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Nível de atividade física e fatores associados em pacientes diabéticos

e hipertensos usuários da Estratégia de Saúde da Família

do município de Ibirubá, RS

Nivel de actividad física y factores asociados en pacientes diabéticos e hipertensos

 beneficiarios de la Estrategia de Salud de la Familia del municipio de Ibirubá, RS

Physical activity level and associated factors in diabetic patients and hypertensive

users of Health Strategy for the Family of the municipality of Ibirubá, RS

 

*Graduada em Educação Física. Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ

Professora MSc. do Centro de Ciências da Saúde da

Universidade de Cruz Alta – CCS/UNICRUZ

Grupo Multidisciplinar da Saúde – GMS/UNICRUZ

Elisabete Regina Klein Dellay*

Marília de Rosso Krug**

mariliakrug@bol.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo, de caráter descritivo, teve como objetivo analisar as características sociodemográficas e comportamentais dos usuários, hipertensos e diabéticos, da ESF Floresta, do município de Ibirubá-RS, identificando as associações significativas. Fizeram parte da amostra 37 (41,11%) de um total de 90 usuários hipertensos e diabéticos, com idade acima de 40 anos, destes 24 eram hipertensos, 3 tinham hipertensão mais diabetes e 10 somente diabetes. Para diagnosticar as características sociodemográficas e comportamentais foi utilizado um formulário contendo: idade, gênero, ocupação, escolaridade, tipo de lazer, uso de tabaco, nível de atividade física, peso corporal e estatura Para identificar os Níveis de Atividade Física foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e a obesidade foi identificada através do Índice de Massa corporal (IMC). Os dados foram tratados através da estatística descritiva. Os usuários da ESF Floresta hipertensos e diabéticos eram na maioria: mulheres, donas de casa, com um grau de escolaridade baixo, todas são usuárias de medicamentos e de certa forma preocupam-se com a patologia que apresentam, pois não são usuárias de tabaco, entretanto são sedentárias, até mesmo no lazer. Não observou-se associações significativas entre as variáveis sociedemográficas e comportamentais. Desta forma foi possível concluir que pouquíssimas pessoas realizam alguma atividade física sendo assim de vital importância uma intervenção de um Educador Físico, que favoreça a mudança de hábitos e estilos de vida ligados a atividade física, visando o desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, que possibilite a toda a população assistida uma melhor qualidade de vida.

          Unitermos: Atividade física. Estratégia de Saúde da Família. Doenças crônicas não transmissíveis.

 

Abstract

          This descriptive study, aimed to examine the sociodemographic and behavioral characteristics of users, hypertensive and diabetic, of the city of ESF Ibirubá-RS, identifying significant associations. Were part of the sample 37 (41.11%) of a total of 90 hypertensive and diabetic users, aged over 40 years, these 24 were hypertensive, 3 had hypertension and diabetes, and 10 only diabetes. To diagnose the sociodemographic and behavioral characteristics were used a form containing age, gender, occupation, education, type of leisure, tobacco use, physical activity level, body weight and height. To identify the Levels of Physical Activity was used the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and obesity was identified by Body Mass Index (BMI). The data were processed by descriptive statistics (average, standard deviation and frequency). Correlations were done (quiquadrado) between the sociodemographic and behavioral variables. The significant level adopted was p ≤ 0.05. The ESF Floresta hypertensive and diabetics users are most: women, housewives, with a low level of education, all are users of drugs and in some cases concerned with their conditions, because they are not users of tobacco, however are sedentary, even in leisure. There was no significant associations between behavioral and sociodemographic variables. This made possible to conclude that fewer people practice some physical activity, so it is important an intervention of a Physical Educator, which promotes the change of habits and lifestyles associated with physical activity, develop health promotion, protection and recovery health, enabling all the people assisted a better quality of life.

