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Esporte, lazer e políticas públicas

Deporte, tiempo libre y políticas públicas

 

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

(Brasil)

Fernanda Campos Lima

fcamposlima@bol.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Pode-se perceber neste artigo abordamos como o esporte é influenciador de cultura. Que com ele podemos exercer de muitas atividades. Assim vindo o mesmo para desenvolver a socialização e coletividade proporcionando a integração dos indivíduos com essa prática em sociedade. Podendo assim estabelecer convívios sociais, enfocando classes e grupos étnicos para uma melhor vivência do lazer. Percebendo que essa utilização de seu tempo livre, seja assim aproveitada da melhor maneira possível. Haja que essa cobrança pelo desenvolvimento de Políticas Públicas seja feita de forma participativa, onde desse planejamento o próprio indivíduo possa usufruir dessa atividade. Que com essa política garantiremos uma melhor qualidade de vida. Possamos estar então reivindicando por uma política que nos é de direito. Portanto, diversos autores vem colocar de uma melhor forma que o Esporte, Lazer e Políticas Públicas vem a beneficiar a sociedade em geral com as devidas implementações que tem de haver nesse meio.

          Unitermos: Esporte. Socialização. Lazer. Políticas públicas

 

Abstract

          It can be noticed in this article we discuss how the sport is influencing culture. With which it can engage in many activities. So it came to develop socialization and community integration by providing individuals with the practice in society. Can thus establish social gatherings, focusing on classes and ethnic groups for a better experience of leisure. Realizing that the use of their free time, so be used in the best possible way. There is that to charge the development of public policy is made in a participatory manner, where the planning of the individual can enjoy this activity. What with this policy will ensure a better quality of life. Then we may be claiming for a policy that is in the law. Therefore, several authors have been put in a better way than the Sport, Recreation and Public Policy is to benefit society at large with appropriate implementations that have to be this way.

          Keywords: Sport. Socialization. Leisure. Public Policy

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010

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    Abordarei neste trabalho diversas opiniões de autores que falam do tema Esporte, lazer e Política Pública, onde será abordado neste presente artigo.

    Continuarei aqui algumas idéias e conceitos sobre o tema a ser estudado. Onde nesse conjunto colocarei alternativas de como o esporte seria inserido no social. E o lazer vindo a ajudar na socialização do indivíduo na sociedade.

    Expressando assim de certa maneira, que a realidade que o esporte traz com essa junção, vem colocar o planejamento e o desenvolvimento de políticas públicas bem ligadas a uma parte de bons planejadas e bons profissionais. Tendo o gestor público o elaborar de políticas para população menos favorecido do município onde essa política irá ser implantada. Trazendo o envolver do lazer com o social, para uma melhoria na qualidade de vida dos que ali necessitam dessa atividade. Abordando assim, onde o setor público e privado não trabalham de forma igualitária, prejudicando assim o desenvolver de políticas para uma sociedade mais igualitária.

    Percebendo assim que esse artigo è trabalhado em métodos referenciais, resultando em diversos conceitos do que seria lazer. E já voltado para o esporte, vem o mesmo apontar para o desenvolver do indivíduo como ser em sociedade. E a Política pública vem com o intuito de desenvolver o senso crítico do indivíduo perante a sociedade.

    Abordarei no presente artigo, opiniões de diversos autores sobre o Esporte, Lazer e Políticas Públicas em nosso país, que vem trazer o esporte como desenvolvimento para o indivíduo, tanto na parte emocional quanto no âmbito comercial para aqueles que usufruem desse mercado.

    Assim o esporte do século XIX no Rio de Janeiro veio com intuito de recordes a serem quebrados, sendo os esportes praticados não por toda a população, mas somente pela burguesia da época. Com isso o esporte de forma socializadora, traz em alguns levantamentos a forma de como as cidades brasileiras, com suas estruturas físicas, políticas e culturais, são vistas para que possa estar propiciando uma busca pela integração desse esporte nas demais cidades.

