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Efeito agudo do alongamento estático em músculo agonista nos

níveis de ativação e no desempenho da força de homens treinados

Efecto agudo del estiramiento estático en un músculo agonista en los niveles

 de activación y en el rendimiento de la fuerza en hombres entrenados

 

*Bolsista do Grupo de Extensão e Pesquisa em Exercício e Saúde

**Pesquisador do Grupo de Extensão e Pesquisa em Exercício e Saúde

(Brasil)

Reinaldo do Nascimento da Silveira*

Joni Marcio de Farias*

jmf@unesc.net

 

 

 

 

Resumo

          Investigar os efeitos do alongamento muscular na resposta aguda neural tornou-se foco bastante atrativo de pesquisas atuais quando se considera que o desempenho da força esta diretamente relacionada a alterações dos níveis de ativação muscular. Este estudo avaliou os efeitos de 10 a 40 segundos de alongamento estático na ativação muscular e no desempenho da força precedido ao teste de repetição máxima de sujeitos treinados. Foram avaliados 20 homens com idade média 21,75 (±3,49) randomizados em 4 grupos de acordo com os seguintes tempos de alongamento, (TF10s.), (TF20s.), (TF30s), (TF40s), TF corresponde a Treinamento de Força. Na etapa Controle (C) os sujeitos foram submetidos ao teste de repetição máxima no exercício de supino com halteres. Na etapa Experimental (E) foram submetidos ao alongamento estático com intensidade de 10% de 1RM, seguidamente realizaram o teste de repetição máxima. Nas duas etapas foram realizadas as análises da ativação muscular com eletromiografia de superfície. Como procedimento estatístico utilizou-se Anova One-Way comparando características antropométricas e funcionais dos grupos, o teste “t” foi utilizado para amostras pareadas, comparando controle e experimental, (p< 0,05). Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativa (p > 0,05); no desempenho da força e nos níveis de ativação agonista comparando os diferentes tempos de alongamento da etapa (E) ao experimento sem alongamento da etapa (C). Conclusão: o exercício de alongamento nos tempos e intensidades estudados parecem não exercer aguda sobre os níveis de ativação a ponto de potencializar o desempenho da força em teste de repetições máxima. Desta forma, outras intensidades de alongamento podem ser investigadas buscando modular positivamente estes resultados.

          Unitermos: Alongamento estático. Ativação muscular. Força. Desempenho.

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 145 - Junio de 2010

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Introdução

    O exercício de alongamento muscular como estratégia de preparação para realização das seções de exercício físico associado a melhora do desempenho e redução de lesões é comum, no entanto a sua influencia não esta bem descrito na literatura1.

    Os estudos utilizados para fundamentar esta pesquisa, justificando sua prática com finalidade de melhorar o desempenho, ainda são bastante controversos, principalmente relacionando seções de treinamento para força e potência muscular2.

    Especificamente o uso do exercício de alongamento buscando potencializar a força (in vivo) se sustenta no pressuposto de se tentar atingir uma maior ativação das pontes transversas, visto que experimentos (in vitro)3,4,5 demonstraram aumentar a força de contração quando se aumenta o espaçamento longitudinal entre actina e miosina até determinados pontos.


    Em alguns estudos (in vivo), foi verificado efeito negativo do alongamento muscular no desempenho da força e potência muscular, sugerindo alguns fatores intervenientes, como alterações nas propriedades visco elásticas das unidades músculo-tendíneas, redução da ativação de unidades motoras e aumento da complacência músculo-tendínea6,8,9. Outros estudos não apresentam nenhum efeito, seja ele deletério ou positivo para o ganho de força muscular12,13,14.

    Em contraponto, os estudos atuais têm encontrado dificuldade em medir e atingir este possível estágio anatômico com exercício de alongamento (in vivo), e desta forma, ainda são apenas pressupostos que necessitam de maiores investigações.

