Lesões no futebol: uma revisão | |||
Mestranda em Educação Física Universidade Federal do Paraná (Brasil) |
Priscilla Bertoldo Santos |
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Resumo Segundo COHEN e ABDALLA (2003) o futebol é o esporte mais popular do mundo. Este esporte possui como característica a presença de movimentos bruscos, grande contato, e grande numero de jogos realizados pelos atletas, estes são fatores que facilitam a ocorrência de lesões. As lesões no futebol causam incômodo aos atletas em toda a sua carreira, e até mesmo, a interrupção precoce desta; são contusões, entorses, luxações, fraturas, tendinites, distensões, rupturas de ligamentos, entre outras. O futebol é um esporte extremamente complexo do ponto de vista da perfeita interligação entre aspectos físicos, técnicos, táticos e psicológicos, e a incidência de lesões tem sido alta nos últimos anos. (BARROS e GUERRA, 2004). Os incrementos em numero de horas de treinamento e competições (Carga de jogos) são vistos como alguns dos principais fatores que, no futebol, trazem consigo o surgimento de lesões em seus praticantes (MANUAL MERK, 2008). A grande incidência das lesões é que causam preocupação e por isso um estudo sobre o assunto se torna interessante para todos que se interessam por esta área, pois a ocorrência de lesões, por muitas vezes, provocam diminuição no rendimento ou inclusive obrigam a uma retirada precoce da prática esportiva, além dos gastos e prejuízos a atuação das equipes. Unitermos: Futebol. Lesões |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010 |
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Introdução
Os índices de lesões decorrentes da pratica do futebol vêm se tornando significativamente maiores, em todas as faixas etárias, tanto em indivíduos que praticam essa modalidade esportiva de forma recreacional quanto em atletas profissionais (VILLARDI apud BARROS e GUERRA, 2004). Neste estudo estarão presentes os dados de atletas profissionais.
As lesões esportivas são acidentes de trabalho que são conseqüências das atividades esportivas. Essas lesões devem ser consideradas como eventos prejudiciais por diferentes motivos:
Supõe uma disfunção do organismo que produz dor, restringe as possibilidades de funcionamento e pode aumentar o risco de disfunções maiores;
Levam a interrupção ou limitação da atividade esportiva durante algum tempo ou até permanente;
Levam a interrupção ou limitação das atividades não esportivas como, por exemplo: atividades escolares para quem não é profissional ou outras atividades que, devido à lesão, não poderão realizá-las de nenhuma forma, ou da mesma maneira que antes;
Implicam, em geral, em mudanças na vida pessoal e familiar como conseqüência das restrições que a lesão impõe sobre a pessoa e as novas necessidades que derivam da própria lesão;
A reabilitação requer tempo, esforço, dedicação e, em algumas ocasiões, resistência à dor e também a frustração (BUCETA, 1996 apud ROSE et al, 2006).
Podem ser acompanhadas de experiências psicológicas que afetam o bem-estar da pessoa lesionada e de todos que estão a sua volta.
Por ser o futebol um desporto de contato entre os jogadores, deduz-se que muitas das lesões são traumáticas, entretanto o excesso de carga de jogos e treinos, aos quais são submetidos os jogadores, também interferem e proporcionam a ocorrência de lesões. Segundo COHEN e ABDALLA (2003) a incidência de lesões varia de 10 a 35 por cada 1000 horas de jogo, acreditando-se que um jogador pratica em média 100 horas de jogo por ano, estimando-se que cada atleta tenha pelo menos uma lesão por ano. Com o crescente número de jogos realizados pelas equipes, tem-se verificado diminuição do período preparatório para as principais competições, o que de certa forma obriga os preparadores físicos a trabalhar com maior racionalização do tempo e especificidade possíveis (VALQUER; BARROS apud BARROS e GUERRA, 2004). Desta forma o profissional responsável pela preparação física dos atletas deve saber montar os treinos conforme os calendários e sugerir ao técnico da equipe a quantidade de carga de jogos e treinamento para os respectivos atletas, além disso, o acompanhamento médico é de extrema importância para que o técnico não utilize jogadores que não estão em condições clinicas e físicas para a realização de jogos.
