A eficácia da ginástica laboral na redução do estresse entre trabalhadores La eficacia de la gimnasia laboral para reducir el estrés en trabajadores |
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*Graduanda em Educação Física na Uninove **Universidade de São Paulo ***Universidade Nove de Julho (Brasil) |
Lilian Martins Pacheco* Cláudio Miranda da Rocha** Alessandro Barreta Garcia*** |
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Resumo O fato dos funcionários passarem muitas horas na mesma posição e quase sempre repetindo as mesmas ações, vem acarretando-lhes muitos afastamentos, ocasionando desestruturação nas empresas e um enorme impacto social e financeiro. Observa-se que as empresas estão adotando algumas medidas para enfrentar tais problemas como por exemplo, a prática da Ginástica Laboral. A partir deste problema este trabalho teve como objetivo investigar a percepção de trabalhadores burocráticos a respeito dos benefícios da Ginástica Laboral na diminuição de seus níveis de estresse. Realizou-se uma pesquisa de campo em uma faculdade particular, onde tomaram parte 76 funcionários das áreas administrativas, sendo 36 homens e 40 mulheres. Os resultados apresentados nesta pesquisa através de um questionário fechado, não são tão paralelos a qualquer literatura utilizada no trabalho podendo-se constatar que a Ginástica Laboral não apresentou relação positiva com a diminuição do estresse. E para o entendimento deste fenômeno entre Ginástica Laboral x Estresse, sugere-se novas pesquisas, em outros ambientes. Esta pesquisa não apresentou diferença entre os gêneros. Unitermos: Ginástica Laboral. Estresse. Trabalhadores
Abstract The fact of the employees almost always to pass many hours in the same position and repeating the same actions, comes causing many removals to them, causing destructuralization in the companies and an enormous social and financial impact. It is observed that the companies are adopting some measures to face such problems as for example, the practical one of the Labor Gymnastics. From this problem this work had as objective to investigate the perception of bureaucratic workers regarding the benefits of the Labor Gymnastics in the reduction of its levels of it stress. A research of field in a particular college was become fulfilled, where 76 employees of the administrative areas had taken part, being 36 men and 40 women. The results presented in this research through a closed questionnaire, are not so parallel to any literature used in the work being able itself to evidence that the Labor Gymnastics did not present positive relation with the reduction of stress. E for the agreement of this phenomenon between Labor Gymnastics x Stress, suggest new research, in other environments. This research did not present difference between the sorts. Keywords: Labor Gymnastics. Stress. Diligent
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010 |
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Introdução
A necessidade da prática de exercícios físicos no local de trabalho remonta a Revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII. A partir desta época o número de funcionários com lesões por esforços repetitivos (L.E.R.) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (D.O.R.T.) aumentou consideravelmente (LIMA, 2003). O advento de novos processos de produção trouxe em seu bojo mudanças consideráveis no ambiente de trabalho. Mais recentemente, a era da Informática acentuou estas mudanças e catalisou suas conseqüências.
Os tempos modernos impuseram uma nova rotina aos operários, que geralmente têm uma vida sedentária, passando muitas horas na mesma posição, repetindo-a inúmeras de vezes por dia (LIMA, 2003).
Para minimizar o sofrimento do trabalhador e para o lucro do empregador, surge oficialmente em 12 de julho de 1949 a chamada ergonomia, que é a pesquisa (e as aplicações) das leis que regem as relações do homem com o trabalho, é a analise, sobre qualquer aspecto, das situações de trabalho humano com vistas a uma melhora. A ginástica advinda da ergonomia, atualmente denominada de Ginástica Laboral (GL), foi utilizada naquela época para melhorar a saúde do trabalhador e aumentar a produtividade (MARTINS, 2001).
Com o alto número de reclamações e afastamento, aumentaram os gastos com a saúde ocupacional e com planos médicos, alertando aos empresários, visto que, na ausência do colaborador, as tarefas são distribuídas entre os colaboradores ativos ou na contratação de mão-de-obra temporária para substituir o colaborador afastado, duplicando a folha de pagamento.
Para atenuar os sinais e sintomas de stress no ambiente de trabalho as empresas passaram a investir em programas de Qualidade de Vida, Saúde e Ergonomia. As soluções de tais questões, não se resumem apenas em determinar se uma pessoa tem ou não D.O.R.T, embora esse seja um passo importante. Significa investir em projetos de saúde ocupacional, reformulação de equipamentos e tecnologia e implantação de programas de exercícios físicos de forma dinâmica e construtiva, para que se possa responder aos desafios do mundo atual como instrumento preventivo.
