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O valor da formação continuada em informática

educacional para professores do ensino médio

El valor de la formación continua en informática educativa para profesores de escuela media

The value of in-service computer teacher education for professors in secondary schools

 

*Mestranda em Ciência da Motricidade Humana

Universidade Castelo Branco, RJ

**Mestre em Ciência da Motricidade Humana

Universidade Castelo Branco, RJ

Pesquisador do LABFILC

***Doutor em Filosofia – UGF

Prof. Titular do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em

Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco, UCB, RJ

Prof. Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ

Coordenador de Pesquisas no LABFILC,

Laboratório de Temas Filosóficos em Conhecimento Aplicado

Thaís Silvestre Rosa*

thaissrosa@yahoo.com.br

Fabrício Bruno Cardoso**

fbc@bmrio.com.br

Aline Silvestre Rosa*

aline.sr@uol.com.br

Heron Beresford***

heronberesford@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um programa de formação continuada em informática educacional para professores com dificuldade em utilizar, como recursos pedagógicos, os meios próprios da informatização. Para a consecução de tal objetivo, o presente estudo foi desenvolvido por meio de um formato ou desenho experimental, constituído por um universo de 20 professores com idade entre 40 e 60 anos, que foram submetidas a 3 instantes avaliativos (avaliação de contexto, avaliação de processo, avaliação de produto), que foram realizadas através de uma avaliação funcional de um software educacional. Após 16 sessões da intervenção desenvolvida neste estudo, foi possível identificar a existência de diferença estatisticamente significativa entre a primeira e terceira rodadas, através do teste de Wilcoxon (a = 0,05), confirmou-se o impacto positivo ou o valor de um programa de formação continuada para melhorar o domínio e a capacidade dos professores em usarem a informática educacional como um recurso pedagógico.

          Unitermos: Avaliação. Formação continuada. Informática educacional.

 

Abstract

          The aim of this study was to evaluate the effectiveness of a in-service computer teacher education program for teachers with difficulties in utilizing the computer. To achieve this goal, this study was developed with a group of 40-60-year-old teachers that were evaluated (evaluation of context, process and product) by means of education softwares. After sixteen sessions, it was possible to identify the existence of a significant statistical difference between the first and third rounds. By means of Wilcoxon (a = 0,5), the positive impact was confirmed or the value of the in-service teacher education program to improve the teachers’ skill in utilizing the computer as a pedagogical tool

          Keywords: Evaluation. In-service teacher program. Computer education program.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 145 - Junio de 2010

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Introdução

    De acordo com Neves (2002) a Lei de Diretrizes e Bases n.º 9.394/96 valoriza a qualificação dos profissionais da educação e, até mesmo, constitui um prazo — 2006 —: a partir de tal período só poderão ser aceitos professores formados em nível superior.

    Leal, Alves e Hetkowski (2006), citam que as Diretrizes para a Formação de Professores mais atuais, constituídas pela Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, e pelas resoluções CNE/CP 1 e 2, de fevereiro de 2002, enfatizam que os cursos de Licenciatura deverão compreender o fenômeno educativo e sua relação com a pluralidade cultural, com a realidade escolar e com os processos científicos e tecnológicos. De modo geral são atribuídos às TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) os impulsos dados às formas de convivência social e de organização de trabalho e do exercício da cidadania, exigindo que se aconteçam variações nas políticas do Brasil, o que diz respeito à qualificação dos trabalhadores da área educacional, como elemento expressivo e sustentável e para a superação das desigualdades sociais.

    A educação continuada pode influenciar no desenvolvimento das competências que não foram trabalhadas na formação do docente. Os professores em suas ações diárias precisam adicionar práticas que revelem as intenções incluídas nos diversos meios de comunicação, nos jornais com notícias manipuladas, nas propagandas, dessa maneira certamente estarão permitindo a formação de indivíduos mais críticos se tornando mais competente.

    O professor que procura aperfeiçoar-se está continuamente aberto às transformações, confia na pesquisa e na reconstrução do conhecimento como uma influência positiva na prática pedagógica. Este esforço e preocupação com a aprendizagem permitem que o professor procure, organize e crie formas para desempenhar sua função, favorecendo assim o trabalho em equipe e o comprometimento com a instituição de ensino.

