadas foram:

    • Para meninos: Percentual de gordura (%G) = 0,735 (dobra cutânea do tríceps + dobra cutânea da panturrilha) + 1,0.

    • Para meninas: Percentual de gordura (%G) = 0,610 (dobra cutânea do tríceps + dobra cutânea da panturrilha) + 5,1.

    Para a avaliação do % de gordura corporal utilizou-se os critérios de referência de Lohman (1986).

    Inicialmente, os dados foram organizados em classes, com o intuito de facilitar a realização das análises estatísticas necessárias ao entendimento dos objetivos propostos para o estudo.

    Assim, a variável IMC foi organizada em três classes, sendo:

  • Baixo peso = baixo.

  • Normal = normal.

  • Excesso de peso e obesidade = elevado.

    Em relação ao %G, utilizou-se essa mesma metodologia, sendo:

  • Muito baixo e baixo = baixo.

  • Normal = normal.

  • Moderadamente alto, alto e muito alto = elevado.

Apresentação e discussão dos resultados

    Os dados obtidos neste estudo são apresentados a seguir, sendo que na Tabela 1 estão expressos valores referentes à idade, características antropométricas e percepção da imagem corporal do grupo estudado. Na Tabela 2 são apresentados especificamente os dados de índice de massa corporal e percentual de gordura corporal, conforme a classificação adotada para este estudo (classes). Na Tabela 3 descreve-se o nível de satisfação dos escolares com a auto-imagem corporal.

Tabela 1. Idade, características antropométricas e percepção da imagem corporal de escolares do ensino médio de uma escola pública de Campo Grande-MS (n = 69)

Variáveis

Meninas

Meninos

Média ± DP

Valor mínimo

Valor máximo

Média ± DP

Valor mínimo

Valor máximo

Idade (anos)

15,6 ± 1,2

14

17

15,1 ± 1,1

14

17

Peso corporal (kg)

53,3 ± 9,5

36,0

76,0

61,0 ± 9,7

46,0

84,0

Estatura (m)

1,6 ± 0,1

1,5

1,7

1,7 ± 0,1

1,6

1,8

IMC (kg/m2)

20,5 ± 3,2

14,8

27,9

20,7 ± 2,7

15,7

27,4

Gordura corporal (%)

25,5 ± 4,8

11,5

37,9

16,2 ± 6,4

7,9

28,3

Silhueta atual

4,7 ± 1,4

2,0

7,0

4,3 ± 1,1

2,0

6,0

Silhueta desejável

4,3 ± 1,0

2,0

6,0

4,0 ± 0,9

3,0

6,0

DP = desvio padrão; IMC = índice de massa corporal

    Os dados da Tabela 1 apresentam a média e o desvio padrão da idade, variáveis antropométricas e percepção atual e desejável da imagem corporal da população estudada.

    Observa-se que a média da idade do grupo feminino foi de 15,6 ± 1,2 e do masculino 15,1 ± 1,1, correspondente a faixa etária estipulada para este nível de ensino. Em relação ao índice de massa corporal nota-se, quando considerada a média da população investigada, tanto os meninos quanto as meninas, são classificados na classe normal.

    A média do percentual de gordura das meninas (25,5 ± 4,8) é superior a dos meninos (16,2 ± 6,4). Adotando a classificação usada neste estudo a média das meninas corresponde à classe elevado e os meninos se enquadram na classe normal, observa-se uma diferença representativa em relação aos valores mínimos e máximos. De acordo com Farias e Salvador (2005) essa quantia de gordura relativamente maior nas meninas que nos meninos, pode ser explicado pela influência do hormônio sexual feminino, o estrogênio.

    Quanto à variável silhueta, nota-se que a média da silhueta atual das meninas (4,7 ± 1,4) teve uma pequena variação em relação à silhueta atual dos meninos (4,3 ± 1,1), os valores mínimos e máximos apresentaram diferença onde, as meninas se classificaram entre as silhuetas 2,0 a 7,0, já os meninos entre 2,0 a 6,0, sendo provável que as meninas sejam mais críticas com sua imagem corporal do que os meninos, visto que elas se classificaram em relação a silhuetas maiores. Comparando-se os resultados da silhueta desejável os valores mínimos e máximos também demonstraram variação, as meninas se classificaram entre as silhuetas 2,0 a 6,0 e os meninos entre 3,0 a 6,0, levando a entender que na média dos indivíduos avaliados, elas possuem o desejo ter uma silhueta menor, enquanto no gênero masculino existe desejo ter uma silhueta maior.