          Keywords: Physical activity. Family’s Health Strategy. Not transmissible chronic illnesses.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 145 - Junio de 2010

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Introdução

    Com o aumento de expectativa de vida e o conseqüente envelhecimento da população, as doenças crônico-degenerativas têm figurado como a maior causa de mortalidade e incapacidade no mundo. São os chamados agravos não-transmissíveis, que, segundo Silva (2008) incluem doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e doenças respiratórias.

    No caso do diabetes mellitus, segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil são 6 milhões de portadores e deve alcançar 10 milhões de pessoas em 2010 (BRASIL, 2006). Devido a sua elevada carga de morbi-mortalidade associada, a prevenção do diabetes e de suas complicações a mesma é hoje prioridade de saúde pública.

    Outro agravo não transmissível é a hipertensão arterial que é a mais freqüente das doenças cardiovasculares. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais, e esse número é crescente (BRASIL, 2006). Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH, 2008), até 2025, o número de hipertensos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, deverá crescer 80%. Sendo assim, autoridades públicas e toda a sociedade devem se conscientizar e iniciar a prevenção e o tratamento para evitar a pressão alta, afirma a SBH (2008).

    Está comprovado que o entendimento da doença, de suas características e complicações e com a detecção precoce da mesma, reduz-se a velocidade de instalação das complicações secundárias à doença, melhorando a sua evolução. Segundo Chiappa (2002), nessas condições, muitas dessas complicações podem ser evitadas, ou se instaladas, podem ser controladas a ponto, do paciente levar uma vida normal.

    Modificações no estilo de vida, incluindo exercício físico, são recomendados no tratamento e prevenção tanto da hipertensão arterial como da diabetes.

    De acordo com Amaral e Monteiro (2007) se cada 100 pessoas que sofrem de hipertensão passassem a praticar exercícios físicos regularmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) economizaria cerca de 36% nos gastos com a mesma. Os benefícios da atividade física no controle da pressão arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos que ocorrem no organismo. Entre os benefícios mais importantes Vieira (2008) destaca, principalmente, as alterações cardiovasculares, endócrinas e bioquímicas.

    A atividade física também é uma das formas mais eficaz para prevenir e reabilitar um paciente diabético. A glicose é fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exercício, assim, a atividade física tem função parecida com a insulina no tocante ao aumento da utilização de glicose pela célula (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES - SBD, 2007). Segundo o site do Ministério da Saúde, (BRASIL, 2008, p.1) “a atividade física regular e moderada associada à dieta adequada, além de prevenir ou retardar o surgimento do diabetes, consegue reduzir em 58% os efeitos deletérios do diabetes tipo 2 e diminuir a dose de insulina em uso.”

    Com todos estes benefícios, a atividade física vem se constituindo em uma das mais importantes áreas de estudo e pesquisa e mesmo assim 70% das pessoas em todo o mundo ainda continuam sedentárias e propensas a desenvolver doenças (SBH..., 2008). O combate ao sedentarismo, torna-se, portanto, fundamental para quem deseja manter uma vida saudável, sendo assim é necessário que aconteça uma conscientização quanto à importância e os benefícios adquiridos com a prática de atividades físicas.

    Desta forma, juntamente com o Sistema Único de Saúde (SUS) o Ministério da Saúde (MS) desenvolve programas de atenção básica, voltados para a promoção de saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação (BRASIL, 2006). Dentre estes programas encontra-se a Estratégia de Saúde da Família (ESF) que é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade (BRASIL, 2008)

    Para dar suporte aos ESF foram criados os NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Família). Estes núcleos reúnem profissionais das mais variadas áreas de saúde, como médicos (ginecologistas, pediatras e psiquiatras), professores de Educação Física, nutricionistas, acupunturistas, homeopatas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL, 2008),

    O profissional da Educação Física está relacionado à qualidade de vida e à prevenção do adoecimento sendo que as ações de Atividade Física/Práticas Corporais devem buscar a inclusão de toda a comunidade adstrita, não devendo restringir seu acesso apenas às populações já adoecidas ou mais vulneráveis.

