Aplicação pratica da organização do jogo de futebol. Proposta de mapeamento de situações tácticas e analise das acções e respectivo sucesso. Estudo de caso Aplicación práctica de la organización del partido del fútbol. Propuesta de mapeo de situaciones tácticas y análisis de las acciones y su respectivo éxito. Estudio de caso |
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*Doutorando **Orientador. Professor e Doutor Instituto Nacional de Educação Física da Catalunha (España) |
António Barbosa* Antoni Planas i Anzano** |
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Resumo O presente estudo teve como objectivo a análise de comportamentos e o sucesso que os mesmos tiveram em competição de futebol. Para a realização do estudo tivemos a colaboração, de uma masculina do escalão competitivo, que compete na liga vitalis. Esta equipa foi analisada nos jogos que realizou em sua casa e defrontou o G.D. Chaves, S.C. Freamunde, A.D. Carregado e o C.D. Trofense. Os jogos analisado realizaram-se entre a decima primeira e decima sétima jornada. Para analisar os comportamentos utilizamos a proposta mestre Paulo Sousa6, que seleccionou um conjunto de acções que seriam mais importantes para cada momento. Propusemo-nos a verificar num contexto pratico de jogo, qual das situações táctica se verificava mais vezes, qual a sua percentagem de sucesso, de acordo com elementos predefinidos para cada momento do jogo. A amostra foi composta por uma equipa da Liga Vitalis, filmamos quatro jogos. Os jogos filmados foram jogados em casa da amostra e correspondem a quatro jogos do campeonato da época (2009/2010) da referida liga. Da análise retiramos, cento e noventa e seis momentos de organização ofensiva, trezentas e noventa e três transições ataque-defesa, duzentos e oitenta e dois momentos de organização defensiva e trezentas e sessenta e sete transições defesa- ataque. Para analisar os jogos recorremos a camara de filmar e um televisor. Os resultados obtidos sugeriam diferenças significativas entre as acções escolhidas pela equipa e o sucesso obtido, diferenças significativas de sucesso entre os diferentes momentos, a influencia de sofrer ou obter golo no sucesso das acções e se existiam diferenças significativas entre o sucesso das mesmas acções nas duas partes dos jogos. Na generalidade os resultados obtidos indicavam baixa percentagem de sucesso, das acções em que a equipa possuía a posse da bola. As acções sem posse de bola, a equipa tinha percentagem superior de sucesso. Unitermos: Momentos do jogo. Acções. Sucesso
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010 |
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1. Introdução
A literatura disponível a cerca das acções de jogo de futebol, direccionam-se para o aumento do conhecimento do jogo, para a caracterização das acções dos jogadores e das equipas, tentando conhecer a estrutura do jogo. Os caminho percorridos para procurar esta resposta tem seguido algumas formas distintas como a posse de bola zonas de inicio e finalização desenvolvimento e grau de êxito1, padrões de jogo2, ou ainda em competição caracterização do modelo de jogo adoptado por uma determinada equipa, Análisis secuencial en el fútbol de rendimiento4. Para Garganta3 citando Mc Garry & Franks, a optimização dos comportamentos dos jogadores e das equipas na competição só é possível a partir da análise de informações importantes acerca do jogo5, é fundamental existir um profundo conhecimento dos conteúdos do jogo para ser possível desenvolver métodos de treino mais económicos, eficazes e menos subjectivos, que respeitem as características específicas do Futebol
A pesar dos vários estudos sentimos a vontade de indagar sobre uma forma de analise, tendo a noção que existem tantas formas de analisar o jogo como filosofias subjacentes as concepções do observadores3. Para analisar o nosso futebol, achamos por bem ter um conta um estudo realizado com treinadores portugueses, realizando a aplicação em contexto pratico, ou seja das acções seleccionadas verificar a sua representação e percentagem de sucesso de acordo com o momento do jogo e seu objectivo de acordo com revisão bibliográfica.
Os resultado obtidos permitiram verificar a representação das diferentes acções dentro dos diferentes momentos de jogo, a percentagem de sucesso que obtiveram, a comparação entre diferentes momentos com e sem bola, comparação entre diferentes partes do jogo e o impacto do golo sofrido ou marcado sobre o sucesso da equipa, nas acções realizadas.
