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Mídia e musculação: reflexos no cotidiano de uma academia

Medios de comunicación y musculación: influencia sobre la vida cotidiana en un gimnasio

 

*Bacharel em educação física, Universidade Federal de Santa Maria

Especializando em Atividade Física, desempenho motor e saúde

Universidade Federal de Santa Maria

**Graduando em educação física bacharelado e licenciatura

Universidade Federal de Santa Maria

***Bacharel em educação física

Universidade Federal de Santa Maria

Maurício Arisi da Silva*

Diego Rodrigo Both**

Marcus Raphael Fabrício Real***

mauricio.arizzi@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa teve como objetivo relacionar a prática da musculação e as diferentes influências da mídia no cotidiano de uma academia. Participaram da pesquisa 30 sujeitos de ambos os sexos, com idade variando de 16 a 56 anos matriculados no projeto “UFSM em movimento: Projeto de musculação”. Os sujeitos foram submetidos a aplicação de um questionário aberto/fechado composto por 12 questões. Devendo ser respondido no local de funcionamento do projeto. Resultados: embora a maioria dos praticantes de musculação não leia sobre a modalidade a revista ficou como principal fonte de informações sobre a musculação. Destaca-se também que a figura do profissional de educação física fica como principal meio de informação acerca de todas as variáveis que envolvem a modalidade.

          Unitermos: Mídia. Musculação. Academia

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010

1 / 1

Introdução

    Atualmente, os meios de comunicação são instrumentos que nos auxiliam a receber ou transmitir informações, seja através da internet, televisão, rádios, revistas, jornais, etc. Segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), em 2007 o Brasil atingiu cerca de 41,5 milhões de pessoas com acesso a internet, o que representa aproximadamente 22,5 % da população. Determinando assim a internet, como a maior rede de computadores do mundo, meio pelo qual permite seus usuários a trocar informações dos mais variados assuntos, enviar mensagens, conversar com milhões de pessoas ou apenas ler as informações de qualquer parte do planeta.

    Além disso, o mundo digital denomina-se uma das formas mais rápidas, fáceis e baratas dentro do meio da publicidade. Outros dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, 2006), mostram que 93% dos domicílios nacionais possuem um aparelho de televisão, ou seja, 9 entre 10 casas, e 87% possuem aparelhos de rádios em suas residências. Em matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, em 2006, o Brasil ficou em 27º lugar num total de 30 países em se tratar de hábitos de leitura, sendo que o brasileiro médio lê cerca de 1,8 livros por ano, gastando em média 5,2 horas de leitura por semana.

    O acesso a internet tem crescido e se destacado no Brasil, hoje em dia até mesmo diplomas de graduação podem ser conseguidos pela internet, através de programas de ensino a distância (EaD), juntamente a isso e a importância que a internet exerce em meio a sociedade, aumentam também os números de publicações e envio de trabalhos através desta mídia. Deve-se levar em consideração que nem todo conteúdo exposto diante os meios de comunicação são fontes confiáveis.

    Diante a isso, notam-se inúmeras matérias relacionadas a métodos de exercícios físicos, principalmente a musculação ou treinamento resistido com pesos expostos nos meios de comunicação. Segundo o ACSM (2007), a modalidade tem ganhado espaço no momento de iniciar um programa de exercícios físicos devido a fácil adaptação dos exercícios, ser uma forma simples, segura e acessível economicamente dentre o grande número de modalidades de exercícios físicos.

    Autores como Nahas (2006) e Balsamo e Simão (2005), destacam que a diversidade no número de variáveis, como séries, repetições, carga, tempo de contração, velocidade de execução, etc. torna a musculação um método de exercícios físicos altamente versátil, podendo assim agregar pessoas de diversas idades e com diferentes objetivos. Devido a questões como essas a musculação vem ingressando em diversos programas de treinamento físico que visam à saúde (NOVAES, 2008).

    Levando em consideração fatores como a desvalorização do profissional de educação física dentro de alguns setores da área, a fácil exposição do assunto em diversos meios de comunicação e a autonomia de alguns alunos. O presente estudo teve como objetivo, relacionar a prática da musculação e as diferentes influências da mídia no cotidiano de uma academia.

Métodos

Grupo de estudo

    Fizeram parte deste estudo, 30 sujeitos de ambos os sexos, com idade variando de 16 a 56 anos, voluntários e matriculados no projeto “UFSM em movimento: Projeto de musculação”.

