Educação Física: preconceitos acerca do papel da disciplina no contexto escolar Educación Física: preconceptos acerca del papel de la disciplina en el contexto escolar |
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*Discentes da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro *Orientador e Docente da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro (Brasil) |
Clélia da Silva Oliveira* Cristiane da Silva Souza* Emanuella Machado Oliveira* Johnny Postigo* Profª. Ms. Solange de Oliveira Freitas Borragine** |
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Resumo Apesar das atuais discussões sobre a importância da Educação Física escolar, ainda se nota, por parte de muitas pessoas, um grande desconhecimento sobre seu valor e finalidade, provocando inúmeras avaliações leigas e preconceituosas. Partindo de nosso estado de indignação ao nos deparar com esses maus conceitos relacionados à disciplina e ao professor de Educação Física, nos propusemos a coletar dados que pudessem explicar como e porque essas opiniões surgem. Logo, esse estudo tem o objetivo de discutir sobre as avaliações leigas e generalizadas em relação à Educação Física escolar e o seu real e importante papel como componente curricular obrigatório. Para tanto utilizamos como metodologia a revisão bibliográfica, que se utiliza de informações, conhecimentos e dados que já foram estudados por pesquisadores da área. Constatamos que são vários os fatores que levam a sociedade a formar diferentes opiniões sobre a Educação Física escolar que contribuem com essas interpretações, e destacamos o seu contexto histórico; a postura do professor e a visão dos que compõem a escola, o que a leva ser marginalizada e pouco valorizada. Ao analisar esses fatores podemos registrar que, para que essa visão seja alterada, se faz necessário que o professor modifique sua postura e conduta, desenvolvendo um trabalho comprometido, com dedicação, embasamento, objetivos e metodologias. Essa atitude possibilitará maior credibilidade e, consequentemente, a construção de uma imagem positiva e sólida, resgatando o seu importante papel no âmbito escolar. Unitermos: Educação Física escolar. Professor de Educação Física. Preconceitos |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010 |
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Introdução
Embora possamos verificar o abandono de alguns preconceitos estabelecidos em relação a Educação Física escolar que não coincidem com os seus reais objetivos, a disciplina sofre deste mal, uma vez que ainda é mal interpretada.
De acordo com autores que discutem essa questão, a visão de muitas pessoas, com relação à área, ainda é a de classificá-la como “disciplina de improvisos”; ou seja, oferecida para oportunizar momentos de recreação, desenvolver o esporte; fabricar corpos esbeltos; proporcionar treinamento de alto rendimento possibilitando selecionar alunos/atletas que representem a instituição em campeonatos; promover eventos e, principalmente, apenas compensar a rotina escolar. O professor de Educação Física também sofre, já que ainda se acredita que ele deve ser um atleta que domina todas as habilidades de todas as modalidades esportivas ou, pior ainda, o classifica como aquele que dá aula de “jogar bola” e nada mais.
Esse fato é registrado por Federici (2004), quando discute a problemática da disciplina e as avaliações antecipadas de muitas pessoas sobre a Educação Física escolar , e apresenta que “... o senso comum é forte influência na formação de opiniões, as mais diversas, no nosso meio.” (p. 1)
Castellani Filho (1991) registra em sua obra que a Educação Física deve fazer parte dos programas de ensino, não com caráter facultativo, mas obrigatório e Tani (2008) citado por Macedo e Antunes (1999), enfatiza que os professores de Educação Física são considerados, muitas vezes, simples executores com baixo reconhecimento profissional, marginalizados pelos próprios colegas de outras disciplinas curriculares.
Lovisolo (1996), citado por Macedo e Antunes (1999), apresentam que especialistas em Educação Física ainda não contam com suficiente proteção legal para realizar suas atividades, sendo pouco reconhecidos socialmente, havendo pessoas leigas e também especialistas de outras áreas que realizam intervenções que seriam da competência exclusiva dos profissionais de Educação Física.
O Conselho Nacional de Saúde, segundo Diehl, (2008), reconheceu em março de 1997 os Profissionais de Educação Física como profissionais de saúde, e determinou sua competência registrando que é uma área que promove saúde por meio da atividade física. Neste caso, considera-se saúde um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença e esta se faz por meio da “educação”, da “adoção de estilos de vida saudável”, do desenvolvimento de aptidões, capacidades individuais e da produção de um ambiente saudável. Logo, a Educação Física escolar proporciona, por meio do esporte, da recreação, dança, ginástica, lutas e outros instrumentos, o desenvolvimento de habilidades básicas voltadas à saúde e desempenho. (DIEHL, 2008)
As aulas de Educação Física na escola devem ser consideradas de muita importância e isso deve ser atribuído ao fato de promover o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, a vida saudável, espírito de equipe, distração, relaxamento, prática de esportes, dentre outros.
