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Pliometria aplicada no treinamento de potência

muscular em atletas: uma revisão da literatura

La pliometría aplicada en el entrenamiento de la potencia muscular en atletas: una revisión de la literatura

Plyometrics exercices applied to power workout muscle in athletes: a review of the literature

 

*Discentes do curso de Fisioterapia da

Universidade Católica de Brasília

**Professor Mestre titular do departamento de traumato-ortopedia

e reumatologia e fisioterapia desportiva da

Universidade Católica de Brasília - DF

(Brasil)

Caroline Jacinto Barreto de Souza*

carolinejbs@hotmail.com

Karina Andrade Bicalho*

karinabicalho@hotmail.com

Jaqueline Bontempo Santos*

jackbsantos@hotmail.com

Allan Keyser de Souza Raimundo**

keyserallan@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A potência representa o componente principal da boa forma física, que pode ser o parâmetro mais representativo do sucesso nos esportes que requerem força rápida e extrema. A força juntamente com a velocidade determinam a força explosiva/potência que se apresentam nas principais ações dos desportos. A pliometria se caracteriza como um método utilizado para desenvolvimento da capacidade de força explosiva através de exercícios que ativam o ciclo concêntrico e excêntrico do músculo esquelético provocando sua potenciação mecânica, elástica e reflexa. Este é um trabalho de revisão bibliográfica que visa descrever a importância da pliometria no treinamento de atletas, haja vista a necessidade de uma força explosiva e uma resposta muscular satisfatória e segura para prática de esporte alcançando desta forma um maior rendimento possível. As informações  foram coletadas a partir de livro-texto e artigos publicados na literatura nacional e estrangeira nas seguintes bases de dados: LILACS, BIREME, MEDLINE/PubMed, SciELO A pesquisa inclui trabalhos publicados entre os anos de 1988 a 2009. Pode-se observar que estes exercícios são capazes de desenvolver força explosiva, aumentar a resposta muscular e melhorar a coordenação neuromuscular. A pliometria gera melhora em todo sistema neuromuscular, especialmente na velocidade de contração. No entanto, outros métodos podem/devem ser empregados complementando os exercícios pliométricos para gerar força muscular e conseqüente potência muscular.

          Unitermos: Potência. Treinamento. Atletas. Contração. Alongamento

 

Abstract

          The power is the main component of physical fitness, which may be the most representative parameter of success in sports that require fast and extreme strength. The force along with the speed determines the explosive strength/power that is present in the main action of sports. The plyometric training is characterized as a method of capacity development of explosive strength through exercises that activate the concentric and eccentric cycle of skeletal muscle leading to their augmentation mechanical, elastic and reflex. This is a work of bibliographic revision that seeks to describe the importance of plyometric training in athletes, given the need for explosive strength and muscular response satisfactory and safe for sports practice, thus achieving higher throughput possible. The informations was collected from the textbook and published articles in national and international literature in the following databases: LILACS, BIREME, MEDLINE / PubMed, SciELO. The research includes studies published between the years 1988 to 2009. It can be observed that these exercises are able to develop explosive strength, increase muscle response and improve neuromuscular coordination. Conclusion: The plyometric training generates improvement throughout the neuromuscular system, especially the speed of contraction. However, other methods can/should be employed complementing plyometric exercises to generate muscle strength and consequent muscle power.

          Keywords: Power. Training. Athletes. Contraction. Stretching

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010

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Introdução

    Os exercícios pliométricos se dão através de sucessivos saltos e são aplicáveis a diversos tipos de esportes e vários atletas podem se beneficiar do seu treinamento e estes tipos de movimentos são essenciais ao atleta que espera alcançar os níveis mais elevados de desempenho.


    Várias são as atividades de desporto que exigem impulsão, velocidade e força para sua prática resultando no que se chama potência muscular e, para isso, utilizam uma alternância de contrações musculares concêntricas e excêntricas cuja função é aumentar a eficiência mecânica dos movimentos. Um dos métodos para ativar esse ciclo de alongamento-encurtamento (CAE) provocando sua potenciação elástica, mecânica e reflexa é a pliometria ou treinamento de força explosiva (ROSSI e BRANDALIZE, 2007). A pliometria é um tipo de treinamento eficaz que otimiza a força muscular (BOCALINI et al, 2007) sendo conhecido por desenvolver potência muscular em atletas, beneficiando o desempenho dos mesmos. O treinamento pliométrico (TP) baseia-se em um conjunto de exercícios que favorecem o músculo a atingir um nível mais elevado de força explosiva fundamentado no CAE (BOCALINI et al, 2007). Essa ação gera um armazenamento de energia elástica no músculo tendinoso, que é liberada durante a contração concêntrica na forma de energia cinética, transformando assim a força pura em força rápida (BOCALINI et al, 2007).

