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Estratégias de adesão à prática de 

atividades físicas no meio acadêmico

Estrategias de adhesión a la práctica de actividades físicas en el ámbito académico

 

Licenciatura Plena em Educação Física pela

Universidade Federal de Juiz de Fora

Especialização em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional pela UGF-RJ

Mestrado em Ciência da Motricidade Humana pela

Universidade Castelo Branco

Professor da Universidade Federal de Itajubá. Campus Itabira, MG

Ms. André Calil e Silva

andre_calil@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este texto teve como objetivo refletir sobre a prática de atividades físicas no meio acadêmico, destacando pontos importantes de adesão às mesmas. Para isso, utilizou-se como referência dados de inatividade física da população brasileira, da população inserida no meio acadêmico e estratégias de adesão recomendadas pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte, assim como utilizá-las no meio acadêmico tendo como ferramentas os jogos, esportes e atividades alternativas.

          Unitermos: Inatividade física. Meio acadêmico. Adesão. Esportes. Jogos. Atividades alternativas

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 145 - Junio de 2010

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Introdução

    Este texto surgiu a partir do Concurso Público da Universidade Federal de Itajubá, Campus Itabira/MG, para o cargo de Professor Assistente de Educação Física, realizado em 2009. No Edital, constava como um dos pontos para a prova didática e escrita o tema “Emprego dos jogos, esportes e atividades alternativas como ferramenta para adesão à prática regular de atividades físicas”. Após ser aprovado e assumir o cargo na referida instituição, e a partir da experiência em instituições particulares, resolvi aproveitar o texto resultante de diversas leituras sobre o assunto, para uma breve reflexão a respeito da ausência de adesão, seja de alunos, técnicos administrativos e professores à prática regular de atividades físicas no meio acadêmico.

    Considerando a necessidade da prática regular de atividade física para obtenção de saúde e qualidade de vida, sabendo que o número de praticantes que atendem o mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde sobre a prática dessas atividades é pequeno, e que o índice de pessoas totalmente inativas ainda é preocupante, este texto tem por objetivo uma breve reflexão sobre como anda a prática de atividades físicas no meio acadêmico e destacar pontos importantes para a adesão de atividades, utilizando, principalmente, os jogos, esportes e atividades alternativas.

    O texto será dividido em três momentos. O primeiro sobre o que representa atividade física (AF) e alguns benefícios trazidos pela mesma, o segundo apresentará dados da população brasileira e alguns estudos realizados especificamente no meio acadêmico sobre inatividade física. Por último, baseado em estratégias de aderência a atividades físicas utilizadas pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte, serão apontadas algumas formas de utilização destas seja nos esportes, nos jogos ou em práticas alternativas de atividades físicas.

Atividade física e seus benefícios

    Uma quantidade moderada de AF, em todos ou quase todos os dias da semana, pode gerar benefícios significativos para a saúde do praticante. Isso inclui desde 30 minutos de caminhada estimulante, atividades diárias como limpar o quintal, ou 45 minutos de prática recreativa de voleibol. A maioria das pessoas pode aprimorar a saúde e a qualidade de vida através do aumento moderado da atividade diária (United States Department of Health and Human Services 1996 apud ACSM, 2003).

    Atividade física é definida como o movimento corporal produzido pela contração do músculo esquelético que eleva substancialmente o dispêndio de energia. Exercício, uma subclasse de atividade física, é definido como o movimento corporal planejado, estruturado e repetitivo executado com a finalidade de aprimorar ou de manter um ou mais componentes da aptidão física. Aptidão física é definida como um conjunto de atributos que as pessoas possuem ou adquirem e que se relaciona com a capacidade de realizar uma atividade física (ACSM, 2003, p. 4).

    Os diversos benefícios para a saúde, a partir da prática regular de atividades físicas, são amplamente divulgados para a sociedade. Como exemplo, a facilidade de realizar atividades diárias de forma autônoma, diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca de repouso, melhora na captação de oxigênio, maior resistência à fadiga, diminuição da gordura corporal, melhora da auto-estima. Os benefícios são fisiológicos, metabólicos, psicológicos, antropométricos e neuromusculares, além da diminuição dos riscos de desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose, obesidade, entre outras (McARDLE; KATCH e KATCH, 2008; WILMORE; COSTILL e KENNEY, 2010; MATSUDO e MATSUDO, 1992).

