Avaliação do índice de massa corpórea em atletas de escolinha de basquete Evaluación del índice de masa corporal en jugadores de una escuela de baloncesto |
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*Mestre em Fisiologia – UDESC/SC; Professora ULBRA-Torres/RS **Acadêmicos da Disciplina “Fundamentos da Ação Pedagógica I” ***Licenciados em Educação Física (ULBRA/Torres) Universidade Luterana do Brasil – Campus Torres Curso de Educação Física (Brasil) |
Carla Pinheiro Lopes* | Bruna de Moraes Niehues** Charlini Muller** | Daniela Matos Bopsin*** | Eduarda Scheffer Lumertz** Fabrício de Freitas de Oliveira** | Lucas Bassani** Maicon Grossmann Machado** | Natalie Pelizzari** Paulo Roberto Tassinari Ignácio** | Roberto Scandolara Magnus** Tiago Magnus Evaldt*** | Vilson Souza dos Santos Junior*** |
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Resumo Com base na tabela oficial da PROESP, o presente estudo comparou o IMC dos atletas da Escolinha de Basquete Leandrinho ULBRA/Torres definindo o perfil antropométrico inicial dos mesmos, para posterior avaliação e acompanhamento. Unitermos: Basquetebol. IMC. Perfil antropométrico
Abstract On basis of the PROESP official chart, the present study compared The Body Mass Index (BMI) of the athletes of the of Leandrinho/ULBRA Torres Basketball School, defining the anthropometric profile of same for future evaluation and trainig prescrition. Keywords: Basketball. BMI. Anthropometric profile |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010 |
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1. Introdução
O presente artigo terá por objetivo definir o perfil antropométrico dos atletas da Escolinha de Basquetebol Leandrinho da ULBRA Campus Torres, além de relacionar o índice de Massa Corpórea (IMC) dos atletas com a tabela oficial do Projeto Esporte Brasil (DUARTE & GAYA, 2007) PROESP-BR (que mantém observatório permanente dos indicadores de saúde e prestação esportiva para crianças e jovens), para as mesmas faixas etárias.
Através da revisão da política pedagógica pode-se modelar a performance motora bem como a avaliação do Sistema Pedagógico Desportivo, visando a possibilidade de construir um sistema de avaliação de parâmetros de crescimento do perfil antropométrico dos atletas,na fase final da infância e início da adolescência (GUEDES,1997).
2. Procedimentos metodológicos
A amostra desse estudo foi composta por trinta e três atletas da Escolinha de Basquete Leandrinho ULBRA/Torres, sendo nove meninas e vinte e quatro meninos. A faixa etária destes atletas é de nove anos e meio a quatorze anos de idade, na intenção de estabelecer um perfil inicial dos atletas da escola infantil, bem como traçar um acompanhamento de avaliações e registro trimestral de dados (DUARTE, 1993).
Foram mensuradas duas dobras cutâneas (triciptal e subescapular) com o adipômetro (WCS Skinfold Caliper); perímetro encefálico com fita métrica Cardiomed; e medida de envergadura, com uma fita métrica fixada paralela ao solo, medidas estas para registro antropométrico e banco de dados adicional.
O peso foi mensurado com uma balança digital (Plenna) e estatura com estadiômetro, conforme estabelecido pelo LAFIS (Laboratório de Fisiologia e Saúde/ULBRA TORRES), onde foram realizadas todas as avaliações.
Utilizou-se o cálculo de IMC (Índice de Massa Corpórea) = peso/altura² e, como parâmetro relacional, a tabela PROESP-BR/2007.
3. Coleta de dados
Os atletas foram medidos por três avaliadores da disciplina de Fundamentos da Ação Pedagógica I, alunos do Curso de Educação Física ULBRA/Torres que serão os responsáveis pelas mesmas medidas a serem realizadas no acompanhamento trimestral. Os dados coletados foram trabalhados pelos demais alunos da disciplina.