Segundo FERNANDES (1994) o objetivo de qualquer atleta é alcançar o máximo rendimento individual possível durante as competições e o treinador, com o amplo conhecimento teórico que deve possuir apoiado em resultados científicos e técnicos e em sua variada experiência prática, prepara o caminho para o atleta e sua equipe atingirem as suas metas através do desenvolvimento do rendimento. A ocorrência de lesões então, pode estar diretamente relacionada a esta busca de rendimento máximo, e também das falhas que poderão ocorrer durante este processo; o inicio cada vez mais precoce das atividades competitivas, o aumento da carga de treinamentos e da freqüência de jogos, a não utilização de material adequado, o mau preparo físico, são exemplos de fatores que podem contribuir pra a ocorrência de lesões.
É importante ressaltar que as lesões também podem ocorrer de maneira inesperada e não intencional, ou mesmo, fora do ambiente de treinos e jogos dos jogadores. Entretanto, neste estudo essa suposição será descartada, e o problema levantado será o de que possa existir correlação entre lesões e as respectivas cargas de jogos em atletas de uma equipe profissional.
Lesões
Uma lesão é um dano ou mal físico causado por um ferimento, impacto físico ou doença. As lesões nos ossos, músculos e articulações são muito comuns. O grau de lesão pode variar de uma distensão muscular leve à distensão de um ligamento, deslocamento de uma articulação ou fratura. A maioria dessas lesões se recupera completamente, embora sejam geralmente dolorosas e possam originar complicações em longo prazo (MANUAL MERK, 2008).
A lesão é uma ocorrência lamentável da vida cotidiana. Enquanto alguns indivíduos sofrem lesão de maior gravidade mais freqüentemente do que os outros, ninguém é poupado da dor, do transtorno e da incapacidade causados por uma lesão. Qualquer lesão é acompanhada por custos físicos, emocionais e econômicos inevitáveis, assim como por perda de tempo e da função normal. (WHITING e ZERNICKE, 2001).
Segundo LORETE (2007) a definição de lesão é: uma alteração ou deformidade tecidual diferente do estado normal do tecido, que pode atingir vários níveis de tecidos, assim como os mais variados tipos de células. As lesões ocorrem em função de um desequilíbrio fisiológico ou mecânico, por trauma direto ou indireto, por uso excessivo de um determinado gesto motor, ou até por gestual motor realizado de forma incorreta. E os tipos de lesão são: Ósseas, Musculares, Ligamentares ou Articulares.
As lesões ósseas são caracterizadas geralmente por fraturas, que são lesões extremamente comuns entre a população atlética. Podem ser classificadas, de modo geral, como aberta ou fechadas. A fratura fechada envolve pouco ou nenhum deslocamento dos ossos e, portanto, pouca ou nenhuma ruptura do tecido mole. A fratura aberta, por outro lado, envolve deslocamento suficiente das extremidades fraturadas para que o osso rompa de fato as camadas cutâneas e abra caminho para a pele. Ambas as fraturas podem ser relativamente graves se não forem tratadas adequadamente. No entanto existe maior possibilidade de infecção em uma fratura aberta. As fraturas são consideradas completas quando o osso é quebrado em no mínimo dois fragmentos; são denominadas incompletas, quando não se estendem completamente pelo osso (LORETE, 2007).
Segundo LORETE (2007) as lesões musculares são classificadas:
Quanto à ação, que pode ser direta (mais comum em esportes de contato), ou indireta (comuns em esportes individuais);
Quanto à funcionalidade, que podem ser parciais, onde o músculo perde força mais ainda consegue se contrair, ou podem ser totais, quando a mobilidade articular e força muscular, podem ser nulas, ou seja, o músculo não se contrai mais; e,
Quanto ao agente agressor, que pode ser traumática, exemplos:
Estiramento ou distensão (quando uma unidade musculotendinea é excessivamente estirada ou forçada a se contrair contra uma resistência excessiva, excedendo seus limites de extensibilidade ou capacidade tênsil);
Contusão (é uma lesão por compressão, causada por trauma direto que resulta em ruptura capilar, sangramento e resposta inflamatória); e laceração (onde há perda do tecido muscular);
Ou podem ser não-traumáticas, como:
Cãibra (dor gerada por motivos ainda não esclarecidos cientificamente, que diminui a capacidade funcional da musculatura gerando dor, espasmo e perda de força)
Dor muscular tardia (dor resultante de um exercício intenso ou realizado pela primeira vez, que gera uma ruptura tecidual, gerando microlesões nas fibras musculares e desencadeia um processo inflamatório, causando a dor muscular) (LORETE, 2007).