Dados populacionais sobre inatividade física

    Apesar do consenso sobre tais benefícios, ainda é grande o número de pessoas sedentárias. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde para o ano de 2008, a partir do estudo das capitais brasileiras, a frequência da AF suficiente no lazer foi de 16,4%, sendo maior no sexo masculino (20,6%) do que no sexo feminino (12,8%), para a população acima de 18 anos de idade (MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2009). Considerou-se como AF suficiente no lazer a prática de pelo menos 30 minutos diários de AF com intensidade leve ou moderada, no mínimo cinco dias da semana; ou pelo menos vinte minutos diários com intensidade vigorosa em três ou mais dias da semana. Essas práticas podem ser voltadas para o esporte, atividades de academias, ou práticas alternativas. Os dados ainda apontam que nessas cidades a frequência da inatividade física completa foi de 26,3%, sendo os homens mais sedentários (29,5%) do que as mulheres (23,5%) e, em ambos os sexos o índice passa de 50% na população acima de 65 anos.

    Já nas universidades o número de praticantes de AF regular é muito baixo. Quando ingressam no ensino superior, os jovens tem menos acesso a programas de AF devido á diminuição do tempo, seja pela falta de oportunidades nas aulas de Educação Física (EF), já que essa disciplina não é obrigatória no ensino superior, ou pelo excesso de tempo dedicado ao estudo e, muitas vezes, ao trabalho. Esse período de transição pode levar o aluno a adoção de um estilo de vida sedentário (SALVE, 2007). Esta autora investigou a prática de AF na UNICAMP a partir de 1350 questionários respondidos por alunos do sexo masculino e feminino, com idade entre 17 e 22 anos, matriculados em diversos cursos de graduação. O percentual de praticantes regulares ficou entre 18% e 48% dependendo do curso. Dentre os motivos mais relatados para a prática destacam-se o combate ao stresse, manutenção do condicionamento físico, estética, socialização, saúde, qualidade de vida, lazer, hipertrofia muscular. Já as modalidades mais praticadas foram em ordem aleatória: futebol, musculação, corrida, ginástica localizada, caminhada, futsal, basquetebol, voleibol e natação.

    Em outro estudo sobre níveis de AF e incidência de sedentarismo em universitários Rizzolli et al. (2006) aplicaram o IPAQ versão curta em 157 estudantes de quatro cursos de graduação da Faculdade Salesiana de Vitória–ES. O objetivo foi comparar as respostas dos alunos que estão no 1º período com os que estão formando. Como resultado, em dois cursos não houve diferença do nível de AF entre os períodos, enquanto que nos outros dois cursos, houve diferença do nível de AF entre o 1º e último período, sendo que os do último possuíam um nível de AF menor. Assim, em parte este estudo corrobora com os dados de Salve (2007).

    Ainda investigando população inserida no contexto universitário, Salles-Costa et al. (2003) fizeram um levantamento sobre a prática de AF no tempo de lazer (AFL), através de um questionário aplicado em 3740 funcionários, sendo 54,8% do sexo feminino, com idade acima de 20 anos, que ocupavam a função de técnico-administrativos de uma universidade no Estado do Rio de Janeiro. Foi definida AFL como qualquer atividade praticada para melhorar a saúde e/ou a condição física, ou realizada com o objetivo estético ou de lazer. As duas questões principais neste questionário se relacionavam à prática ou não de AF e o tipo de atividade. Constatou-se que apenas 40,8% e 52% das mulheres e homens, respectivamente, eram fisicamente ativos. Em ambos os sexos observou-se uma tendência na prática de AFL nas pessoas mais velhas, com maior grau de escolaridade e renda familiar. Dentre as preferências por modalidade, entre os homens obteve-se a seguinte ordem: caminhada, futebol, ginástica, corrida e musculação. Para as mulheres obteve-se: caminhada, ginástica, ioga, dança e natação. Os outros esportes foram citados, porém em menor grau de preferência.