2. Material e métodos
2.1. Amostra
A amostra foi recolhida numa equipa masculina, escalão sénior em quatro jogo, consecutivos em que a equipa analisada, jogava em casa no período de duração entre decima terceira jornada e decima nona jornada, da liga vitalis, onde a equipa defrontou G.D. Chaves, S.C. Freamunde, A.D. Carregado e o C.D. Trofense.
Para a amostra analisamos, cento e noventa e seis momentos de organização ofensiva, trezentas e noventa e três transições ataque-defesa, duzentos e oitenta e dois momentos de organização defensiva e trezentas e sessenta e sete transições defesa- ataque.
2.2. Procedimentos
Existe a distinção de duas figuras metodológicas relativas à forma de observação: enquanto método e enquanto técnica. Pelo conhecimento das características de ambas e das respectivas diferenças / limitações, é possível compatibilizar a observação enquanto método e as necessidades que o presente trabalho impõe, pelo que se recorrerá à Metodologia Obeservacional. Foram registados quatro jogos completos. Para as gravações foi utilizada uma camera de filmar, apoiada num tripé e colocada no centro do terreno, com capacidade para cobrir todo o espaço de jogo. A recolha das imagens iniciava-se após o apito inicial do árbitro nos jogos. Todos os registos obtidos foram, pormenorizadamente visualizados num monitor televisivo e registados os valores no catálogo previamente definido6 recorrermos a proposta de mapeamento de acções de situações tácticas a partir da revisão da literatura e do entendimento de peritos, realizada pelo mestre Paulo Sousa 6. Na proposta de mapeamento das situações de jogo, o autor dividiu o jogo em quatro momentos organização ofensiva, organização defensiva, transição defesa - ataque e transição ataque - defesa, por último fragmentos de jogo constante. Para a realização do estudo, durante o período de um mês acompanhamos periodicamente a equipa quando esta se encontrava no processo de treino.
Depois da análise e reflexão verifica que existiam alguns comportamentos que não se enquadravam, no mapeamento de acções de situações tácticas pré-definido. Para caracterizar com maior realismos, tivemos como principio a finalidade dos momentos de jogo. Na realização de catálogos referentes as acções defenidas pelo autor, na acção ADD1P acrescentamos duas variáveis, sub acções, na acção TP1T acrescentamos uma acção. A introdução de mais variares, deve-se ao facto de verificarmos que estas acção faziam parte do modelo de jogo adoptado, pretendendo dar maior descrição da realidade da acção.
Para a caracterização do sucesso das acções tivemos em atenção os princípios dos momentos de jogo, nas transições defesa ataque e ataque defesa7, na organização ofensiva e defensiva8. Posteriormente transferimos os dados para folhas de Microsoft Oficie Excel e realizamos o tratamento dos dados. Relativamente a proposta de mapeamento indicamos as referidas categorias e catálogos.
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Catálogos |
Descrição |
Organização
Ofensiva |
EDAP |
No desenvolvimento do processo ofensivo, se a equipa adversaria se encontra equilibrada defensivamente, a equipa utiliza como principal é todo de jogo ofensivo o ataque posicional |
DDCOB |
Quando a equipa adversaria se encontra recuada no terreno de jogo e equilibrada defensivamente (grande densidade de jogadores próximos da sua baliza) os jogadores privilegiam a execução de passes entre diferentes corredores de jogo, procurando criar situações de ruptura na organização defensiva adversaria. |
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ADD1P |
Os médios centro, sempre que a equipa adversaria se encontra desequilibrada defensivamente, aumenta a velocidade de circulação da bola, jogando ao primeiro toque, mas preferencialmente em profundidade. |
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PLDOTCC |
Os pontas de lança em posse de bola e com a sua equipa desequilibrada ofensivamente, procuram manter a posse de bola, aguardando pela chegada de mais unidades, para que depois possam dar continuidade ao ataque. |
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Catálogos |
Descrição |
Transição
Ataque
Defesa |
RPEDPRT |
Nos momentos imediatos á perda da posse de bola, se a equipa está equilibrada defensivamente, os jogadores mais próximos do portador da bola obrigam-no a cometer erros, pressionando-o de forma a reduzir-lhe o tempo e o espaço para o jogar e procurando desde logo recuperar a posse da bola |
RPDDPRAA |