    Neste sentido, a utilização de exercícios de alongamento muscular como ação responsável para se alcançar maiores níveis de ativação muscular e conseqüentemente aumentar a produção de força nos exercícios resistidos ainda é pouco explorado.

    Entretanto, mesmo com estas divergências, optou-se neste trabalho em investigar (in vivo), os efeitos de diferentes tempos de alongamento muscular nos níveis de ativação e na produção de força em músculo esquelético.

Métodos

    Sujeitos do estudo: Foram avaliados 20 sujeitos do sexo masculinos idade média 21,75 (±3,49), com experiência de 2 a 3 meses de treinamento que não faziam uso suplemento de qualquer natureza. Foram randomizados em 4 grupos de acordo com os seguintes tempos de alongamento para o Treinamento de Força 10, 20, 30 e 40 segundos respectivamente (TF10s), (TF20s), (TF30s), (TF40s).

    O protocolo experimental: foi aprovado pela Comissão de ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Extremo Sul Catarinense – (UNESC) devido ser com seres humanos.

    Etapa Controle: os sujeitos realizaram as avaliações antropométricas que obedeceram à padronização7, para cálculo da densidade corporal, e modelo matemático8, para estimativa do percentual de gordura, análise eletromiográfica9, teste de repetições máxima10.

    Análise Eletromiográfica, neste procedimento foi utilizada configuração Bipolar, onde os dois eletrodos são alocados sobre o feixe muscular que se deseja estudar, e o terceiro, chamado terra, é alocado em uma região não afetada (tornozelo direito) medindo-se a diferença de potencial elétrico dos dois eletrodos e captando a soma da atividade elétrica de todas as fibras musculares ativas do músculo peitoral maior tomando como valor de análise o Sinal Médio Retificado (RMS), tendo-se como referência o eletrodo terra.

Figura 1. Alocação dos eletrodos de superfície, configuração bipolar

    Teste de Repetições Máximas: neste teste os sujeitos foram orientados a realizar o máximo de repetições suportável até fadiga muscular identificada pôr ineficiência mecânica para realização do movimento em uma única série no exercício de supino horizontal com halteres calculando-se a força máxima produzida10 que propõe modelo matemático: Força Máxima = carga / 100% - (2 x n° Repetições realizadas).

Figura 2. Execução do teste de RPM com análise eletromiográfica

    Etapa Experimental: Foi realizada após 48 horas onde foram submetidos ao alongamento estático com adução do ombro em decúbito ventral com braços totalmente estendidos tendo como músculo agonista o peitoral maior em que a amplitude respeitou o grau máximo de desconforto realizado em um único movimento mantendo-se estaticamente pelo tempo previamente determinado. Para avaliar a resistência foi utilizado dois alteres correspondendo a 10% de 1RM do exercício resistido de adução abdução do ombro em decúbito ventral com cotovelo semi-flexionado calculado segundo protocolo10.

Figura 3. Execução do alongamento estático em decúbito ventral

    Posteriormente os sujeitos foram submetidos ao teste de repetições máxima no exercício supino horizontal com halteres e análise eletromiográfica que obedeceram aos mesmos critérios da etapa controle, realizando 30 segundos de intervalo entre o exercício de alongamento e o teste.

    Condução dos Experimentos: As etapas controle e experimental de avaliação foram conduzidas pelos mesmos avaliadores (três), as avaliações foram individuais, ou seja, avaliadores e o avaliado, nos mesmos horários no laboratório de biomecânica da Clinica de Fisioterapia da Unesc, não era permitido realizar aquecimento prévio.

    Análise estatística: Os dados descritivos foram apresentados com média e desvio-padrão. Após randomização das características antropométricas, o desempenho da força e dos níveis de ativação na fase controle foram comparadas pelo teste (One way) ANOVA. O desempenho da força e dos níveis de ativação na fase controle e experimental foram comparados pelo teste “t” para amostras pareadas com nível de significância (p<0,05).