As causas mais comuns das lesões musculares são: excesso de treinamento; falta de controle nas tensões de exercícios e alongamentos; gestual motor (técnica) indevido nos exercícios e alongamentos; carência de exercícios de alongamento compensatórios após os exercícios físicos; excesso de força e insuficiência de flexibilidade, ou fraqueza com muita flexibilidade; excesso de exercícios, tanto de força quanto de alongamento, em músculos fracos, particularmente naqueles que suportam estruturas de apoio; excesso de exercícios de força isoladamente em grupos musculares com encurtamento; dispensa de aquecimento antes do treinamento e retorno ao treinamento antes da cura total de uma lesão (RODRIGUES, 1994)
As lesões ligamentares são comumente relacionadas ao entorse ligamentar. Um entorse envolve dano a um ligamento que fornece suporte a uma articulação. O ligamento é uma faixa de tecido rígido, relativamente inelástico, que liga um osso a outro. Os ligamentos podem ser espessamentos da cápsula articular como também podem ser faixas totalmente separadas da cápsula. Os ligamentos são formados por tecido conectivo denso, disposto em feixes paralelos de colágeno compostos por fileiras de fibroblastos. Embora os feixes estejam dispostos em paralelo, isso não ocorre a todas as fibras colágenas. Sua função primária é tripla: proporcionar estabilidade a uma articulação, controlar a posição de um osso em relação a outro durante o movimento articular normal e fornecer informação proprioceptiva ou o senso posicional articular das terminações nervosas livres ou dos mecanoreceptores localizados no ligamento. Os ligamentos e os tendões são muito semelhantes em sua estrutura. Porém, os ligamentos são geralmente mais achatados do que os tendões; e as fibras colágenas no ligamento são mais compactas. O posicionamento anatômico dos ligamentos determina, parcialmente, os movimentos que podem ser feitos por uma articulação (LORETE, 2007).
Segundo RODRIGUES (1994) se estresses forem aplicados a uma articulação que forcem o movimento além de seus limites ou planos de movimento normais, é provável que ocorra lesão ao ligamento. A gravidade do dano ao ligamento é classificada de diferentes maneiras; entretanto, o sistema mais comumente usado envolve três classes (graus) de entorse ligamentares:
Entorse de 1º Grau: Existe algum estiramento ou talvez ruptura das fibras ligamentares, com pouca ou nenhuma instabilidade articular. Dor branda, pouco edema e rigidez articular podem ser observados.
Entorse de 2º Grau: Existe certa ruptura e separação das fibras ligamentares e instabilidade moderada da articulação. Dor de moderada a aguda; edema e rigidez articular devem ser esperados.
Entorse de 3º Grau: Existe ruptura total do ligamento, manifestada primariamente por grande instabilidade articular. Pode haver dor aguda no início, seguida por pouca ou nenhuma dor, devido à ruptura total das fibras nervosas. O edema pode ser volumoso e, desse modo, a articulação tende a tornar-se muito rígida algumas horas após a lesão. Um entorse de terceiro grau com instabilidade acentuada geralmente requer alguma forma de imobilização durante várias semanas. A força que produz a lesão ligamentar costuma ser tão grande que outras estruturas ligamentares ao redor da articulação também podem ser lesadas. Em casos nos quais ocorre lesão em múltiplas estruturas articulares o reparo cirúrgico ou a reconstrução podem ser necessários para corrigir a instabilidade
As lesões articulares são muito relacionadas a danos à cartilagem. A osteoartrose é um distúrbio degenerativo do osso e da cartilagem na articulação e em torna dela. A artrite deve ser definida basicamente como um distúrbio inflamatório com possível destruição secundária. A artrose é um processo degenerativo com destruição da cartilagem, remodelação do osso e possíveis componentes inflamatórios secundários. A osteofitose ocorre quando um osso procura aumentar sua área de superfície para diminuir as forças de contato, normalmente, as pessoas descrevem esse crescimento como “esporões ósseos” ou “bico de papagaio”. A condromalacia é a transformação não progressiva da cartilagem, com superfícies irregulares e de áreas de amolecimento. Outros tipos de lesões que envolvem as articulações são a luxação e a subluxação, que são, respectivamente, o afastamento de duas superfícies articulares, mantendo-se afastadas no primeiro caso, e voltando a posição inicial no segundo. Em atletas e praticantes de atividades físicas regulares, algumas articulações podem ser mais suscetíveis a uma resposta parecida com a osteoartrose. A proporção do peso corporal em repouso sobre a articulação, a distensão da unidade musculotendinosa e qualquer força externa importante aplicada sobre a articulação são fatores de predisposição. Uma mecânica articular alterada, causada por frouxidão ou por traumas anteriores, são também fatores a serem considerados (LORETE, 2007).