É possível verificar que a Educação Física vem evoluindo com a história, acompanhando as mais diversas situações, logo, este fato nos faz perceber as diferentes finalidades da Educação Física durante o seu contexto histórico.
Nos dias atuais, a preocupação com o corpo esbelto e melhor qualidade de vida tem levado milhares de pessoas a praticar atividade física e a freqüentar instituições como academias. Mesmo assim, se vê a Educação Física escolar marginalizada e pouco valorizada, uma vez que essa preocupação não é incorporada ao ambiente escolar.
Contexto histórico
A Educação Física no Brasil se confunde, em muitos momentos de sua história, com as instituições médicas e militares. A instituição militar tinha a prática constituída de exercícios sistematizados que foram ressignificados no plano civil, pelo conhecimento médico. Esse, por sua vez, focou uma perspectiva terapêutica e principalmente pedagógica, já que educar o corpo para a produção significava promover saúde e educação para a saúde (hábitos saudáveis, higiênicos). Essa saúde (ou força) também foi ressignificada numa perspectiva nacionalista-patriótica. (SOARES, 2007)
Em diferentes momentos estas instituições definiram a Educação Física, delinearam seu espaço e delimitaram seu campo de conhecimento, caracterizando-a algumas vezes, de acordo com Soares (2007) apenas como atividade e, em outros períodos, em valioso instrumento de ação e de intervenção na realidade educacional e social.
No entanto, é comum encontrarmos pessoas que acreditam que a Educação Física escolar é composta apenas de atividades físicas que exijam movimentos técnicos, que funcione como atividade recreativa ou de passa tempo; ou que proporcione a compensação de rotina da sala de aula. Por ser uma aula realizada, muitas vezes, em locais diferenciados e abertos, com características distintas das demais disciplinas da escola, ainda se imagina que ela não tenha finalidade educativa e surja do improviso. Para compreender melhor a trajetória da Educação Física é importante apresentarmos como isso aconteceu.
Segundo Brasil (1997), de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) da Educação Física, no século XX, a Educação Física escolar sofreu, no Brasil, influências de correntes de pensamento filosófico, tendências políticas, científicas e pedagógicas.
Entre as décadas de 10 e 20 ocorreu a importação de modelos de práticas corporais, como os sistemas ginásticos alemão e sueco e o método francês.
Até a década de 50, de acordo com Grespan (2002) a Educação Física sofreu influências provenientes da filosofia positivista, da área médica com finalidade higienista, que se preocupava com a formação de hábitos higiênicos e a busca por homens sadios e fortes. Ainda neste período veio a Educação Física com interesses militares que objetivava o nacionalismo e a instrução pré-militar, com a intenção de disciplinar o jovem para o combate, a luta e a guerra. Logo após, acompanhando as mudanças no próprio pensamento pedagógico, reivindicou-se seu papel de atividade educativa e, como tal, deveria ser inserida nos currículos escolares.
Observa-se na história da Educação Física, no entanto, uma distância entre as concepções teóricas e a prática real nas escolas. Ou seja, nem sempre os processos de ensino e aprendizagem acompanharam as mudanças, às vezes bastante profundas, que ocorreram no pensamento pedagógico desta área.
Conforme os PCN’s, na década de 70, a Educação Física sofreu, mais uma vez, influências importantes no aspecto político. O governo militar investiu nessa disciplina em função de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integração (entre os Estados) e na segurança nacional, objetivando tanto a formação de um exército composto por uma juventude forte e saudável, como a desmobilização das forças políticas oposicionistas. (BRASIL, 1997)
Nos anos 70 as atividades esportivas também foram consideradas importantes na melhoria da força de trabalho para o crescimento econômico brasileiro. Nesse período, estreitaram-se os vínculos entre esporte e nacionalismo, e um bom exemplo é o uso que se fez da campanha da seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo de 1970.