    Na mesma linha de raciocínio Morais (2007) enfatiza que a formação continuada de professores é aquela que se adquire posteriormente à conclusão do processo de construção do conhecimento profissional e a partir da implementação dos princípios da articulação entre teoria e prática, tendo como alvo o favorecimento da capacidade desses professores em reconhecer as próprias idéias, avaliar necessidades, aprender e conscientizar-se de como este aprendizado acontece.

    A capacitação do professor deverá envolver uma série de aspectos, tais como: conhecimento básico em informática, conhecimento pedagógico, elo entre essas duas áreas, formas de gerenciamento da sala de aula com esses recursos físicos disponíveis quanto ao “novo” comportamento dos alunos, que passam a ter uma atitude ativa nesse processo; bem como é necessária uma revisão das teorias de aprendizagem, didática, construção do conhecimento, interdisciplinaridade e forma de abordagem da aprendizagem significativa.

    A educação é o elemento-chave para a construção de uma sociedade da informação e condição essencial para que pessoas, não só professores e organizações estejam aptas a lidar com o novo, a criar e, assim, a garantir seu espaço de liberdade e autonomia. A dinâmica da sociedade da informação requer educação continuada ao longo da vida, que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as mudanças tecnológicas, mas, sobretudo inovar.

    A idéia a respeito da necessidade da inserção dos professores na sociedade tecnológica é da responsabilidade do próprio professor e da escola, e para que este processo venha a ter êxito é preciso que os professores tenham um tipo de formação que capacite os mesmos a encontrar novos desafios.

    O conhecimento tecnológico do professor não pode ser, como qualquer outro, fechado e acabado, pois engloba, além de uma realidade em permanente mudança, as tecnologias que estão em aperfeiçoamento e devem constantemente serem usadas por professores e aluno, da mesma forma que o mundo geral. Este conhecimento significa um domínio inicial das técnicas e linguagens, mas está diretamente ligado a um permanente exercício de aperfeiçoamento mediante o contato diário com as tecnologias.

    Admitimos que as tecnologias originam mudanças sobre a produção e a organização do conhecimento, devemos conhecer com minúcia a forma como os meios de informação e comunicação provocam seus efeitos nas relações sociais e culturais e sobre os processos educacionais e cognitivos, a formação da subjetividade e da identidade, como alicerce para redefinirmos nossas preferências e posturas como educadores e aprendizes. Não podemos ignorá-las, pois, são importantes aliadas da aprendizagem, para todos, ensinantes e aprendizes, sociedades e cidadãos.

    Schiefer, Teixeira e Monteiro (2006) entendem como recursos pedagógicos o conjunto de aparelhos, tecnologias e materiais que facilitam o processo de discussão ou aprendizagem. Essa definição engloba desde instrumentos tradicionais de visualização (quadros negros e brancos, flip charts, papel de cenário e quadros de pino) passando por aparelhos complexos (retroprojetores, videoprojetores, dioramas, máquinas fotográficas digitais entre outros), chegando a materiais e ferramentas do cotidiano (fita adesiva, marcadores e tesouras).

    De acordo com Oliveira e Fisher (2007), os progressos socioculturais e tecnológicos da atualidade criam constantes mudanças nas organizações e no pensamento humano, revelando um universo novo no cotidiano das pessoas. Isso estabelece independência, criatividade e autocrítica na aquisição e seleção de informações, assim como na construção de sua epistemologia.

    Para as mesmas autoras (ibid), o uso dos recursos pedagógicos informatizados permite sistematizar a busca de informações e a criação de produtos, isto porque o computador torna mais fácil o tratamento da informação, permitindo a correção de erros de forma infatigável, dispõe de recursos para a documentação da produção e fornece o retorno para quem está criando os materiais. Isso facilita o acesso à pesquisa e a troca de idéias, o que possibilita a construção do conhecimento em grupo.

    Reichert (2004) cita que incontáveis softwares educacionais não se preocupam com fatores essenciais da construção do conhecimento em bases epistemológicas de qualidade, não permitem à maioria dos discentes e docentes o acesso aos melhores recursos pedagógicos, inibindo assim, o real despertar da tão sonhada e esperada "sociedade do conhecimento”.

