1 / 1

Introdução

    Fornecer a base teórica e conceitual do problema estudado, fornecendo subsídios para o questionamento proposto. É comum pensar que as crianças são sempre ativas e fazem muitos exercícios físicos dentro de suas rotinas diárias, porém, viver na cidade e desfrutar dos avanços tecnológicos são fatores que têm criado estilos de vida sedentários contribuindo para o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade desde a infância. Isso pode ser observado, de maneira especial, na infância. As brincadeiras de rua não desapareceram, porém, cederam grande parte do seu espaço para as inúmeras horas em frente a um aparelho de TV, de videogames ou de computador, em que o esforço físico é mínimo. Além disso, a televisão tende a fascinar as crianças espectadoras com anúncios fortes sugerindo a preferência por alimentos ricos em energia e gordura como, por exemplo, de produtos alimentares de restaurantes fast-food que oferecem um valor nutricional altamente calórico (DIETZ, 1993).

    Esses dois elementos apresentados - o sedentarismo e a alimentação desequilibrada - são alguns dos fatores que contribuem para aumentar a percentagem de gordura no corpo, tornando assim o cenário caótico. A inatividade tem sido, sem dúvida, uma das grandes causas do aumento do peso corporal devido ao desequilíbrio no balanço energético, sendo a ingestão maior do que o gasto calórico, levando consequentemente, ao estado de obesidade (Roberts et al.,1988 apud Cyrino & Nardo Jr., 1996).

    Na infância, a obesidade se relaciona com várias complicações, como também a uma maior taxa de mortalidade. E, quanto mais tempo o indivíduo se mantém obeso, maior é a chance das complicações ocorrerem, assim como mais precocemente (SERDULA et al., 1993).

    Segundo Gallahue (2001), a faixa etária entre 7 e 10 anos constitui a fase dos movimentos combinados, na qual existirá uma mudança muito grande com relação às características motoras que mostrarão um amadurecimento das coordenações motoras grossas e finas, grande massa muscular sem precisão e pequena massa muscular com precisão, respectivamente.

    A finalidade e importância da Educação Física Escolar como colaboradora na prevenção da obesidade infantil é um aspecto abordado hoje pelas ciências e é importante que se perceba a relevância das interferências positivas que o profissional de Educação Física pode exercer sobre a formação de hábitos saudáveis na infância (Maestri et al.,2006). Sendo assim, segundo Malina & Bouchard (1991), os jogos, os exercícios físicos, o esporte e a educação física escolar, são formas de atividades físicas que podem ter influência benéfica no estilo de vida das crianças e refletir positivamente na idade adulta, principalmente no que atinge o crescimento e o desenvolvimento da criança, como por exemplo, dificuldades de socialização e de desenvolvimento motor fundamental para o acompanhamento do desenvolvimento físico da criança e é de especial interesse para o profissional de Educação Física, pois é através da Educação Física Escolar que, desde as primeiras séries de ensino, tomamos contato com o mundo dos jogos, dos esportes e da recreação.

Objetivo

    Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças com idade de 6 a 10 anos, matriculados no ensino fundamental da rede municipal de ensino da cidade de Ribeirão Preto e também de conhecer o nível de atividade física destes escolares.

Justificativa

    Atualmente, a obesidade já é considerada um dos principais problemas de saúde pública da atualidade. A obesidade infantil é a doença crônica mais comum entre crianças e adolescentes nos países industrializados (BAR-OR, 2000). O aumento de gordura corporal leva a conseqüências sérias, ou seja, a várias complicações. A criança obesa corre maior risco de se tornar um adolescente obeso, o que pode resultar em riscos cardiovasculares, alterações metabólicas, dermatites e problemas posturais (COATES & THORESEN, 1978).

    Em decorrência disso, homens e mulheres adultos que foram adolescentes obesos possuem maiores riscos de morbidade por doenças coronarianas e ateroscleróticas (MUST, JACQUES, DALLAL, BAJEMA & DIETZ, 1992).