Nos momentos imediatos á perda da posse de bola, se a equipa está desequilibrada defensivamente ( poucos jogadores e/ou inferioridade numérica), os Jogadores mais próximos do portador da bola pressionam-no imediatamente de forma a retardar o desenvolvimento do processo ofensivo adversário e assim criar tempo para a reorganização defensiva. |
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RPRDP |
Logo após a perda da posse de bola em zona adiantadas do terreno de jogo (ultimo Terço), os jogadores efectuam a recuperação defensiva, pressionando desde logo os atacantes que possam dar continuidade ao processo ofensivo. |
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Catálogos |
Descrição |
Organização Defensiva |
ODDZ |
Independentemente do sector do terreno onde esta a bola, a equipa utiliza como principal método de jogo defensivo a defesa a zona. |
ODDLCCCC |
Os defesas laterais deslocam-se para a zona central do terreno de forma a assegurar a cobertura defensiva aos defesas centrais, sempre que a bola está do lado contrario ao seu corredor de jogo. |
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ODDCIE |
Durante a fase defensiva, a equipa apresenta uma distancia curta intra e entre-linhas, assegurando a concentração em zonas próximas a bola de forma a garantir constantemente acções de cobertura defensiva, para recuperar a posse de bola o mais rapidamente e sempre que possível o mais longe da própria baliza. |
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ODEDP |
Se a equipa esta equilibrada defensivamente, os jogadores obrigam o adversário a cometer erros, pressionando-o de forma a reduzir-lhe o tempo para jogar e o espaço, procurando desde logo recuperar a posse de bola. |
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ODMA/ECC |
O médio Ala/Extremo desloca-se para a zona central do terreno de jogo sempre que a bola esta no corredor oposto aos seu, de forma a aumentar a densidade defensiva nas zonas próximas da bola. |
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Catálogos |
Descrição |
Transição
Defesa
Ataque |
RGCG |
No momento de recuperação da posse da bola os jogadores que estão próximos ente si (mantendo as linhas juntas, tanto longitudinal como transversalmente), Afastam-se no sentido de facilitar a saída da bola da zona de pressão. |
RBTPPCAO |
Após a recuperação da posse de bola, se a equipa adversaria se encontra equilibrada defensivamente, a equipa procura preferencialmente tirar a bola da zona de pressão através de passes curtos ( jogar apoiado) e constantes movimentações dos jogadores sem bola, partindo em ataque organizado |
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RBUT |
A equipa recupera a posse de bola no sector do campo mais ofensivo possível, diminuindo assim a distancia á baliza do adversário. |
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TP1T |
Sempre que possível, a equipa privilegia a saída da bola da zona de pressão, através da sua circulação ao 1º toque |
Tabela 1. Momentos do jogo analisados com catálogos e respectivas descrições
3. Análise dos resultados
Depois de filmar e apurar os dados, realizamos o tratamento estático. Para a realização do referido tratamento estatístico recorremos a utilização do programa Microsoft Excel. O mesmo programa foi utilizado para a realização dos gráficos e tabelas utilizados no trabalho.
4. Resultados
4.1. Relacionar as variáveis com a eficácia no jogo e qual das acções tem maior sucesso dentro de cada momento
Iniciamos a realizando gráficos sobre o diferente momentos. Procuramos aferir a percentagem de solicitação das diferentes acções na amostra total do momento, colocando ao lado o sucesso que a referida acção teve em relação a sua amostra.
No gráfico seguinte visualizamos o momento ofensivo, onde podemos verificar a percentagem que as acções se repetiram, sobre o total da amostra e a percentagem de sucesso que essas acções tiveram sobre o parcial de cada acção.
Gráfico 1. Acções realizada e sucesso na Organização Ofensiva
Podemos verificar que o padrão mais repetido foi EDAP. De acordo com a amostra, o padrão com maior sucesso, ADD1P DC. È de frisar que as acções com maior sucesso tem uma amostra mais reduzida, excepção feita a DL, que se relaciona com aumentar a velocidade de circulação jogando em profundidade sendo o defesa lateral a executar a acção.
No gráfico seguinte expomos a percentagem de representação de cada acção sobre a amostra total, e ao lado colocamos a percentagem de sucesso sobre o parcial da amostra na transição ataque defesa.