    Certamente o processo do esporte ocorre de forma rápida, levando o indivíduo a comentar esse assunto às mesas de bar, reuniões e não mais excluindo uma classe ou outra desse assunto em questão. Tendo o mesmo uma melhor absorção do esporte, assim mudando de certa forma a sua socialização, influenciando de certa maneira no seu dia-a-dia. Portanto, o esporte vem a diferenciar o estilo de vida que levamos na cidade, possibilitando com o esporte á ação em uma sociedade em transformação.

    Para Huizinga o esporte não tem mais o caráter lúdico, e passa a ser mais individualizado, no que diz respeito às práticas esportivas. Para Betti apud Porcher (1977p. 58): [...] adverte que é preciso tomar cuidados para que as crianças não confundam o gosto pelo esporte com o culto aos ídolos esportivos. Trata-se de evitar que os alunos sejam enganados por si mesmo e por um sistema mercantilista estranho à prática esportiva real.

    Com isso, percebe-se que o esporte se deu com mais intensidade quando houve a imigração dos negros para a zona urbana, proporcionando aos moradores da cidade, uma maior vivência motora e cultural. Implicando diretamente na prática de diversas modalidades como o basquetebol, o voleibol e etc.

    De certa maneira, o espectador faz parte do esporte tanto quanto o praticante, ambos tendo sensações de graus diferentes, mas sendo através do esporte, as ações e emoções vivenciadas em qualquer espaço. Portanto o esporte vem como socializador de diferenças, colocando nas ruas ou em lugares públicos como espaços capazes de propiciar o desenvolvimento do esporte. Assim, não cabendo a prática somente em lugares já destinados a essas modalidades.

    Para Betti (1998), o esporte tem de ser inserido para os alunos em sua iniciação, para que os mesmos tenham o incentivo de adorar o esporte, tendo esse que ser desenvolvido de forma ampla, envolvendo práticas de higienização educação e a parte cultural. Tendo o mesmo como meio a propagar, sendo através da televisão e outros meios de comunicação, aonde se vem mudando o conceito de esporte para muitos. Dessa forma, Marcelino (2003, p.173) afirma que “as sociedades se globalizam. Globaliza dinheiro, recursos, produtos, serviços mais ainda não globalizamos direitos e benefícios sociais”.

    Contudo as Políticas Públicas, hoje estão sendo investidas para o esporte de maior valorização pela mídia. Como exemplo o futebol, deixando de segundo plano os demais esportes, sem uma valorização adequada. Sendo esse meio capaz de unir países, classes e culturas. Pois essa determinada modalidade induz os telespectadores através de suas “paixões” a consumir produtos vinculados por esse meio, deixando de evidenciar o esporte em si, e sim o produto pelo qual querem mostrar.

    Percebe-se então, que temos que trabalhar com o social, para sabermos quais os tipos de corpos trabalharemos, pois cada corpo segue um procedimento à ser trabalhado para cada realidade dos corpos existentes. Com isso, as Universidades “formadoras de formadores”, incentivam a criticidade dos acadêmicos e futuros docentes sobre a vida social em que estamos inseridos.

    Seguindo a mesma linha de pensamento, ela expressa a atuação do profissional de Educação Física no campo do lazer, que vem ganhando destaque e espaço no cenário nacional. Mas sendo em grande parte no ato de sua formação que as instituições devem procurar integrar na preparação desse profissional para a elaboração de seu campo de trabalho, mas possibilitando ao mesmo, uma visão abstrata do que se tem sobre o lazer. Aborda-se assim primeiramente a variabilidade de conceito sobre o lazer.

    Izayama e Linhares (2006, p. 157) apud Werneck; Stoppa; Izayama (2001) colocam que o lazer é visto como favorecedor de nossa saúde física e mental:

    [...] o lazer pode ser identificado como um conjunto de ocupações ou como grupo de atividades, cada uma com conteúdos diversos como atividades físicas, manuais, artísticas, associativas e turísticas; o lazer apresenta relação com o tempo, mas que pode ser visto como tempo livre, tempo disponível ou conquista do tempo de não atividade [...] (2006, p.157)

    Funcionando às vezes como remédio, o lazer vem com a finalidade de revitalizar o trabalhador, para dar ânimo ao mesmo em seu dia seguinte. Caso contrário, o aumento de sua jornada de trabalho, o trabalhador cria certos esforços repetitivos que podem vir a prejudicar sua saúde.