    Francelino e Passarinho (2007, p. 154), definiram o TP como um “potencializador do trabalho de força explosiva para membros inferiores, responsáveis pela melhora na impulsão vertical”.

    A potência representa o componente principal da boa forma física, que pode ser o parâmetro mais representativo do sucesso nos esportes que requerem força rápida e extrema. (ROSSI e BRANDALIZE, 2007). A razão principal para usar os exercícios pliométricos é a necessidade de ativar rapidamente as unidades motoras, a fim de proporcionar uma melhor adaptação neurológica, visto que “produz uma sobrecarga de ação muscular do tipo isométrica, com grande tensão muscular, envolvendo o reflexo de estiramento dos músculos” (BARBANTI, 1998 apud ALMEIDA e ROGATTO, 2007, p. 28). Do ponto de vista prático, dois reflexos são de grande interesse: Órgão Tendinoso de Golgi (OTG) e reflexo miotático (BOMPA, 2004). O reflexo miotático é determinado pela velocidade do estiramento, dessa forma, um estímulo lento provoca uma resposta motora fraca, enquanto um estímulo rápido resultará em uma contração muscular rápida e explosiva, portanto, assim como na pliometria, numa contração concêntrica com pré-estiramento rápido há um aumento da ativação neuromuscular e melhora do rendimento muscular. O exercício pliométrico pode desenvolver força explosiva através da dessensibilização do OTG, já que esse receptor é inibidor da tensão muscular, limitando a produção de força muscular. Através da sua dessensibilização há o aumento do seu limiar de ativação, de forma que pode ser aplicada maior quantidade de força e carga sobre o sistema musculoesquelético (ROSSI e BRANDALIZE, 2007).

    A pliometria beneficia desportos que necessitam desenvolver força explosiva e reações mais rápidas baseadas na melhora da reatividade do Sistema Nervoso Central (SNC) e força para absorver impacto de uma equilibrada aterrissagem após um salto, além de atletas de desportos que envolvem atividades explosivo-reativas ou uma alta velocidade de seu próprio corpo semelhante aos que envolvem atividades explosivo-reativas de alta velocidade de um objeto ou instrumento. Entre estes estão: basquete, vôlei, salto em distância, futebol, corrida de curta distância, patinação artística, salto com esqui, hóquei, golfe, eventos de lançamento, etc. (BOMPA, 2004).

    Segundo Almeida e Rogatto (2007), a pliometria não pode ser a principal forma de treinamento de resistência, devendo ser usada como um método coadjuvante num programa de fortalecimento muscular.

    Este trabalho de revisão bibliográfica tem como objetivo descrever os efeitos do TP na produção de potência em atletas, já que estes precisam competir de forma segura e o seu objetivo é sempre o sucesso na competição, que depende do seu bom desempenho e preparo físico.

Metodologia

    Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre a temática nas bases de dados informatizadas disponíveis na internet e em outras fontes, tal como livros. As fontes de informações eletrônicas foram acessadas nas bases de dados Scientific Eletronic Library online (SciELO) e da Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para busca de informações sobre a temática foram utilizadas expressões e termos descritivos presentes nos descritores em Ciências da Saúde (DECs / BIREME) compostos pelos seguintes termos em português: atletas, treinamento, potência, contração, alongamento. Além desses descritores foram realizadas buscas utilizando outras palavras-chaves correspondentes, de forma isolada e combinadas (treinamento pliométrico, força muscular, potência muscular, contração e alongamento, ciclo excêntrico-concêntrico). A pesquisa inclui trabalhos publicados entre os anos de 1988 a 2009.

    Os critérios de inclusão foram: artigos que versam sobre o tema treinamento pliométrico em atletas e artigos com desenvolvimento das experiências do treinamento pliométrico. Dessa forma, foram incluídos trabalhos com abordagem direta e indireta do tema, em língua portuguesa e inglesa, incluindo artigos originais, artigos de revisão e livros.

Discussão

    Athletes participating in sports that require O treinamento pliométrico tem sido defendido por atletas participantes em esportes que requerem explosiveness, high power outputs, and increased explosão, saídas de alto poder, e aumento da vertical jumping ability (2,4). capacidade de salto vertical, devido aos resultados positivos confirmados por estudos em vários atletas com este tipo de treinamento. A pliometria treina o músculo para atingir a força máxima em umshort amount of time as possible. menor espaço de tempo possível (KUTZ, 2003), ou seja, é a capacidade de exercer o máximo de energia num ato explosivo.