    O computador, como o livro, o vídeo, a televisão, o rádio entre outros, deve ser utilizado como uma ferramenta que vai ajudar o professor no processo de ensino-aprendizagem, e não só como uma forma de motivação dos alunos. “O uso de forma adequada do computador não é um predicado intrínseco ao  mesmo, mas está ligado à maneira como nós idealizamos o trabalho no qual ele será utilizado.”.

    O professor tem um vasto leque de metodologias, de possibilidades de instituir seu diálogo com os alunos, de incutir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente. Cada professor pode descobrir sua forma mais ajustada de agregar as inúmeras tecnologias e procedimentos metodológicos. É importante também que amplie e que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal e as de comunicação audiovisual (Moran, 2000).

    A utilização das novas tecnologias na sala de aula permite o manuseio de recursos que auxiliem a aprendizagem de todos. A escola promove mudanças em seu próprio meio, a fim de utilizar metodologias e recursos que se integrem à realidade do aluno.

    A partir do comentado anteriormente este estudo como objetivo avaliar a eficácia de um programa de formação continuada em informática educacional para professores com dificuldade em utilizar, como recursos pedagógicos, os meios próprios da informatização.

Ética na pesquisa

    O projeto desta pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Castelo Branco (UCB/RJ) e aprovado sob protocolo nº 0129/2008.

    A coleta de dados se deu conforme a resolução 196/96. Assim, inicialmente foi solicitada autorização dos componentes do grupo voluntário para que o estudo fosse desenvolvido, através de um Termo.

Metodologia

    O presente estudo foi desenvolvido por meio de um formato ou desenho experimental, considerando-se que uma pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável independente produz diretamente na variável dependente, isto sendo realizado em uma avaliação antes (avaliação de contexto), uma avaliação durante ( avaliação de processo) e uma avaliação após ( avaliação de produto) à aplicação de uma intervenção (BARROS e LEHFELD, 2000).

Universo do estudo

    O universo deste estudo foi constituído de um grupo com 20 professores na faixa etária, de 40 a 60 anos, do colégio Dom Óton Mota na Cidade do Rio de Janeiro, que de acordo com o pensamento de Cochran (1956), formaram um grupo censo.

Estratégias metodológicas

    O programa de intervenção da informática educacional teve a duração de 12 sessões com 40 minutos, onde, nas duas primeiras sessões, foram mostrados aos docentes, procedimentos de como acessar a Internet, usar sites de busca, onde os mesmos puderam procurar por sites de interesse próprio, relacionado ao conteúdo ministrado e a novos programas direcionados para cada disciplina e softwares educacionais de diversas categorias.

    Ao término da segunda sessão foi aplicado um software educacional, em seguida foi realizado um pré-teste (avaliação inicial), no qual os professores executaram tarefas variadas, sendo que para cada tarefa executada errada será computado um determinado valor para cada erro.

    Após a avaliação inicial os professores passaram por mais oito sessões de treinamento nessas sessões eles ainda terão contato com a Internet e o Word, (componente do software de produtividade Microsoft Office), ferramenta essa, necessária no seu dia-a-dia para elaboração de provas e testes. E novamente foram submetidos a uma avaliação na qual foi aplicado o mesmo software e os procedimentos não executados, novamente serão computados.

    Após as sessões citadas acima, foi apresentado aos docentes o software Excel (também componente do Microsoft Office), onde os mesmos puderam criar planilhas para controlar as notas das avaliações aplicadas pela instituição de ensino.

    Depois da última sessão novamente o teste foi aplicado e uma nova avaliação e feita, de acordo com os procedimentos citados anteriormente.

Tratamento estatístico dos dados

    O tratamento estatístico foi estruturado sob a forma de análise descritiva e inferencial, comum para a análise de dados em pesquisas experimentais e quase-experimentais (COSTA NETO, 2002). Possibilitando, com isto, avaliar os efeitos, em termos de eficácia, da variável independente, ou seja, um programa de educação continuada sobre a variável dependente, isto é, nível de conhecimento, sobre meios próprios da informatização, como recursos pedagógicos.