    A partir dos estudos citados acima foi constatado que tanto alunos, quanto funcionários inseridos em universidades possuem alto índice de inatividade física. As atividades preferidas dos que praticam se enquadram, principalmente, no segmento esportivo e de academia. As principais causas relatadas nestes estudos para a inatividade relacionam-se a falta de tempo, devido afazeres domésticos, carga horária de estudo e trabalho, além da falta de programas que incentivem a prática regular de AF.

Processo de adesão

    O processo de adesão é complexo e envolve questões físicas e emocionais. As taxas de desistência variam de 9 a 87% entre indivíduos que entram voluntariamente para um programa de condicionamento físico, sendo maior nos três primeiros meses (FRANKLIN, 1988 apud ACSM, 2003; OLDRIDGE, 1988 apud ACSM, 2003; ACSM, 2003). Independente da atividade que será oferecida, jogos, esportes ou atividades alternativas, algumas estratégias de controle comportamental para iniciar e manter a adesão à prática regular de atividades físicas são indicadas pelo ACSM (2003).

    O primeiro ponto tem ligação com o estabelecimento de metas. As expectativas criadas devem ser realistas, pessimismo ou otimismo deverão ser corrigidos. Os objetivos devem ser individualizados e baseados no estado fisiológico do sujeito, devem ser de curto prazo, específicos e flexíveis para que sejam efetivos.

    A intensidade, frequência e duração da atividade devem ser confortáveis para o praticante. Frequentemente, os novatos na prática de AF queixam-se de dores musculares ou lesão ocasionada pelo exagero nas atividades. Por isso, recomenda-se entre 3 a 4 sessões semanais, com intensidade leve a moderada, para que o praticante não sinta desgastes causados pelo exagero.

    É importante determinar dias da semana e horários específicos para a prática, assim como deixar lembretes visuais e/ou sonoros para que não esqueça o compromisso. Fazer com que as sessões se tornem uma rotina através dos encontros ou a prática no mesmo dia e horário é fundamental.

    Alguns praticantes necessitam de reforço, portanto elogios, diplomas, faixas e gráficos de comparecimento podem ser utilizados para incentivar a presença. Um termo de compromisso ou contrato comportamental poderá formalizar o acordo entre professor e aluno.

    Orientações sobre as vantagens e desvantagens do exercício e o estabelecimento dos objetivos pelos alunos, e não pelo professor, mostrou-se mais eficiente no processo de adesão.

    A extrapolação do exercício para além dos momentos de treinamento, nas atividades diárias como caminhar durante as pausas de trabalho, usar escadas, jardinagem, estacionar o carro longe do destino é um ponto positivo.

    O apoio da família e amigos, principalmente do cônjuge, quando houver, é importante, assim como um parceiro para as atividades. Chamam a atenção para o fato de se escolher uma atividade em grupo. Compromissos assumidos em grupo tendem a ter mais adesão do que os isolados, o apoio social é importante nos momentos de menor interesse na atividade. Adotar programas variados e divertidos, mesmo em atividades com menor possibilidade de variação, criar estratégias para inserir jogos recreativos, por exemplo.

    A avaliação física pode ser um aliado para a adesão quando o praticante se torna assíduo na atividade, principalmente no início das mesmas quando as mudanças morfofisiológicas ocorrem com mais rapidez.

    A partir das estratégias indicadas pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte, será feita uma ligação entre as mesmas e os jogos, esportes e atividades alternativas como ferramenta para adesão a pratica regular de AF.

    Os jogos possuem alguns pontos positivos para a adesão na prática de AF. Talvez, o mais interessante seja a possibilidade de adaptação constante das regras para atender as necessidades dos praticantes. Regras que são alteradas a partir das propostas de quem está praticando o jogo, por isso qualquer pessoa, de diferentes idades, sexo, objetivos, necessidades, níveis de habilidade e condicionamento poderão jogar.