    Antes de participar do estudo, os participantes foram informados sobre os procedimentos utilizados e concordaram em participar de forma voluntária, assinando um termo de consentimento livre e esclarecido de proteção e privacidade.

Procedimentos

    A pesquisa foi realizada com indivíduos praticantes de musculação, no projeto de extensão realizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), promovido pelo Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) em parceria com a Associação Desportiva da Universidade Federal de Santa Maria (ADUFSM) e intitulado de “UFSM em movimento: Projeto de musculação”.

    Os sujeitos foram submetidos a aplicação de um questionário aberto/fechado composto por 12 questões. Devendo ser respondido no local de funcionamento do projeto.

Análise e discussão dos resultados

Gráfico I. Sexo dos entrevistados

    Conforme podemos observar pelo Gráfico I, esta questão teve por objetivo verificar a quantidade de alunos entrevistados de acordo com o sexo, segundo análise dos dados, nota-se que no presente estudo, 64% dos participantes voluntários são do sexo masculino e 36% são do sexo feminino.

    De acordo com Lollo (2004), o qual realizou um levantamento do perfil dos praticantes de musculação na cidade de Campinas – SP. Dos 621 questionários entregues pelos voluntários, foram encontramos 335 ou 53.95% homens e 286 mulheres ou 46.05%. Ao comparar os dois estudos, nota-se uma predominância do sexo masculino como maioria dos praticantes de musculação.

GRÁFICO II. Faixa etária dos entrevistados

    De acordo com o Gráfico II, referente a faixa etária dos entrevistados, observa-se que 51% dos praticantes de musculação da academia estão na faixa etária que se encontra entre 21 e 25 anos, em segundo lugar com 21%, os praticantes com idade entre 26 e 30 anos, estas duas faixas etárias podem ter obtido maior percentual no estudo, pelo fato de que são pessoas que fazem parte do quadro de acadêmicos da graduação e pós graduação da UFSM, gerando um total de 72% dos resultados. Ambos com 14% encontram-se pessoas com menos de 20 anos e mais de 30 anos.

    Em seu estudo, Lollo (2004) apresentou como as faixas etárias mais predominantes em praticantes de musculação, pessoas com idade entre 21-25 anos, resultando em 34,46% do total, logo com idade entre 26-30 anos encontra-se 29,15% dos praticantes, tendo assim 63,61% do total de freqüentadores na academia. De acordo com ambos os estudos, nota-se que pessoas que pessoas de 21-30 anos são a grande maioria dos praticantes de musculação.

GRÁFICO III. Grau de escolaridade dos entrevistados

    O gráfico III, destaca o grau de escolaridade dos praticantes de musculação voluntários do estudo, sendo assim, nota-se que 45% dos entrevistados e praticantes de musculação é formado por alunos que estão em algum curso de graduação (GRAD.) da UFSM, fatores que podem levar a esse resultado são: a academia de musculação da UFSM estar situada dentro da própria universidade; a instituição possuir Casa do Estudante (local de moradia de alguns alunos) e a mesma estar situada na sede da universidade; o preço para participar do projeto é acessível e o pagamento é semestral.

    Em segundo lugar, com 29% dos entrevistados encontram-se pessoas com o ensino médio completo (EMC), supõe-se então que sejam pessoas moradoras do bairro Camobi da cidade de Santa Maria, bairro este onde está localizada a sede da UFSM. Na terceira posição, com 14% do público entrevistado, ficaram alunos da Pós-Graduação (P.GRAD.) da UFSM, mesma justificativa pode ser a que foi dada aos alunos da graduação. E dividindo a última posição, com 4% para cada, estão pessoas de um menor grau de escolaridade, aquelas que possuem apenas Ensino Fundamental Incompleto (EFI), Ensino Fundamental Completo (EFC) e as com Ensino Médio Incompleto (EMI), podendo englobar a estes grupos, pessoas da comunidade em geral e também aquelas que ainda cursam o ensino médio dentro de algum colégio técnico da universidade.