O estresse representa um alto custo para as empresas, com a queda da produtividade refletida em horas de trabalho perdidas, faltas constantes, desperdícios de materiais e custo elevados com assistência médica. De acordo com este contexto o objetivo deste estudo é investigar a percepção de trabalhadores burocráticos a respeito dos benefícios da GL na diminuição de seus níveis de estresse.
História da Ginástica Laboral
O trabalho da GL nasceu bem antes da recente ciência sobre ergonomia, alguns empresários e trabalhadores viram-se obrigados a adotar inconscientemente atitudes e pensamentos ergonômicos (LIMA, 2003).
A primeira notícia a respeito da Ginástica Laboral se encontra em uma prochura editada na Polônia, em 1925, onde foi chamada também de Ginástica de Pausa, destinada a operários, anos depois surgindo na Polônia e na Rússia (KROEMER & GRANDJEAN, 1997, p. 43).
O primeiro registro de atividades desportivas no âmbito interno de empresas no Brasil ocorreu na fábrica de tecidos Bangu, sediada no Rio de Janeiro, em 1901. Neste ano, os trabalhadores dessa indústria têxtil, de capital e gestão inglesa, já se reuniram em torno de um campo de futebol para praticar o desporto de lazer. No Brasil, durante a década de 1930, reapareceram outros empreendimentos que ofereciam opções do desporto de lazer (LIMA, 2003).
No início dos anos 60, países como Bulgária, Alemanha, Suécia e Bélgica também adotaram a GL. Ainda na década de 60, no Japão, ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da G.L.C. – Ginástica Laboral Compensatória. Já no Brasil o esforço pioneiro residiu em uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas. Tal proposta foi estabelecida pela Escola de Educação de Feevale, em 1973, quando foi elaborado o projeto de Educação Física Compensatória e Recreação, não sendo encontrado posteriormente material de continuidade deste trabalho (KROEMER et al, 1997). Em 1979, a mesma entidade, em convênio com o SESI (Serviço Social da Indústria), elaborou e executou o projeto de GL. Em 1999, a Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul criou o curso que visa preparar alunos e profissionais para esta área de atuação (LIMA, 2003).
O que é Ginástica Laboral?
Como o nome indica, GL é a realização de exercícios físicos no ambiente de trabalho durante o horário de expediente na prevenção de lesões de esforços repetitivos e doenças ocupacionais. Além de exercícios físicos a GL consiste em alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade das articulações. Apesar da prática da GL ser coletiva ela é moldada de acordo com a função exercida pelo trabalhador (MARTINS & DUARTE, 2000).
Para Lima (2003) GL refere-se a um conjunto de exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica, sem levar o colaborador ao cansaço por ser de curta duração, trabalhando-se o alongamento das estruturas musculares envolvidas nas tarefas operacionais diárias.
Quais são os benefícios oferecidos pela Ginástica Laboral?
Segundo Cañete (1996), a GL pode reduzir a incidência de doenças ocupacionais e lesões de esforços repetitivos, e desta forma diminuir o número de afastamentos dos empregados na empresa. Além dos benefícios físicos, a prática voluntária da GL proporciona ganhos psicológicos, diminuição do estresse e aumento no poder de concentração, motivação e moral dos trabalhadores. A GL também pode trazer benefícios econômicos diretos para as empresas ao diminuir o afastamento me elevar a produtividade dos empregados.
Cañete (1996) cita que os principais benefícios fisiológicos relacionados ao exercício sobre o sistema cardíaco, respiratório, esquelético, entre outros bem documentados nas evidências científicas. A GL além de promover o combate às doenças profissionais, também previne e combate o sedentarismo, o estresse, depressão, ansiedade, como também promove a sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho.
Outro importante benefício fisiológico é a melhora da flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e resistência, que promovem maior mobilidade e melhor postura. Todos estes benefícios se apresentam pela melhor utilização das estruturas osteo-mio-articulares, como maior eficiência e menor gasto energético por movimento específico.
Já para Oliveira (2002) os benefícios do programa da GL seriam a redução de custos com assistência médica, diminuição do absenteísmo, diminuição do estresse, aumento da produtividade e diminuição de acidentes de trabalho. Cañete (1996) fala que alguns dos principais benefícios psicológicos pela prática da GL são apresentados na melhora do equilíbrio biopsicológico, da auto-estima e da auto-imagem do praticante.