Apresentação e discussão dos resultados

    No quadro 1 temos os resultados dos professores com relação aos testes executados nos três instantes avaliativos, sendo possível perceber uma variação de resultados entre a primeira e a terceira rodada

Quadro 1. Classificação do conhecimento dos professores relacionado aos meios próprios da informatização

    A partir do quadro 2 é possível perceber que em todas as rodadas o grupo se apresentou uniformemente (coeficiente de variação < 20,00%), portanto as medidas características sempre foram a média e respectivo desvio-padrão (quadro 3). Salienta-se que os erros se reduziram da primeira à última rodada, comportamento também constatado na variabilidade, apesar de não tão bem definido (quadro 2). Assim, foi possível afirmar que a familiarização com o instrumento de teste e/ou o treinamento favoreceu o aprendizado, o que pode ser confirmado pela inexistência de outliers na última rodada.

Quadro 2. Resultados descritivos do número de erros

Quadro 3. Box-Plot do número de erros por rodada

    A comparação entre os resultados foi realizada através da abordagem não-paramétrica, pois a variável era essencialmente discreta, então pelo teste de Kruskal-wallis (a = 0,05) foi possível identificar a existência de diferença estatisticamente significativa (valor-p = 0,00) entre os instantes considerados. A comparação entre a primeira e terceira rodadas, através do teste de Wilcoxon (a = 0,05), também comprovou diferença significativamente (valor-p = 0,01). Então, confirmou-se o impacto da ludoergomotricidade em um programa informática educacional aumentou o desempenho dos professores participantes deste estudo.

    Podemos perceber o professor e a interação do mesmo com uma nova ferramenta de trabalho. Diante dessa nova situação, é importante que o docente possa refletir sobre essa realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la.

    Em um segundo momento com relação aos jogos Huizinga (1980) relata que nas sociedades antigas, não havia distinção entre jogos infantis e adultos, eram coletivos. O jogo era considerado como um vínculo entre as pessoas, grupos, classes e gerações, entre passado e futuro

    Borba (2001) ínsita que “seres-humanos-com-mídias” dizendo que “os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas técnicas.”

    As novas tecnologias, se usadas de forma consciente, tendem a ampliar os conhecimentos e promover a aprendizagem significativa, pois através do uso delas é possível desenvolver novos meios de obtenção de conhecimento, os quais permitam buscar novas formas de aprendizagem.

    Diante de todas essas transformações o professor precisa inovar os métodos de ensino e buscar novas formas de explorar as tecnologias que estão ao seu alcance, utilizando os saberes cotidianos dos alunos como um meio de explorar os conteúdos matemáticos presentes em seu dia-a-dia, auxiliando-os assim na compreensão de sua realidade.

    Moran (2007) escreve que muitos professores enfrentam dificuldade em usar novas tecnologias, porque sentem temor de revelar essa dificuldade diante dos discentes, os mesmos têm conhecimento de que algumas mudanças são primordiais, mas não sabem como fazê-las e não se acham preparados para enfrentar o “diferente”. Ao enfrentar esse novo desafio, precisam buscar novas formas para inserir essas “tecnologias” como uma forma de auxílio no processo educacional, afinal eles têm em suas mãos instrumentos importantes que devem ser utilizados de maneira a que venham a propiciar um ensino inovador.

    O professor precisa ter consciência de que a sociedade está evoluindo e ele precisa acompanhar esse desenvolvimento, procurando se adaptar e estar preparado para mudar.

    Ao fazer uso das tecnologias, é indispensável que os professores tenham clareza de como explorar os recursos tecnológicos e qual é o que se enquadra em determinadas atividades, pois as tecnologias são ferramentas e precisam ser aplicadas, considerando cada situação em particular, para que assim seja possível que os professores atinjam os objetivos almejados.

    De acordo com Valente (2005), a adequação do professor a essa nova modalidade de ensino é fundamental para que a educação dê o salto de qualidade e deixe de ser baseada na transmissão de informações para incorporar também aspectos da construção do conhecimento do aluno, usando para isso as tecnologias digitais que estão cada vez mais presentes em nossa sociedade.

