Notas sobre o corpo: uma discussão da experiência da beleza em sua condição bio-cultural Notas sobre el cuerpo: una discusión sobre la experiencia de la belleza en su condición bio-cultural |
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*Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Bolsista da CAPES Grupo de Pesquisa Corpo e Cultura de Movimento **Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Grupo de Pesquisa Corpo e Cultura de Movimento |
Liege Monique Filgueiras da Silva* Profª. Dra. Karenine de Oliveira Porpino** (Brasil) |
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Resumo Em uma busca incessante pela eficiência e eficácia, a vida humana é enquadrada em padrões e controlada por aquilo que se deve ter, ser, ouvir, sentir e fazer. Compreendemos que a nossa forma de ver e perceber o corpo e a beleza não são inatos, mas estão pautados também pelo contexto cultural dos indivíduos. Nesse sentido, este texto constitui-se uma reflexão acerca do conhecimento do corpo, considerando-se a beleza em sua condição bio-cultural, no sentido de apontar contribuição da temática no campo da Educação Física. Unitermos: Corpo. Beleza. Cultura. Educação Física
Resumen En una búsqueda incesante de la eficiencia y la eficacia, la vida humana está regulada y controlada por normas de lo que debería ser, oír, sentir y hacer. Entendemos que la forma de ver y percibir el cuerpo y la belleza no son innatas, sino que se orientan por los antecedentes culturales de los individuos. Así, este texto es una reflexión sobre el conocimiento del cuerpo, teniendo en cuenta la belleza en su condición de bio-cultural, en el sentido de apuntar a contribuir sobre el tema en el ámbito de la Educación Física. Palabras clave: Cuerpo. Belleza. Cultura. Educación Física
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010 |
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Introdução
Vivemos em um novo e um velho tempo, em um novo e velho mundo, com novos e velhos desejos, com novos e velhos desafios, com novos-velhos homens. Trata-se de uma nova progressão do homem, onde sua subjetividade vem sendo construída, moldada, fabricada e consumida pelo mercado, pela indústria, pela sociedade, e também, pelo próprio homem.
Em uma busca incessante pela eficiência e eficácia, a vida humana é enquadrada em padrões, em ritmos, em regras, em modelos, controlados por aquilo que se deve ter, ser, ouvir, sentir e fazer.
Essa lógica envolve o homem de tal forma que ele nunca pode se mostrar desviado, frágil, cansado e abatido. Portanto, no que confere ao corpo, somos marcados por um destino devastador, a saber: a perfeição e o corpo padronizado.
Nesse contexto, temos a possibilidade de corrigir, mudar e ajeitar nossas imperfeições corporais, ou seja, não é mais o caso de contentar-se com o corpo que se tem, mas modificar suas bases para completá-lo ou torná-lo conforme a idéia que dele se faz (LE BRETON, 2008, p. 22). Dispensa-se o antigo e feio corpo, por um novo corpo, arquitetado, fabricado e construído de acordo com os desejos e interesses dos indivíduos.
Compreendemos que a nossa forma de vê e perceber o corpo e a beleza não são simplesmente inatos, mas estão pautados por um contexto cultural. Portanto, nosso olhar para as coisas, aquilo de chamamos de “belo” ou de “feio” não são apenas biológicos, genéticos ou naturais, sobre isso nos afirma Le Breton (2009, p.18) nosso gostos mais elementares, e até a forma do nosso corpo e tantas outras características, provêm de um meio social e cultural particular.
Entendemos que, embora a discussão em torno do corpo e da beleza nos pareça corriqueira e comum na atualidade, devido o aumento considerável do interesse pela temática na Educação Física, parece encontrar nela um espaço privilegiado para debater as suas concepções e os discursos normatizadores que a cercam. Portanto, para uma área tão fixada no corpo belo, à beleza necessita ser continuamente repensada, sob o risco de ser difundida pela sociedade e instituições pedagógicas numa concepção linear e objetiva, ao reduzir a contemplação do corpo belo aos padrões impostos socialmente.
Desse modo, este texto constitui-se uma reflexão acerca do conhecimento do corpo, considerando-se a experiência da beleza em sua condição bio-cultural, com vistas a apontar contribuição da temática no campo da Educação Física.