    Desta forma justifica-se a realização deste estudo, na intenção de provocar reflexões a cerca dos benefícios que a prática da atividade física traz, e desta forma o Profissional de Educação Física ser incluído na equipe de Saúde da Família com o objetivo de propor estratégias para minimizar os agravos, já que se tem conhecimento que o exercício físico é o principal fator de prevenção, e ainda conquistar mais um espaço para o profissional da Educação Física no mercado de trabalho.

Metodologia

    Participaram deste estudo de cunho descritivo diagnóstico 37 pacientes hipertensos e/ou diabéticos o que correspondeu a 41,11% da população de hipertensos e diabéticos, com idade acima de 40 anos, que foram selecionados aleatoriamente, a partir dos cadastros da ESF Floresta da cidade Ibirubá/RS sendo excluídos somente os que estavam internados no momento da coleta de dados e os que se recusaram a participar do estudo

    A cidade de Ibirubá conta com 07 (sete) Unidades Básicas de Saúde, sendo que em somente em uma unidade foi implantado o Programa Estratégia de Saúde da Família (ESF). Esta ESF está situada no bairro Floresta, maior bairro da cidade, abrangendo mais 03 bairros vizinhos – Bairro Chácara, Unida e Santa Helena.

    Para diagnosticar as características sociodemográficas e comportamentais dos pacientes hipertensos e diabéticos, foi utilizado um formulário contendo: idade, gênero, ocupação, escolaridade, tipo de lazer, uso de tabaco, nível de atividade física, peso corporal e estatura. O nível de Atividade Física foi identificado utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), proposto pela Organização Mundial da Saúde (1998), a obesidade foi determinada através do Índice de Massa corporal (IMC). Utilizando-se os critérios propostos pelo Ministério da Saúde, sendo considerados obesos os hipertensos e diabéticos que apresentaram um IMC acima de 30 (BRASIL, 2005).

    A pesquisa foi conduzida segundo a resolução específica do conselho nacional de saúde (196/96). Todos os usuários da ESF de Ibirubá foram informados, detalhadamente sobre os procedimentos utilizados e foram avaliados somente os que concordaram em participar de maneira voluntária do estudo e assinaram o termo de consentimento informado. A mesma foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICRUZ, em reunião ordinária no dia 01 de abril de 2009 (CAAE 0007.0.417.000-09).

    Para analise dos dados foram estabelecidos pontos de corte para as variáveis estudadas. Quanto ao IMC, foi considerada a tabela proposta pelo Ministério da Saúde, sendo considerado com peso normal os usuários com IMC entre 18,5 – 24,9, com sobrepeso os que apresentaram um IMC entre 25 – 34,9 e obesos os que apresentaram um IMC acima de 35. A variável nível de atividade física foi dicotomizada em: sedentários , os usuários sedentários ou insuficientemente ativos da classificação do IPAQ e ativos os considerados ativos e muito ativos. Relacionado ao fumo foram considerados desejaveis os não fumantes e ex-fumantes e indesejáveis os que relataram fumar.

    O tratamento estatístico dos dados foi realizado por meio da freqüência simples e foram feitas correlações (quiquadrado) entre as variáveis sociodemográficas (idade, gênero, ocupação e escolaridade). O nível de significância adotado para este estudo foi de p ≤ 0,05.

Resultados e discussões

    Dos 37 pacientes que participaram do estudo 24 (64,9%) tinham somente hipertensão, 3 (8,1%) tinham hipertensão mais diabetes e 10 (27%) somente diabetes.

    O perfil destes usuários foi descrito considerando as seguintes variáveis: gênero, escolaridade, ocupação, tabagismo, índice de massa corporal (IMC), nível de atividade física e tipo de lazer (Tab. 1).