    Vale lembrar que, hoje, a educação física escolar é a principal promotora de atividade física devido à falta de espaço e a falta de segurança a que nossas crianças estão submetidas, e ainda que o processo final da aprendizagem da educação física deve ser a adoção de hábitos de vida fisicamente ativos e que o indivíduo passa a fazer de forma consciente e voluntária.

Materiais e métodos

    Ribeirão Preto é um município situado na região nordeste do Estado de São Paulo, com área de 650 Km², uma população estimada de 547.417 habitantes, na qual estão matriculados 20.040 alunos no ensino fundamental da rede municipal de ensino, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2006.

    A amostra deste trabalho foi constituída por 206 escolares, com idade entre 6 a 10 anos, devidamente matriculados no ensino fundamental em uma escola da rede de municipal de ensino da cidade de Ribeirão Preto.

    Foi estabelecido, antes da coleta de dados, um contato com a direção e com o setor pedagógico da escola, visando a apresentação dos objetivos, metodologia da pesquisa e autorização para o levantamento de dados entre os alunos no estabelecimento de ensino. Após este contato, foi entregue a cada aluno o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para ser devidamente assinado pelos pais e/ou responsável, autorizando a participação e avaliação antropométrica a ser realizada nos alunos, assim como o questionário de avaliação da atividade física.

    Para a coleta de dados o questionário entregue continha itens e variáveis como: identificação da criança (nome da criança, nome da mãe/responsável, sexo, data de nascimento); atividade física (tempo destinado à prática de atividade física, durante e fora o período escolar); esse questionário foi levado para casa e os alunos responderam juntamente com seus pais. Para as variáveis antropométricas foram coletados os seguintes dados: peso corporal e a estatura. Para as aferições das variáveis antropométricas, foi utilizado o altímetro que faz parte da balança Filizola®, com precisão de 0,1cm, para a altura e a balança com precisão de 50 gramas, para verificação do peso corporal total.

    As medidas antropométricas foram coletadas no primeiro semestre de 2008, pelo autor do estudo (único avaliador). A ida a cada escola foi previamente agendada com a direção, determinando-se, dessa maneira, a data e os horários para a coleta de dados. Através dos resultados antropométricos foi determinado o IMC através da razão da massa corporal pelo quadrado da estatura. O ponto de corte adotado para a determinação do sobrepeso e obesidade foi de acordo com o IMC igual a 25 e 30 kg/m², respectivamente, para gênero e idade (Cole et al., 2000).

    Após a organização dos dados foram excluídos os que apresentaram ausência de informações importantes para efetivação do estudo.

    Para análise dos resultados, foi utilizado apenas o tratamento estatístico dos dados coletados por meio de procedimentos descritivos.

    Deve-se ressaltar que os dados estatísticos coletados por meio de procedimentos descritivos juntamente com valores de média e desvio padrão do IMC serão a correlação entre sobrepeso e obesidade e o tempo destinado às atividades físicas.

Resultados

    Descrever os resultados obtidos durante o desenvolvimento do projeto. Sugere-se o uso de tabelas, gráficos e figuras para ilustrar os resultados descritos. Das 206 crianças, 87 (42,23%) eram do sexo masculino e 119 (57,77%) eram do sexo feminino. Na Tabela 1, observa-se a distribuição dos escolares avaliados, segundo a classificação por gênero e idade, ressaltando o maior número com oito anos de idade, tanto do gênero masculino (31,03%) quanto feminino (33,62%).