Inicialmente, ressaltaremos, o conhecimento do corpo e sua relação com a natureza e a cultura. Posteriormente, discutiremos a experiência da beleza em sua condição bio-cultural. Em seguida, apresentaremos algumas reflexões apontando contribuições da temática no campo da Educação Física.
Notas sobre o corpo
Podemos perceber que o corpo vem sendo tematizado e discutido por diferentes instituições sociais, bem como, nas mais diversas formas de cultura, pensamento e conhecimento, como por exemplo, a Religião, a Ciência, a Educação e a Arte.
Ao corpo, são atribuídos crenças, formas, valores, conceitos e concepções, que determinam como o ser humano deve se enquadrar nas sociedades e nas culturas. Portanto, o conhecimento que temos sobre o corpo é marcado, sobretudo, pela nossa trajetória e pelas idéias que vão sendo incorporadas ao longo de nossas vidas.
Nesse sentido, nosso corpo não é apenas uma mera herança biológica ou um anexo do humano, mas está situado, no mundo dos sentidos, das significações, das relações e da história.
Para Merleau-Ponty (2006) o corpo é a forma de ser e estar no mundo. No entanto, não o mundo enquanto objeto ou idéia, pois o mundo não é aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo; eu estou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele, mas não o possuo, ele é inesgotável (MERLEAU – PONTY, 2006, p.14).
Para o filósofo tudo nos é acessível através do corpo, o mundo nos é revelado pelos nossos sentidos e pela experiência de vida, logo não são necessários instrumentos nem cálculos para ter acesso a ele [...] aparentemente, basta-nos abrir os olhos e nos deixarmos viver para nele penetrar (MERLEAU-PONTY, 2004, p. 1).
Deste modo, compreendemos que o corpo se comunica, exprime e revela uma gama de emoções numa constante e indubitável relação com o mundo, em outras palavras:
Meu corpo é meu por carregar traços de minha história pessoal, de uma sensibilidade que é minha, mas contém igualmente uma dimensão que em parte me escapa, remetendo aos simbolismos que conferem substância ao elo social, sem os quais eu não seria (LE BRETON, 2009, p.37).
No entanto, com o desenvolvimento da informática e cibernética, bem como, o desejo de perfeição, o ser humano tem adentrado em um estado maquinal, ou seja, a máquina esta se humanizando e o homem se mecanizando (LE BRETON, 2009, p. 24).
Sobre isso Michaud (2009) afirma que a partir do momento em que se desenvolvem tudo aquilo que podemos denominar de engenharia biotecnológica, aparece o tema do homem mecânico, especialmente:
Os enxertos, as cirurgias para mudança de sexo, as intervenções na reprodução de modificação genética e de clonagem, as intervenções “biotech”, tudo isso permite entrever o aparecimento de um homem mutante, filho de suas próprias opções e de suas próprias técnicas, com esta ambigüidade que não se sabe se aqui se trata de um homem inumano por desumanização ou de um super-homem que ultrapassa a humanidade para levá-la mais alto e mais longe e levá-la a plenitude (MICHAUD, 2009, p. 551-552).
Nesse contexto, dissocia-se o corpo do homem, e ele passa a ser mensurável, quantificável, fragmentado e privado de sua dimensão subjetiva. Essas características têm acompanhado as práticas anatômicas e as tecnologias de visualização, como nos afirma Ortega (2008, p. 104) elas correspondem a uma relação com o corpo como “algo que se tem” e não como “algo que se é”.
Nesse sentido, o autor citado chama a atenção em uma questão fundamental, a relação do corpo como uma imagem, onde por meios das tecnologias há uma projeção e objetivação de um corpo, um corpo ideal.
Para Le Breton (2008) esse desejo de perfeição e essa ruptura do corpo com o homem, inicia-se, sobretudo, a partir da anatomia, momento em que foi possível ultrapassar os limites da pele, isolando o homem do corpo e tornando-o objeto.
No entanto, compreendemos que embora na tradição médica essa objetivação e fragmentação do corpo ainda seja dominante, diferentes racionalidades médicas não se enquadrem nesse modelo racionalista e normativo de corpo.