Resultados

    A tabela 1 apresenta a caracterização dos sujeitos quanto: idade (anos) , estatura (Cm), peso corporal (Kg). Massa Magra Corpórea (MMC) em (Kg), percentual de gordura corpórea (G%), desempenho da força e níveis de ativação em RMS expresso em micro Voltz (mV) na fase controle.

Tabela 1

Variáveis

TF10

TF20

TF30

TF40

(p>0,05)

Idade

22,8 (±3,49)

24,2 (±3,96)

19,6 (±1,51)

20,4 (±3,28)

(0,10)

Peso

69,18 (±9,05)

70,52 (±11,78)

68, 26 (±9,46)

71,38 (±9,13)

(0,89)

Estatura

173 (±4,38)

174 (±7,4)

177 (6,11)

178 (6,43)

(0,58)

MMC

59,63 (±5,03)

59,71(±6,30)

61,03 (7,26)

61,33 (6,78)

(0,99)

G%

13,4 (±4,25)

14,8 (±6,14)

10,7 (3,63)

14 (2,25)

(0,41)

Força

76,03 (±15,48)

91,12 (±34,13)

88,29 (44,89)

80,79 (44,70)

(0,91)

RMS

11.489,2 (±2.522)

13.367,4 (±7.310)

14.440,2(6.653)

13.476,8 (4.932)

(0,80)

Os dados são apresentados em média ± desvio padrão. Abreviaturas: Treinamento de Forca 10, 20, 30, 40 segundos respectivamente, 

(TF10s), (TF20s.), (TF30s.), (TF40s.). (MMC) Massa corpórea magra, (G%) percentual de gordura corpórea. (RMS) Sinal médio Retificado.

    Os resultados obtidos na caracterização da amostra não apresentam diferença estatística significante (p>0,05) sugerindo homogeneidade entre os grupos o que qualifica ã comparação dos resultados da fase controle a experimental entre os grupos.

    A tabela 2 apresenta resultados do desempenhos da força máxima na fase controle e experimental Kgf.

Tabela 2

Grupo

Força controle

Força experimental

(p > 0,05)

TF10

76, 03 (±15, 48)

76, 02 (±25, 29)

(p > 0, 99)

TF20

91, 12 (±34, 13)

76, 47 (±25, 87)

(p > 0, 50)

TF30

88, 29 (84, 49)

70, 97 (±14, 92)

(p > 0, 45)

TF40

80, 79 (40, 70)

66, 83 (±23, 65)

(p > 0, 53)

Treinamento de Forca 10, 20, 30, 40 segundos respectivamente, (TF10s), (TF20s.), (TF30s.), (TF40s.)

    Comparando o desempenho da força na fase controle com a experimental não se observou diferença estatisticamente significante, sugerindo que o exercício de alongamento estático não teve efeito sobre o desempenho da força nos tempos de alongamento estudados.

    A tabela 3 apresenta resultados do desempenhos dos níveis de ativação em RMS expresso em micro Voltz (mV) na fase controle e experimental .

Tabela 3

Grupo

Força controle

Força experimental

(p > 0,05)

TF10

76, 03 (±15, 48)

76, 02 (±25, 29)

(p > 0, 99)

TF20

91, 12 (±34, 13)

76, 47 (±25, 87)

(p > 0, 50)

TF30

88, 29 (84, 49)

70, 97 (±14, 92)

(p > 0, 45)

TF40

80, 79 (40, 70)

66, 83 (±23, 65)

(p > 0, 53)

Treinamento de Forca 10, 20, 30, 40 segundos respectivamente, (TF10s), (TF20s.), (TF30s.), (TF40s.)

    Analisando os resultados do desempenho dos níveis de ativação na fase controle a experimental não se observou diferença estatisticamente significante sugerindo que o exercício de alongamento estático na intensidade realizada não apresentou efeito sobre os níveis de ativação muscular em nenhum dos tempos estudados.