    Darido e Rangel (2005) chamam a atenção para algumas razões que tornam o jogo de fácil aplicação na escola, mas que podem ser extrapoladas para fora desse ambiente. Os jogos, geralmente, são conhecidos pelos praticantes, o que facilita a aplicação dos mesmos; não precisam de espaço e material sofisticado, as regras podem ser alteradas para facilitar ou dificultar o jogo e, com isso, a motivação dos praticantes se mantém; aplicado a qualquer faixa etária, como destacado anteriormente. Prazer e divertimento estão o tempo todo implícitos, exceto nos casos em que a competição está presente.

    As autoras chamam a atenção sobre a aplicação do método global durante os jogos. Isso facilita a adesão já que o indivíduo aprende jogando, e não por partes. O praticante tem muita ansiedade em chegar ao final do processo, que é o jogo propriamente dito, a formatação final. Estão diretamente ligados ao lúdico, situações que ocorrem fora da realidade e que proporcionam prazer e alegria aos participantes. Outra vantagem, é que podem ser inseridos em qualquer tipo de programa de AF. Nos jogos esportivos coletivos, por exemplo, podem-se utilizar os jogos como forma de aquecimento. Em atividades alternativas, que serão relatadas a seguir, também podem ser utilizados como uma das fases de um treino.

    Além disso, “brincando” o profissional poderá trabalhar atividades com controle de volume, intensidade, frequência, duração, realizar trabalhos de condicionamento físico, gastos elevados ou não de energia, todas as adaptações ocorrerão da mesma forma que ocorrem em outros tipos de AF. As vantagens dos jogos estão no prazer implícito, estes conceitos são trabalhados de forma amena, sem que o praticante perceba estará aderindo a um programa regular de AF.

    Para compreensão deste próximo ponto é necessário entender o que são as atividades alternativas. Entendo estas como algo que foge dos conteúdos clássicos como os “esportes de mídia” e as atividades desenvolvidas em academias: ginástica localizada e hidroginástica, musculação, Spinning, corridas e caminhadas em esteira. Tem-se o costume de associar práticas alternativas com propostas que envolvam movimentos lentos, com plasticidade, que sugerem momentos introspectivos. Para esse texto, considerarei como atividades alternativas todas aquelas que fogem as propostas comumente utilizadas. Enquadram-se então, a ioga, as aulas de alongamento, pilates, treinamento funcional, escalada, trekking, treinamento em plataforma vibratória, treinamento excêntrico, dentre várias que fogem ao padrão.

    O que fará os praticantes aderir ao processo de regularidade nessas atividades são os aspectos indicados pelo ACSM (2003) que foram abordados acima. Dentre estes, merecem destaque a evolução da intensidade, volume e frequência da atividade, lembrando que os 3 primeiros meses são críticos e que dores e lesões causadas pelo excesso são causas claras de abandono da atividade; a avaliação e acompanhamento da evolução no treinamento; o reforço positivo por parte dos profissionais; conseguir com que estes encontros se tornem rotina para o praticante; fazer com que a família e amigos deem apoio ao indivíduo; abordagens sobre a importância da prática para que se tenha saúde e qualidade de vida, assim como os benefícios obtidos a partir da prática regular dessas atividades. Sendo respeitados estes princípios em qualquer das atividades que o indivíduo eleger, a chance de adesão será muito grande.

    Por último, como ferramentas de adesão para a prática regular de AF estão os esportes. O espaço que a mídia tem dedicado aos mesmos contribui para a presença de novos praticantes e a adesão cada vez maior daqueles que já tinham o hábito da prática esportiva. Além disso, os resultados tanto nas modalidades coletivas (voleibol, futebol, handebol), quanto nas individuais (atletismo e natação) tem dado ao esporte destaque na sociedade. Um dos pontos mais positivos da prática esportiva está no fato dela ocorrer em grupos. Já foi relatado anteriormente que os indivíduos inseridos em atividades de grupo tendem a maior aderência da atividade, fazendo com que o esporte assuma papel recreativo, social e, até mesmo, educativo.