Em relação ao âmbito escolar, a partir do Decreto nº. 69.450, de 1971, legislação específica para a área, a Educação Física passou a ser considerada uma atividade que, por seus meios, processos e técnicas, objetivava desenvolver e aprimorar forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando. O decreto enfatizou a aptidão física, tanto na organização das atividades, como no seu controle e avaliação. A iniciação esportiva, a partir da quinta série, se tornou um dos eixos fundamentais de ensino, buscando a descoberta de novos talentos que pudessem participar de competições internacionais, representando a pátria. Neste momento prevalecia uma visão de Educação Física com finalidade de performance motora. (GRESPAN, 2002)
Ainda nesse período, como apresenta Brasil (1997) o chamado modelo piramidal norteou as diretrizes políticas para a Educação Física, isto é, a Educação Física escolar e o desporto estudantil seriam a base da pirâmide, e a melhoria da aptidão física da população urbana e os empreendimentos da iniciativa privada na organização desportiva para a comunidade comporiam o desporto de massa, o segundo nível da pirâmide. Este se desenvolveria, tornando-se um desporto de elite, com a seleção de indivíduos aptos para competir dentro e fora do país.
Na década de 80, de acordo com Grespan (2002), os efeitos desse modelo começaram a ser sentido e contestado, uma vez que o Brasil não se tornou uma nação olímpica e a competição esportiva da elite não aumentou significativamente o número de praticantes de atividades físicas. Iniciou-se então uma grande crise de identidade nos pressupostos e no próprio discurso da Educação Física, surgindo uma mudança expressiva nas políticas educacionais: a Educação Física escolar, que estava voltada principalmente para a escolaridade de quinta a oitava séries do primeiro grau, passou a dar prioridade ao segmento de primeira a quarta séries e também à pré-escola. O objetivo passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, propondo-se retirar da escola a função de promover os esportes de alto rendimento.
“O campo de debates se fertilizou e as primeiras produções surgiram apontando o rumo das novas tendências da Educação Física. Às recém-criadas organizações da sociedade civis, bem como entidades estudantis, sindicais e partidárias, somaram-se setores do meio universitário identificados com as tendências progressistas. Simultaneamente, a criação dos primeiros cursos de pós-graduação em Educação Física, o retorno de professores doutorados que estavam fora do Brasil, as publicações de um número maior de livros e revistas, bem como o aumento do número de congressos e outros eventos dessa natureza foram fatores que contribuíram para esse debate”.(BRASIL, 1997, p. 22)
Diante disso as relações entre Educação Física e sociedade passaram a ser discutidas sob a influencia das teorias críticas da educação, e seu papel e sua dimensão política começaram a ser questionados.
Surgiram, então, inúmeros questionamentos sobre o verdadeiro papel da Educação Física na escola. Criticaram-se as influências médicas e militares, a Educação Física como terapia educacional, como também a adesão aos princípios do esporte de rendimento e da competição no meio escolar. Surgiram assim, nos anos 90, as diferentes concepções teórico-metodológicas, propostas ou abordagens pedagógicas, buscando possibilidades diferentes para o ensino, visando superar as visões concebidas como ultrapassadas. (LAPIS, E.C. et al, 2004)
“A Educação Física escolar tem atualmente baseado suas perspectivas e propostas nas abordagens que surgiram visando uma mudança de concepção da área. Conforme Darido (2003) na busca de romper com os moldes tradicionais, surgem várias abordagens, algumas com enfoque mais Psicológico (Psicomotricista, Desenvolvimentista, Construtivista e Jogos Cooperativos), outras com enfoque mais sociológico e político (Crítico- superadora, Crítico- emancipatória, Cultural, Sistêmica, e baseada nos PCNs), e também biológico , como a da Saúde Renovada”. (FERNANDES, 2009, p.1)
Dentre as diversas concepções propostas para a Educação Física escolar segundo Lapis et al (2004), apresentou-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) a pautada na perspectiva da cultura corporal. Esta se baseia na premissa de que o homem não nasce pulando, saltando, arremessando, jogando, etc. Todos esses movimentos foram construídos em determinados períodos históricos, como respostas a determinados estímulos, desafios ou necessidades humanas.
Nesta perspectiva, segundo Soares (1996), a expressão cultural é uma das linguagens do indivíduo, um conhecimento universal, um patrimônio que precisa ser ensinado e assimilado pelos alunos na escola.
Verifica-se que a cada momento da história a Educação Física se caracterizou de forma diferente, com finalidades que se adequaram aos interesses de cada época, isso certamente provoca, até hoje, reflexos na sua atuação no âmbito escolar, podendo-se observar antagonismos, conflitos e indefinições quando nos referimos à problemática que envolve sua prática, já que não apresenta, ainda, um corpo estável de conhecimento e objetivos.