Em relação à etiologia, GRAY (1984) afirma que existem dois tipos de lesões. Há aquelas que resultam de excesso (não traumáticas) e aquelas que resultam de trauma. As lesões por excesso instalam-se normalmente aos poucos e não tem nada a ver com pancada ou torção, são de difícil diagnostico e tratamento, devendo ser deixadas, na maioria dos casos a profissionais, como médicos e fisioterapeutas. Aquelas provocadas por trauma, como o próprio nome indica, geralmente instalam-se de maneira aguda, sendo provocadas por um chute, uma pancada ou um movimento brusco do corpo.
GRISOGONO (1989) também classifica as lesões da mesma forma, segundo ela estas são divididas em duas categorias básicas: traumáticas e por excesso de uso.
Lesões traumáticas
As lesões traumáticas são acontecimentos súbitos, em que sabemos que alguma coisa saiu errada e sentimos os efeitos imediatos, talvez dor, edema, escoriações ou uma ferida. Elas podem ser extrínsecas, devidas a alguma causa externa, como um golpe direto, uma torção brusca, quando se muda de direção, ou uma queda, e intrínsecas, sem uma causa óbvia, como o estiramento súbito da musculatura flexora do joelho do velocista numa corrida. As lesões traumáticas são relativamente de fácil diagnóstico para o especialista, as dificuldades só aparecem se elas forem especialmente severas ou se ocorrem complicações não evidenciáveis a primeira vista (GRISOGONO, 1989).
Segundo SMILLE (1980), a ocorrência de lesões traumáticas de contato, a direção e a intensidade da força é quem determinam o local e a intensidade da lesão. Uma lesão traumática de grande incidência são as torções.
Lesões por excesso de uso
As lesões por excesso de uso são mais sutis, porque se apresentam simplesmente como uma dor que aumenta aos poucos, diretamente associada a uma certa atividade, usualmente repetitiva. A inflamação do cotovelo do tenista e da canela do corredor são exemplos de lesões por excesso de uso. As lesões por excesso de uso necessitam de uma avaliação mais cuidadosa do especialista, porque muitas doenças ou condições inflamatórias podem ser semelhantes a esse tipo de dor (GRISOGONO, 1989).
Lesões esportivas
Uma lesão esportiva é sinônimo de qualquer problema médico ocorrido durante a prática esportiva, podendo levar o atleta a perder parte ou todo treinamento e competição ou limitar sua habilidade atlética (GANTUS e ASSUPÇÃO, 2002 apud SILVA, 2008).
WONG e HONG (2005) reportaram que dos 34 estudos selecionados por eles, definições diferentes de lesões foram utilizadas. Uma das definições é de que lesão é qualquer condição que faz com que o atleta seja removido do jogo, falte um jogo ou ficar inválido o suficiente para não conseguir ir sozinho a um médico. Outra definição de lesão é um dano recebido durante o treinamento ou competição que impeçam o atleta de participar de treinamento ou competição por mais de 48 horas, sem contar o dia da ocorrência das lesões.
Infelizmente, muitas vezes as lesões provocam diminuição no rendimento ou inclusive obrigam a uma retirada precoce da prática desportiva. Em algumas situações, as lesões esportivas ocorrem como conseqüência de um acidente, práticas incorretas de treinamento ou falta de condição física adequada. Adicionalmente, não realizar o aquecimento ou não alongar o suficiente antes de um jogo ou exercício pode também causar uma lesão. As lesões podem também ocorrer devido a determinadas alterações estruturais do corpo, que podem causar maior estiramento em algumas partes do que em outras. Podem também ser conseqüência do enfraquecimento dos músculos, tendões ou ligamentos. O desgaste crônico é a causa da maioria dessas lesões, quando os movimentos repetitivos afetam os tecidos suscetíveis (GRISOGONO, 1989).