    Por outro lado, o esporte possui características que podem levar o indivíduo ao abandono. São situações que se o profissional não souber trabalhar será difícil que se tenha adesão. O valor exagerado dado ao aspecto competitivo, ao rendimento físico e destaque para os mais habilidosos, levando a discriminação dos menos aptos são situações já exaustivamente discutidas no meio acadêmico. Mas se o profissional souber trabalhar para que se transformem em fatores motivacionais, ele conseguirá maior adesão para essas atividades. Como exemplo de estratégia, pode-se utilizar mudança nas regras para favorecer os menos habilidosos, claro que tomando cuidado para não desmotivar os alunos que possuem habilidade.

    No voleibol institucionalizado 6x6, dificilmente o aluno iniciante toca na bola um número de vezes suficientes para que haja desenvolvimento na modalidade. Pensando nisso, foi criado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) o minivoleibol. Nessa adaptação feita do esporte tradicional, o tamanho da quadra foi alterado, assim como o número de participantes diminuído para 3 em cada equipe e a altura da rede diminuída. O objetivo é que iniciantes possam praticar a modalidade de uma forma prazerosa e que traga benefícios para o mesmo. O número de vezes que o praticante toca na bola é maior, o espaço reduzido facilita a noção tática de quadra, a altura da rede não o deixará frustrado por não conseguir passar a bola por cima da mesma. Este tipo de metodologia pode ser adotada para qualquer modalidade esportiva individual ou coletiva, sendo que muitas dessas adaptações não exigem muito espaço e material, como já foi relatado nos jogos, basta que o professor tenha criatividade e vontade de realizar tais procedimentos. A partir do momento que o profissional obteve a confiança dos praticantes e adesão nas modalidades, poderá inserir os princípios de adesão e manutenção da mesma, já discutidos acima; e também poderá se preocupar com os aspectos fisiológicos do treinamento, até porque os resultados serão cobrados.

    Concluindo, este texto teve como objetivo refletir sobre a prática de atividades físicas no meio acadêmico e destacar pontos importantes para a adesão à prática de atividades físicas, utilizando, principalmente, os jogos, esportes e atividades alternativas. Para tanto foi utilizado como referência principal diretrizes do Colégio Americano de Medicina do Esporte contendo estratégias importantes para adesão, conceitos básicos foram abordados como o que é considerada AF, qual a frequência semanal mínima para o indivíduo não ser sedentário e os benefícios adquiridos com a prática regular da mesma. Alguns dados populacionais sobre inatividade física foram levantados, assim como pesquisas realizadas dentro de universidades. Pode-se concluir que o número de praticantes regulares, que obtém benefícios através da prática, é pequeno e que a preferência está nas atividades centradas em academias e esportivas. Tanto jogos, atividades alternativas e práticas esportivas terão maiores possibilidades de adesão dos praticantes se as recomendações do ACSM (2003) forem colocadas em prática, assim como o bom senso e criatividade do profissional da área de Educação Física que irá organizar a prática.

Referências

  • AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

  • DARIDO, S.C. & RANGEL, I.C.A. (coord) Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

  • MATSUDO, S.M. e MATSUDO, V.K.R. Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.6, n.4, p. 19-30, 1992.

  • McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

  • Ministério da Saúde do Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2008: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_2008.pdf, 31 de março de 2010 às 16h 50. Brasília: 2009.

  • RIZZOLLI, V.; PEREZ, A.J.; PATROCÍNIO, L.P. Níveis de atividade física e incidência de sedentarismo de universitários. Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC, Florianópolis, SC, Julho/2006.

  • SALLES-COSTA, R.; HEILBORN, M.L.; WERNECK, G.L.; FAERSTEIN, E.; LOPES, C.S. Gênero e prática de atividade física de lazer. Caderno de Saúde Pública, v.19, s.2, p. 325-333, 2003.

  • SALVE, M.G. A prática de atividade física: estudo comparativo entre os alunos de graduação da UNICAMP. Revista de Desporto e Saúde, v.4, n.3, p. 41-47, 2007.

  • WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L.; KENNEY, W.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 4.ed. Barueri (SP): Manole, 2010.

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