Qual o percentual da Vvo2 máxima do T5 utilizada emuma prova de 5000 metros em corredores de elite amador? ¿Cuál es el porcentaje de Vvo2 máxima de T5 utilizada en una prueba de 5000 metros en corredores de elite aficionados? |
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*FISIO2EX – Centro de Pesquisa e avaliação Física em Performance Humana da Universidade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC, Uberlândia, MG **CENESP – NIAFIS - FAEFI – UFU - Universidade Federal de Uberlândia ***Centro Universitário do Planalto de Araxá, UNIARAXÁ ****Centro Universitário do Triângulo – UNITRI (Brasil) |
Robson da Silva Medeiros* Fernando Nazário-de-Rezende* ** Vanessa Silva de Oliveira*** Bruno Brito do Nascimento**** Jose Erinaldo Dutra**** |
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Resumo O objetivo do nosso trabalho foi verificar o percentual da Vvo2 Máximo no T5 utilizado em uma prova de corrida de 5000 metros em 9 atletas corredores do gênero masculino, com media de idades entre 31,22 ± 6,2 anos, massa corporal 67,02 ± 6,8 kg e estatura 174 ± 6,3 cm. Para obtenção dos resultados foi utilizado uma pista de atletismo, cronometro digital marca Technos, modelo yp 2151, trena Starrett® de 100 metros, modelo 537B, estadiômetro profissional da marca Sanny® e uma balança digital Filizola Personal. Os avaliados realizaram dois testes em dias distintos. O teste T5 consistiu em o avaliado correr a maior distância possível no tempo de 5 minutos. A prova de 5000 metros consistiu em correr doze voltas e meia em uma pista de atletismo no menor tempo possível. De acordo com testes estatísticos, teste T pareado, com o nível de significância estabelecido em 0,05, chegou-se aos seguintes resultados: Foi encontrado diferença significativa (p=0,0001) para o Vo2 máximo e (p=0,0001) para a Vvo2 máxima, quando comparado o teste t5 com a prova de 5000 metros. Concluímos que na prova de 5000 metros os 9 atletas avaliados usaram em média 88.4% da Vvo2 máxima do T5. Unitermos: T5. VVO2 máx. Corrida de 5000 metros
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 145 - Junio de 2010 |
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Introdução
O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) é o índice que melhor representa, quantitativa e qualitativamente, a capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório durante a atividade física, sendo considerado o método padrão-ouro entre todos os índices, (ASTRAND E RODHAL K.1987,SHEPHARD et.al.1968). É definido como a mais alta captação de oxigênio alcançada por um indivíduo, respirando ar atmosférico ao nível do mar (ASTRAND, 1956). Caracteriza-se pela perfeita integração do organismo em captar, transportar e utilizar oxigênio para os processos aeróbios de produção de energia durante esforço físico (DENADAI, 1999).
Uma das importantes variáveis associadas ao VO2máx, que controla a intensidade do exercício é a velocidade que se consegue correr na intensidade do VO2máximo chamada de Vvo2máxima (Vvo2max), sendo importante no desempenho aeróbio de corredores (DIPRAMPERO, 1996; HILL; ROWEL, 1997). A Vvo2max pode ser avaliada em testes comprovados para avaliar Vvo2max como o T5 validado por Dabonneville et. al. (2002). Este teste (T5) consiste em o avaliado correr a maior distância possível no tempo de 5 minutos. Assim, sua correlação com provas de corrida de campo é de suma importância para avaliação de desempenho e elaboração de programas de treinamento para corredores.
De acordo com BARBANTI (1997) a resistência aeróbica é a capacidade de resistir á fadiga nos esforços de longa duração e intensidade moderada onde há aproveitamento suficiente de oxigênio para a mobilização energética muscular, sendo o seu treinamento um fator importante para o desempenho em corridas de 5000 metros, ou mais. Embora existam críticas sobre a validade dos métodos que estimam a contribuição dos diferentes sistemas energéticos durante o exercício máximo e supra máximo estudos têm verificado que a contribuição aeróbia nos 1.500m é superior a 84% (LINDSAY et al.1996), ultrapassando 95% na distância de 5.000m (HECK et al.1985).
Com base no modelo de classificação proposto por GOMES (2002) a corrida 5000 metros pode ser classificada como modalidade cíclica, isto é, modalidade onde há repetição constante da estrutura biomecânica do movimento. Seu sistema de competição é individual, onde os resultados dos competidores são determinados através da medição do tempo necessário para completar o percurso (PLATONOV, 2004).
No entanto após a identificação das características do esporte é necessário que, na avaliação física, sejam utilizados protocolos específicos para o desporto em questão. Segundo FERNANDES FILHO (1999), no processo da avaliação física, os resultados obtidos, através das baterias de testes são importantes para que se possa desenvolver um bom programa de trabalho físico quanto mais houver informações iniciais, melhor será a prescrição do treinamento.
POMPEU et. al (1997) em seus estudos com 28 corredores de média e longa distância,analisaram a predição do desempenho na corrida de 5.000 m por meio de testes no laboratório e no campo, concluindo que os protocolos de campo são mais relacionadas ao desempenho na corrida de 5.000 m, do que os originados em laboratório.