Contractions, also known as the amortization, or the Ainda que os exercícios pliométricos se apliquem de forma mais específica às extremidades inferiores, podem também ser aplicados ao tronco e às extremidades superiores (DUTTON, 2006).

Métodos complementares no ganho de potência muscular

    A força máxima utilizada em muitos esportes é aproveitada, não de modo isolado, mas integrando os métodos de desenvolvimento da força explosiva com sua potencialidade em recrutar unidades motoras, já que quanto maior o número de fibras musculares recrutadas, maior será a força produzida (PINNO, 2005).

    A potência é uma qualidade combinada: é o produto dos ganhos de força e velocidade máximas e ganhos em força somente podem ser transformados em potência por meio da aplicação de métodos específicos de treinamento de potência. Com o propósito de melhorar o nível de potência no decorrer dos anos, tanto a força quanto a velocidade máximas também devem ser melhoradas (BOMPA, 2004).

    Moura (1988), em estudos realizados, demonstrava que o treinamento paralelo de força e potência são mais efetivos e afirmava que há uma carência significativa na literatura quanto ao treinamento de força nos esportes coletivos de invasão através da musculação. Essa carência se deve ao não interesse da musculação como método de aprimoramento da potência muscular que geralmente é realizada em treinamentos específicos.

    Geralmente, a potência muscular é desenvolvida através do treino pliométrico, porém também pode ser trabalhada indiretamente por meio de treino de força dinâmica seguido de treino de velocidade que, segundo Pinno (2005), há ganhos em níveis superiores em relação a pliometria, no entanto, é um processo mais lento. Já para o treinamento de resistência de força e de força máxima, a musculação é bastante utilizada pelos seus rápidos resultados, pela facilidade no controle do treinamento e por atender melhor ao princípio da especificidade. O autor afirmou que a pesquisa de Garrido (1995) citada em seu estudo é uma das poucas que comparam o treino pliométrico com a musculação, tendo como conclusão um melhor rendimento para o grupo que treinou com musculação em apenas uma das seis variáveis avaliadas, porém o estudo não foi realizado com esporte que se enquadra como esporte de invasão (basquetebol, futebol, futsal, por exemplo). No entanto, de acordo com o estudo de Miller (2006), a energia elástica armazenada no músculo é usada para produzir mais força do que pode ser fornecido por uma ação concêntrica apenas.

    Manobras pliométricas evitam a desvantagem de ter que desacelerar a massa na última parte da amplitude de movimento articular durante um movimento rápido para conseguir a produção máxima de potência (MCARDLE et al., 2003 ).

    Em seu artigo de revisão, Junior (2005) citou alguns autores que descreveram os benefícios do treinamento de musculação e os associados com salto em profundidade em atletas de desportos de potência, confirmando o que foi destacado anteriormente sobre a importância destes treinamentos para ganho de potência em atletas. No entanto, deve-se levar em consideração que o sucesso do treino depende da quantidade, da intensidade, freqüência, do intervalo e prescrição de acordo com as necessidades físicas de cada atleta e de acordo com o gesto desportivo deste, ou seja, a especificidade deve ser levada em consideração.

    Júnior (2005), afirmou que a melhora da força sempre beneficiará a potência muscular. Já Hakkinen (1989), citado em seu artigo, constatou que a força de potência e a força máxima dinâmica são imprescindíveis para aumentar o salto vertical do atleta de voleibol. Da mesma forma, Markovic (2007) mostrou que com o TP há melhora significativa na altura dos tipos de salto vertical analisados, considerando ser de grande importância o treinamento de atletas cujo esporte exija um bom desempenho em saltos, como por exemplo, o basquetebol e voleibol.

    Outro aspecto importante é a associação da pliometria com outros métodos, como por exemplo, a Eletroestimulação (EMS). Herrero (2006) inferiu que o treinamento puramente com EMS ou combinado com TP, melhoram significantemente o desempenho do salto em jogadores de basquete e vôlei. Entretanto, permanece visto que o protocolo de treinamento com EMS pode ser usado como método complementar de treino para aumento do desempenho atlético explosivo.