Gráfico 2. Acções realizada e sucesso na transição ataque defesa
Verificamos que a acção mais representada é RPRDP, sendo também a acção com maior sucesso, correspondendo a quando da perda da posse de bola, pressionar os avançados adversários que possam dar continuidade ao processo ofensivo.
No gráfico seguinte expomos a percentagem de representação de cada acção sobre a amostra total, e ao lado colocamos a percentagem de sucesso sobre o parcial da amostra. Analisando as acções na organização defensiva.
Gráfico 3. Acções realizada e sucesso na Organização Defensiva
Comparativamente as amostras anteriores, verificamos maior homogeneidade na amostra, não existindo diferenças tão significativas quer entre as diferentes acções quer em relação ao sucesso. Relativamente ao sucesso das acções, a acção quando a equipa organizada defensivamente pressionar o adversário reduzindo o espaço de jogo procurando desde logo a recuperação da posse da bola tem uma percentagem de sucesso mais elevada de toda a mostra.
No gráfico seguinte expomos a percentagem de representação de cada acção sobre a amostra total, e ao lado colocamos a percentagem de sucesso sobre o parcial da amostra. Analisando as acções na transição ofensiva.
Gráfico 4. Acções realizada e sucesso na transição defesa ataque
De forma geral, podemos verificar baixa percentagem de sucesso, pelo lado mais positivo verificamos maior sucesso na acção RBUT que se refere a recuperação da bola no sector mais ofensivo possível.
4.2. Dentro das acções qual a percentagem de sucesso
No gráfico seguinte pretendemos verificar, qual o momento/s que percentualmente tem maior sucesso.
Gráfico 5. Acções realizada e sucesso, relativo a sua amostra comparação com os quatro momentos e princípios analisados para cada momento
Da análise do gráfico, verificamos que os valores das acções com sucesso nos quatro momentos são bastantes antagónicos. Verificamos que as acções relacionadas com a não posse de bola, organização defensiva e transição defensiva, são muito mais assertivas tem do percentagens mais elevadas, comparando com acções relacionadas com a posse da bola, organização ofensiva e transição ofensiva. A excepção um ponto, que se relaciona com a zona de recuperação da posse da bola então propriamente com a acção realizada depois da equipa ganhar a posse da bola.
4.3. Acções que antecedera m os golos
Sendo a finalidade do jogo obtenção de golos, no próximo gráfico pretendemos verificar quais as acções que antecediam os golos, sofridos e em que acções estes aconteciam. Para realizar esta observação contabilizamos quais os dois momentos antes do golo.
Gráfico 6. Acções realizada antes da equipa sofrer golos
Dos golos sofridos verificamos existir duas acções que antecederam grande parte dos golos. A organização ofensiva seguida de transição defensiva, e a organização ofensiva seguida de organização defensiva.
No gráfico seguinte pretendemos verificar quais as acções que antecediam os golos, marcados e em que acções estes aconteciam. Para tal contabilizamos quais os dois momentos antes da equipa obter golos.
Gráfico 7. Acções realizada antes da equipa obter golos
Verificamos pouca variância nas acções, sendo que a organização defensiva – organização ofensiva detêm maior parte do sucesso nesta acção.
4.4. Analise da alteração do sucesso quando a equipa sofre ou obtêm um golo
Neste ponto pretendemos analisar se o desempenho da equipa é alterado quando da obtenção ou sofre um golo, em relação ao sucesso das suas acções
Tendo em atenção o sucesso que a equipa teve nas acções (anteriormente demonstrado), pretendemos verificar, se existem alterações e se estas são significativas, quando a equipa sofre um golo.
Exposição de acções de sucesso, depois da equipa sofrer um golo, em comparação com o sucesso médio na organização ofensiva.
Gráfico 8. Comparação de acções de sucesso depois de sofrer um golo e a media geral na organização ofensiva
Podemos verificar que neste momento, as acções têm menor percentagem de sucesso depois de sofrer um golo. Excepção feita a acção adversário desequilibrado defensivamente jogam de primeira ou em profundidade.