Tabela 1. Distribuição dos escolares, matriculados em uma rede de ensino municipal, segundo a idade e o gênero. Ribeirão Preto, SP. 2008

Idade (anos)	Gênero				Total
	Masculino		Feminino
	n	%	n	%	n	%
06	11	12,64	12	10,08	23	11,17
07	15	17,24	21	17,65	36	17,47
08	27	31,03	40	33,62	67	32,52
09	20	22,99	33	27,73	53	25,73
10	14	16,10	13	10,92	27	13,11
Total	87	100	119	100	206	100

    Quanto à distribuição por gênero (Tabela 2), observou-se a prevalência de escolares eutróficos, com sobrepeso e com obesidade. Nota-se, dentre os meninos avaliados, que 25% apresentaram sobrepeso e 7,95%, obesidade. Entre as meninas, 23,73% apresentavam sobrepeso e 13,56%, obesidade; isto representa que maior prevalência de sobrepeso foi encontrada no sexo masculino e a maior prevalência de obesidade encontra-se no entre o sexo feminino. Estes dados revelam também que os escolares do gênero feminino, apresentaram maior prevalência de excesso de peso que a dos meninos, evidenciando que 37,29% estão acima do peso.

Tabela 2. Distribuição dos escolares do gênero masculino e feminino, segundo a prevalência de obesidade e sobrepeso. Ribeirão Preto, SP. 2008

IMC	Masculino		Feminino		Total
	n	%	n	%	n	%
Eutrofia	59	67,4	74	62,71	133	64,56
Sobrepeso	22	25	28	23,73	50	24,27
Obesidade	7	7,95	16	13,56	23	11,17

 

Tabela 3. Avaliação dos níveis de atividades físicas dos escolares quanto à prática de esportes e seu local. Ribeirão Preto, SP. 2008

Local da prática de esportes	Gênero				Total
	Masculino		Feminino
	n	%	n	%	n	%
Na escola	40	45,98	78	65,55	118	57,28
Na escola e em casa	45	51,72	38	31,93	83	40,29
Escola de iniciação	2	3,45	2	1,68	4	1,94
Não prática esportes	0	0	1	0,84	1	0,49

    A análise dos resultados encontrados na Tabela 3, tanto no grupo masculino como no feminino, nos permite observar que as crianças do sexo masculino apresentaram uma porcentagem maior de prática de esportes na escola e em casa (51,72%); no grupo feminino prevaleceu a prática de esportes somente na escola (65,55%). Em relação à prática de esporte nota-se que somente 0,84% não pratica esportes e este dado é encontrado para o gênero feminino.

    Na Tabela 4, está representada a porcentagem da freqüência semanal de exercícios físicos dos escolares. Em relação ao gênero masculino, observa-se que 44,83% possui uma freqüência semanal de até 2 vezes, enquanto que 50,42% do gênero feminino apresenta a mesma freqüência. A freqüência de 3 vezes semanais prevaleceu no gênero feminino (39,5%), porém, ressalta-se que a maior freqüência semanal de atividades esportivas (mais de 5 vezes por semana) foi demonstrada pelos meninos (10,34%), comparando-se às meninas (5,04%).

    Sugere-se que a freqüência semanal de atividades físicas seja resultado da participação dos escolares nas aulas de Educação Física que ocorrem duas ou três vezes por semana durante o período escolar.

Tabela 4. Avaliação dos níveis de atividades físicas dos escolares quanto à freqüência semanal de exercícios físicos. Ribeirão Preto, SP. 2008

Freqüência semanal de exercícios físicos	Gênero				Total
	Masculino		Feminino
	n	%	n	%	n	%
Até 2 vezes	39	44,83	60	50,42	99	48,06
De 3 vezes	32	36,78	47	39,5	79	38,35
De 4-5 vezes	7	8,05	6	5,04	13	6,31
Mais de 5 vezes	9	10,34	6	5,04	15	7,28

    Na Tabela 5 é possível verificar que o tempo diário destinado à atividade física para 59,66% dos escolares do gênero feminino é inferior a 45 minutos e que 48,28% dos escolares do gênero masculino possuem um maior tempo diário, entre 46 e 60 minutos. Somente 9,20% dos meninos e 5,04% das meninas possuem um tempo superior a 90 minutos destinado à prática de atividade física.