Técnicas incorretas de treinamento são a principal causa de lesões dos músculos ou articulações. Em geral, a pessoa não se recupera de forma adequada após um período de treinamento ou não interrompe o exercício de imediato quando ocorre a dor. São necessários mais que dois dias para que as fibras musculares prejudicadas se curem e substituam o glicogênio após o exercício intenso. As lesões esportivas mais comuns são: Distensões; Lesões nos joelhos; Inchaço muscular; Lesões no tendão de Aquiles; Dor na tíbia; Fraturas; Deslocamento (RODRIGUES, 1994)
Existem dois tipos de lesões esportivas: aguda e crônica. As lesões agudas ocorrem repentinamente durante o jogo ou exercício; podem ser: distensões do tornozelo ou costas ou fraturas nas mãos. Sinais de lesão aguda: Dor repentina e intensa; Inchaço; Incapacidade de suportar peso sobre uma perna, joelho, tornozelo, pé, braço, cotovelo, pulso, mão ou dedo muito sensível; Incapacidade de movimentar uma junta de forma normal; Extremidades fracas; Osso ou articulação visivelmente fora de lugar. As lesões crônicas, por sua vez, ocorrem após praticar um esporte ou exercício por um período de tempo prolongado. Os sinais de lesão crônica incluem: Dor durante o jogo; Dor durante o exercício; Dor leve durante o repouso; Inchaço (GRISOGONO, 1989).
Futebol
Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em varias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porem demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos. Existem diferentes origens do futebol, na China Antiga, por volta de 3000 a.C os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar; no Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari, praticado por integrantes da corte do imperador japonês; Na Grécia e Roma, os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros, praticado por soldados gregos,quando os romanos dominaram a Grécia acabaram assimilando o Episkiros, porem o jogo tomou uma conotação muito mais violenta (BRASIL ESCOLA, 2008).
A história do futebol cita que na Idade Média há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência, o Soule ou Haspartum; na Itália Medieval apareceu um jogo denominado Gioco del calcio, para este os integrantes da nobreza criaram uma nova versão com regras que não permitiam a violência. Pesquisadores concluíram que o Gioco del calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVIII, na Inglaterra o jogo ganhou regras e foi organizado e sistematizado. E foi em 1894, após sua viajem para Inglaterra, o paulistano Charles Muller trouxe o futebol para o Brasil (FUTEBOL NA REDE, 2008)
O futebol é o esporte mais popular no mundo e vem crescendo a cada dia, até mesmo em regiões onde há pouco tempo era quase desconhecido (BARROS e GUERRA, 2004).
A FIFA divulgou números de seu novo censo de atletas de futebol no planeta. Segundo os dados, há hoje 265 milhões atletas ativos. Esse numero inclui homens e melhores, há ainda 5 milhões de profissionais trabalhando como árbitros, técnicos, assistentes e funcionários ligados a o futebol. A FIFA contabilizou, portanto, 270 milhões de pessoas envolvidas diretamente com o mais popular dos esportes (4% da população mundial). A pesquisa foi feita pela FIFA com mais de 200 federações nacionais, a entidade tem realizado censos periódicos sobre o futebol mundial. Houve aumento de cerca de 10% em relação ao ano de 2000 no numero de jogadores, o numero de registrados aumentou quase 23% (FOLHA DE SÃO PAULO, 2007).
A estrutura do rendimento no futebol tem características bastante específicas: o espaço de jogo é muito grande, exigindo uma grande capacidade física, principalmente em corridas; o fato de se jogar com os pés, exige uma elevada capacidade técnica e tática; os jogadores usam quatro variações de corrida: corrida lenta, velocidade sub-máxima, velocidade máxima e corrida para trás; e o elevado nível de estabilidade psíquica dos jogadores em função do baixo número de êxitos quantitativos (gols) conseguidos durante um jogo (FERNANDES, 1994). Por outro lado, mais da metade das atividades do jogador em uma partida são executadas sem a bola, cerca de 57,6% (cinqüenta e sete por cento e seis décimos), enquanto que as restantes 42,4% (quarenta e dois por cento e quatro décimos) são executadas com a posse da bola. Sendo que, na maioria dos casos, as lesões tráumato-ortopédicas ocorrem durante a posse de bola, quando ocorre a marcação do adversário (FERNANDES, 1994).