Diante destes fatos constata-se que a Educação Física tem avançado pouco e que esses conflitos persistem quando observamos que ainda não se percebe o verdadeiro alcance da disciplina e de suas possibilidades.
Educação Física como componente Curricular e seus objetivos
De acordo com Melo (2006) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996) coloca a Educação Física como componente curricular, fato que exigiu um novo pensar e um novo agir dos seus professores. Esse novo pensar é caracterizado pela necessidade de se compreender a Educação Física na escola nas mesmas condições dos demais componentes curriculares, nos quais a organização dos seus aspectos didáticos os consolida na educação escolarizada.
Exige-se, também, uma participação mais efetiva dos professores de Educação Física na concepção do projeto pedagógico, pois, ao considerá-la como componente curricular, as suas práticas deverão ser orientadas pelas diretrizes do projeto pedagógico da escola.
Logo, se os professores estiverem ausentes nos momentos de planejamento escolar, será difícil imaginar ações pedagógicas coerentes e pautadas nos eixos pedagógicos que organizam o trabalho escolar nos diferentes componentes. Entendemos componente curricular como “a forma de organização do conteúdo de ensino em cada grau, nível e série, compreendendo aquilo sobre o qual versa o ensino, ou em torno do qual se organiza o processo de ensino aprendizagem” (SAVIANI, 1994, p.142).
Betti e Zuliani (2002) discutem essa questão e registram que:
“A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. A integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade” (BETTI e ZULIANI, 2002, p.75).
A Educação Física escolar, para Brasil (1997), também possibilita aos alunos, o acesso a conhecimentos práticos e conceituais a partir da sistematização de situações de ensino e aprendizagem. Porém, para que isso aconteça, é fundamental a mudança da ênfase na aptidão física e no rendimento padronizado, que caracterizava a Educação Física, para uma concepção mais ampla, que consiga contemplar todas as dimensões envolvidas nas práticas corporais.
É importante que se diferenciem, também, os objetivos da Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta profissionais, pois, embora seja uma referência, o profissionalismo não pode ser o ideal almejado pela escola.
A Educação Física escolar deve proporcionar a todos os alunos situações para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu melhoramento como seres humanos.(BRASIL, 1997).
Uma vez que é disciplina integrante do currículo da escola, é tarefa da Educação Física, como afirma Betti (1999), preparar o aluno para ser um praticante consciente e ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível.
A Educação Física escolar, segundo Brasil, 2001 citado por Martins e Fensterseifer (2009), não possui a intenção de fazer com que os alunos aprendam a repetir gestos estereotipados, com o objetivo de apenas automatizá-los e reproduzi-los, restringindo-os ao simples exercício de habilidades e destrezas, mas sim de proporcionar a apropriação do processo de construção de conhecimentos relativos ao corpo e ao movimento, construindo uma possibilidade autônoma de utilização de seu potencial gestual, capacitando o aluno a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada.
A Educação Física, como os outros componentes curriculares, também propicia conhecimento aos alunos. No entanto não é como apresenta Betti (1998), citado por Schreiber e Scopel (2005), um conhecimento que se possa incorporar dissociado de uma vivência concreta. A Educação Física não pode transformar-se num discurso sobre a cultura corporal de movimento, sob pena de perder a riqueza de sua especificidade, mas deve constituir-se como uma ação pedagógica com aquela cultura.
“...essa ação pedagógica a que se propõe a Educação Física deve ser sempre uma vivência impregnada da corporeidade do sentir e do relacionar-se. A dimensão cognitiva acontecerá sempre sobre esse substrato corporal, logo, o professor de Educação Física deve auxiliar o aluno a compreender o seu sentir e o seu relacionar-se na esfera da cultura corporal de movimento”. (BETTI, 1998 apud SCHREIBER e SCOPEL, 2005, p. 2)
Nesse sentido, segundo os PCN’s citado por Martins e Fensterseifer (2009), na Educação Física:
“[...] independentemente de qual seja o conteúdo escolhido, os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões, sejam elas cognitivas, corporais, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social. Sobre o jogo da amarelinha, o voleibol ou uma dança, o aluno deve aprender, para além das técnicas de execução, a discutir regras e estratégias, apreciá-los criticamente, analisá-los esteticamente, avaliá-los eticamente, ressignificá-los e recriá-los”. (p. 28 e 29)
Preconceitos relacionados à Educação Física escolar
“A Educação Física está na escola. Ela é uma matéria de ensino e sua presença traz uma adorável, uma benéfica e restauradora desordem naquela instituição. Esta sua desordem é portadora de uma ordem interna que lhe é peculiar e que pode criar, ou vir a criar uma outra ordem na escola”. (SOARES, 1996, p.7)
Atualmente, vários debates e discussões de estudiosos da área de Educação Física têm como principal tema a desvalorização da mesma em seu âmbito escolar, principalmente quando se constata a infinidade de opiniões formadas sobre ela por grande número de pessoas. Para esses autores, a disciplina nem sempre apresenta um significado concreto, o que provoca inúmeras avaliações leigas, conduzindo aos preconceitos.