Tabela 5. Avaliação dos níveis de atividades físicas dos escolares quanto ao tempo diário destinado para a prática de atividades físicas. Ribeirão Preto, SP. 2008

Tempo destinado para prática de atividades físicas	Gênero				Total
	Masculino		Feminino
	n	%	n	%	n	%
0-45 min	29	33,33	71	59,66	100	48,54
46-60 min.	42	48,28	35	29,42	77	37,38
61-90 min	8	9,20	7	5,88	15	7,28
Mais 90 min.	8	9,20	6	5,04	14	6,80

    Ao observar os dados da Tabela 6, percebe-se que não houve diferenças significativas entre os gêneros masculinos e femininos em relação às horas diárias destinadas aos aparelhos de televisão e eletrônicos, porém apresenta-se uma maior porcentagem de meninas (30,25%) que destinam mais de 3 horas diárias aos aparelhos eletrônicos.

Tabela 6. Avaliação dos níveis de atividades físicas dos escolares quanto às horas diárias destinadas a aparelhos eletrônicos. Ribeirão Preto, SP. 2008

Horas diárias destinadas a aparelhos eletrônicos	Gênero				Total
	Masculino		Feminino
	n	%	n	%	n	%
De 0-1 hora	14	16,09	22	18,49	36	17,48
Entre 1 e 2 horas	33	37,93	36	30,25	69	33,50
Entre 2 e 3 horas	22	25,29	25	21,01	47	22,81
Mais de 3 horas	18	20,69	36	30,25	54	26,21

 

Tabela 7. Avaliação dos níveis de atividades físicas dos escolares quanto à brincadeira que mais gosta. Ribeirão Preto, SP. 2008

Qual brincadeira mais gosta	Gênero				Total
	Masculino		Feminino
	n	%	n	%	n	%
Vídeo Games	47	54,02	19	15,97	66	32,04
Jogos com bola	59	67,82	31	26,05	90	43,69
PC e eletrônicos	20	22,99	32	26,89	52	25,24
Piques/Elástico/Mãe da rua	7	8,05	62	52,10	69	33,50
Carrinhos,bonecas,tabuleiros	9	10,34	43	36,13	52	25,24
Bicicleta, Patinete, Skates	32	36,78	51	42,86	83	40,29

* Os avaliados tiveram opção de responder mais de uma variável nesta questão.

    No que se refere à análise das atividades de maior interesse tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino (Tabela 7), há diferenças significantes entre os gêneros. Do total de amostras do gênero masculino 67,82% e 54,02% preferem jogos com bolas e jogos eletrônicos (vídeo games), respectivamente. Já as amostras do gênero feminino, 52,10% preferem atividades de interesse do sexo feminino como, por exemplo, brincadeiras de piques. Também um grande número (42,86%) de meninas preferem atividades com bicicletas e patinetes.

Discussão

    A prevalência de sobrepeso e obesidade e a avaliação dos níveis de atividades físicas de escolares demonstrados neste estudo, vêm de encontro e confirmam outros estudos realizados em várias regiões brasileiras como o de Giugliano e Carneiro, 2004; Balaban et al., 2001; Oliveira & Fisberg, 2003; Leão et al., 2003; Silva, 2002.

    Portanto, no presente estudo, as amostras demonstraram um quadro de prevalência onde 24,27% dos escolares encontravam-se com sobrepeso e 11,17% das amostras tiveram o problema da obesidade já estabelecido.

    Em pesquisas desenvolvidas em algumas cidades brasileiras, índices considerados preocupantes, como no estudo realizado por Giugliano e Carneiro, 2004, em crianças de 6 a 10 anos na cidade de Brasília, obteve-se o índice geral de 16,8% de crianças classificadas com sobrepeso e de 5,3% de crianças com obesidade. Em Recife, o estudo realizado com crianças e adolescentes da rede privada de ensino, observou-se a prevalência tanto de sobrepeso (34,3%) quanto de obesidade (14,2%) nas crianças, uma porcentagem consideravelmente maior em relação a porcentagem dos adolescentes (Balaban et al., 2001).