4. Tratamento estatístico
Os índices de massa corpórea (IMC) foram relacionados observando a idade e o sexo dos atletas conforme a tabela oficial PROESP-BR e posteriormente configurados à freqüência relativa de aparecimento em cada um dos índices qualitativos (BP = Baixo Peso / N = Normal / EP = Excesso de Peso / OB = Obeso). Também foram calculados, na relação do perfil dos atletas, a Média, o Desvio Médio e o Desvio Padrão de cada uma das medidas coletadas.
5. Resultados e discussões
As médias do índice de massa corporal (IMC) obtidas pelas medições foram comparadas as da tabela oficial da PROESP-BR, para avaliar e prescrever um treinamento que vise à melhora das habilidades e do perfil físico desses atletas.
A seguir, as tabelas oficiais dos critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Peso e Obesidade segundo a PROESP-BR que foram utilizados na referência de dados desta amostra.
Tabela 1. Critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Peso e Obesidade para o sexo masculino (CONDE e MONTEIRO, 2006)
Tabela 2. Critérios de referência para definição de Baixo Peso, Excesso de Peso e Obesidade para o sexo feminino (CONDE e MONTEIRO, 2006)
Com as tabelas de referência da PROESP, foi possível comparar os índices de massa corpórea dos atletas na sua totalidade ou divididos por sexo.
Tabela 3. Qualificação do IMC de meninas e meninos
|
Sexo |
Idade |
Imc |
Qualificação |
1 |
Masculino |
10 |
17,21 |
Normal |
2 |
Masculino |
11 |
17,32 |
Normal |
3 |
Masculino |
11 |
16,23 |
Normal |
4 |
Masculino |
11 |
26,25 |
Obeso |
5 |
Masculino |
12 |
20,04 |
Normal |
6 |
Masculino |
12 |
17,17 |
Normal |
7 |
Masculino |
12 |
20,03 |
Excesso de peso |
8 |
Masculino |
12 |
18,92 |
Normal |
9 |
Masculino |
12 |
21,12 |
Excesso de peso |
10 |
Masculino |
12 |
16,11 |
Normal |
11 |
Masculino |
12 |
27,26 |
Obeso |
12 |
Masculino |
13 |
24,61 |
Excesso de peso |
13 |
Masculino |
13 |
17,52 |
Normal |
14 |
Masculino |
13 |
17,12 |
Normal |
15 |
Masculino |
13 |
17,41 |
Normal |
16 |
Masculino |
13 |
19,44 |
Normal |
17 |
Masculino |
13 |
20,23 |
Normal |
18 |
Masculino |
14 |
19,48 |
Normal |
19 |
Masculino |
14 |
20,1 |
Normal |
20 |
Masculino |
14 |
21,07 |
Normal |
21 |
Masculino |
14 |
17,6 |
Normal |
22 |
Masculino |
14 |
18,68 |
Normal |
23 |
Masculino |
14 |
19,05 |
Normal |
24 |
Masculino |
14 |
24,7 |
Excesso de peso |
25 |
Feminino |
12 |
18,73 |
Normal |
26 |
Feminino |
12 |
18,73 |
Normal |
27 |
Feminino |
12 |
22,09 |
Excesso de peso |
28 |
Feminino |
12 |
20,23 |
Normal |
29 |
Feminino |
12 |
20,98 |
Excesso de peso |
30 |
Feminino |
12 |
20,77 |
Excesso de peso |
31 |
Feminino |
13 |
25,07 |
Excesso de peso |
32 |
Feminino |
13 |
26,79 |
Obeso |
33 |
Feminino |
14 |
21,09 |
Normal |
Tabela 4. Freqüência Relativa do Índice Corporal Conforme Tabela Oficial de Atletas do Basquetebol (meninos e meninas)
Qualificação |
Quantidade |
% |
NORMAL |
22 |
66,67 |
EP |
8 |
24,24 |
OB |
3 |
9,09 |
TOTAL |
33 |
100 |
Gráfico I (Total)
O gráfico I mostra a freqüência relativa do IMC de todos os atletas que fizeram parte da amostragem. Dos trinta e três atletas, 67% possuem o índice de massa corpórea considerada normal, 24% estão com excesso de peso e 9% são considerados obesos quando comparados aos parâmetros da tabela PROSEP-BR (GAYA & SILVA, 2007)
Gráfico II (Meninos)
O gráfico II,mostra a freqüência relativa do IMC dos meninos que fizeram parte da amostragem. Dos vinte e quatro meninos, 75% estão com o IMC dentro da normalidade, 17% estão com excesso de peso e 8% são considerados obesos.
