Comparação da força máxima e resistência de membros inferiores dominantes versus não dominantes em adolescentes praticantes de futebol Comparación entre la fuerza máxima y la resistencia de miembros inferiores dominantes versus no dominantes en adolescentes jugadores de fútbol |
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*Pós Graduado em Fisiologia do Exercício, Personal Training e Grupos Especiais pela UniFoa **Pós Graduando em Fisiologia do Exercício e Prescrição de Treinamento pela Universidade Gama Filho (Brasil) |
João Paulo Souza Anzolin* Fidélis Nogueira Sanches* Amilton Rogério Morais Junior** Juciano Gasparotto** |
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Resumo A competividade existente entre jogadores de futebol exige um cuidado maior com a preparação dos atletas. Sendo assim, a qualidade de um bom preparo da força física contribuirá para melhorar o rendimento dos atletas durante a competição. Esse estudo teve como objetivo comparar a força de membros inferiores dominantes versus aos não-dominantes em adolescentes praticantes de futebol, e se justifica pela importância do treinamento de força para o atleta de futebol. A amostra do estudo constituiu-se de 11 adolescentes com idade entre 11 e 16 anos de idade onde foi verificada a carga de 1 RM para avaliar a força dos membros inferiores dominantes e não dominantes e o número de repetições máximas executadas com a carga de 70% de 1 RM para avaliar a resistência do mesmo. O movimento executado para a avaliação foi a extensão de joelho, realizado em uma cadeira extensora. Foram feitas duas etapas para as coletas de força máxima, com extensão de joelho com amplitude articular de 110º dos membros inferiores. Na primeira etapa foi mensurado o números de repetições máximas de cada membro, com intervalo de três minutos entre as coletas, com a carga equivalente para os atletas não ultrapassar 10 RM. Para o reajuste de carga equivalente a 1RM, foi utilizada a tabela de predição de BAECHLE. A segunda etapa do teste de força foi para reajustar as cargas de 1 RM que foi estabelecida com a tabela de BAECHLE, este reajuste foi feito 72 horas após a 1ª etapa do teste. Para o teste de resistência foi avaliado o número de repetições máximas executadas por cada membro dominante e não dominante, com a carga de 70% de 1 RM, com o intervalo de um minuto para cada membro. O teste estatístico usado foi o teste t de Student com (p<0,05). De acordo com o presente estudo pode-se concluir que houve diferença significativa na força de membros inferiores dominantes e não dominantes dos atletas testados, porém em relação a resistência, não houve diferença significativa de membros inferiores dominantes e não dominantes. Unitermos: Futebol. Membros inferiores. Força muscular |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010 |
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Introdução
Devido á grande quantidade de esforço físico que exige o futebol, a força muscular tem papel importante na preparação dos atletas que praticam essa modalidade esportiva, (CIMASCHI NETO e ZÁCARO, 2007).
Portanto os treinamentos deverão ser aplicados, dentro de um planejamento adequado para que os atletas possam alcançar seus objetivos e superarem os grandes índices de intensidade de um jogo de futebol (PAOLI, 20
De acordo com Verkoshanskij (2001), conhecendo a fisiologia da atividade muscular, o profissional responsável pela preparação física tem que ter cuidado ao prescrever o treinamento para não cometer erros que venham prejudicar as fases subseqüentes do treinamento
Paiva (2007) em artigo de revisão relata que na literatura verificam-se diversos métodos de treinamento. O mesmo autor cita que uma planificação bem elaborada depende dos conhecimentos dos aspectos fisiológicos, anatômicos, bioquímicos, biomecânicos e do conhecimento das manifestações de força e suas variáveis. Portanto o profissional de educação física terá grande sucesso ao prescrever um treino de força para qualquer pessoa e para atletas que necessitam de melhorar a força muscular, recuperação de lesão e corrigir desequilíbrio muscular, Independente da modalidade esportiva.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a força máxima e resistência de membros inferiores dominantes e não dominantes de adolescentes praticantes de futebol.