Influências no treinamento pliométrico

    Um erro muito comum que pode ser observado em muitos técnicos e atletas diz respeito a treinar a força máxima dinâmica quando a necessidade real é desenvolver a força de potência, levando à exaustão, à fadiga muscular. Neste caso, há declínio no desempenho em estímulos de intensidade máxima prolongados e necessário um tempo de recuperação. Os dias de treinamento de alta intensidade são seguidos de dias de treinamento de baixa intensidade ou sem pliometria, ocasionando melhora no desempenho. Durante o treinamento os atletas estão fadigando o SNC, determinante no envio de sinais potentes ao trabalho muscular para realizar uma dada quantidade de trabalho de qualidade. Quando o intervalo de repouso é curto, o atleta tem fadiga muscular local e do SNC. Para o trabalho muscular, um intervalo de repouso curto significa a inabilidade de remover o ácido lático do músculo e reabastecer a energia necessária para realizar as próximas repetições e séries antes de experenciar a exaustão. Desta forma, a exaustão rapidamente pode levar à lesão (BOMPA, 2004). Kutz (2003) afirmou que aproximadamente 70% da Adenosina Tri-Fosfato é ressintetizada após cerca de 30 segundos e 100% após três minutos. Portanto, o autor sugeriu que, os períodos de descanso entre as séries de exercícios pliométricos deve ser de 30 segundos a 3 minutos dependendo do indivíduo. O protocolo deve permitir tempo suficiente de recuperação entre as séries, para evitar o cansaço dos grupos musculares que estão sendo treinados.

    A preocupação com possíveis riscos ortopédicos dessas sessões de trabalho resulta em parte da estimativa de que as quedas e os saltos geram cargas esqueléticas externas iguais a 10 vezes o peso corporal. O risco de lesão normalmente se deve ao emprego inapropriado da técnica (MCARDLE et al., 2003). No entanto, podem ser evitados se a progressão e a periodização forem representadas completamente. E se aplicado corretamente o treinamento pliométrico pode até mesmo prevenir lesões. As atividades pliométricas criam um senso de percepção de movimento articular, estimulando o campo proprioceptivo que por sua vez melhora a contração muscular a através de articulações ativas e estabilização muscular reflexa. O aprendizado motor ocorre através da repetição do programa, que pode reforçar as estratégias preparatórias visando maior integração do SNC (HOWARD, 2004).

    Outras formas de se evitar lesão e alcançar efeitos satisfatórios é seguir alguns critérios que podem ser considerados ideais para começar as atividades pliométricas e Howard (2004) incluiu: ausência de edemas, escala adequada do movimento, estabilidade articular, medidas de circunferência semelhante a integridade física, além de resistência, equilíbrio e força funcional adequados. Em concordância, Dutton (2006) afirmou que, antes de iniciar os exercícios, o fisioterapeuta deve ter certeza de que o paciente apresenta condições físicas e de força apropriadas. Contudo, estudos como o realizado recentemente por Abass (2009) comprovam a eficácia do TP em estudantes universitários não treinados, do sexo masculino, onde foi realizada uma análise comparativa de três protocolos de TP sobre a força muscular da perna dos estudantes divididos de forma aleatória em um grupo controle e três experimentaisof untrained University male students. e concluiu que dois protocolos (“Profundidade Jumping” e “Rebound Jumping”) alteraram significativamente a força muscular da perna dos indivíduos, e, consequentemente, a potência muscular dos mesmos.

    Outras características que podem influenciar no treinamento pliométrico diz respeito à superfície macia (folha de borracha, grama e outros) usada para amortecer o impacto, que não pode aumentar a transição entre a fase excêntrica e concêntrica. Contudo, Dutton (2006) constatou que o calçado e a superfície de impacto usados nos exercícios pliométricos devem ter amortecedores.

    Exercícios pliométricos devem ser incorporados aos regimes de formação de atletas do sexo feminino e podem reduzir o risco de lesões, melhorando a estabilidade articular funcional nos membros inferiores (CHIMERA, 2004). Segundo Howard (2004), atletas de ambos os sexos não precisam necessariamente de diferentes abordagens no treino pliométrico. No entanto, no seu modelo clínico, este usa mais instrução para o paciente do sexo feminino para controlar o movimento do joelho, a fim de proteger contra possíveis lesões. Uma vez que a técnica adequada é aplicada, a progressão é muito semelhante em ambos os sexos.