Discussão

    Estudos têm demonstrado o efeito agudo deletério dos exercícios de alongamento muscular no desempenho da força comparando o aquecimento sem alongamento na fase controle, e alongamento estático associado ao processo de aquecimento na fase experimental sendo: alongamento estático + corrida; alongamento estático + exercícios específicos na fase experimental. Os resultados demonstraram que os menores valores na produção de força explosiva foram encontrados quando antecedidos de exercícios de alongamento estático no processo de aquecimento, porém, quando comparados os resultados da fase experimental os maiores valores no desempenho força explosiva foram encontrados em alongamento + exercícios específicos11,12,13,14,15.

    A comparação de diferentes formas de alongamento apresentou menores valores para o alongamento com facilitação neuro-muscular propioceptiva (FNP) do que para o alongamento estático12. O FNP foi realizado permanecendo passivamente em posição estático por 20 segundos, seguido de contração isométrica máxima durante 10 segundos, após realizava-se uma séries de alongamento buscando amplitude até o limiar de dor máxima, sendo assim, um com de alta intensidade.

    Em outro estudo13 para o teste de 1 RM no exercício leg press, encontram resultados significativamente menores para os indivíduos que realizaram antecipadamente ao teste, uma sessão de alongamento estático com duração de 20 minutos, em comparação aos indivíduos que realizaram o teste nenhum tipo de protocolo de alongamento.

    Esses achados também foram descritos em outros estudos14 que verificaram efeito deletério sobre o pique torque, potência muscular e respostas eletromiográficas nos extensores do joelho quando antecedidos do método de alongamento estático e de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) utilizando em seus protocolos desconforto máximo suportável.

    Resultados aproximados foram encontrados15 que demonstram atenuação no desempenho dos saltos vertical quando o mesmo era antecedido de exercícios de alongamento estático. No entanto nas respostas eletromiográficas do músculo gastrocnêmicos apresentaram-se aumentadas, sendo este, um resultado conflitante deste estudo.

    Apesar de os estudos11,12,14,15 avaliarem potência muscular e o presente avaliar força dinâmica, e este fator diferenciar significativamente os mecanismos de ativação muscular, chama-se atenção para intensidade do alongamento em que os autores utilizaram parâmetro subjetivo de desconforto máximo suportável, o que sugere tensão máxima sobre uma amplitude máxima de alongamento.

    Diferentemente do presente estudo que foi conduzido quantificando-se a intensidade em 10% de 1 RM do exercício resistido crucifixo com mesma biomecânica na fase excêntrica do exercício de alongamento estático utilizado.

    Desta forma sugere-se que controlar a intensidade a partir de resultados percentuais de 1RM possa ser uma estratégia com papel importante na modulação dos resultados para força dinâmica e que podem ser investigados em estudos futuros avaliando potência muscular.

    No entanto, quando se analisa a variável tempo de alongamento os resultados sugerem não ser um fator determinante quando realizados entre 10 e 40 segundos com seção única, pois neste estudo não se observou diferença entre os grupos. Esta análise se reforça quando se compara o protocolo dos estudos9,10,11 e dos estudos12,13,13,1 que utilizaram diferentes tempos de alongamento e intensidade semelhantes apresentaram resultados aproximados.

    Em contrapartida, o tempo da seção bem como o numero de séries de alongamento parece exercer influencia negativa ao desempenho da força como demonstrado em outros estudo9.

    Já outros autores16,17,18,19,20,21,22 não demonstraram diferença significativa no desempenho da força dinâmica com alongamento muscular como estudo realizado que avaliou a força muscular após alongamento estático e dinâmico de 30 segundos através do exercício de extensão de perna não encontrou diferença entre o grupo que realizou alongamento estático e o grupo de controle16.

    O efeito agudo semelhante do alongamento estático avaliando 11 sujeitos submetidos ao alongamento de 30 segundos estático para membros inferiores comparado ao aquecimento isolado realizado através de 20 repetições do próprio exercício com carga leve previamente realização de um teste de 10 RM no exercício leg press 45°, sendo respeitadas 48 horas de intervalo entre a aplicação dos testes não encontrou diferenças estatística entre o exercício de alongamento e o aquecimento específico prévio ao teste17.