Tabela 1. Caracterização da amostra

Variáveis

Indicadores

n

%

Gênero

Feminino

33

89,2

Masculino

04

10,8

Escolaridade

1º Grau Incompleto

35

94,6

2º Grau

02

05,4

 

Ocupação

Do lar

31

83,8

Aposentado

04

10,8

 

Doméstica, Cozinheira

02

05,4

Tabagismo

Sim

03

08,1

Não

34

91,9

 

Classificação IMC

Normal

09

24,3

Sobrepeso

22

59,5

Obesidade

06

16,2

Nível de Atividade

Física

Sedentário

33

89,2

Ativo

04

10,8

 

Lazer

Lazer ativo

03

08,1

Lazer passivo

25

67,6

Lazer ativo e passivo

09

24,3

    Os usuários da ESF Floresta hipertensos e diabéticos são na maioria: mulheres, donas de casa, com um grau de escolaridade baixo, todas são usuárias de medicamentos e de certa forma preocupam-se com a patologia que apresentam, pois não são usuárias de tabaco, entretanto são sedentárias, até mesmo no lazer. Este sedentarismo pode ser o responsável pelo sobrepeso que a maioria apresentou.

    Segundo Zaitune et. al., (2007) o sedentarismo é comum em pessoas com baixa escolaridade, como no caso deste estudo.

    Cotta et al., (2006) em estudo semelhante, também observou entre hipertensos e/ou diabéticos atendidos no ESF de Teixeiras, MG, uma predominância de indivíduos do sexo feminino e com baixa escolaridade.

    Cotta et al (2006) salientam que atualmente, as evidências quanto aos padrões de atividade física da população em geral apontam para um baixo gasto energético e para o crescimento do sedentarismo.

    Juntamente com o sedentarismo vem o excesso de peso que segundo a SBH (2008) aumenta consideravelmente o risco de pressão alta, além de propiciar excesso de gordura no sangue, diabetes e doença cardíaca, além de várias outras enfermidades, o que significa um risco ainda maior para quem já é hipertenso e diabético, como no caso da amostra deste estudo.

    Chiappa et al., (2002) salientam que o exercício físico auxilia a reduzir o risco das complicações crônicas provenientes do diabetes e aumenta a sensibilidade do corpo à insulina, principalmente quando atua reduzindo o sobrepeso ou obesidade, pois com o aumento o tecido gorduroso, principalmente no abdômem leva a produção exagerada de substâncias que interferem com a ação da insulina produzida pelo pâncreas. A perda de peso, também reduz o risco de doenças do coração, porque proporciona a redução das gorduras do sangue, como os triglicerídeos, o colesterol total e o colesterol "ruim" (LDL-colesterol), que se deposita nas artérias (SBH, 2008).

    Sendo assim tanto o sedentarismo, quanto o sobrepeso apresentado por elas, são fatores de risco extremamente comprometedores, considerando a patologia das mesmas. Portanto é fundamental que as ESF se instrumentalizem para desenvolverem ações de prevenção como, por exemplo, educação nutricional e atividades física. Para isso foram criados os NASF - Núcleos de Apoio a Saúde da Família - que com o auxílio do Educador Físico incentivam ações de Atividade Física que propiciem a melhoria da qualidade de vida da população, a redução dos agravos e dos danos decorrentes das doenças não-transmissíveis, que favoreçam a redução do consumo de medicamentos, a formação de redes de suporte social e que possibilitem a participação ativa dos usuários na elaboração de diferentes projetos terapêuticos (BRASIL, 2008).

    Incrementar o conhecimento e envolvimento da população sobre os benefícios da atividade física constitui uma estratégia importante no controle e prevenção da diabetes e hipertensão arterial (BRASIL, 2002).

    As variáveis sócio demográficas: idade, gênero, escolaridade e ocupação foram correlacionadas com as variáveis comportamentais: lazer, tabagismo e nível de atividade física (Tab 2).