O futebol moderno requer muitas qualidades físicas que parecem ser independentes da posição do futebolista. Capacidade de aceleração rápida, alta velocidade de corrida, boa habilidade para saltar, força explosiva dos músculos de membros inferiores, resistência de velocidade são exigências constantes para os atletas (SILVA, 2001 apud LEITE et al, 2003).
Nos últimos anos, o treinamento para jogadores de futebol de alto nível vem sofrendo modificação substancial em relação ao que era feito há algumas décadas. Os números de jogos e de horas dedicadas às sessões de treinamentos aumentaram significativamente. Desde então, a dinâmica das cargas de treinamento também foi alterada, em decorrência da entrada de novos conceitos para a prática do futebol na atualidade (SILVA, 2001 apud LEITE et al, 2003).
Ao se tratar dos aspectos fisiológicos do futebol, podemos ver que este é considerado um dos esportes mais equilibrados do ponto de vista fisiológico, o futebol depende tanto de variáveis relacionadas ao metabolismo aeróbio quanto ao metabolismo anaeróbio. Podemos observar que durante os jogos os atletas realizam diferentes tipos de esforços, por exemplo: arranques, saltos, giros, piques, entre outros, para isso é necessário que o atleta do futebol de alto nível obtenha bons níveis de aptidão física.
O futebol é caracterizado pela realização de esforços de alta intensidade e curta duração, interposto por períodos de menor intensidade e duração variada. Dessa maneira, pode-se conceituá-lo como atividade de natureza essencialmente intermitente e acíclica; Aproximadamente 88% de uma partida de futebol envolvem atividades aeróbias e os 12% restantes, atividades anaeróbias de alta intensidade. (BARROS; VALQUER apud BARROS e GUERRA, 2004).
Com relação à freqüência cardíaca (FC) dos atletas do futebol, EKBLOM (1986) apud SELUIANOV et al (2005) cita que a média da FC numa partida de futebol é de 157 bpm ou 70-80% da FC máxima.
Treinamentos
Por ser o futebol um esporte complexo, que necessita da interligação de aspectos físicos, técnicos e psicológicos, e um esporte que exige de seus atletas, como vimos, múltiplas demandas fisiológicas, como velocidade, força, flexibilidade e resistência, isto faz com que haja dificuldade no processo de elaboração de um programa de treinamento.
Então, os treinamentos são realizados levando-se em consideração diversos fatores, e estes, segundo BARROS e GUERRA (2004) são divididos em:
Treinamento Aeróbio;
Treinamento Anaeróbio láctico;
Treinamento Anaeróbio aláctico;
Treinamento de Velocidade;
Treinamento de Flexibilidade.
Os objetivos do treinamento Aeróbio são aumentar: a velocidade de recuperação, após atividade de alta intensidade; a capacidade do sistema cardiovascular em transportar oxigênio aos músculos solicitados durante a partida; a capacidade dos músculos solicitados em utilizar o oxigênio fornecido e oxidar ácidos graxos; O objetivo do treinamento Anaeróbio láctico é aumentar a capacidade do músculo em realizar atividades de alta intensidade repetidas vezes, visto que durante o jogo o atleta é obrigado a trabalhar em alta intensidade com curtos períodos de recuperação; Os objetivos do Anaeróbio aláctico são: aumentar a velocidade; aumentar a força; aumentar a impulsão, aumentar a velocidade durante o chute; Por fim, os treinamentos de Velocidade e de Flexibilidade têm por objetivo a melhora destas capacidades condicionais.
Lesões no futebol
O futebol é atualmente considerado como uma das modalidades desportivas onde o risco de lesão é mais elevado, o futebol é também a modalidade que tem despertado maior interesse científico com especial enfoque no estudo das lesões (COHEN et al, 1997). O estudo das lesões no futebol está baseado nos fatores intrínsecos ou pessoais (como idade, lesões previas, instabilidade articular, preparação física, habilidade). Por outro lado, os fatores extrínsecos são a sobrecarga de exercícios, o numero excessivo de jogos, a qualidade dos campos, equipamentos (chuteiras, roupas) inadequados e violações as regras dos jogos (faltas excessivas, jogadas violentas) (COHEN e ABDALLA, 2003).