Dessa maneira, talvez um dia possamos ser máquinas, tempos em que o corpo será necessariamente perfeito, por meios das máquinas de sobrevivência, dos corpos fabricados pela tecnociência, dos robôs programados, e da durabilidade eterna. Entretanto compreendemos a partir das palavras de Merleau-Ponty apud MENDES e NÓBREGA (2004, p. 134) que a máquina funciona, o animal vive, ou seja, ele reestrutura seu mundo e seu corpo, portanto:
O corpo não merece tal designação, uma vez que, ele envelhece, sua precariedade o expõe a lesões irreversíveis. Não tem a permanência da máquina, não é confiável quanto ela, nem dispõe de condições que permitem controlar o conjunto de processos que nele ocorrem. Enquanto a máquina por sua vez, é igual, fixa, nada sente por que escapa à morte e ao simbólico (LE BRETON, 2008, p. 19).
Portanto, o corpo é a nossa razão de ser, o elemento material de nossa identidade, presença e existência no mundo. Sendo assim, ele significa muito mais do que essa possível perfeição ou simplesmente um amontoado de órgãos justapostos, em outras palavras:
O corpo expressa a unidade na diversidade, entrelaçando o mundo biológico e o mundo cultural [...]. Com meu corpo atuo no mundo. [...] O corpo realiza a existência, põe o sujeito em situação, diferenciando-se dos objetos exteriores. [...] Aprendo o mundo com o corpo, mas esta apreensão é sempre uma síntese inacabada, formada pelas perspectivas de situação vivida (NÓBREGA, 2005, p. 63 e 64).
Desse modo, as experiências, as vivências, os conceitos, e as concepções, perpassam nosso corpo, entrelaçando o mundo biológico e cultural. Para tanto, ao corpo não são conferidos apenas questões biológicas, mas uma gama de significações, manifestações e convenções sociais. Isso nos faz reconhecer que o conhecimento que temos sobre o corpo e suas formas de utilização, podem ser considerados enquanto uma articulação entre natureza e cultura.
Portanto, com essa reflexão sobre o corpo, ao qual é inseparável da nossa história social e cultural, compreender a beleza em sua condição bio-cultural se faz significativo para entendermos os diversos sentidos conferidos ao corpo, sobretudo, a beleza.
A beleza em sua condição bio-cultural
Compreendemos que a vivência da beleza estar presente em nosso cotidiano por meio da arte, do esporte, da dança, do jogo, das imagens, dos corpos, dentre outras formas de expressão humana. Essa vivência, no entanto, não se resume ao conceito clássico de beleza ou a padrões pré-estabelecidos, ela é bem mais ampla, como nos afirma Porpino (2003):
É preciso considerar que esse ideal clássico de beleza, não é o único, nem o suficiente para abarcar todas as possibilidades do estético, podendo ser considerado apenas um conceito, dentre tantos outros na contemporaneidade (PORPINO, 2003, p. 152).
Nesse contexto, a partir da fenomenologia, outra concepção de beleza é possível. Aquela que não se fixa no objeto, nem tão pouco no sujeito, mas estabelece uma relação de imanência entre eles, aguçando os sentidos e entrelaçamento o sujeito ao objeto e vice-versa.
Desse modo, essa experiência deve transcender os modelos ditos “ideais” para serem tomados e ancorados pelo deslumbramento e sensibilidade que os nossos olhos podem contemplar. Compreendemos aqui a partir de Nóbrega (2003) uma descrição fenomenológica de beleza, onde outros sentidos são considerados para além do modelo clássico de beleza:
O belo não é uma idéia ou modelo, precisa ser experimentado, vivido, solicitando assim, a sensibilidade, como convite á contemplação. Na descrição fenomenológica, o belo não é uma forma idealizada ou uma redução ao gosto exclusivo do sujeito, mas uma articulação que acontece na percepção como interpretação dos sentidos proporcionados pelos jogos expressivos do corpo (NÓBREGA, 2003, p. 139).
Dessa maneira, corpo como campos de reflexões, discursos e intervenções sociais, possuem múltiplos significados que variam ao longo do tempo, fazendo com que um indivíduo nunca seja considerado totalmente belo, ou seja, belo em absoluto, mas de forma relativa, já que esse conceito varia ao longo do tempo e das culturas. Isso ocorre, porque as culturas abarcam as dinâmicas, rupturas e conflitos de geração, de modo que, não apenas a concepção, mas o próprio “gênero” de beleza é modificado (VIGARELO, 2006).