Há de se considerar também a presença da motivação por novas rotinas, do desenvolvimento da consciência corporal e do combate às tensões emocionais do Indivíduo; apresentando também melhora da atenção e concentração às atividades desempenhadas. Cañete (1996) cita que o favorecimento do relacionamento social e do trabalho de equipe, apresentando a melhoria das relações interpessoais, são alguns dos fatores dos benefícios sociais que a GL causam.
O autor cita também, os benefícios empresariais pela prática da GL estão na redução dos gastos com afastamento medico por lesões e substituições dos funcionários. A melhoria da imagem da instituição junto aos empregados e a sociedade dando, por vezes, maior produtividade são também evidenciadas como benefícios.
Tipos de Ginástica Laboral
Segundo Lima (2003), existem dois tipos de GL: de Aquecimento ou Preparatória e a Compensatória ou de Pausa. A Ginástica de Aquecimento ou Preparatória é realizada antes ou logo nas primeiras horas do início do trabalho. Na maioria das vezes não é possível implantar em todos os setores antes de iniciar a jornada, mas logo no seu início e isso não a descaracteriza como preparatória. Ela é constituída de aquecimentos e/ou alongamentos específicos para determinadas estruturas exigidas. O objetivo é aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a viscosidade das articulações e tendões. Geralmente tem duração de 5 a 10 minuto.
A Ginástica Compensatória ou de Pausa é realizada no meio da jornada de trabalho, como uma pausa ativa para executar exercícios junto às máquinas, mesas do escritório e eventualmente no refeitório ou em espaço livre, utilizando exercícios de descontração muscular e relaxamento, visando diminuir a fadiga e prevenir as enfermidades profissionais crônicas.
Estresse
Para Rio (1995), estresse é constituído por um conjunto de respostas, específicas e/ou generalizadas do nosso organismo, diante de estímulos externos e/ou internos, concretos ou imaginários, que são percebidos como pressões e que exigem a entrada em ação de mecanismos adaptativos com capacidade de nos ajudar a essas pressões, propiciando meios adequados de reação e preservando nossa integridade, nosso equilíbrio, nossa vida.
Couto (1987) afirma que estresse pode ser definido como um estado em que ocorre um desgaste anormal da máquina humana e/ou uma diminuição da capacidade do trabalho, ocasionados basicamente por uma incapacidade prolongada de o indivíduo tolerar, superar ou se adaptar às exigências de natureza psíquicas no seu ambiente de vida.
Já Lipp & Novaes (1996), definem estresse como um processo psico-fisiológico que envolve os fatores neuroendócrinos ativando sistemas biológicos e psicológicos (cognitivo e emocional) do organismo, no esforço de responder eficientemente ao estímulo estressor ou a situação estressante.
Para Lima (2003) a empresa sobrevive da produção de seus funcionários, e o estresse, até um ponto razoável, contribui para que o funcionário seja produtivo. A experiência de prover todo funcionário da segurança suficiente para não se sentir ameaçado, como é o caso dos empregos públicos com completa estabilidade, mostra que a produtividade descresce na medida em que o funcionário não se sente motivado a garantir seu emprego. Assim sendo, temos que recorrer a um exemplo gráfico para sugerir um ponto ótimo de ansiedade e estresse, além do qual a produtividade e a saúde do funcionário estariam prejudicadas e, aquém do qual os resultados de produção não seriam os melhores possíveis de se atingir.
Para Couto (1987), existem dois tipos de estresse, o agudo se durar e o crônico se o estado de inadaptação perdurar, sendo que o estresse agudo somente se constitui em uma preocupação em indivíduos tensos, que estão submetidos a ele de forma muito freqüente. Ao contrário, o estresse crônico, prolongado, tem efeito deletério maior sobre a saúde do indivíduo.
Segundo França & Rodrigues (1999) existe dois tipos de estresse, o eustress: tensão com equilíbrio entre esforço, tempo realização e resultados e o distress: tensão com rompimento do equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível com tempo, resultados e realizações.
Já para Ballone (2002) o estresse pode ser dividido em dois tipos básicos, o estresse crônico e o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia mais de uma forma mais suave. O estresse agudo é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras como a depressão na morte de um parente.