    Define-se esta questão como fundamental para a pesquisa, pela suposição de que quanto maior o grau de escolaridade de uma pessoa, maior seu conhecimento intelectual, sendo assim maior será sua capacidade de absorver e entender sobre variados assuntos e questões refletidas dentro do dia a dia de uma academia. O que normalmente supõe-se é que quanto menor o grau de escolaridade dos alunos da academia, aliado a faixa etária em que se encontram, maior é a influência sofrida por ela na hora de executar seu treino, influências estas que vem de amigos, sites de internet, revistas, etc. O contrário também sendo verdadeiro, pois pessoas de um maior nível intelectual, normalmente buscam informações diretamente com os professores, trazem dúvidas de assuntos lidos ou vistos em algum lugar, etc.

Gráfico IV. Tempo de prática de musculação

    O gráfico IV, apresenta dados referentes ao tempo de prática em musculação que os alunos do projeto se encontram. Nota-se que a maioria dos participantes da pesquisa (43%) abrangem um tempo maior do que dois anos de prática da modalidade. Seguido destes, com 25% são praticantes iniciantes, aqueles que nunca praticaram ou possuem pouco tempo da mesma. Pessoas que possuem entre 1 e 2 anos de prática ficam com 18% e por ultimo estão alunos com período de 6 meses a um ano, com 14%.

    Lollo (2004) em seu estudo apresentou como a maior parte dos entrevistados, praticantes de exercício físico regular com mais de 2 anos, cerca de 49,6%. Relacionando os dois estudos, pode-se dizer que a população está em processo de conscientização sobre os benefícios da regularidade de exercícios físicos, assim como, a musculação vem segurando o publico que busca esta modalidade.

Tabela I. Meios de comunicação em que os alunos mais vêem, lêem ou ouvem falar sobre musculação

Questão 5

Respostas % /

Opções

1ª opção

2ª opção

3ª opção

4ª opção

5ª opção

6ª opção

Rádio

0

4,6

18

27,4

36,4

17,6

TV

29

13.6

32

9

9

0

Internet

29

36,4

13,6

13,6

4,6

0

Jornal

3

18

9

36,4

27,4

6

Revista

32,5

27,4

23

13,6

13,6

0

Outros

6,5

0

4,4

0

9

76.4

    De acordo com a tabela I, que relaciona os meios de comunicação onde os entrevistados mais apresentam contato sobre a musculação, temos que: para a 1ª (primeira) opção, o meio de comunicação onde eles mais tem informações sobre a modalidade é a revista, totalizando 32,5%, seguido e dividindo boa parte das respostas, com 29% aparecem a televisão e a internet, 6,5% para outros, citados por alguns como folders e cartazes, com 3% jornais e zero para o rádio.

    Estes números mostram-se surpreendentes ao comparar com dados apresentados pelo Ibope e IBGE e mostra que quando o assunto é de interesse, a população apresenta um nível acima do esperado para o quesito leitura, outro fator contrariado é a representatividade de 29% para a opção internet, sendo que apenas 22,5% da população nacional possuem acesso à internet. Dados mais representativos da população brasileira, como o fato de 93% tem um aparelho televisivo e 87% um aparelho de rádio em suas residências.

    De acordo com o foco da pesquisa, destaca-se a importância sobre as matérias divulgadas na internet, assim como em revistas digitais, pois se somam como as principais fontes de buscas sobre a temática que engloba a musculação.

    Segundo Demo (2007, apud Castells, 1997) o período de desenvolvimento que a população vivencia, resume-se em um mundo novo e informacional, onde as fontes de produtividade voltam-se para a tecnologia de conhecimento, processamento de informação e comunicação. A partir disso pode-se dizer que o conhecimento e a informação são elementos fundamentais na era dos crescimentos absurdos de novas tecnologias de informações. Conforme Demo (2007, apud Martin, 2006), o período que passa o mundo pode ser chamado de digitally infused, ou seja, as tecnologias digitais abrangem todos os assuntos, tornando assim um e-world permeado pelos efeitos e produtos da tecnologia eletrônica.

Gráfico V. Leitura sobre musculação

    O gráfico V relaciona a questão da leitura sobre a modalidade que os alunos praticam, ou seja, 79% dos entrevistados responderam que não costumam ler sobre musculação, tendo em 21% dos praticantes, interessados em assuntos relacionados a musculação. Esses dados podem ser considerados normais ao relacionar dados de que a população brasileira encontra-se dentre as que menos lêem semanalmente, independente do assunto. Embora duas das opções da questão anterior sejam meios de leituras, a revista e a internet, o número de leitores continua baixo.