Adaptação aos estímulos do treinamento

    De todos os estudos analisados os treinamentos realizados foram de 4 a 17 semanas sendo os que apresentaram resultados mais positivos estavam entre 6 e 8 semanas. Em artigos que apresentaram treinos abaixo de 6 semanas, constatou-se melhora da performance em apenas alguns aspectos, como o artigo de Almeida e Rogatto (2007) que realizaram um estudo com 16 adolescentes jogadores de futsal, num período de quatro semanas, onde foi aplicado um TP realizado duas vezes por semana e verificaram que esse tipo de treinamento favoreceu a força explosiva de membros inferiores das atletas treinadas. Porém, no teste de impulsão vertical, que também se refere a potência de membros inferiores, os dados obtidos não apresentaram diferenças significativas, bem como nos resultados dos testes referentes a velocidade de deslocamento. Já nos resultados obtidos no teste de agilidade, houve uma melhora da coordenação intermuscular, devido à ativação da musculatura anterior e posterior da coxa. Houve melhora significativa nos níveis de impulsão horizontal na amostra estudada.

    Miller et al. (2006) concluíram que em seis semanas de TP há melhora da agilidade, e que esta foi adquirida através do aumento da potência e eficiência devido a pliometria. Do ponto de vista fisiológico e psicológico, de quatro a seis semanas de treinamento de alta intensidade de energia é um ótimo comprimento de tempo para SNC sem esforço excessivo ou fadiga. Concluindo que as melhorias na agility can occur in as little as 6 weeks of plyometric agilidade pode ocorrer em menos de 6 semanas de treino pliométricotraining which can be useful during the last que pode ser útil durante a última preparatory phase before in-season competition for fase preparatória antes em competição para temporadaathletes. de atletas (ADAMS et al 1992, apud MILLER et al., 2006).

    Moraes e Pellegrinoti (2005) realizaram o TP com 10 atletas de basquetebol infantil, como forma de fornecer força e velocidade, durante 17 semanas e obtiveram resultados satisfatórios na capacidade de velocidade e conseqüentemente em seu nível de jogo, melhorando a performance e a velocidade motora. No entanto, foi observado uma resposta negativa do sistema neuromuscular a partir da sétima semana, devido à adaptação do mesmo aos estímulos do treinamento. Este fenômeno está em concordância com o que afirmaram Moura e Moura (2001) no treinamento de saltadores, onde a força máxima não guarda relação com desempenho em saltadores de alto nível, e quando é enfatizada por mais de 8 semanas consecutivas provoca efeitos negativos sobre o desempenho em testes de força explosiva . Portanto, atletas de alto nível não devem tentar desenvolver suas capacidades gerais além de um nível que seja absolutamente necessário e sim o treinamento específico, como a escolha dos melhores exercícios, considerando o tipo de força e os objetivos a serem atingidos.

    Outros estudos também promoveram resultados satisfatórios em relação ao aumento da potência, força e performance, favorecendo o desempenho dos atletas tais como o estudo de Bocalini (2007) e Millic (2008) que verificaram o efeito do treinamento pliométrico em atletas de natação por 12 semanas e de vôlei por 6 semanas respectivamente, constatando o aumento no desempenho destes atletas na realização de suas técnicas específicas de atividade.

Conclusão

    A pliometria é um tipo de treinamento de força que pode beneficiar o desempenho dos atletas, ajudando no desenvolvimento de ritmo, velocidade, força e até resistência muscular, atendendo os aspectos que preocupam os treinadores e proporcionando baixo custo, eficácia e fácil aplicabilidade, além de reconhecido valor na melhoria dos aspectos explosivos da força. É de fundamental importância o treinador conhecer o conceito e a aplicação clínica da pliometria para poder elaborar um programa de tratamento seguro e eficiente. Exercícios pliométricos são seguros quando supervisionados por profissionais capacitados. Com uma supervisão adequada são mais susceptíveis de impedir, em vez de causar lesões.

    Apesar da grande maioria de artigos enfocar o treinamento pliométrico para membros inferiores para aumentar a força e potência, a pliometria também pode ajudar na performance nos esportes de arremesso acima da cabeça que requerem força, mas há poucas pesquisas que mostrem sua eficácia. Tem sido sugerido que a mesma teoria aplicada à pliometria de membros inferiores serve também para membros superiores. Contudo, pelo fato da musculatura dos membros superiores serem menores que nos membros inferiores, alguns estudos recomendam o uso de cargas menores para ativação do clico alongamento-encurtamento.

    Muitos pesquisadores comprovaram os benefícios fisiológicos do treinamento de reação, objetivando melhor desempenho. O sucesso da pliometria depende do volume, da intensidade, freqüência, do intervalo e prescrito conforme as necessidades físicas de cada atleta.

    A pliometria, usada corretamente para um propósito específico, pode ser considerada um atributo valioso para o atleta, assim como para o condicionamento geral e específico de todo um programa esportivo.

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