Para França & Rodrigues (1999) estresse consiste em três fases que dentro de casa uma delas podemos saber seus sintomas, como a 1º fase que é a de reação de alarme onde a um aumento da freqüência cardíaca, aumento da pressão arterial, aumento da concentração de glóbulos vermelhos e de açúcar no sangue, redistribuição dos brônquios e da pupila, aumento da concentração de glóbulos brancos e ansiedade.
Já na 2º fase onde temos a reação de resistência que consiste no aumento do córtex da supra-renal, ulcerações no aparelho digestivo, irritabilidade, insônia, mudanças no humor, diminuição do desejo sexual, atrofia de algumas estruturas relacionadas à produção de células do sangue. E para finalizar a 3º fase que é de exaustão que é o retorno parcial e breve à reação de alarme, falha dos mecanismos de adaptação, esgotamento por sobrecarga fisiológica e morte do organismo.
Teixeira (1995) diz que seus sintomas são as alterações no metabolismo das endorfinas, com conseqüentes alterações na percepção da dor, as disfunções em processos neuro-endocrinológicos, em que a participação das emoções é predominante, com a participação principal de alguns centros cerebrais, como o sistema límbico, ação direta do sistema nervoso simpático em nível tecidual, aumento do tônus muscular, levando à intensificação de tensão das estruturas musculoesqueléticas, desequilíbrio psicomotor, lavando a posturas e movimentos inadequados, mesmo em vigência de boas condições ergonômicas de trabalho e de vida cotidiano e conseqüentemente, a sobrecargas específicas ou difusas.
Já Lipp & Novaes (1996) dizem que quando o nível de estresse tornar-se alto demais, seu corpo envia pelo menos dois sintomas: sua respiração torna-se rápida; seus músculos ficam tensos. E você pode aprender a conviver com esta situação é o que vamos falar no tratamento. Para França & Rodrigues (1999), existem três recursos para lidar com o estresse na parte físico, psíquicos e Sociais.
Já na parte físico podemos ter técnicas de relaxamento, alimentação adequada, exercícios físicos regulares, repouso, lazer e diversão, sono apropriado às necessidades individuais, medicação, se necessário e sob supervisão médica. Pela parte psíquica podem-se usar métodos psicoterapêuticos, processos que favorecem o autoconhecimento, estruturação do tempo livre com atividades prazerosas e ativas, avaliação periódica de sua qualidade de vida, reavaliação de seu limite de tolerância e exigência, busca de convivência menos conflituosa com pares e grupos.
E na parte social a melhor forma de tratamento é a revisão e rendimento das formas de organização de trabalho, aprimoramento, por parte da população em geral, do conhecimento de seus problemas médicos e sociais, concomitância dos planejamentos econômicos, sociais e de saúde.
Ballone (2002) diz que o tratamento que existe para o estresse são os remédios que somente um profissional poderá indicar o melhor, a alimentação, pois durante o processo de estresse o organismo perde muitas vitaminas e nutrientes, e os exercícios físicos que proporcionam benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias.
Existem também algumas alternativas convencionais como a acupuntura que é uma técnica chinesa, com aplicações de agulhas em locais específicos do corpo estimulando neurônios que ativam vários sistemas, como endócrinos e o imunológico, reike que é uma técnica japonesa que consiste em reequilibrar a energia do corpo, a massagem para promover um equilíbrio físico, mental e energético, a dança bioenergética que através de movimentos de expressão de harmonia com o corpo, mente e espírito, temos a aromaterapia, um tratamento feito à base de odores e a cromoterapia, tratamento feito a cores, são ondas eletromagnéticas que ativam a imaginação, trazendo uma reação positiva ao organismo.
Lipp & Novaes (1996) falam que controlar a respiração é um ótimo tratamento para o estresse, como também tentar relaxar os músculos, adquirir a prática da GL, adquirir bons hábitos para dormir, fazer paradas entre as atividades, alimentar-se adequadamente, evitar o excesso de peso e organizar seu dia, para manter o controle.
Material e métodos
Segundo Lakatos & Marconi (2001) o questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas com finalidade de despertar o interesse do recebedor, no sentido de que ele preencha e devolva o questionário dentro de um prazo razoável ou mesmo de forma imediata sem ônus.
Portanto a elaboração de um questionário requer a observância de normas precisas, a fim de aumentar sua eficácia e validade. Em sua organização, devem-se levar em conta os tipos, a ordem, grupos de perguntas, formulação das mesmas e também tudo aquilo que se sabe sobre percepção, estereótipos, mecanismos de defesa, liderança etc (MUCCHIELLI, 1978).