Materiais e métodos
Foram avaliados 11 adolescentes com idade entre 11 e 16 anos, praticantes de futebol de campo. Os avaliados não possuem lesões osteomioarticulares e participaram voluntariamente do estudo tendo seus pais ou responsáveis assinado um termo de consentimento livre e esclarecido conforme as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, estabelecidas na resolução nº 251, de 07 de agosto de 1997, do conselho nacional de saúde e na resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996.
A coleta de dados foi dividida em etapas. Na primeira etapa foi mensurado o números de repetições máximas de cada membro, com intervalo de três minutos entre as coletas, não podendo ultrapassar 10 RM. Para a predição da carga equivalente a 1 RM, foi utilizada a tabela de predição de BEACHLE. A segunda etapa do teste foi testar se predição da carga equivalente a 1 RM de acordo com a tabela de BEACHLE estava correta, reajustando a carga caso o valor de 1 RM de acordo com a tabela esteja superestimando ou subestimando o valor real de 1 RM de cada atleta. A terceira etapa foi verificar o número de repetições máximas realizada em cada membro com a carga de 70% de 1RM. O intervalo entre as etapas do teste foi de 72 horas. Os adolescentes chegaram ao local dos testes, todos uniformizados com vestimenta adequada para o teste
Os indivíduos fizeram os testes em uma cadeira extensora, um de cada vez sentava na cadeira com os braços apoiados e olhar fixo no horizonte realizando o movimento de forma unilateral.
A comparação entre os grupos foi realizada através do teste t de Student com potência (significância) de 95% (p<0,05).
Resultados e discussão
Na analise da força máxima 1 RM, comparando membros inferiores dominantes aos não dominantes, os atletas apresentaram diferença significativa (p<0,05), conforme a tabela 1.
Na analise da resistência não foi apresentada diferença significativa, comparando membros inferiores dominantes aos não dominantes, conforme a tabela 2.
Tabela 1. Comparação da carga máxima (1 RM) entre membros inferiores dominantes e não dominantes
Tabela 2. Comparação de repetições máximas (70%1 RM) entre membros inferiores dominantes e não dominantes
O Gráfico 1 representa os valores de força máxima (1 RM) obtidos nas medidas que foram realizadas em cada membro inferior.
Gráfico 1. Valores de força máxima (1RM) obtidos. Houve diferença significativa entre os valores (p>0,05)
O gráfico 2 representa os valores de repetições máximas realizado com 70% de 1RM, para comparar a resistência de membros inferiores dominantes e não dominantes.
Gráfico 2. Números de repetições máximas obtidos. Não houve diferença significativa (p>0,05)
Conclusão
Pode-se concluir com base no presente estudo que houve uma diferença significativa na força máxima de membros inferiores dominantes e não dominantes dos adolescentes atletas de futebol, porém em relação à resistência, não apresentou uma diferença significativa levando-nos a crer que o membro inferior dominante apresenta maior índice de força máxima do que o membro inferior não dominante.
Referências
CIMASCHI NETO, E. O.; ZÁCARO, P.M.D.; A Caracterização e o Treinamento da Força Máxima para o Jogador de Futebol de Diferentes Posições Em Campo. Coleção Pesquisa em Educação Física, v. 6, p. 9-16, 2007.
PAIVA, R. S.; Treinamento de Força nos Desportos - Fatores Intervenientes e Novas Perspectivas. Revista Treinamento Desportivo v. 8, n. 1, p. 34 -39 2007.
PAOLI, P. B. Preparação Física e Musculação Nas Categorias de Base. Vídeo Comunicação Canal 4. Viçosa: Editora: BD Empreendimentos, 2000.
PINTO, J. A.; TEIXEIRA, T. C. M.; Planejamento do voleibol em longo prazo por faixas etárias. Revista mineira de educação física, v. 1, p. 5-14, 1993.
VERKOSHANSKIJ, Y. Os horizontes de uma teoria e metodologia científica do treinamento esportivo. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano. 7, n. 34, p. 1- 8, 2001. http://www.efdeportes.com/efd34/horizon.htm
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