Exposição de acções de sucesso depois da equipa sofrer um golo, em comparação com o sucesso médio no momento de jogo transição ataque - defesa
Gráfico 9. Comparação de acções de sucesso depois de sofrer um golo com a media geral na transição ataque – defesa
Verificamos que no ponto reacção a perda em equilíbrio defensivo pressing com o objectivo de reduzir o espaço e tempo par organizar o jogo, a equipa teve mais sucesso, mas com uma diferença muito reduzida de apenas 1%. Nas duas restantes obteve percentagens inferiores de sucesso de pois de sofrer um golo.
Analise de acções de sucesso depois da equipa sofrer um golo, em comparação com o sucesso médio nas mesmas acções no momento de jogo organização defensiva.
Gráfico 10. Comparação de acções de sucesso depois de sofrer um golo e a media geral na organização defensiva
Neste momento poderemos verificar que, em três dos cinco pontos em análise, depois de sofrer golo a equipa tem maior sucesso nas acções, com diferença de mais de sete por cento em todos eles. Nos pontos em que a equipa tem menor sucesso depois de sofrer golo verificamos diferenças menores.
No gráfico seguinte pretendemos a analise de acções de sucesso depois da equipa sofrer um golo, em comparação com o sucesso médio nas mesmas acções, na transição defesa ataque
Gráfico 11. Comparação de acções de sucesso depois de sofrer um golo e a media geral na transição defesa – ataque
Podemos verificar que no ponto, recuperação da bola no último terço, o sucesso foi muito elevado, comparado com a média geral, contudo o valor da amostra é muito reduzido. No primeiro ponto reacção ao ganho campo grande, existe um aumento do sucesso com uma margem de um ponto percentual.
O gráfico seguinte tem como base de dados a organização ofensiva, pretende estabelecer uma comparação, entre o sucesso de toda a amostra e as acções realizadas pela equipa depois de obter um golo.
Exposição de acções de sucesso, depois da equipa obter, em comparação com o sucesso médio na organização ofensiva.
Gráfico 12. Comparação de acções de sucesso depois marcar um golo e a media geral na Organização Ofensiva
Verificamos que em dois dos seis pontos o sucesso aumenta, com tudo em quatro pontos a eficácia diminui. O ponto DDCOB, que se relaciona com excussão de passes entre diferentes corredores tem uma percentagem superior em trinta por cento a media geral.
O gráfico seguinte compara acções de sucesso de toda a amostra referente a transição ataque – defesa em comparação com as acções realizadas pela equipa depois de marcar um golo.
Gráfico 13. Comparação de acções de sucesso depois marcar um golo e a media geral na Transição defensiva
Verificamos, que nos três pontos em análise, a equipa não teve maior sucesso depois de marcar um golo. Podemos verificar que em dois deles tem diferenças percentuais reduzidas.
O gráfico seguinte compara acções de sucesso de toda a amostra referente a organização defensiva em comparação com as acções realizadas pela equipa depois de marcar um golo.
Gráfico 14. Comparação de acções de sucesso depois marcar um golo e a media geral na Organização defensiva
Da visualização verificamos que em apenas uma das acções a equipa teve maior sucesso que a media geral. Podemos ainda verificar variância foi pouco significativa no máximo de cinco pontos percentuais.
O gráfico seguinte refere-se comparação de acções de sucesso de toda a amostra referente a transição defensiva em comparação com as acções realizadas pela equipa depois de marcar um golo.
Gráfico 15. Comparação de acções de sucesso depois marcar um golo e a media geral na Transição defesa – ataque
Podemos constatar que em três das cinco acções a equipa teve maior percentagem de sucesso depois de marcar golos do que a media geral. Esta acção RBTPPCAO representa “…tirara a bola de pressão através de passes curtos e movimentação constantes…”
Da comparação dos diferentes parâmetros, entre o sucesso que a equipa teve quando sofre um golo ou depois de obter golo, em comparação com o sucesso que a equipa teve em todas as acções, independentemente do resultado, podemos afirmar que equipa teve sucesso superior a media geral, em mais acções depois de sofrer um golo do que depois de obter um golo. Podemos verificar que quando a equipa sofreu um golo dos dezanove parâmetros, em oito a equipa teve melhorias relativamente ao sucesso geral. Quando a equipa marcou um golo dos dezanove parâmetros em seis a equipa consegui mais sucesso do que a media geral. Podemos afirmar quando a equipa sofreu golo, depois desse momento conseguiu ser mais assertiva do que quando marcou golo.