A técnica considerada adequada para este tipo de trabalho foi o questionário e dentro deste utilizou-se do procedimento de pré-teste que envolve perguntas com mostruário exploratórias do tema. As respostas possíveis estão estruturadas junto à pergunta, devendo o informante assinalar uma ou várias delas. Para este estudo utilizamos o questionário padronizado de Oliveira (2002) somando-se os pontos assinalados em cada questão conforme a tabela em anexo.
Amostra
A pesquisa foi realizada em uma faculdade particular da zona oeste de São Paulo. Nela tomaram parte os funcionários das áreas administrativas num total de 76 funcionários sendo 36 do sexo masculino e 40 do sexo feminino com idade de 18 a 60 anos que poderiam ou não realizar a GL. A pesquisa de campo foi realizada no mês de junho. Os funcionários responderam um questionário com 18 questões fechadas, que abordaram a eficácia da GL na redução do estresse em trabalhadores segundo o questionário padronizado disponível por Oliveira (2002).
Resultados
Discussão
De acordo com Figura 1, o número de pessoas entrevistadas entre homens e mulheres, esta segunda categoria se mostrou superior, na Figura 2 temos os homens entrevistados que praticam e não praticam GL, sendo que os que praticam são superiores, e a Figura 3 que expõe que não houve diferença do número de mulheres que praticam e não praticam a GL. Para finalizar esta exposição da amostra na Figura 4, temos as demonstrações do número de questionários entregues, devolvidos e não devolvidos durante a pesquisa.
Segundo as recomendações de Lipp (1996), controlar a respiração é um ótimo tratamento para o estresse, como também tentar relaxar os músculos, adquirir a prática da GL em seu ambiente de trabalho, adquirir bons hábitos para dormir, fazer paradas entre as atividades, alimentar-se adequadamente, evitar o excesso de peso e organizar seu dia, para manter o controle. Já para Oliveira (2002), os benefícios do programa da GL seriam a redução de custos com assistência médica, diminuição do absenteísmo, diminuição do estresse, aumento da produtividade e diminuição de acidente de trabalho.
Cañete (1996) fala que a GL além de promover o combate às doenças profissionais, também previne e combate o sedentarismo, o estresse, a depressão, a ansiedade, promovendo a sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho.
Porém os resultados apresentados nesta pesquisa não são tão expressivos na eficácia da redução do estresse. Salientamos que segundo a Figura 5 homens praticantes e não praticantes da GL não apresentaram tanta alteração ao que se refere ao positivo de bem estar, baixa positividade e marginal, e já nos que indica problemas de estresse o número de homens que praticam GL foi maior dos que não praticam.
Ainda segundo a Figura 5 o número de homens que praticam a GL e indica sofrimento é superior ao grupo que não pratica GL o que pode indicar problemas com o protocolo utilizado ou influencia de outras variáveis que não foram estudadas. E para o estado severo não obtivemos resposta dos homens.
Já na pesquisa feita com mulheres (segundo a Figura 6) podemos observar que os resultados foram diferentes comparados ao dos homens e possivelmente paralelos com a literatura, porém com algumas exceções. O que nos indica positivo bem estar nas mulheres mas a melhora do estresse foi nítida nas que não praticam o que mais uma vez pode indicar problemas no protocolo de análise proposto por Oliveira (2002), ou outras possíveis interferências no cotidiano dos que não fazem GL. Houve mais a baixa positividade de mulheres que praticam a GL com relação às que não praticam.
O resultado de mulheres que não praticam GL foi bem alto com relação a problemas de estresse, enquanto as que praticam não tiveram tantos problemas de estresse, e sobre os que indicam sofrimento o que pode indicar a necessidade da GL, porém é necessário forma mais precisas para se determinar o problema, possivelmente algum tipo de questão aberta possa expor o problema com maior evidência. O estado sério das mulheres ocorreu com as praticantes de GL, enquanto as que não praticam não houve respostas. Já no estado severo não tivemos respostas, portanto ninguém se encontra neste estado.
Considerações finais
Este trabalho teve como objetivo verificar a percepção de trabalhadores burocráticos a respeito dos benefícios da GL na diminuição de seus níveis de estresse, portanto conclui-se que para a amostra desta pesquisa a GL não apresentou relação positiva com a diminuição do estresse em todos os casos. E para o entendimento deste fenômeno entre a GL x Estresse, sugere-se novas pesquisas, em outros ambientes e com outras metodologias mais esclarecedoras.
Referências
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