Antes de discutirmos efetivamente sobre a questão, julgamos importante conceituar a palavra preconceito que, segundo Michaelis (2000), é o conceito ou opinião formada antes de ter os conhecimentos adequados; é a opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. Ainda apresenta que é atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduo, grupos ou situações.
Quanto a disciplina Educação Física
Uma dicotomia entre trabalho mental e trabalho corporal, e a idéia de que a Educação Física consiste apenas no adestramento do corpo, são alguns exemplos de como a Educação Física tem sido entendida nas escolas. Tal situação, muitas vezes, limita as possibilidades dos conhecimentos que a disciplina pode oferecer, reduzindo-a a mero complemento de outras disciplinas, mantendo um círculo vicioso que tende a reforçar a sua desvalorização no currículo escolar. (BONSE, 2009)
Entendemos que, de acordo com o significado que a Educação Física escolar possui na visão das pessoas, é possível introduzir modificações que venham melhorar o ensino ou até mesmo introduzir novos conceitos que colaborem para que tenham um melhor entendimento sobre questões relacionadas ao desenvolvimento físico e emocional, lazer, esporte, entre outros temas tão importantes na disciplina.
Constata-se que a Educação Física não apresenta um corpo estável de conhecimento durante seu processo histórico. Nas décadas de 1980 e 1990 houveram tentativas de delimitar o conhecimento dessa disciplina; no entanto, a discussão permaneceu no campo teórico e não alcançou de forma significativa a realidade da escola. (VENTURA et al., 2006)
Segundo os autores, o descaso de alguns profissionais e pesquisadores da área com as mudanças impressas no comportamento através da história, principalmente a partir da primeira década que se seguiu à 2ª Grande Guerra, provocou mudanças nas práticas e códigos corporais da sociedade e mantiveram a Educação Física numa condição de atividade catártica no interior da escola.
De acordo com pesquisa realizada sobre a prática pedagógica da Educação Física, com relação à forma que os alunos a enxergam e a consideram como um momento de lazer e descontração, Szubris e Coffan (2009) registram que:
“... a aula de Educação Física ou mesmo a disciplina em si está ligada a um certo brincar descompromissado, um momento de lazer, de diversão. É claro que trabalhar com o corpo em movimento pela via do lúdico é sempre muito mais envolvente podendo ser até mais produtivo. Contudo, se tratam de vias metodológicas de trabalho não podendo ter fim em si mesma como parece ser a compreensão das entrevistadas. (p.189)
Logo, acreditamos que a Educação Física pode e deve utilizar do processo lúdico para empreender suas estratégias de ensino, mas, sem que isso se torne o único objetivo ou conteúdo da aula.
Segundo Oliveira (1999), a Educação Física necessita, ainda hoje, no seu sentido amplo, de uma maior definição epistemológica, e Bracht (1999) corrobora com esse registro.
Parece que algumas formas de pensar a Educação Física no Brasil, nos últimos anos, também estiveram reféns de modelos cientificistas, ou, para utilizar a classificação de Oliveira (1999), “reféns de paradigmas da ordem, não tendo se libertado ainda de um estilo positivista de fazer ciência” (p.4). Talvez a origem dessa tentativa de “ordenação” no pensamento científico da Educação Física seja conseqüência da própria carência de embasamento teórico e de debate acadêmico na área até fins da década de 1970, pelo menos no Brasil.