Em um estudo, realizado em 2004, sobre o perfil das lesões no esporte, Torres destacou o futebol como a segunda modalidade esportiva que registrou mais atendimentos numa clínica fisioterápica, foram 43 atletas de um total de 188 atendimentos, ou seja, 22,87% dos atendimentos da clínica foram destinados aos atletas de futebol. Só perdendo para o basquetebol com 29,25 % dos atendimentos (SILVA et al, 2008).
O incremento em número de horas de treinamento e de competições são vistos como alguns dos principais fatores que, no futebol, trazem consigo o surgimento de lesões em seus praticantes (MANUAL MERK, 2008). É um fato excepcional que um praticante do futebol profissional ou mesmo amador não tenha sofrido uma lesão importante ao longo de sua carreira. Infelizmente, muitas vezes as lesões provocam diminuição no rendimento ou inclusive obrigam a uma retirada precoce da prática desportiva. Assim, de acordo com tal fundamentalidade para a questão do futebol, é importante que os treinadores e todo o pessoal envolvido que se encontre atendendo a uma população desportiva deve estar preparado para atender nos primeiros momentos a estes eventos repentinos ou acidentes durante as práticas, e os mesmos devem ser mais profundos quanto à prevenção de lesões (MANUAL MERK, 2008).
As lesões mais comuns relacionadas ao futebol são: distensões dos tornozelos, distensões dos músculos da perna, fraturas, lesões do joelho e cabeça (MANUAL MERK, 2008). Segundo RODRIGUES (1994) em média 80% a 90% das lesões em atletas de futebol, localizam-se nos membros inferiores. A seguir são citadas com sucinta explicação estas lesões mais comuns no esporte futebol:
Distensões Musculares
São pré-dispostas por uma distonia muscular aguda, um aumento repentino, imprevisto e brutal da tensão no músculo ou parte dele, durante o esforço, e superior à capacidade de resistência (RODRIGUES, 1994).
Podem ser causadas por: Movimento para estender um músculo na direção contrária ao mesmo; Contração forte de um músculo contra uma resistência ; Contração forte de um músculo quando não está pronto. No futebol, as distensões musculares mais comuns são as da virilha, panturrilha e quadríceps. Essas lesões podem ser dolorosas e deixar o jogador fora de campo por diversos dias ou semanas. As lesões relacionadas ao futebol ocorrem frequentemente devido à parada constante e movimentos de arranque ou por dar um passo maior do que o músculo pode suportar (MANUAL MERK, 2008).
Distensões
Lesões nos tornozelos, na parte inferior de uma perna e nos joelhos (em geral distensões) são as lesões mais freqüentes relacionadas ao futebol. Depois da distensão do tornozelo, as mais comuns são as distensões do joelho do ligamento colateral medial. Os movimentos laterais e os giros durante o futebol contribuem para essas lesões (MANUAL MERK, 2008).
Estiramento de isquiotibiais (músculos posteriores da coxa)
Uma lesão aguda na musculatura posterior da coxa pode acontecer de muitas e diferentes maneiras, com um só fator comum: a existência de uma dor súbita nos músculos, diretamente relacionada com determinado movimento ou incidente. Os músculos posteriores da coxa ou seus tendões podem sofrer ruptura como resultado de uma lesão por contração forçada, por exemplo se você fazer um sprint quando está frio ou quando seus músculos estão endurecidos por causa de uma entorse prévia ou de uma fadiga por ter treinado no dia anterior, fato muito comum entre atletas do futebol.
Fraturas
Fratura pode ser considerada uma interrupção completa na continuidade de um osso ou um a interrupção ou rachadura parcial. Estas podem ser subdivididas, de acordo com sua etiologia, em três grupos: 1) fraturas causadas exclusivamente por traumas; 2) fraturas de fadiga ou estresse; e 3) fraturas patológicas (ADAMS; HAMBLEN, 1994).
A maioria das fraturas relacionadas ao futebol ocorre nas extremidades inferiores e geralmente resultam de um contato forte (MANUAL MERK, 2008).