Neste sentido o objetivo do nosso trabalho foi verificar através de teste de campo qual o percentual da Vvo2 Máxima do T5 utilizado em uma prova de corrida de 5000 metros em corredores de elite amador.
Metodologia
Amostra
A amostra foi composta por 9 atletas corredores do gênero masculino, com media de idades entre 31,22 ± 6,2 anos, massa corporal 67,02 ± 6,8 kg e estatura 174 ± 6,3 cm; Todos os atletas fazem parte da elite amadora da cidade de Uberlândia-MG, ambos têm cerca de 5 anos ou mais de pratica e participam freqüentemente de competições, alguns são integrantes de equipes amadora da cidade,todos os voluntários da pesquisa recebem algum tipo de orientação de treinamento de profissionais da área da educação física e participam regularmente de cerca de seis a oito sessões semanais de atividades de treinamento , com duração media de uma hora e meia por sessão.
Procedimentos gerais
Antes da realização dos testes T5 e 5000m os voluntários receberam informações sobre os testes a serem submetidos. Em seguida assinaram um termo de consentimento de participação do estudo e publicação dos resultados de acordo com a resolução n.° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Foram realizados cinco minutos de exercícios preparatórios a critério do voluntário como forma de aquecimento antes do inicio dos testes. No teste T5 cada atleta correu a maior distância possível no tempo de 5 minutos, já na prova de 5000 metros os voluntários deveriam correr a distância no menor tempo possível.
Teste de 5 minutos de corrida (T5)
O teste T5 consiste em o avaliado correr a maior distância possivel no tempo de 5 minutos. Este teste foi validado por Dabonneville et. al. (2002) no artigo intitulado “The 5 min running field test: test and retest reliabilityon trained men and women”. Formula: VO2máx = m/min x 0,2 + 3,5. Onde distância(D) deve ser em metros por minutos.
Prova teste de 5000 metros
A prova de 5000 metros consistiu em os avaliados correr doze voltas e meia em uma pista de atletismo oficial de acordo com a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), no menor tempo possível em forma de competição, ou seja, todos os 9 voluntários realizaram o teste ao mesmo tempo. Formula: VO2máx = m/min x 0,2 + 3,5. Onde distância(D) deve ser em metros por minutos.
Equipamentos
Para obtenção dos resultados foi utilizado uma pista de atletismo (pista Adria dos Santos oficial, medindo 400m, cronometro digital marca Technos, modelo yp 2151, trena Starrett® de 100metros,modelo 537B. A estatura dos atletas foi aferida utilizando-se um estadiômetro profissional da marca Sanny® sendo a massa corporal medida utilizando-se de uma balança digital Filizola Personal.
Análise estatística
Com intuito de verificar a existência ou não de diferenças significativas entre Vo2máx e Vvo2máx do T5 comparados com a prova de 5000 metros, foi aplicado o teste T pareado de Student (GRANER, 1966), aos resultados obtidos com os 9 voluntários. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05.
Resultados
As tabelas 1 e 2, fornecem as estatísticas descritivas da comparação dos resultados obtidos na análise do Vo2 máximo e do Vvo2 máximo do T5 e da prova de corrida de 5000 metros.
Segundo os resultados apresentados na figura 1 relacionados ao Vo2máx(ml/kg/min) do T5 e 5000 metros, figura 2 representando o Vvo2máx(km) do T5 e 5000 metros de atletas corredores, ambos quando comparados, foi encontrada diferenças significativas Vo2máx(ml/kg/min) (p=0,00) e Vvo2máx(km) (p=0,00).