    Padilha, Walquiria (2006) coloca que o nosso tempo livre está cada vez mais escasso devido o individuo estar tão ocupado com o trabalho, que acaba resultando nas más condições de vida. Acarretando em menos tempo de vida ao trabalhador, devido à falta de prática de atividades esportivas. Colocando que o indivíduo vivesse sem trabalho, seria ele mais saudável, mas do contrário, desencadearia diversas doenças com o ócio. Assim, vendo o lazer e o esporte como distração para aqueles que disponham de tempo livre, tem-se essas como simples mercadorias para as pessoas que querem fazer do seu tempo livre, algo a ser preenchido. Dessa forma, “consideram que todas as atividades de lazer são feitas no tempo livre, mas nem todas as atividades do tempo livre se caracterizam como lazer [...]”. Elias e Dunning (2003, p.107) apud Marcelino (2003).

    Aplica-se nessa abordagem, o fato dos profissionais dessa área serem vistos como simples profissionais que tentam distrair os que ali se apresentam, de forma que os mesmos são vistos para realização de eventos ou outras situações dessa circunstância, desvalorizando o trabalho desse profissional. Devido essa desvalorização, muitos acabam não atuando como profissionais da área do lazer, onde o mesmo não possui reconhecimento por tal atividade.

    Contudo, tem de haver essa integração do profissional do lazer com os órgãos responsáveis pela contratação desses profissionais, onde o mesmo tem de ter uma boa qualificação para o mercado de trabalho. Muitas vezes, forçando assim o profissional a desenvolver o seu lado voluntário, pois dessa maneira, ele adquire espírito de solidariedade, compreensão entre outros, deixando de lado a parte competitiva que mais se valoriza em qualquer atividade.

    Colocando que os gestores tanto da parte privada quanto pública, são os responsáveis pela elaboração de projetos para atender à necessidade da população local, ressalta-se que tais atividades poderiam ser efetuadas de forma integrada com o profissional da área do lazer. Percebendo que as Políticas Públicas de Esporte e Lazer têm sido planejadas sem um interesse por parte dos governantes, onde o repasse financeiro para esse tipo de política é precário, acaba desestimulando o interesse daqueles que fazem parte desse planejamento.

    Com o fato do profissional de lazer não ser valorizado para atuar em sua área, ele juntamente com a sociedade perde a valorização pessoal e social que essa educação do lazer irá nos proporcionar, inclusive sobre a cultura do espaço que convivemos.

    Contudo, evidenciando agora a parte ignorada da sociedade que são os portadores de deficiências, onde os mesmos ficam em segundo plano, torna-se necessário o desenvolvimento de políticas públicas que trabalhem em prol de uma sociedade melhor, com projetos adaptados de acordo com experiências próprias na necessidade de sua realidade. Assim, essas Políticas Públicas de lazer vem ganhando espaço nos debates com o intuito de elaboração de projetos na contribuição de amenizar as desigualdades existentes no nosso país.

    Direcionando para o lado da Educação Física, o lazer vem trazer um valor educacional, para que de certa forma complete a sua vivência de “ser” na sociedade.

    Sendo que o lazer é um direito de todo indivíduo que vive em sociedade, esses projetos a serem planejados têm ligação com interesses políticos, que acabam dificultando assim, o desenvolver de excelentes trabalhos para a população. Onde o objetivo principal seria o desenvolvimento de seu corpo saudável, forte, desejável e entre outros, visto até mesmo como um estilo de vida.

    Deixando evidente a preferência dos gestores pelo esporte de rendimento, pois com ele, surge a utilização alienante através do esporte, trazendo o espírito competitivo para os demais, e forçando o consumo daqueles que o praticam.