No caso da Educação Física, que apenas há vinte anos pôde aprofundar a discussão científica, principalmente a partir de referenciais oriundos das ciências humanas, compreende-se que tenha ocorrido “certa absolutização de discursos, com a intenção de estabelecer suporte científico para uma área que historicamente pautou-se pela intervenção acrítica, descompromissada e, muitas vezes, pautada no senso comum”. (DAOLIO, 2003, p.37)
A Educação Física deve integrar-se com o trabalho desenvolvido na escola, colocando o seu componente curricular no mesmo patamar de seriedade e compromisso com a formação do educando. Essas palavras podem soar estranhas a muitos educadores, no entanto, sabe-se que em diversas escolas, a nossa disciplina encontra-se desprestigiada e relevada a segundo plano. (MATTOS e NEIRA, 2000)
Quanto ao profissional de educação física
De acordo com Ghilardi (1998) a Educação Física, e consequentemente o profissional da área, encontra-se atualmente mergulhado em alguns preconceitos que são responsáveis pelo seu baixo status profissional. Esta situação, segundo o autor, se deve ao fato da origem da Educação Física no Brasil e seus reflexos nos cursos de formação profissional que ocorriam na licenciatura, cuja formação estava ligada diretamente ao âmbito esportivo e não ao processo de escolarização.
Ghilardi (1998) registra que neste período formaram-se então técnicos desportivos ao invés de professores. A preparação profissional em Educação Física passou por mudanças profundas. Há 10 anos os cursos de Licenciatura em Educação Física tinham o objetivo de formar profissionais para atuar no ensino formal e, além disso, aparentemente também “davam conta de preencher as lacunas existentes na área e que não faziam parte do contexto escolar.” (p. 1)
Medina (1983) citado por Schreiber e Scopel (2005):
“A tarefa do novo profissional da Educação Física em sua função básica como agente renovador e transformador de cultura subdesenvolvida em que vive só será possível de se concretizar por intermédio de uma prática. Somem-se as nossas ações é que poderão efetivar mudanças numa determinada situação. Aliás, seja qual for a área de atuação, nada acontecerá de fato à realidade existente se não houver uma prática dinamizando esta mesma realidade. Contudo, qualquer prática humana, sem uma teoria que lhe de suporte, torna-se uma atitude tão estéril (apenas imitativa) quanto uma teoria distante de uma prática que o sustente.” (p. 68)
Analisando dados coletados em trabalhos desenvolvidos durante alguns anos, Daólio (1995), segundo Oliveira (1999) constatou que o profissional de Educação Física, que atua na escola, nem sempre tem clareza de seu papel junto à instituição escolar, confundindo-a freqüentemente com o clube, com a academia, com a escolinha desportiva etc.
Daólio (1995) citado por Oliveira (1999) apontam que, se desconsiderarmos sua necessidade de sobrevivência, a maior parte desses profissionais não atuaria na escola. No entanto a educação escolar ainda representa o maior campo de trabalho para esse profissional por uma questão única e exclusiva de demanda profissional, ou seja, mercado de trabalho.
Oliveira (1999) registra que um grande número de respostas coletadas em sua pesquisa, junto aos professores de Educação Física da rede pública municipal de Curitiba constata algumas lacunas graves na formação e representação desse profissional. Diante das respostas, o autor verifica que o professor considera a escola, em linhas gerais, um lugar “difícil de trabalhar” porque “são muitos alunos”, de “idades diferenciadas”, “sem interesse pela Educação Física”, “sem condições de trabalho” além de o profissional dispor de um “salário muito baixo”. (p.4)
Podemos constatar que a prática pedagógica do professor é um fator decisivo para tornar a aula e até mesmo a disciplina de Educação Física interessante e importante para os alunos. Para isso, destaca-se que o professor precisa direcionar sua prática pedagógica para o ensino de conteúdos e aplicação de metodologias de ensino que atendam a realidade da escola e aos interesses e necessidades do alunado.
O que se observa a respeito disso, segundo Szubris e Coffan (2009) é uma falta de compromisso pedagógico no emprego de conteúdos atualizados e necessários para a formação do aluno, no entanto podemos compreender que esse não é um caso isolado, mas uma realidade de muitas escolas que nem sempre dispõe de equipamentos, como também, de profissionais motivados para o trabalho pedagógico, uma situação influenciada por vários fatores. Portanto, é importante, ao abordar a prática pedagógica, não responsabilizar totalmente o profissional, mas estar atento aos aspectos que influenciam sua ocorrência.