    O efeito de dois protocolos de aquecimento comparado ao exercício de alongamento estático isolado em um teste de 1 RM no exercício leg press, onde utilizaram para grupo 1: 10 minutos de exercício aeróbico com intensidade de 60-80% da freqüência cardíaca máxima, grupo 2: aquecimento específico com 20 repetições com cargas leves e grupo 3: seis exercícios de alongamento de uma série de 10 segundos até o limiar de dor para os grupos musculares envolvidos no teste18. Em conclusão, não foi observada diferença significativa da força nos diferentes protocolos estudados.

    Em outro estudo19 também verificaram volumes maiores de repetições e não encontraram diferenças significativas no número máximo de repetições no exercício supino horizontal com 80% de 1 RM utilizando dois protocolos distintos. O primeiro foi caracterizado pela execução de 15 repetições com 40% da carga de 1 RM do próprio exercício, e o segundo constituído de três exercícios de alongamento para os músculos envolvidos no supino em uma série, com tempo de tensão de 20 segundos.

    A produção de força após exercícios de alongamento passivo de 20 segundos e aquecimento específico com volume de 15 repetições com 50% da carga de 10 RM, análise realizada através do volume de repetições em três séries não encontrando diferença estatística entre os protocolos de alongamento e aquecimento20.

    A influência alongamento FNP comparado ao aquecimento específico no desempenho da força muscular através do teste de 1 RM no exercício supino horizontal21. O aquecimento específico foi realizado com duas séries de 20 repetições com cargas leves adotando 30 segundos entre as séries. O alongamento FNP conduziu-se o movimento no limite máximo sustentando por 6 segundos, seguido de 5 segundos de contração isométrica e posterior alongamento por 6 segundos no limite máximo sustentado. Não foram observadas diferenças significativas nas cargas mobilizadas no teste de 1RM entre o alongamento FNP e o aquecimento específico.

    Resultados aproximados foram encontrados22 não encontrando diferenças no desempenho do salto utilizando o alongamento FNP e o alongamento estático, onde o FNP foi realizado com uma contração isométrica submáxima de 5 segundos do músculo agonista seguida de alongamento passivo de 15 segundos.

    Comparando os resultados do presente estudo a literatura observamos que reforçam-se parte dos achados descritos por parte da literatura16,17,18,19,20,21,22 por não apresentar diferença significativa no desempenho da força dinâmica.

    Sendo assim, embora existam evidencias sugestivas de que a variável intensidade possa ser capaz de modular os resultados dos níveis de ativação muscular, os estudos até o presente momento são insuficientes para descrever uma estratégia de alongamento capaz de alterar os fatores neurais a ponto de se atingir níveis de ativação que se reflita em melhora no desempenho da força muscular e da potência muscular.

Conclusão

    Os resultados apresentados no presente estudo demonstram que o exercício de alongamento estático não alterou negativamente os níveis de ativação e o desempenho da força em teste de repetições máxima na intensidade realizada, no entanto, sugerindo-se que não existe diferença entre a realização ou não realização de alongamento estático previamente ao teste de repetição máxima.

    Estes resultados não devem contra-indicar a realização do alongamento estático nas seções de exercício resistido, pois este estudo como grande parte da literatura avaliou o desempenho em situações de teste para força dinâmica e potência muscular, e desta forma, não são conclusivos para uma seção de treinamento ficando em aberto para estudos futuros avaliar este efeito.

    Os resultados da literatura atual apesar de conflitantes até o presente momento parecem apontar para um consenso, o exercício de alongamento muscular estático parece não alterar o desempenho da força dinâmica e alterar negativamente o desempenho da potência muscular.

    No entanto, algumas evidências nos sugerem a realização de estudos adicionas avaliando diferentes intensidades de alongamento buscando modular os resultados negativos para potência muscular.

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