Tabela 1. Comparação entre médias e desvio padrão (DP) do Vvo2máx(km) e do vo2máx(ml/kg/min) do teste T5 em atletas corredores
Voluntário |
Idade |
Peso |
Altura |
T5 (metros) |
metros/min |
Vo2max |
Vvo2máx(km) |
1 |
37 |
62,6 |
169 |
1568 |
313,6 |
66,22 |
18,82 |
2 |
30 |
66,6 |
175 |
1541 |
309,2 |
65,34 |
18,6 |
3 |
17 |
60 |
170 |
1670 |
334 |
70,3 |
20,04 |
4 |
34 |
74 |
186 |
1651 |
330,4 |
69,54 |
19,81 |
5 |
30 |
63,1 |
170 |
1454 |
290,8 |
61,66 |
17,45 |
6 |
33 |
61,1 |
165 |
1450 |
290 |
61,5 |
17,4 |
7 |
28 |
78 |
177 |
1436 |
287,2 |
60,94 |
17,23 |
8 |
36 |
75 |
179 |
1541 |
308,2 |
65,14 |
18,49 |
9 |
36 |
62,8 |
175 |
1624 |
324,8 |
68,46 |
19,49 |
Médias/Desvpad |
31,22±6,2 |
67,02±6,8 |
174±6,3 |
1548,33±88,6 |
309,8±16,72 |
65±3,54 |
18,6±1,06 |
Tabela 2. Comparação entre médias e desvio padrão (DP) do Vvo2máx(km) e do vo2máx(ml/kg/min) na prova de 5000 metros em atletas corredores
Voluntário |
Idade |
Peso |
Altura |
5000 m |
m/min |
Vo2 max |
Vvo2máx(km) |
1 |
37 |
62,6 |
169 |
17,42 |
287 |
61,91 |
16,94 |
2 |
30 |
66,6 |
175 |
18,11 |
276 |
59,72 |
16,5 |
3 |
17 |
60 |
170 |
17,09 |
293 |
62,01 |
17,49 |
4 |
34 |
74 |
186 |
16,57 |
302 |
64,85 |
17,69 |
5 |
30 |
63,1 |
170 |
19,15 |
261 |
56,72 |
15,58 |
6 |
33 |
61,1 |
165 |
19 |
263 |
56,13 |
15,78 |
7 |
28 |
78 |
177 |
20,18 |
248 |
53,05 |
14,77 |
8 |
36 |
75 |
179 |
18,28 |
274 |
58,20 |
16,25 |
9 |
36 |
62,8 |
175 |
17,36 |
288 |
61,10 |
17,04 |
Média/Desvpad |
31,22±6,2 |
67,02±6,8 |
174±6,3 |
18,13±1,15 |
277±17,34 |
59±3,5 |
16,45±0,95 |
Figura 1. Comparação entre médias e desvio padrão (DP) do Vo2máx (ml/kg/min) do T5 e 5000 metros de atletas corredores.
*significância de p<0,05
Figura 2. Comparação entre médias e desvio padrão (DP) do Vvo2máx (km) do T5 e 5000 metros de atletas corredores.
*significância de p<0,05
Discussão
É de extrema importância a avaliação das valências físicas dos atletas para adequar o treinamento o mais próximo da realidade da estrutura que a equipe possui e das competições que ira disputar, respeitando o princípio da individualidade, com base nos fatores físicos buscar o nível mais satisfatório de performance (SILVA; TUMELERO, 2OO7).
Mesmo em corridas que são realizadas predominantemente entre a velocidade de limiar de lactato e a Vvo
2max há variações de velocidade que excedem a Vvo2max. Isso indica a necessidade de treinos em velocidades superiores a ela. Para treinar essas variações de velocidade atletas de alto nível realizam treinos intervalados em velocidades iguais ou superiores á velocidade máxima das provas de 3000, 5000, e 10000 m, dependendo da distância da especialidade de cada atleta (BILLAT, 2001).CARDOSO (2009) em estudo com 17 atletas amadores, corredores de meio fundo e fundo, no teste de 5000 metros em pista encontrou media de velocidade de 16,19 km/h. Resultado semelhante foi encontrado em nosso estudo, com 9 corredores em uma prova de 5000 metros, onde a media de velocidade foram 16,45 km/h.
Alguns autores não enfatizam tanto o VO
2máx como o fator limitante para performances de média e longa duração, mas sim a fração do VO2máx utilizada durante a corrida (LARSEN, 2003). Em nosso estudo os atletas correram a prova de 5000 metros usando em media 90.4% do Vo2máx, encontrado no teste de Vo2màx (T5).No entanto a principal variável analisada em no nosso estudo é a Vvo2máx ,citada por (DIPRAMPERO, 1996; HILL; ROWEL, 1997) como, sendo uma das importantes variáveis relacionada o Vo2máx. Em nossa análise os 9 atletas correram a prova de 5000 metros, usando em média 88.4% da Vvo2máx do teste T5, podendo ser este um importante parâmetro para a prescrição de treinamento, principalmente no treinamento intervalado, onde os tempos de prescrição de estímulos variam em média 5 minutos. Cabe agora ao treinador correlacionar as porcentagens do teste de 5 minutos com as provas de pista ou de rua realizadas por diferentes atletas e adaptar os treinamento de uma forma mais correta e segura de desempenho.
Neste estudo ficou evidenciado que na prova de corrida de 5000 metros, o atleta usa um grande percentual da velocidade de corrida (Vvo2máx) do T5. A avaliação desta valência pode auxiliar na elaboração de treinos, podendo ser uma importante estratégia para a melhora do desempenho. No entanto, se faz necessário investigar se tal resultado é encontrado em outras provas do atletismo com distâncias diferente da estudadas.
Conclusão
De acordo com nossos estudos verificamos que na prova de 5000 metros os 9 atletas avaliados usaram em média 88.4% da vvo2 máxima do T5.
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PLATONOV, V. N. Teoria geral do treinamento desportivo olímpico. Porto
POMPEU FERNANDO AUGUSTO MONTEIRO SABOIA, ÁTILA JOSEF FLEGNER, MARCELO NEVES DOS SANTOS,PAULO SÉRGIO CHAGAS SHEPHARD RJ, ALLEN C, BENADE AJ, DAVIES CT, DI PRAMPERO PE, HEDMAN R. The maximum oxygen intake. An international reference standard of cardiorespiratory fitness. Bull World Health Organ 1968;38:757-64.
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