É freqüente verificar, além de uma valoração baseada em concepções superficiais e equivocadas a respeito do seu significado e do seu potencial educativo, que a Educação Física costuma ser ministrada por professores que não tiveram a oportunidade de refletir com maior profundidade sobre os aspectos filosóficos, epistemológicos, históricos, sociais, culturais e pedagógicos que fundamentam uma compreensão e uma prática social mais qualificada. (BONSE, 2009)
Por fim, para provocar essas mudanças é preciso que os professores estejam atualizados com as coisas do seu tempo, que entendam que a cada turma e nível de ensino é preciso uma prática pedagógica diferenciada e que possa ensinar conteúdos e não atividades aos alunos.
A Lei de Diretrizes e Bases em vigor, ao ser interpretada, indica uma direção obrigatória à busca pelo aperfeiçoamento constante dos profissionais envolvidos com o ensino. O professor de Educação Física, segundo Mattos (1994) citado por Mattos e Neira (2000) não deve encontrar no comodismo, no individualismo e no ressentimento a solução de seus problemas na escola, e acrescentam que os professores devem ter muita persistência, criatividade e competência técnica para o desempenho de suas tarefas e não se deixar se envolver em simplificações do ato pedagógico.
Logo, concordamos com Mattos e Neira (2000) quando constatam que aos professores de Educação Física cabe recuperar o prestígio perdido nas últimas décadas, propondo e desenvolvendo um trabalho que efetivamente alcance os objetivos da área. Eles devem se mostrar presentes e envolvidos com as ações da escola e, quando possível, apresentar resultados do seu trabalho, que pode ser realizado por um grande leque de possibilidades. Essas são iniciativas importantíssimas para a conquista deste prestígio.
Quanto a Escola
De acordo com BRASIL (1997) a prática da Educação Física na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais.
Observando-se a realidade que a Educação Física ocupa na escola, Tani, Manoel, Kokubun & Proença, (1988) apresentam que se constata um componente curricular sem uma clara definição de sua função no contexto educacional. Isto tem gerado uma prática pedagógica sem uma especificidade devidamente caracterizada e, por isso mesmo, com dificuldade de interagir com outras disciplinas curriculares. Além disso, freqüentemente se observa a existência de uma prática carente de fundamentação teórica que oriente os procedimentos didático-pedagógicos.
De acordo com Ferraz (1996), apesar de ser instituída legalmente como um componente curricular e até mesmo reconhecida como fundamental para o desenvolvimento do aluno, a Educação Física parece estar presente na escola, principalmente como simples atividade.
Federici (2004) sobre essa questão, apresenta que a Educação Física escolar, mesmo tendo suas peculiaridades, e suas atividades acontecerem em locais diferentes dos trabalhados nas outras disciplinas, como locais abertos e expostos, deve ser vista como um componente curricular como qualquer outro, pois tem seu histórico, sua filosofia, seu conteúdo próprio, sua didática, sua metodologia, cronograma, recursos pedagógicos, avaliações, planejamento, enfim um embasamento para o desenvolvimento de suas aulas e de seus alunos.
O autor também registra que a educação tradicional sempre foi baseada na ordem, assepsia e silêncio dos ambientes e a Educação Física não possui essa característica, pois, diante de sua dinâmica, atinge mais freqüentemente aspectos sociais e emocionais dos alunos, intervindo pedagogicamente em um esquema de organização diferente da maioria, com sua ordem e características peculiares.
Em pesquisa realizada por Devide (1999) em uma escola de ensino médio segundo Mattos e Neira (2000), investigou-se a concepção de Educação Física dos alunos, a aplicabilidade de seus conteúdos no cotidiano e qual o papel do professor enquanto educador, nesta foi possível verificar que os alunos encaram a Educação Física como uma disciplina sem relevância para manter-se dentro do currículo escolar, com conteúdos repetitivos e sem aplicabilidade no cotidiano, além de não motivar a prática permanente de exercícios fora da escola.
Para Vago. (1999) toda essa questão é apresentada de forma preocupante e registra:
“A presença da educação física não está garantida, podendo mesmo ser excluída (desenraizada) das práticas escolares. Ora, em uma escola que se orienta pelas idéias de eficiência, eficácia, produtividade, utilidade, não há que se perder tempo com o ensino de práticas corporais da cultura, como os esportes, as danças, os jogos, a ginástica. Nada disso interessa quando se quer organizar uma escola na qual o conhecimento que importa transmitir aos alunos é aquele que se considera útil ao ingresso no mercado de trabalho. E, então, o conhecimento oferecido na educação física não teria muito a contribuir, tornando-se assim descartável. Movimento oposto ao que ocorreu nos momentos iniciais de seu enraizamento escolar, na Europa e no Brasil, quando a educação física foi representada como fundamental para a preparação da mão-de-obra para o trabalho (para a sua preparação, manutenção e recuperação física).” (p. 1)
É importante registrar que a Educação Física possui um conhecimento específico e o movimento humano precisa ser considerado especificamente no ciclo de escolarização.