4.5. Comparação entre o sucesso obtido na primeira parte e na segunda parte
Nos próximos gráficos pretendemos verificar se existem diferenças significativas, relativamente ao sucesso obtido nas diferentes acções realizadas de acordo com a parte do jogo.
O gráfico seguinte é referente a Organização Ofensiva, tem por objectivo expor as diferença percentuais entre as diferentes acções analisadas e seu sucesso.
Gráfico 16. Comparação da percentagem de sucesso nas acções entre a primeira e segunda parte organização ofensiva
Através da observação do gráfico verificamos que, em quatro das seis acções analisadas na organização ofensiva, na segunda parte a equipa teve maior sucesso.
O gráfico seguinte é referente a Transição ataque defesa, tem por objectivo expor as diferença percentuais, aferindo o sucesso das acções, de acordo com a parte do jogo.
Gráfico 17. Comparação da percentagem de sucesso nas acções entre a primeira e segunda parte na transição ataque defesa
Através da observação do gráfico, neste momento do jogo, a equipa teve maior sucesso nas primeiras partes, do que na segunda, três das três acções tiveram maior sucesso na primeira parte.
O gráfico seguinte é referente a Organização Defensiva, tem por objectivo expor as diferença percentuais, aferindo o sucesso das acções, de acordo com a parte do jogo.
Gráfico 18. Comparação da percentagem de sucesso nas acções entre a primeira e segunda parte na Organização Defensiva
Podemos constatar que na organização defensiva, a equipa, tem percentagens elevadas de sucesso em ambas as partes. Verificamos também que nas primeiras partes, a equipa, teve percentagens superiores de sucesso.
O gráfico seguinte é referente a Transição defesa ataque, tem por objectivo expor as diferença percentuais, aferindo o sucesso das acções, de acordo com a parte do jogo.
Gráfico 19. Comparação da percentagem de sucesso nas acções entre a primeira e segunda parte na Transição defensa ataque
Podemos constatar que neste momento do jogo a equipa teve maior sucesso nas primeiras partes (três dos cinco pontos), do que na segunda, e em um dos pontos a equipa teve a mesma percentagem de sucesso nas duas partes do jogo.
Caracterizando a amostra de forma geral, podemos verificar que, dos dezanove pontos em análise onze tiveram maior sucesso na primeira parte, por sua vez, sete acções tiveram maior sucesso na segunda parte, existindo um ponto que tiveram igual percentagem de sucesso nos dois tempo de jogo. Podemos constatar maior sucesso nas acções das primeiras partes em relação as segundas partes.
4.6. Acções combinadas
Durante a análise das acções, verificamos acções que se realizavam em simultâneo, correlacionamos as acções e a ocorrência em conjunto. Pretendíamos verificar quais as acções que aconteceram na mesma organização ou transição, o número de vezes que acontecia e qual o sucesso que tinham.
A tabela e o gráfico, seguinte são referentes a organização ofensiva.
EDAP/ADD1P/ PLDOTCC |
2 |
0 |
EDAP/PLDOTCC |
7 |
0 |
EDAP/ADD1P |
43 |
5 |
EDAP/DDCOB/ ADD1P/PLDOTCC |
4 |
4 |
EDAP/ADD1P/PLDOTCC |
7 |
2 |
ADD1P/PLDOTCC |
2 |
1 |
EDAP/DDCOB/PLDOTCC |
3 |
3 |
EDAP/PLDOTCC |
6 |
2 |
EDAP/DDCOB |
17 |
7 |
EDAP/DDCOB/ADD1P |
11 |
1 |
Tabela 2. Valores referentes a organização ofensiva
Gráfico 20. Valores referentes a acções conjuntas na organização ofensiva
Da análise dos dados, da tabela e do gráfico verificamos, alguma variedade de articulação das acções. As acções que mais vezes se realizaram em conjunto foram EDAP/ADD1P, com tudo com baixa percentagem de sucesso. Podemos ainda verificar que existiram dois conjuntos de acções que obtiveram sempre sucesso. EDAP/DDCOB/ADD1P/PLDOTCC e EDAP/DDCOB/PLDOTCC.