    Em pesquisa realizada por Schimidt, 2003, embora a comparação seja semelhante à este trabalho, pois foram utilizadas as amostras também entre escolares da rede municipal de ensino com idade entre 7 a 10 anos da cidade de Araraquara, houve uma prevalência, tanto de sobrepeso quanto de obesidade menor, pois foi encontrada uma prevalência de crianças, acima do peso (considerando sobrepeso e obesidade, simultaneamente) de 13,6% para meninas e 16,6% entre os meninos.

    Segundo estudo realizado em escolas públicas da cidade de Florianópolis, SC, 17,9% dos escolares, na faixa etária de 7 a 9 anos de idade, tinha sobrepeso e 6,7%, apresentavam obesidade (Soar et al., 2004). Outro estudo, (Leão et al., 2003), na cidade de Salvador, demonstrou a prevalência de obesidade em 8,2% (escolas públicas) e 15,8% (escolas públicas e particulares) em escolares da faixa etária de 5 a 10 anos.

    Em relação à prática de atividade física, Oliveira et al., 2003, verificaram que a presença de aparelhos eletrônicos, como televisão, computadores e vídeo games nas residências está relacionada com o sedentarismo das crianças, confirmando a prevalência cada vez maior da obesidade infantil. Assim, confirmando a amostragem deste trabalho em que 26,21% dos escolares destinam mais de 3 horas por dia aos aparelhos eletrônicos.

    Quanto à maior freqüência e do maior tempo destinado para a prática de atividades físicas, em ambos os casos, prevaleceu os escolares do sexo masculino, onde 10,34% dos meninos e 5,04% das meninas possuem uma freqüência semanal superior a 5 vezes e que 48,28% dos meninos e 29,42% das meninas destinam até 60 minutos diários para a prática das atividades físicas. Assim como no estudo de Giugliano e Carneiro, 2004, onde de maneira geral a prática de esportes foi mais freqüente nos meninos (63,8%) em relação as meninas (43,5%).

    Sendo assim, neste estudo, ao analisar que 57,28% dos escolares praticam atividade física somente na escola, sugere-se que este seja um importante local para a prevenção do excesso de peso com a prática de exercícios físicos. Deve-se ressaltar que o ambiente escolar é um espaço estratégico para acesso e o incentivo à prática de atividades físicas regulares o que corrobora com os dados demonstrados no presente estudo.

Conclusão

    Diante dos resultados obtidos no presente estudo, ficou evidente a existência de escolares com elevado percentual de excesso de peso. Este estudo diagnostica uma situação, a qual necessita de intervenção, a fim de evitar as conseqüências danosas da obesidade à saúde desde a infância até a vida adulta. Para essa intervenção, acredita-se que o profissional de educação física, através da Educação Física Escolar, é de fundamental importância.

    Vários estudos alertam a importância da prática de atividade física nas populações de todas as idades, principalmente em populações mais jovens, que podem adotar estilos de vida mais ativos precocemente e manterem na vida adulta.

    Sendo assim, a Educação Física Escolar, na maioria dos casos, como foi apresentado neste estudo, é o principal elemento para prática de exercícios físicos, onde se propõe que esta disciplina curricular proporcione aos escolares atividades que despertam cada vez mais cedo o interesse pela prática de exercícios físicos, conseqüentemente levando ao aumento do gasto calórico diário, podendo assim contribuir no combate, controle e prevenção de uma série patologias, inclusive o sobrepeso e a obesidade.

    De acordo com os dados apresentados, a maior parte da população pesquisada possui o ambiente escolar como o único local de prática de exercícios físicos, portanto, mostra-se necessário uma interação entre os profissionais da educação física escolar, os profissionais das diversas áreas do estabelecimento de ensino e da sociedade em geral para a intervenção no estilo de vida mais saudável das crianças e jovens durante todo o período escolar.