Tabela II. Objetivos dos praticantes de musculação

Questão 7

Respostas % /

Opções

1ª opção

2ª opção

3ª opção

4ª opção

5ª opção

6ª opção

Treinamento para desporto

6,6%

0%

4,1%

4,1%

16,6%

65,5%

Aumento do volume muscular

40%

20%

12,5%

20,8%

4,1%

8,6%

Resistência muscular localizada

0%

16%

41,8%

29,1%

16,6%

0%

Ganho de força

10%

20%

25%

37,8%

4,1%

4,3%

Diminuição do percentual de gordura

30%

28%

0%

4,1%

25%

8,6%

Prevenção de doenças degenerativas

13,4%

16%

16,6%

4,1%

33,6%

13%

    A tabela II apresenta resultados relacionados aos principais objetivos dos praticantes de musculação, observa-se que como primeira opção, aquela que os indivíduos consideraram como principal objetivo foi o aumento do volume muscular com 40% das respostas, 30% para a diminuição do percentual de gordura, seguido com 13,4% de praticantes que buscam prevenção de doenças degenerativas, 10% o para o ganho de força e 6,6% que auxiliam o treinamento para algum desporto. Somando-se os dois primeiros percentuais, tem-se em 70% dos praticantes a busca de objetivos relacionados à estética, fatores mais exibidos nos meios de comunicação, seja através de divulgações, propagandas ou métodos de treinamento.

Tabela III . Dúvidas na execução dos exercícios

Questão 8

Respostas % /

Opções

1ª opção

2ª opção

3ª opção

4ª opção

5ª opção

Pessoa mais próxima no momento

3%

44%

16%

16%

20%

Internet

0%

12%

24%

52%

12%

Livro

0%

12%

24%

20%

44%

Instrutor da academia

97%

4%

0%

0%

0%

Amigo

0%

28%

36%

12%

24%

    A tabela III apresenta dados sobre a quem os praticantes de musculação recorrem em caso de dúvidas sobre variáveis, métodos, execução, etc. de exercícios. Como primeira opção com 97% das respostas ficou os instrutores, para segunda opção com 44% a pessoa mais próxima no momento tira as dúvidas, em terceiro lugar, ficou o amigo com 36%. Resultados como estes refletem que mesmo diante de alguns meios de comunicação, os quais fornecem informações dos mais variados assuntos, a internet teve como maior percentagem das respostas apenas na quarta opção e o livro apenas na última opção.

    Seno assim, pode-se concluir que em muitas vezes, os praticantes de musculação preferem a comodidade de perguntar, mesmo que não seja para um profissional da área. Pois de acordo com os dados acima, antes mesmo de pesquisar melhor sobre o assunto, seja em sites, livros etc., os indivíduos tiram suas dúvidas com uma pessoa mais próxima no momento ou com um amigo.

Tabela IV. Dúvidas sobre método de treino

Questão 9

Respostas % /

Opções

1ª opção

2ª opção

3ª opção

4ª opção

Instrutor da academia

96,5%

3,7%

0%

0%

Pessoa mais próxima

3,5%

51,8%

4%

38,5%

Internet

0%

26%

56%

19,2%

Livro

0%

18,5%

40%

42,3%

    A tabela IV refere-se a quem os alunos buscam quando surgem dúvidas sobre método de treino, novamente a preferência como primeira opção é dada ao instrutor da academia com 96,5%, como segunda opção a pessoa mais próxima no momento fica com 51,8%, a busca na internet ficou com a maioria das resposta somente na terceira opção com 56%, já o livro com 42,3% ficou com a quarta opção. Esses resultados podem ser bastante consideráveis, já que referindo-se à métodos de treino, podemos enumerar muitos, sendo enquadradas questões complexas, e uma inter-relação de disciplinas propostas durante o curso de graduação de educação física, dando assim maior credibilidade aos profissionais em razões como esta.

Gráfico VI. O que faz quando não gosta dos exercícios

    O gráfico VI apresenta em percentuais, qual atitude os alunos têm, quando não gostam de algum exercício que foi passado. Nota-se novamente que quando se tem a figura do instrutor como opção de resposta, esta tem se sobressaído, de acordo com a questão, a solicitação de um instrutor ficou como principal opção, com 64% das respostas. Seguindo, 18% dos entrevistados decidem perguntar a alguém sobre outro exercício, 14% escolhem outro por conta própria, 4% interrompem a atividade e nenhum dos entrevistados busca pesquisar na internet recursos para tirar dúvidas.