    O docente precisa estar preparado para adicionar as tecnologias no ambiente escolar, o mesmo precisa de uma formação apropriada que permita orientar e desafiar o discente nas atividades desenvolvidas, fazendo o uso dos novos recursos tecnológicos contribuindo para a construção de novos conhecimentos. O professor tem o papel de servir como mediador deste processo, ele precisa criar situações que promovam a aprendizagem, utilizando como auxílio os recursos disponíveis atualmente. Sabemos que o professor não pode ser substituído pelas tecnologias, estas devem ser utilizadas apenas como forma de auxílio em sua prática diária.

    De acordo com as análises feitas neste estudo, evidenciaram que um programa de informática educacional para professores entre 40 e 60 anos com a inclusão de ferramentas da tecnologia educacional associado à prática pedagógica, permite criar ambientes de aprendizagem que favoreçam aos docentes em seu cotidiano e principalmente em sua vida profissional, como: dominar basicamente recursos tecnológicos e usá-los em sua prática de acordo com as necessidades, orientando os alunos para a utilização de recursos adequados as atividades em desenvolvimento; entender como se ensina e como se aprende com o uso da tecnologia; encontrar resultados positivos com uso da tecnologia em sua prática; desenvolver uma atmosfera de aprendizagem, no qual a tecnologia é utilizada pelo discente para localizar, articular e trocar informações e experiências, resolvendo problemas e reconstruindo de forma contínua o conhecimento e a reflexão; averiguando sua própria ação e formação, tendo consciência de suas dificuldades e estratégias para minimizá-las.

    As experiências desta natureza têm mostrado que a formação continuada de professores é de grande importância, não só por cobrar e sim despertar neles, que o uso destes recursos dos novos tempos não podem ser esquecidos ou negligenciados, mas também por permitir uma nova postura do professor diante de seus alunos.

    Nesse contexto, onde é importante conseguir gerenciar as situações advindas de ações educativas e tecnológicas, a fim de que analisem suas práticas e busquem melhores formas de atuação nascidas a partir dessa vivência.

Conclusão

    O presente estudo nos permite concluir que as atividades referentes a atualização de professores como aqui propostas, são adequadas, exeqüíveis e contribuem para possibilitar que o professor em sua formação conheça e compreenda as necessidades de uma educação continuada permanente frente as tecnologias.

    Considerando o perfil do professor na sociedade da informação, em contínua e rápida transformação, e a necessidade de uma educação que possibilite o desenvolvimento das pessoas e da cultura, a formação de professores deve acontecer através de um trabalho de análise sobre as práticas e de reconstrução constante de uma identidade pessoal.

    Outro aspecto interessante, é que os docentes precisam estar envolvidos no que fazem, ou seja, se gostam da experiência e querem repeti-la. E para que os docentes estejam envolvidos no que fazem é necessário estarem em presença constante com essa nova tecnologia.

    Em geral, o método de elaboração de novas tarefas, sendo possível, anima o docente em “formação” a criar atividades usando tais tecnologias no seu dia-a-dia de sala de aula. Caracterizando a interação entre o sujeito humano e as novas tecnologias.

    Contribuindo assim para uma melhor compreensão das vantagens e desvantagens da utilização dessas ferramentas nos ambientes. Melhorando a qualidade do ensino, no que diz respeito a enriquecimento do conteúdo, permitindo uma melhor interação no relacionamento aluno-professor. Essa nova atitude não é passível de ser transmitida, ela deve ser estabelecida e ampliada por cada indivíduo, ou seja, deve ser produto de um processo educacional em que o professor vivencie situações que possibilitem a construção e o desenvolvimento dessas competências. E o computador é um aliado nesse processo evolutivo, confirmando assim o valor ou efeitos positivos da intervenção desenvolvida neste estudo.

    Isto porque entende-se por valor, uma qualidade estrutural de natureza metafísica, que corresponde a tudo aquilo (no caso, a referido intervenção da informática) que preenche de maneira positiva um complexo estado de carência, privação ou de vacuidade (dificuldade em utilizar os meios próprios da informatização eletrônica como recurso pedagógico) de um ente do Ser do Homem (professores com idade compreendida entre 40 e 60 anos).

Bibliografia

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