É possível perceber que essas transformações temporais e coletivas, constituem as concepções de beleza dos indivíduos. Logo, os discursos a cerca da beleza, não podem ser reduzidos a contemplar e divulgar um único modelo, já que são múltiplas as interpretações da beleza criadas na história que podem ser revividas e resignificadas (VIGARELO, 2006, p. 157).
Nesse contexto, consideramos a vivência da beleza como uma possibilidade de envolvimento e aguçamento dos sentidos para além dos modelos ou das informações contidas no objeto. A beleza na relação de imanência entre o sujeito e o objeto e na troca recíproca entre os mesmos, onde novas interpretações sejam possíveis advindas de experiências já realizadas.
Sabemos que esses olhares são distintos e singulares, pois em cada lugar, em determinada época e em determinado contexto sócio-cultural os sentidos e as concepções de beleza impossibilitam determinar, estabelecer e compreendê-la a partir de um único modelo de corpo universal.
Para Lévi Strauss apud Mendes e Nóbrega (2004) não é possível distinguir em que momento os fatos naturais se transformam em culturais, mas somente como eles se articulam.
Assim, o corpo como algo comum entre todos os seres humanos, revela e expressa singularidades que são individuais e coletivas, nesse contexto, ainda que todos os homens de todo o planeta disponham do mesmo aparelho fonador, eles não falam necessariamente a mesma língua (LE BRETON, 2009, p. 9).
Nessa perspectiva, compreendemos que o homem constrói um mundo de sentidos, valores, emoções, sentimentos, linguagem e comportamentos que são de um lado uma construção social e do outro, cultural. Para tanto, embora as relações humanas por vezes se assemelhem, elas não são idênticas. Haja vista, em cada sociedade há uma demarcação de um repertório corporal que traduzem sentidos aqueles indivíduos.
Corroborando com essa discussão, o autor citado acrescenta que:
Da mesma forma que existe uma língua materna, há uma corporeidade materna, aquela de acordo com a qual o sujeito está mais acostumado a viver sua relação física com o mundo (LE BRETON, 2009, p.47).
Desse modo, o corpo ao ser constituído de uma natureza biológica, e também cultural, constrói sua história mediante suas experiências de vida, os valores concebidos, os caminhos percorridos e os sentidos atribuídos pela sociedade. Nesse percurso, o corpo se refaz, deixa marcas e é marcado tanto em sua estrutura orgânica, quanto em suas interações culturais.
Sendo assim, não podemos definir qual cultura seja “melhor” ou “pior”, “normal” ou “anormal”, já que ao falar de cultura tudo é relativo. Mendes (2002, p. 30) amplia a discussão ao dizer segundo Lévi-Strauss (1983) que nenhuma cultura é melhor do que a outra e, é justamente na originalidade de cada uma, que somos capazes de assistir ao que é universal entre ela.
Logo, entendemos que o ser humano ultrapassa o nível biológico e forma uma unidade entre o cultural e o natural, criando um mundo de significações para o corpo, capaz de reconhecê-lo e percebê-lo sob diferentes perspectivas, desautorizando, portanto, a idéia da mundialização de um corpo padrão (MENDES; NÓBREGA, 2004, p. 129).
Dessa maneira, compreendemos que os sentidos dados ao corpo e a beleza, divergem entre as culturas, de modo que, aquilo que se tem por belo, pode mudar radicalmente de significado em outro contexto cultural, já que o corpo e o belo modificam, são (re) criados.
Portanto, somos mais do que um dado natural, já que trazemos marcas sociais e históricas, consoantes ao tempo e a cultura onde vivemos. Assim, considerar a beleza em sua condição bio-cultural é pensar que temos essa dualidade em nós, sendo relevante para Educação Física uma constante reflexão sobre os modelos de beleza que são disseminados, uma vez que, muitas possibilidades e sentidos podem ser conferidos ao corpo, sobretudo, a beleza.