Gráfico VII. Dúvidas sobre treino ou trocas de treino

    A partir do gráfico VII, buscou-se mais uma vez analisar a atitude dos alunos diante situações duvidosas referentes ao treino de musculação. Nesta questão, assim como em anteriores, o instrutor da academia levou a credibilidade com 96% das respostas, 4% dos indivíduos ainda costumam recorrer a praticantes considerados experientes. A opção de busca por meio da internet ficou descartada.

Gráfico VIII. Qualquer um tem capacidade para trabalhar com musculação

    O Gráfico VIII apresenta resultados sobre a questão antiética de não profissionais da área da educação física ajudar, dar dicas, elaborar e montar treinamentos, esse assunto é fundamental para valorizar o trabalho do profissional de educação física dentro da academia de musculação, uma vez que em muitos meios de comunicação assistimos e vemos reportagens da área sendo explicada, escrita ou publicada por profissionais de outras áreas do conhecimento. A pesquisa mostra que 72% dos entrevistados creditam a responsabilidade sobre os profissionais de educação física que trabalhem com musculação, porém 28% dos entrevistados acreditam que após dois anos de prática da modalidade tornam-se capaz de trabalhar na área.

    De acordo com Antunes (2003), o fato de praticar uma atividade física mesmo com orientação adequada não garante a aquisição de conhecimentos necessários para prescrever e orientar atividades físicas.

Considerações finais

    Esta pesquisa buscou verificar alguns meios de comunicação ou divulgação que podem influenciar no trabalho de profissionais de educação física em academias. Após a análise dos dados questionados aos praticantes de musculação, podemos dizer que mesmo diante inúmeras tendências e inovações tecnológicas, a maioria dos praticantes de musculação dão credibilidade aos profissionais da área.

    Outro fator que deve ser ressaltado, é que o meio de comunicação onde os alunos entrevistados mais têm contato com a modalidade é a revista, e não a internet. Conforme os dados foram evidenciados também que, a internet não exerce grande influência sobre o praticante de musculação, esse fator além de ser relacionado ao baixo percentual de pessoas que buscam informações sobre o assunto, leva em consideração o levantamento de respostas de 50% das questões propostas, que apresentavam a internet como uma das alternativas propostas.

    Junto a isso notamos a grande credibilidade e importância que as pessoas dão ao profissional da educação física dentro da sala de musculação, pois sempre que esta opção esteve presente como resposta, foi em sua grande maioria a que levou um maior percentual. Assim, podemos dizer que as leituras e discussões levadas para dentro de uma academia, a partir de reportagens publicadas em sites da internet, tornam-se apenas dúvidas entre os praticantes e que em sua maioria, são sanadas a partir de um questionamento ou uma troca de idéias com os professores do local, não acarretando influência apenas em casos isolados, mas não em grande parte dos alunos.

    Espera-se assim que estudos que relacionem publicações e divulgações aliando questões profissionais da área da educação física com elementos midiáticos sejam sempre ressaltados em pesquisas acadêmicas.

Referências bibliográficas

  • ACSM, Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

  • ANTUNES, C.A, Perfil profissional de instrutores de academias de ginástica de musculação, 2003. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 60. http://www.efdeportes.com/efd60/perfil.htm

  • BALSAMO, S.; SIMÃO R, Treinamento de força para: osteoporose, fibromialigia, diabetes tipo 2, artrite reumatóide e envelhecimento. 1ª ed. São Paulo: Phorte, 2005.

  • DEMO, P, Alfabetizações: desafios da nova mídia. 545. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 57, p. 543-564, out./dez. 2007.

  • IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2006. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/ acessado em: janeiro/2008;

  • IBOPE. Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. 2007. Disponível em: http://www.ibope.com.br/ acessado em: dezembro/2007;

  • Jornal Folha de São Paulo. 2006. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u58816.shtml acessado em: dezembro/2007;

  • LOLLO, P.C.B, Perfil dos alunos das academias de ginástica de Campinas, SP, 2004. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 76. http://www.efdeportes.com/efd76/acad.htm

  • NAHAS, M.V, Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4ª ed. Revisada e atualizada. Londrina: Midiograf, 2006.

  • NOVAES, J.S, Ciência do treinamento dos exercícios resistidos. 1ª ed. São Paulo: Phorte, 2008.

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