Gráfico III (Meninas)
O gráfico III mostra a freqüência relativa do IMC das meninas. Das nove meninas em que foram feitas as medições, 45% apresentaram o índice de massa corpórea normal,44% estão com excesso de peso e 11% são consideradas obesas
Em relação à idade pré-púbere, adolescência e incidência de obesidade estes dados então em concordância com relatos de OLIVEIRA & FISBERG (2003), em estudos realizados em crianças brasileiras.
Observando os gráficos podemos perceber que as meninas apresentam bem mais excesso de peso do que os meninos. Esse fato poderá ser trabalhado com a condução do treinamento em intensidade e duração focadas em objetivos pontuais ao produto das variáveis antropométricas e resultados que compõem o perfil atual dos atletas. O acompanhamento nutricional balanceado, em conformidade com relatos de CONDE & MONTEIRO (2006) poderá ser utilizado como apoio na adequação do IMC, principalmente porque 55% das crianças estão fora dos índices de normalidade (EP + OB).
6. Considerações finais
Diante dos resultados obtidos, é pertinente desenvolver um treinamento que melhore o índice de massa corpórea dessas crianças, já que várias apresentaram excesso de peso. O acompanhamento trimestral será realizado com objetivo centrado nos resultados comparativos que, por sua vez, serão considerados prescritivos na avaliação e estruturação do treinamento, a cada mesociclo (3 meses).
Nesta intenção, o objetivo preditivo do perfil para os próximos 9 meses (3 avaliações) será a redução de 55% do percentual de atletas considerados (obesos/excesso de peso) para no máximo, 30% de crianças nestas condições de IMC.
As demais medidas (Peso, altura, envergadura e dobras cutâneas), em somatório adicional, serão fator de análise complementar (MOTA & SALIS, 2002, ZAMBOIM, 2003),na avaliação de crescimento e desenvolvimento conforme a faixa etária especifica.
Referências bibliográficas
CONDE, W.L.; MONTEIRO, C.A. Body mass índex cutoff points for evaluation of nutritional status in Brazilian children and adolescents. Jornal de Pediatria; 82:266-271, 2006.
COOPER INSTITUTE FOR AEROBICS RESEARCH. FITNESSGRAM. Manual de Aplicação de Testes e Medidas ;Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa, 2002
DUARTE, M.F.S. Maturação Física: uma revisão com referência especial à criança brasileira. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 9 (1):71-84, 1993.
GAYA, Adroaldo & SILVA, Gustavo. Projeto Esporte Brasil: manual de aplicação de medidas e testes, normas e critérios de avaliação. Porto Alegre. PROESP-BR: 2007.
GUEDES, Dartagnan Pinto. Crescimento, composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.
MOTA, J. & SALLIS, J.F. Actividade Física e Saúde. Campo das Letras, Porto, 2002
OLIVEIRA, C.L.;FISBERG, A.M. Obesidade na infância e adolescência : uma verdadeira epidemia.Arquivo Brasileiro Endocrinologia e Metabolismo, vol.47, nº2, Abril, 2003.
ZAMBOIM et al.Correlação entre o Índice de Massa Corporal e prega cutânea tricipital em crianças de Paulina / SP. Rev.Assoc.Médica Brasileira - 49 (2) p. 137-140, 2003.
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