Lesões de joelho
O joelho é muito propenso a lesões, por causa de sua mobilidade e da variedade de tensões a que submetemos. O tipo mais comum de lesão traumática do joelho é a torção, que acontece mais frequentemente quando ele está dobrado, sustentando o peso do corpo, e é inesperada ou desastradamente deslocado, os jogadores de futebol e os esquiadores são os mais suscetíveis a esse tipo de lesão. O joelho é vulnerável também a lesões por excesso de uso: dores provocadas por uma atividade, que se agravam progressivamente, se você mantém a atividade (GRISOGONO, 1989).
Segundo CHOMIAK et al apud BARROS e GUERRA (2004) as lesões na articulação do joelho foram as mais prevalentes em jogadores de futebol analisados por eles.
Esta é a lesão mais importante relacionada ao futebol. Os ligamentos colaterais mediais, os meniscos e os ligamentos principais são as partes do joelho em que mais comumente ocorrem essas lesões, neste tipo de esporte. Muitas lesões do joelho, especialmente a hérnia dos ligamentos principais ocorrem fora do contato físico. Em geral, elas ocorrem em função de um estresse excessivo em uma junta do joelho durante as paradas e arranques repentinos (MANUAL MERK, 2008).
Lesões da cabeça
Representam cerca de cinco por cento dos traumas relacionados ao futebol, incluindo lesões dentárias, dos olhos e cérebro. Geralmente ocorrem como resultado de uma colisão entre os jogadores. O choque do cérebro geralmente é causado pelo impacto entre os jogadores ou pelo goleiro, ao defender a bola com a cabeça. Os pesquisadores afirmam que é improvável que o simples ato de bater a bola com a cabeça, se for feito de forma adequada, possa causar lesão neurológica de longo prazo (MANUAL MERK, 2008).
Conclusão e discussão
O estudo das lesões no futebol está baseado nos fatores intrínsecos ou pessoais, como idade, lesões previas, instabilidade articular, preparação física, habilidade. Por outro lado, os fatores extrínsecos são: a sobrecarga de exercícios, o numero excessivo de jogos, a qualidade dos campos, equipamentos (chuteiras, roupas) inadequados e violações as regras dos jogos (faltas excessivas, jogadas violentas) (COHEN e ABDALLA, 2003).
Como citado por COHEN et al (1997), sabemos que, como esporte, o futebol tem sofrido muitas mudanças nos últimos anos, principalmente em função das exigências físicas cada vez maiores, o que obriga os atletas a trabalharem perto de seus limites máximos de exaustão, com maior predisposição às lesões. É consenso que, em nível mundial, o chamado futebol arte está dando lugar ao futebol-força, o que nos faz pensar então que as lesões estão relacionadas a estas exigências, por muitas vezes grandes demais.
É importante citar também que o grande contato entre os atletas neste esporte pode ser uma das principais causas da ocorrência das lesões. Segundo COHEN e ABDALLA (2003) o futebol apresenta-se como um jogo de extremo contato físico, sendo que cerca de 50% das lesões decorrem do trauma direto de jogador contra um adversário, salientando a importância dos árbitros no sentido de coibir a violência das jogadas.
Segundo GRAY (1984) o treinamento no futebol ou em qualquer outro esporte é normalmente considerado como um meio do jogador melhorar seu desempenho pelo desenvolvimento de habilidades e pela melhoria de sua forma física. Contudo, treinar é também uma maneira de evitar lesões. O desenvolvimento de habilidades pode reduzir o risco de lesões. Ensinar a um goleiro como cair corretamente nos pés de um centroavante reduz os perigos de contusão de cabeça ou pescoço. Aprendendo a controlar a bola, um jogador pode livrar-se de um marcador hostil e desesperado, é digno de nota que os grandes craques raramente se contundem. Deve-se lembrar ainda que o juiz, desenvolvendo suas capacidades através do treinamento adequado, pode reduzir o nível de contusões, não apenas porque o juiz bem treinado é capaz de detectar e punir os lances perigosos, mas também porque um arbitro que tem o controle do jogo reduz o numero de entradas faltosas (GRAY, 1984).
Conclui-se, com este estudo que vários fatores podem ser decisivos para o grande numero de ocorrências de lesões. Por fim, pudemos observar através deste estudo que, o treinamento correto e bem planejado, a distribuição de cargas não excessivas, o cuidado com os equipamentos, campos, lesões prévias e preparação física e a competência dos juizes, são fatores muito importantes que podem reduzir o risco de lesões.
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