Tabela 2. Valores absolutos e relativos do índice de massa corporal e do percentual de gordura 

corporal de escolares do ensino médio de uma escola pública de Campo Grande-MS (n = 69)

Gênero

N

Índice de massa corporal

n

%

Percentual de gordura

n

%

Feminino

46

Baixo

3

7%

Baixo

1

2%

Normal

35

76%

Normal

19

41%

Elevado

8

17%

Elevado

26

57%

 

Masculino

23

Baixo

0

0

Baixo

7

30%

Normal

18

78%

Normal

9

39%

Elevado

5

22%

Elevado

7

30%

    A Tabela 2 apresenta a proporção dos escolares classificados segundo o estado nutricional, a partir dos pontos de corte adotados neste estudo para o IMC e % G. Diferença foi verificada entre os dois indicadores (IMC e % G) na classificação do estado nutricional. De acordo com os dados, nota-se que 76% meninas e 78% dos meninos foram classificados dentro de valores considerados normais segundo o IMC, enquanto que pelo %G, apenas 41% das meninas e 39 % dos meninos apresentaram-se nesta condição.

    Resultado semelhante foi observado em adolescentes de uma escola pública de São Paulo em estudo realizado por Branco et al. (2006) , no qual 78,4% dos pesquisados foram classificados dentro do valores normais quanto ao índice de massa corporal.

    Quanto aos valores elevados, 17% das meninas e 22% dos meninos pesquisados enquadram-se nesta classe em relação ao IMC. Em contrapartida, o %G compreendeu uma amostra maior onde, 57% das meninas e 30% dos meninos foram classificados nesta classe.

    Quando observa-se, isoladamente, o % G como indicador do estado nutricional dos adolescentes, nota-se que o baixo peso corporal foi mais freqüente nos meninos (30%), em contrapartida o maior percentual de gordura elevado concentrou-se nas meninas (57%). Esses resultados são similares aos encontrados por Farias e Salvador (2005), quando analisaram escolares da rede particular de ensino da cidade de Porto Velho, onde as meninas apresentaram maiores valores de percentual de gordura.

Tabela 3. Avaliação do nível de satisfação com a imagem corporal de escolares do ensino médio de uma escola pública de Campo Grande-MS (n = 69)

Gênero

N

Nível de satisfação com a imagem corporal

n

%

Feminino

46

Satisfeitos

12

26%

Insatisfeitos pelo baixo peso

10

22%

Insatisfeitos pelo excesso de peso

24

52%

 

Masculino

23

Satisfeitos

10

43%

Insatisfeitos pelo baixo peso

5

22%

Insatisfeitos pelo excesso de peso

8

35%

    Quando analisa-se a satisfação e a insatisfação com a imagem corporal (Tabela 3), percebe-se que no sexo feminino a insatisfação pelo baixo peso ocorreu em 22%, enquanto a insatisfação pelo excesso de peso ocorreu em 52%, sendo que apenas 15% estavam satisfeitas com sua imagem corporal. No sexo masculino, 22% estavam insatisfeitos pelo baixo peso, 35% pelo excesso de peso e 43% estavam satisfeitos com sua imagem corporal.

    Observa-se que a maior insatisfação com a imagem corporal em ambos os sexos foi pelo excesso de peso. Neste estudo, o grande número de indivíduos insatisfeitos com a própria imagem corporal pode se justificar pelas afirmações de Bosi e Andrade (2004) e Conti et al. (2005) que descrevem a adolescência como uma etapa na qual a preocupação com o porte físico e com a aparência corporal é um problema que merece atenção. Neste período da vida, existe uma forte tendência social e cultural de considerar a magreza como uma situação ideal de aceitação, o que influencia cada vez mais os adolescentes, em especial as meninas.

    O percentual de insatisfação com a imagem corporal, verificado neste estudo (74% para as meninas e 57% para os meninos), foi similar aos resultados encontrados por Graup et al. (2008), que pesquisaram escolares do ensino público e privado da cidade Florianópolis, onde em média 67,56% dos adolescentes pesquisados demonstraram insatisfação com a imagem corporal, e foi superior ao encontrado por Vilela et al. (2004), que avaliaram a imagem corporal de escolares (sete a dezenove anos de idade) de Porto Alegre (59%). Em relação aos gêneros, os resultados, deste estudo, também são similares aos encontrados por Branco et al. (2006), quando detectaram que as meninas tenderam a apresentar maior insatisfação quanto à imagem corporal do que os meninos.