    Marcelino (2003) compreende que a falta de espaços adequados para a prática do lazer é uma problemática urbana, presente em grandes cidades. Sendo que o espaço a ser usufruído seria o próprio espaço onde o indivíduo vive. Com o devido aumento da população o acesso ao lazer fica restrito, dificultando ainda mais a disponibilidade para essa prática. Como são o caso dos cinemas, teatros, e outras atividades privadas que foram construídos em áreas de uso da população, e que nem todos têm acesso a esses programas de lazer oferecidos pela sociedade capitalista.

    Para o cidadão, a distância entre o seu trabalho e sua residência, facilita assim a perda de seu tempo, que os mesmos às vezes acabam não tendo nem tempo para o descanso propriamente dito. Devido à falta de espaços no meio urbano para a prática do lazer, há o consumo de equipamentos destinados à atividade. E ao adquirir tais equipamentos, a população acaba deixando de reivindicar tais políticas para sua prática, pois ele acaba por utilizar equipamentos para sua própria melhoria física. Ficando também as escolas sem esse espaço apropriado para desenvolver das atividades relacionadas ao lazer. E sem esse espaço as pessoas acabam deixando de lado de certa forma o convívio e a socialização com o outro e dão mais importância ao entretenimento que de certa forma não exige reivindicações.

    Percebe-se então que o lazer é visto como uma política de desenvolvimento, para tornar a sociedade com menos violência, drogas e outras questões a mais. Aí sim estará intervindo na política pública de lazer. Assim, Padilha (2004, p. 77) coloca que “que nesse sentido, o público alvo da política não pode ser visto como expectador, como coadjuvante das ações”. Então o lazer tem que ser desenvolvido tanto por empresas governamentais, não governamentais e privadas, para realizarem tais atividades que propiciem vivências culturais de classes e de grupos étnicos.

    Colocando que nos antepassados o homem dispunha mais do seu tempo livre, onde hoje em compensação esse pouco tempo que se tem, o homem o dedica totalmente ao trabalho. Com a vinda da globalização, nós deixamos um pouco de lado o nosso corpo em atividade, pois as máquinas tiraram os esforços que tínhamos a fazer, deixando parte de seu tempo a cargo dos meios de comunicação como secretária eletrônica entre outros. “[...] logo, nós herdamos uma tecnologia extremamente sofisticada que nos permite fazer cada vez mais produtos sempre com menos esforço físicos” (DE MAZI, 2000, p. 136).

    Segundo Kurz (2000) o fato do homem não ter mais tempo livre, com a correria do trabalho, acaba fazendo com que ele procure de forma desesperada o seu tempo “livre”. Werneck (2001) coloca que o indivíduo do mundo contemporâneo possui mais horas para o seu tempo livre. E com esse disponibilizar de tempo, trabalhadores investem em construções de parques, clubes, assim estigando o consumo dos mesmos que ali frequentam.

    Abordando assim outro aspecto do lazer que é o pouco tempo que os trabalhadores têm de espairecer de seu stress diário. Onde pela diminuição de pessoal nas empresas visam assim estratégias, onde os trabalhadores trabalham em dobro, perdendo assim o pouco de seu tempo livre que resta.

    Dessa forma, Veiga (2000, p.15) complementa que “... as pessoas querem carreira, salário ascendente, benefícios. Se for preciso trabalhar mais, porque não?”.

    De Mazi (2000) afirma ainda que com o avanço da tecnologia, o trabalhador perde suas horas de descanso ou aumenta sua jornada de trabalho. Percebe-se então que o lazer não esta acessível a todos, inclusive evidenciando os municípios de nosso país, que poucos possuem opções de distração para os que querem ocupar o seu tempo. E inclusive a falta de espaço destinado a criação de novas formas de cultura para a sociedade.

    Nota-se também que a atuação do profissional de lazer vem se distinguir em dois setores: setor público que é visto para a elaboração de projetos voltados para a população em geral. E o setor privado onde o profissional é voltado para a realização de atividades em espaços como clubes, hotéis, condomínios entre outros. Então, o lazer vem assim, oferecer boas vivências aqueles que usufruem dessa opção.