A tabela e o gráfico, seguinte são referentes a organização defensiva.
ODDZ/ODDLCCCC/ODEDP/ODMA/ECC |
7 |
0 |
ODDZ/ODDLCCCC/ODMA/ECC |
1 |
1 |
ODDZ/ODMA/ECC |
1 |
1 |
ODDCIE/ODEDP/ODMA/ECC |
3 |
0 |
ODDZ/ODDLCCCC/ODDCIE/ ODMA/ECC |
26 |
11 |
ODDZ/ODDLCCCC/ ODDCIE/ODEDP/ODMA/ECC |
184 |
177 |
Tabela 3. Valores referentes a organização defensiva
Gráfico 21. Valores referentes a organização defensiva
Podemos verificar que os dois conjuntos de acções de acções que não tem qualquer sucesso tem baixa taxa de representação na amostra. Os dois conjuntos que tem cem porcento tem também pouca representação. Aspecto que ressalta a vista é a elevada representação e com elevado sucesso de ODDZ/ODDLCCCC/ODDCIE/ODEDP/ODMA/ECC. Ou seja quando as acções que foram padronizadas se realizaram obtiveram noventa e sei por cento de sucesso.
A tabela e o gráfico, seguinte são referentes a Transição Ofensiva
RGCG/RBTPPCAO |
13 |
1 |
RGCG/RBUT |
55 |
6 |
RGCG/RBTPPCAO/RBUT/TP1T |
8 |
2 |
RGCG/RBTPPCAO/RBUT |
6 |
1 |
RBTPPCAO/TP1T |
20 |
5 |
RGCG/TP1T |
34 |
2 |
Tabela 4. Valores referentes a transição ofensiva
Gráfico 22. Valores referentes a transição ofensiva
De forma geral os conjuntos de acções tem baixa percentagem de sucesso. Verificamos que existem dois conjuntos de acções que tem valores significativamente superiores de sucesso em relação ao resto. RGCG/RBTPPCAO/RBUT/TP1T e RBTPPCAO/TP1T.
5. Discussão
O objectivo do presente estudo foi verificar os padrões de acções e analisar o sucesso obtido.
Numa primeira análise surgem resultado de interesse, como a baixa percentagem de sucesso das acções sem bola2 em comparação com acções com bola, tendo em a atenção as características do nível competitivo e o modelo de jogo implementado pelo treinador visava bastante a transição directa.
Verificamos a importância das acções de transição na obtenção de golos10 11, indo de encontro a revisão bibliográfica, e cada vez maior investigação sobre estes momentos.
O impacto da ocorrência de um golo no sucesso das acções verificando-se que o sucesso foi superior depois da equipa sofrer um golo. Para melhor compreensão dos dados deveremos realçar que esta amostra foi realizada numa equipa que jogava em casa e como refere a literatura existe vantagem estratégica12, 13.
Podemos verificar que a equipa obteve maior sucesso nas acções realizadas na primeira parte do que na segunda parte, ao que nos parece estar relacionada com a disponibilidade para a realização das acções 14, com tudo pensamos que este resultado merece ser mais trabalhado 15, e criar um protocolo de analise e comparação.
Em relação as acções que se realizam em simultâneo na organização ofensiva e na organização defensiva, parece indicar-nos que quanto mais acções solicitadas dentro da proposta de mapeamento maior o sucesso obtido, indo encontro a dois objectivos fundamentais para os momentos, a imprevisibilidade no momento ofensivo recorrendo a diversas estratégias para chegar ao objectivo, aumentando assim a quantidade de acções que a defesa adversaria devera ter em atenção, na organização defensiva as acções expostas no mapeamento levam a redução dos espaço de jogo pelo ataque aumentando a densidade de jogadores na zona da bola, diminuindo o espaço para chegar a baliza.
Em suma durante os jogos analisados, os quatro jogo, e os varias acções, face a metodologia empregue e ao tratamento que foi aplicado ao resultados parecem confirmar os pontos referidos relativamente as acções sem bola. Nas acções com bola pensamos sem importante a ferir a amostra com equipas que previlegiem a posse de bola e que consigam assar momentos significativos em posse de bola. Pensamos que os dados aferidos tem importância para uma melhor planificação e estruturação do jogo.
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