    A insatisfação com a imagem corporal vem sendo identificada tanto em adolescentes obesos como não obesos. Esses adolescentes, em muitos casos, além de insatisfeitos, desenvolvem problemas em relação à aceitação de sua auto-imagem e à valorização de seu próprio corpo (FERRIANI et al., 2005)

Conclusão

    Ao término deste estudo, observa-se que a maioria dos escolares demonstrou insatisfação com sua imagem corporal, sendo que 52% das meninas e 35% dos meninos apresentaram o desejo de reduzir o tamanho da silhueta corporal e 22%, em ambos os gêneros, demonstraram insatisfação pelo baixo peso.

    Os resultados, mesmo evidenciando uma baixa prevalência de obesidade, quando analisados pelo indicador IMC (17% gênero feminino e 22% do masculino), demonstram que os adolescentes analisados neste estudo estavam insatisfeitos com sua imagem corporal, mesmo apresentando valores de peso considerados normais. Já o %G indicou que 57% das meninas e 30% dos meninos se encontravam em estado nutricional inadequado, pelo excesso de peso.

    Esses resultados sugerem que o %G foi o indicador com melhor capacidade de descrever a insatisfação com a imagem corporal em escolares, quando comparado ao IMC. Os dados referentes ao IMC sugerem que esse indicador nem sempre condiz com a forma como os indivíduos percebem seu corpo. Assim, há a possibilidade de um sujeito apresentar o IMC adequado e desejar reduzir ou aumentar o tamanho da silhueta, melhorando a sua satisfação com a imagem corporal.

    Supõe-se, portanto, que a insatisfação com a imagem corporal dependeria mais da quantidade de tecido adiposo subcutâneo do que da quantidade de massa corporal total.

Referências

  • AMUDE, A.M.; MARCOMINI, T.M.; NARDO, C.C.S.; SOUZA, E.W.F.; NARDO Jr. N. Imagem corporal em indivíduos que foram submetidos à cirurgia bariátrica. Arquivos da Associação Paranaense para o desenvolvimento do ensino da ciência, Maringá, Supl. 8, mai., 2004.

  • BARBOSA, K.B.F.; FRANCESCHINI, S.C.C.; PRIORE, S.E. Influência dos estágios de maturação sexual no estado nutricional, antropometria e composição corporal de adolescentes. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v.6, n.4, p.375-382, out./dez., 2006.

  • BEAGLEHOLE, R.; BONITA, R.; KJELLSTROM, T. Epidemiologia básica. 2º ed. São Paulo: Editora Santos, 2003.

  • BOSI, M.L.M.; ANDRADE, A. Transtornos do comportamento alimentar : um problema de saúde coletiva . Caderno de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.2, p.197-202, 2004.

  • BRANCO, L.M.; HILARIO, M.O.E.; CINTRA, I.P. Percepção e satisfação corporal em adolescentes e a relação com seu estado nutricional. Revista Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 33, n.6, p. 292-296, 2006.

  • CONDE, W. L. MONTEIRO, C. A. Valores críticos do índice de massa corporal para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 82, n. 4, 2006.

  • CONTI, M.A. Imagem corporal e estado nutricional de estudantes de uma escola particular. São Paulo, 2002. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

  • CONTI, M.A.; FRUTUOSO, M.F.P; GAMBARDELLA, A.M.D. Excesso de peso e insatisfação corporal em adolescentes. Revista Nutrição, Campinas, v.18, n. 4, p.491-497, 2005.

  • CORSEUIL, M.W.; PELEGRINI, A; BECK, C; PETROSKI, E.L. Prevalência de insatisfação com a imagem corporal e sua associação com a inadequação nutricional em adolescentes. Revista da Educação Física / Universidade Estadual de Maringá, v.20, n.1, p.25-31, 1. trim. 2009.

  • COSTA, S.P.V.; CAMARGO, T.P.P.; GUIDOTO, E.C.; UZUNIAN, L.G.; VIEBIG, R.F. Distúrbios da imagem corporal e transtornos alimentares em atletas e praticantes de atividade física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 12, n. 114, nov. 2007. http://www.efdeportes.com/efd114/transtornos-alimentares-em-atletas.htm

  • EISENSTEIN, E.; COELHO, K.S.C.; COELHO, S.C.; COELHO, M.A.S.C. Nutrição na adolescência. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v.76, Supl. 3, nov./dez., 2000.

  • FARIAS, E.S.; SALVADOR, M.R.D. Antropometria, composição corporal e atividade física de escolares. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Santa Catarina, v.7, n. 1, p. 21-29, 2005.