Contribuições para a Educação Física
Ressaltamos o conhecimento do corpo e sua relação com a natureza e a cultura. Corpo que revela convicções, sentimentos, paixões, emoções, transformações, palavras, memórias, sentidos, significações. Corpo que constitui-se de encontros e desencontros, passos e contrapassos, sentidos e intenções que se entrelaçam em um contexto sócio-cultural. Corpo que ao movimentar-se, cria e recria realidades inusitadas com o mundo e com os outros corpos. Corpo que é biológico, mas também é natureza e cultura, em outras palavras:
O homem é considerado um ser bio-cultural, sendo totalmente biológico e totalmente cultural, pois tudo o que é humano possui ligação com a vida [...] o que é biológico no ser humano encontra-se simultaneamente inflitrado de cultura. Todo ato humano é bio-cultural. (MENDES, 2002, p. 46)
Desse modo, a maneira de agir, conhecer e perceber o corpo, e o modo como dele fazemos uso vão se modificando. Portanto, pensar o corpo para além da sua dimensão biológica, numa relação entre natureza e cultura, nos faz compreender que os modelos de beleza vigentes, às inúmeras possibilidades, técnicas e meios para modificação e (re) construção corporal, são pautados por uma construção biológica e o cultural.
De acordo com Porpino (2003) o modelo de beleza disseminado e imposto a ser seguido, não considera os diferentes contextos sociais. Com efeito, estabelecer um único modelo de beleza para se pensar a estética diante de uma imensa diversidade cultural é negar a cultura e a vida social dos indivíduos.
Nesse contexto, se faz significativo refletir os discursos da beleza e a experiência estética em suas inúmeras possibilidades, sobretudo no campo da Educação Física. Pois enquanto área que lida diretamente com o corpo, a partir do diálogo entre diversas áreas de conhecimento, necessita constantemente de reflexões sobre os modelos vigentes de corpo e da forma pela qual, a beleza é compreendida e discutida
Sabemos que a linguagem do corpo na área, possibilita sentidos e significados diversos sobre a aparência, a beleza e a estética. Formas diversas de perceber o corpo, que permite evidenciar diferentes horizontes para compreendê-lo.
Nessa perspectiva, compreender essas nuances constitui um desafio à Educação Física, ao disponibilizar sentidos e significados sobre o corpo, sobre a natureza, sobre a cultura, sobre o ser humano, permitindo sentidos diversos e diferentes horizontes para se contemplar o corpo, a beleza, a vida.
Referências
LE BRETON, David. Adeus ao corpo: antropologia e sociedade. Campinas, SP: Papirus, 2008.
______. Paixões Ordinárias. Tradução Luís Alberto Salton Peretti. Petrópolis: Vozes, 2009.
MENDES, Maria Isabel Brandão de Souza. Corpo e Cultura de Movimento: Cenários epistêmicos e Educativos. Natal, 2002. Dissertação (Mestrado em Educação) – PPGEd, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2002.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Conversas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
______. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
MICHAUD, Yves. Visualizações: O corpo e as artes visuais. In: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História do Corpo 3: As mutações do olhar. O século XX. 3º ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
NÓBREGA, Terezinha Petrucia da. Corpo de tango: reflexões sobre gestos e cultura de movimento. In: LUCENA, Ricardo; SOUZA, Edílson (Org.). Educação Física, esporte e sociedade. João Pessoa: UFPB, 2003.
______. Corporeidade e Educação Física – do corpo objeto ao corpo sujeito. 2º ed. Natal: EDUFRN, 2005.
______; MENDES, Maria Isabel Brandão de Souza. Corpo, Natureza e Cultura: contribuições para a Educação Física. Revista Brasileira de Educação. n.27, p.125-137, dez. 2004.
ORTEGA, Francisco. O corpo incerto: corporeidade, tecnologias médicas e cultura contemporânea. Rio de Janeiro: Garamound, 2008.
PORPINO, Karenine de Oliveira. Interfaces entre Corpo e Estética: (re)desenhando paisagens epistemológicas e pedagógicas na Educação Física. In: LUCENA, Ricardo; SOUZA, Edílson (Org.). Educação Física, esporte e sociedade. João Pessoa: UFPB, 2003. p. 145-160.
VIGARELLO, Georges. A história da beleza. Tradução Léo Schlafman. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
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