    Trigo (1995, p. 80) com essa visão dos setores citados, diferencia como se dá a elaboração de projetos voltados para o lazer:

Setor Privado

Setor Público

Menos Burocracia

Burocracia excessiva

Visa os Lucros

Visa Objetivos sociais

Continuidade de Trabalho

Eventual descontinuidade nas mudanças de governo

Gente qualificada

Gente qualificada e não qualificada

Mede-se por eficiência

Mede-se por impacto-político

Limitado pelas atividades de mercado

Espaço para criar/inovar

Requer atualização

Requer atualização

Pode ter mais capital

Limitação de capital

Planejamento de metas

Planejamento fragmentado

    A tabela acima é referenciada por: Trigo (1995, p.80) apud Werneck, Christianne Luge G; STOPPA, Edmur Antonio; ISAYAMA, Élder Ferreira (2001).

    Para Marcelino (2001) desses dois setores, fica claro que o primeiro setor coloca-se de maneira a formar cidadãos críticos e envolvedores com a parte social. E o segundo fica evidente a individualização, onde estes estão prontos somente para a venda de mercadorias de um serviço a ser comercializado.

    Segundo Gutterres e Rodrigues (1996) apud Werneck (2001)

    “Afirmam que o poder público municipal precisa colocar o cidadão no centro das decisões, formando não apenas como um consumidor potencial das atividades oferecidas, mas principalmente como gestor e animador das suas próprias vivencias de lazer”. (1996, p. 78)

    Assim, o poder público tenta incentivar o poder privado. Onde o mesmo enquanto a sua maneira de repassar o que seria o lazer, pode estar transmitindo o exercício da cidadania para os demais praticantes. No entanto o SESI (Serviço Social da Indústria) veio com intuito de desenvolver atividades culturais, e visando exercício da cidadania e uma boa qualidade de vida a população em geral.

    Stoppa (1999) aborda que a atividade realizada às vezes de maneira forçada não é vista como lazer. Considera-se também que o ócio não é lazer, sendo que o não fazer nada, dá ao homem uma sensação de “tempo perdido”, preferindo o mesmo o ato de assistir do que o de praticar.

    Com tudo a área do lazer vem a abranger muitos campos, possibilitando as diferentes formações das opiniões relacionadas a essa área. Visto que o lazer tem de se envolver a teoria e a prática, buscando a melhor qualificação para atuação do mesmo, que vem atuando em vários ramos do lazer. Assim, “[...] o lazer acaba sendo restrito a um simples tarefismo, com “fazer por fazer” tão presente em muitas vivencias na atualidade” (Werneck 2000, p. 88).

    Percebendo então que o lazer vem com o fim educacional e cultural, trazendo assim o envolvimento para o profissional dessa área, que juntamente com o planejamento, pode estar envolvido neste processo de construção de políticas na área do lazer. Tendo o mesmo que assumir responsabilidades pedagógicas e políticas. Contudo o nosso tempo livre se destina ao lazer, colocando principalmente nos centros urbanos e sendo ele algo a fazer parte de nossa realidade.

    Juntamente com a falta de espaço na cidade, surge assim um aglomerado de pessoas, onde o uso dos poucos espaços para o lazer acaba caindo no desuso ou em uso não apropriado, pois com a falta de planejamento de políticas públicas para direcionar práticas para esse aglomerado, fica evidente assim o descaso com o lazer público. Tornando diante de outras lutas, o lazer como algo inútil, sem necessidade.

    Tendo agora a escola como foco, onde há “lazer na escola” e o “lazer da escola”. Na primeira análise vem com intuito de educar o aluno na instituição escolar, utilizando o seu próprio espaço para o desenvolvimento de diversas práticas. Já na segunda análise vem em práticas que envolvem o seu cotidiano como: férias, festa, e até passeios. Mas sendo esses sem projetos pedagógicos elaborados. Colocando a escola como um bom detentor do ócio.

    Assim, o preenchimento do seu tempo livre, nos leva a procurar meios mais fáceis para o combate do mesmo, mas sendo de forma passiva para preencher esse “tempo livre”. Deixando a atividade prática para ser realizada em segundo plano.