  • FERNANDES, E.R.A. Avaliação da imagem corporal, hábitos de vida e alimentares em crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 2007. Dissertação de Pós Graduação – Faculdade de Medicina de Minas Gerais.

  • FERNANDES FILHO, J. A Prática da Avaliação Física. 2º Ed. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2003.

  • FERRIANI, M.G.C.; DIAS, T.S.; SILVA, K.Z.; MARTINS, C.S. Auto imagem corporal de adolescentes atendidos em um programa multidisciplinar de assistência ao adolescente obeso. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v.5, n.1, p.27-33, jan./mar., 2005.

  • GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C. Compreendendo o desenvolvimento motor. Bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Editara Phorte, 2005.

  • GRAUP, S.; PEREIRA, E.F.; LOPES, A.S.; ARAÚJO, V.C.; LEGNANI, R.F.S.; BORGATTO, A.F. Associação entre a percepção da imagem corporal e indicadores antropométricos de escolares. Revista Brasileira Educação Física Esporte, São Paulo, v. 22, n.2, p.129-138, abr./jun., 2008.

  • GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Crescimento composição corporal e desempenho motor de Crianças e Adolescentes. São Paulo: Editora Balieiro, 2002.

  • HEYWARD, V.H; STOLARCZYK, L.M. Avaliação da composição corporal aplicada. São Paulo:Editora Manole, 2000.

  • LOHMAN, T. G. Applicability of body composition techniques and constants for children and youth. Journal of Physical Education, Recreation and Dance, v.58, n.9, p.98-102, 1986.

  • MALINA, R.M; BOUCHARD, C. Atividade física do atleta jovem: do crescimento à maturação. São Paulo: Editora Roca, 2002.

  • MANNING, A.S. O desenvolvimento da criança e do adolescente. 5ª Ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2000.

  • MARINS, J.C.B; GIANNICHI, R.S. Avaliação e prescrição de atividade física: guia prático. São Paulo: Editora Shape, 2003.

  • MATARUNA, L. Imagem Corporal: noções e definições. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 10, n. 71, abr. 2004. http://www.efdeportes.com/efd71/imagem.htm

  • MELLO, E.D. O que significa a avaliação do estado nutricional. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v.78, n. 5, set./out., 2002.

  • PETROSKI, E.L. Antropometria: técnicas e padronizações. 2ª Ed. Porto Alegre: Editora Pallotti, 2003.

  • SIGULEM, D.M; DEVICENZI, M.U; LESSA, A.C. Diagnóstico do estado nutricional da criança e do adolescente. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v.76, Supl. 3, nov./dez., 2000.

  • TAVARES, M.C.G.C.F. Imagem Corporal. Conceito e desenvolvimento. São Paulo: Editora Manole, 2003.

  • TIGGEMANN, M; WILSON – BARRET, E. Childrens’s figure ratings: relationship to self-esteem and negative stereotyping. Internacional Journal of Eating Disorders. 1998; 23 (3): 83-8.

  • TOSSATI, A.M; PERES, L; PREISSLER, H. Imagem Corporal e as influências para os transtornos alimentares nas adolescentes jovens. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v.1, n.4, p 34-47, julho/agosto 2007.

  • TRICHES, R.M; GIUGLIANI, E.R.J. Insatisfação corporal em escolares de dois municípios da região Sul do Brasil. Revista Nutrição, Campinas, v. 20, n.2, p.119-128, mar./abr. 2007.

  • VIDOTTI, A.M.B. Fatores associados ao sobrepeso e obesidade em adolescentes do município de Fernandópolis – São Paulo. Franca, 2008. Dissertação de Mestrado – Universidade de Franca.

  • VIEIRA, R.C.M; TEIXEIRA, M.T.B; LEITE, I.C.G; CHAGAS, D.F. Padrão antropométrico e consumo alimentar em uma amostra de adolescentes de 15 a 19 anos. HU Revista, Juiz de Fora, v.34, n. 4, p. 249-255, out./dez. 2008.

  • VILELA, J.E.M; LAMOUNIER, M.A; DELLARETTI FILHO, M.A; BARROS NETO, J.R; HORTA, M.G. Transtornos alimentares em escolares. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v. 80, n.1, p. 49-54, 2004.

  • WORD HEALTH ORGANIZATION - WHO, 1995. Physical Status: use and interpretation of anthropometry. Technical Report series 854. Geneva: WHO.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, N° 146, Julio de 2010
© 1997-2010 Derechos reservados