A Educação Física tem no movimento, tanto um meio quanto um fim para atingir seu objetivo educacional dentro do contexto escolar. O movimento pode ser entendido como uma atividade, no caso corporal, que se manifesta através do jogo, do esporte, da dança ou da ginástica. A escola assumiu o ensino do esporte, praticamente como único conteúdo ou estratégia, ocorre aqui então, preconceitos criados pela sociedade, acreditando que a Educação Física seja apenas esporte.
O que une todas as proposições de Educação Física nesses últimos anos é a busca de embasamento científico para compreender a área. Esse é o mérito de Go Tani, de João Freire, do Coletivo de Autores, de Elenor Kunz, de Valter Bracht, de Mauro Betti, dos seguidores e simpatizantes de cada uma das proposições existentes e de muitos outros estudiosos sérios da Educação Física. (DAOLIO, 2003)
Diante do exposto podemos constatar que os alunos possuem o dever de participar das aulas, incluindo-se as de Educação Física, o professor de ministrá-las e a direção da escola de apoiar o professor com orientações, materiais e equipamentos pedagógicos, para serem explorados pelos alunos. Infelizmente, não se percebe essa dinâmica e podemos concluir que os alunos tendem a terminar o ensino básico sem ao menos saber para que serve a Educação Física em suas vidas.
Considerações finais
Temos consciência de que ser professor de Educação Física não é uma tarefa fácil, pois é necessário embasamento, metodologias, objetivos e constante dedicação para o efetivo reconhecimento de seu trabalho na escola.
Partindo de nosso estado de indignação, ao nos deparar com os maus conceitos relacionados à disciplina e ao professor de Educação física, buscamos levantar dados que explicassem como e porque essas opiniões surgem. Por meio dos estudos e pesquisas que realizamos, tendo como alvo entender o preconceito que a disciplina e os profissionais de Educação Física enfrentam , constatamos que a mesma está sendo desvalorizada não apenas pela sociedade, como também pelas instituições de ensino e seus colaboradores.
Logo, identificamos que esses conceitos negativos se estabeleceram através do tempo por diversos fatores como: os períodos históricos, falta de conhecimento da área provocando avaliações antecipadas sobre o que é e para que serve a Educação Física Escolar, e ainda a própria postura profissional.
Se tratando da história, a Educação Física atual está caminhando para um sentido diferente da finalidade de como era desenvolvida em um passado não muito distante, baseada no caráter higienista e também no caráter militar. Esse último prevaleceu fortemente e ainda está presente para muitas pessoas que não têm claramente ciência do principal papel da Educação Física Escolar.
Quanto à falta de conhecimento da área, percebemos que esse conceito se dá uma vez que a sociedade não procura, não possui ou não recebe conhecimento/embasamento suficiente para avaliações conscientes, ocasionando o senso comum, julgando assim o profissional como incapaz, e a Educação Física como fonte de lazer.
Em se tratando da postura profissional, sabemos que uma atitude negativa é absorvida com muito mais facilidade que a positiva, por isso toda vez que um professor se porta negativamente, ao ser observado, essa má conduta se dissemina com rapidez, enriquecendo a opinião popular. Por mais que existam bons profissionais na área, para aqueles que não conhecem, será mais fácil a crítica do que o elogio. Daí a importância do professor agir com postura adequada, comprometida, conveniente ao espaço e público, para não ocasionar más interpretações e desvalorização da disciplina.
Cabe aos professores a manutenção de uma boa postura, demonstrando seriedade, compromisso, explicitando os objetivos dos trabalhos desenvolvidos, resgatando assim mais prestígio para a disciplina e tudo que a envolve, independentemente de qual abordagem utilize.
Assim, ao analisar o senso comum do cidadão com relação a área da Educação Física, é fundamental que os profissionais envolvidos modifiquem suas condutas, metodologias, estratégias e objetivos. São estes profissionais a chave para a mudança, para a construção de uma nova imagem, mostrando de fato, o real significado de seu papel como Educador e da Educação Física Escolar.
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digital · Año 15 · N° 143 | Buenos Aires,
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