Considerações finais

    Com toda abordagem que tive entre os autores sobre os temas Esporte, lazer e Políticas Públicas, vem ele contribuir para as diversas questões aqui abordadas, que tem grande fundamentação e importância do para a sociedade.

    Enfocando que com o desenvolver das demais categorias, evidenciamos a necessidade para essa realização de projetos elaborados para um desenvolver mais eficaz para a população.

    Quando se coloca que o lazer possui diversos conceitos a serem tratados é a pura verdade. Pois cada indivíduo interpreta o lazer de maneira que lhe for conveniente. O que pode estar sendo lazer para mim para o outro não é. Assim ficando claro esse termo, vindo a caracterizar o ‘’tempo livre’’, onde algumas pessoas possam assim estar usufruindo desse espaço. Podendo essas compartilhar seu tempo em áreas de lazer abertas ao público, ou em espaços fechados ao público como teatros e parques.

    Mostrando que de certa forma o esporte vem fazer essa integração com o lazer. Pois a parceria de ambos, podem estar desenvolvendo práticas esportivas que venha a oferecer melhor qualidade de vida e integração para os que participam.

    Tornando o esporte unificador de classes e grupos. Possibilitando do maior desenvolvimento do próprio indivíduo no que se refere a socialização. Trazendo o esporte e o lazer como benefícios para um melhor convívio com o outro.

    Mas portanto para esse planejamento, a união entre o profissional e gestor Público deve ser mais consolidado, pois é preciso que tenham política públicas mais adequadas para uma melhor realização desses projetos tara ser colocado em prática. Onde tendo que haver parcerias entre ambos citados agora apouco. Sendo esses responsáveis pelo desenvolvimento de tais políticas a serem elaboradas para o campo do lazer.

    Acreditando que com mais espaços destinados a realização dessas práticas. Tende essa prática de ter apoio dos órgãos públicas e privados, para que essa política seja efetuada com mais veracidade pelos órgãos que competem. Fazendo assim da sociedade merecedora de seu direito. Não tendo o indivíduo que intervir para a sua elaboração, onde é de direto de todo cidadão.

    Promovendo assim com o lazer, o bem estar mental e físico do indivíduo praticante de qualquer atividade. Sendo que esse trabalho a ser desenvolvido ele tem de ter uma parceria com o profissional a ser contratado, para o melhor desenvolver dessa prática. Para de forma, quando houver a elaboração de tais projetos, esse profissional tem de estar apto a desenvolver e a incentivar outros profissionais para esse mesmo campo de trabalho.

    Sendo desse planejamento a ser feito com mais interesse, principalmente do poder público existente em cada município.

Referências

  • BETTI, Mauro. A janela de vidro: Esporte, televisão e educação física. Campinas, SP: Papirus, 1998 (Coleção Fazer / lazer).

  • ISAYAMA, Helder Ferreira, LINHARES, Meily Assubú (org.). Sobre lazer e Política: maneiras de ver, maneiras de fazer. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

  • LUCENA, Ricardo de F. O esporte na cidade: aspectos do esforço civilizador brasileiro / Ricardo de F. Lucena – Campinas, SP. Autores Associados, Chancela editorial CBCE. 2001. (coleção educação física e esportes).

  • MARCELINO, Nelson Carvalho. Formação e desenvolvimento de pessoal em lazer e esporte: para a atuação em políticas públicas – campinas, SP: Papirus, 2003 (coleção Fazer/Lazer).

  • NAVARRO, Vera Lucia. Trabalho, saúde e tempo livre sobe os domínios do capital. In: WALQUIRIA, Padilha (org.). Dialética do Lazer. São Paulo: Cortes, 2006.

  • STOPPA, Antonio Edmur, ISAYAMA, Hélder Ferreira. Lazer, mercado de trabalho e atuação profissional. WERNECH, Cristiane Luce, STOPPA, Edmur Antonio, ISAYAMA, Élder Ferreira – Lazer e Mercado. Campinas, SP: Papirus, 2001- (Coleção Fazer/ Lazer).

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