    A busca de novos conhecimentos e investigações mais abrangentes de populações diversificadas se faz necessário, pois contribui com novos resultados como forma de combater a obesidade infantil e o sedentarismo, assim como a elaboração de programas educacionais para prevenir o excesso de peso e incentivar a prática de atividades físicas.

Referências bibliográficas

• Balaban, Geni; Silva, Gisélia A. P. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes de uma escola da rede privada de Recife. Jornal de Pediatria (Rio J) 2001; 77:96-100.

• BAR-OR, O. Juvenile obesity, physical activity and lifestyle changes. The physician and sports medicine. v.28, n. 11, Nov. 2000

• CYRINO, Edilson Serpeloni; JÚNIOR, Nélson Nardo. Subsídios para a prevenção e controle da obesidade. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Instituto de Biociências- UNESP, Rio Claro, v.1, n. 3, p. 15-25, 1996.

• Coates, T.S. & THORESEN, C.E. (1978). Treating obesity in children and adolescents: a review. American Journal of Public Health. (68), 143-151.

• COLE, TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. Br Med J 2000; 320:1-6.

• DIETZ, W.H. Therapeutic strategies in childhood obesity. Hormonal Research. V.22, n.4, p.589-94, 1993.

• GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora, 2001.

• Giugliano, R; Carneiro, E. C. Factors associated with obesity in children school. Jornal de Pediatria, 2004; 80(1):17-22.

• Leão, L. S. C. S.; Araújo, L.M.B.; Moraes, L.T.L.P.; Assis, A.M. Obesidade em escolares de Salvador. Arq Bras Endoc e Met., 2003; 47 (2):151-157.

• MALINA, R. M. e BOUCHARD, C. Growth, Maturation and Physical Activity. Human Rinetics Books, Champaign, Illinois, 1991.

• MAESTRI, Mário; FIAMONCINI, Rafaela Liberali. Perfil antropométrico de crianças na idade de 8 a 10 anos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 11, Nº 97, Junio de 2006. http://www.efdeportes.com/efd97/antrop.htm

• MUST, A.; JACQUES, F.; DALLAL, G.E.; BAJEMA, C.J.; DIETZ W.H. Long-term morbidity and mortality of overweight adolescents: a follow-up of the Harvard Growth Study 1922 to 1935. New Engl J Med 1992; 327:1350-5.

• OLIVEIRA, A.M.A.; CERQUEIRA, E.M.M.; SOUZA, J.S.; OLIVEIRA, A.C. Sobrepeso e obesidade infantil: Influência dos fatores biológicos e ambientais em Feira de Santana, BA. Arq Bras Endocrinol Metab 2003; 47/2: 144-50.

• Oliveira, C. L.; Fisberg M. Obesidade na infância e adolescência uma verdadeira epidemia. Arq Bras Endocrinol Metab 2003; 47(2): 107-108.

• Serdula, M.K.; Ivery D, Coates RJ, Freedman DS, Williamson DF, Byers T. Do obese children become obese adults? A review of the literature. Prev Med. 1993;22(2):167-77.

• SILVA, R. J. S. S. Características de crescimento, composição corporal e desempenho físico relacionado à saúde em crianças e adolescentes de 07 a 14 anos da região do Cotinguiba (SE). Dissertação (Mestrado-Programa de Pós Graduação em Educação Física). Florianópolis - SC: Universidade Federal de Santa Catarina; 2002.

• SOAR, Claudia; VASCONCELOS, Francisco A. G.; ASSIS, Maria A. A.; GROSSEMAN, Suely; LUNA, Maria E. P. Prevalence of overweight and obesity in school children in public school of Florianópolis, Santa Catarina. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2004, vol.4, n. 4, ISSN 1519-3829.

Outros artigos em Portugués

	Búsqueda personalizada
revista digital · Año 15 · N° 145 | Buenos Aires, Junio de 2010   © 1997-2010 Derechos reservados