Tabela 2. Correlação (r) entre as variáveis sóciodemográficas e comportamentais

Sóciodemográficas

Comportamentais

Lazer

Tabagismo

Obesidade

NAF

Idade

Correlação de Pearson

,003

,185

-,262

-,052

Significância

,987

,273

,118

,760

 

Sexo

Correlação de Pearson

-,230

,103

,045

-,121

Significância

,170

,542

,793

,475

 

Escolaridade

Correlação de Pearson

-,005

,070

,178

-,082

Significância

,975

,683

,291

,631

 

Ocupação

Correlação de Pearson

-,118

,114

,049

-,134

Significância

,487

,501

,772

,430

    Não observou-se associações significativas entre as variáveis sociedemográficas e comportamentais dos usuários da ESF de Ibirubá-RS.

    Entretanto estudos tem demonstrado associações significativas entre grau de instrução e níveis de atividade física. Dados recentes de países como Austrália, Canadá e EUA revelaram que grupos com maior grau de instrução são de 1,5 a 3,1 vezes mais ativos do que aqueles com menor grau (ANDREOTTI; OKUMA, 2003).

    Ainda segundo Gomes et al., (2001), em pesquisa feita com moradores do Rio de Janeiro, quanto maior o grau de escolaridade, maior a freqüência de atividade física de lazer em ambos os sexos.

    Pitanga e Lessa (2005) observaram associação significativa entre idade, escolaridade e tipo de lazer, ou seja, os mesmos, demonstram que homens entre 40-59 anos de idade com baixo nível de escolaridade, além de casados, separados e viúvos têm mais possibilidades de serem sedentários no lazer.

    Coqueiro (2007), quando analisou o tipo de lazer, verificou que 75% dos indivíduos eram inativos, e, mais da metade (52%) sequer relatou realizar pelo menos uma atividade de lazer durante a semana.

Conclusão

    Com base nos resultados obtidos neste trabalho, foi possível concluir, que na população de hipertensos e diabéticos atendidos no ESF Floresta de Ibirubá, RS, há uma predominância de indivíduos do sexo feminino, do lar, com baixa escolaridade. Com isso há necessidade de uma intervenção específica para essa população, que deve ser feita de forma clara e com o auxílio de recursos atrativos e de fácil compreensão.

    Notou-se que o tratamento é realizado através de medicação e que pouquíssimas pessoas realizam alguma atividade física, como forma de prevenção.

    Cabe aqui, uma intervenção de um Educador Físico, que favoreça a mudança de hábitos e estilos de vida ligados a atividade física, contribuindo assim na promoção da saúde e prevenção de complicações tanto para de pessoas com hipertensão e diabetes como da população em geral, diminuindo assim os custos com o tratamento curativo. Destacando a idéia principal das ESF, que seria de não enfocar em tratar as doenças e sim, criar estratégias para prevenção de doenças futuras.

    Dessa forma, recomenda-se aos gestores públicos, a reestruturação da ESF, com a inserção de outros profissionais, visando o desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, que possibilite a toda a população assistida uma melhor qualidade de vida.

Referências

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  • GOMES, V. B. et al., Atividade Física em uma amostra Probabilística da População da Município do Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, n 14, v 4, p 969-976, 2001.

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  • SILVA, C. A. B. A Educação no Tratamento das Doenças Crônicodegenerativas. Disponível em: http://www.sumarios.org/pdfs/247_385.pdf, Acesso em: 16 nov. 2008.

  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO Benefícios da Atividade Física. Disponível em: http:www.sbh.org.br. Acesso em 16 nov. 2008.

  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Benefícios da Atividade Física. 2007. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/atividade_fisica/benef_at.php. Acesso em: 06 mai 2008.

  • VIEIRA, Prof. A. Saiba como Cuidar da Hipertensão na Atividade Física. Disponível em: http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=1592, Acesso em: 16 nov. 2008.

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