Alterações antropométricas e na composição corporal de adolescentes com excesso de peso após três meses de exercícios físicos Cambios en la composición antropométrica y corporal en los adolescentes con exceso de peso después de tres meses de ejercicios físicos Anthropometric and body composition changes in overweight adolescents after three months of physical exercises |
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*Grupo de Pesquisa em Prevenção e Tratamento da Obesidade em Adolescentes-CNPq/UFC **Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina- CDS/UFSC ***Doutor em Educação Física. Professor Titular do Curso de Educação Física da UFSC Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, PPGEF/CDS/UFSC |
Valter Cordeiro Barbosa Filho* Edineia Aparecida Gomes Ribeiro* ** Adair da Silva Lopes*** (Brasil) |
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Resumo Este estudo analisou as alterações antropométricas e na composição corporal de adolescentes com excesso de peso após três meses de exercícios físicos. Quarenta e dois adolescentes com excesso de peso e idades de 10 a 14 anos, participaram do programa de exercícios físicos sendo dividido em Grupo Recreativo (n=20) e Grupo Esportivo (n=22). Antes e após três meses de exercícios físicos, foram avaliadas as seguintes variáveis: massa corporal, estatura, circunferência da cintura, índice de massa corporal, dobra cutânea tricipital e subescapular, soma de dobras cutâneas, percentual de gordura e massa corporal magra. No Grupo Recreativo, verificou-se redução significativa na dobra subescapular e soma das dobras. No Grupo Esportivo, foi verificado aumento na massa corporal magra, enquanto a dobra subescapular diminuiu significativamente. A participação em programas de exercícios físicos de forma recreativa ou de iniciação desportiva pode influenciar positivamente nas variáveis antropométricas e na composição corporal em adolescentes com excesso de peso. Unitermos: Composição corporal. Antropometria. Adolescentes
Abstract This study examined the anthropometric and body composition changes of overweight adolescents after three months of physical exercises. Forty-two adolescents were overweight and ages of teen to four-teen years, participated in the exercise program was divided into Group Play (n = 20) and Group Sports (n = 22). Before and after three months of physical exercises, were assessments the following variables: weight, height, waist circumference, body mass index, subscapular and triceps skinfolds, sum of skinfolds, fat percentage and lean body mass. In Group Play, there was significant reduction in subscapular skinfold and sum of skinfolds. In Group Sports, increase was observed in lean body mass, while the subscapular skinfold decreased significantly. Participation in physical exercise programs of recreational form or of sport initiation may positively influence the anthropometric variables and body composition in overweight adolescents. Keywords: Body composition. Anthropometric. Adolescents
Colaboradores Barbosa Filho VC participou de todas as fases de produção do artigo. Ribeiro EAG contribuiu na interpretação dos resultados e na revisão crítica do artigo. Lopes AS participou na revisão crítica do manuscrito.
Agradecimento Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo consentimento de bolsa (Barbosa Filho VC). |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010 |
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Introdução
O sobrepeso e a obesidade estão cada vez mais presentes na sociedade contemporânea. Nos Estados Unidos, 32,2% dos adultos norte-americanos são obesos1. Em crianças e adolescentes, as taxas de obesidade neste país têm aumentado significativamente em diferentes faixas etárias e raças/etnias2.
No Brasil, alguns estudos envolvendo sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes têm sido realizados em diferentes regiões do país3. Ao estudar crianças e adolescentes da região Sudeste e Nordeste do Brasil, Abrantes et al.4 verificaram uma prevalência de obesidade de 12% e 8%, respectivamente. No município de Fortaleza, um estudo estimou que 19,5% dos adolescentes entre 10 e 19 anos de idade apresentam excesso de peso5.
Diversos métodos antropométricos têm sido utilizados para o diagnóstico do excesso de adiposidade em crianças e adolescentes. O Índice de Massa Corporal (IMC), embora não identifique os diferentes componentes da composição corporal, é um método comumente utilizado como indicador de obesidade, uma vez que crianças e adolescentes com o IMC elevado para o sexo e idade têm mais chances de apresentar fatores de risco para doenças cardiovasculares6. Outros métodos de avaliação da composição corporal em crianças e adolescentes são as espessuras de dobras cutâneas, principalmente nos pontos anatômicos tricipital e subescapular, além das equações de estimativa da gordura corporal propostas a partir destas dobras cutâneas7.
Sendo assim, torna-se necessária a utilização de medidas confiáveis que possam ser utilizadas no diagnóstico de crianças e adolescentes que estão na faixa de risco para obesidade, para que se faça um trabalho de prevenção e intervenção desta doença8. Além disso, a identificação de medidas antropométricas em adolescentes com excesso de peso que participam de programas de exercícios físicos orientados e sistematizados é necessária para verificar as possíveis alterações nestes indicadores de obesidade a partir dos programas propostos.
Nestas perspectivas, o presente estudo teve como objetivo investigar as alterações antropométricas e na composição corporal de adolescentes com excesso de peso após três meses de exercícios físicos.
Material e métodos
Planejamento da pesquisa
Este estudo foi realizado com 42 adolescentes de idades de 10 a 14 anos, provenientes de três escolas públicas próximas ao centro desportivo da Universidade Federal do Ceará (UFC), município de Fortaleza. Os pais/responsáveis pelos adolescentes foram informados acerca dos procedimentos e desconfortos da avaliação física, autorizando a participação dos adolescentes mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFC (protocolo nº 015/2008), sendo realizado no período de agosto a novembro de 2008.
Amostra
Inicialmente, foram convidados a participar deste estudo 60 adolescentes (36 do sexo masculino e 24 do feminino) classificados com excesso de peso a partir do IMC por sexo e idade, conforme Conde e Monteiro9. Estes adolescentes foram encaminhados intencionalmente para um dos grupos de atividades: (i) Grupo Esportivo e (ii) Grupo Recreativo, sendo cada grupo composto por 30 adolescentes (18 do sexo masculino e 12 do feminino). Ao final dos três meses, 18 adolescentes (5 do masculino e 13 do sexo feminino) não frequentaram as sessões em pelo menos 70% das aulas, sendo excluídos deste estudo. Com isso, a amostra definitiva foi composta por 42 adolescentes de 10 a 14 anos de idade. A distribuição dos adolescentes de acordo com o grupo de atividades e o sexo pode ser verificada na Tabela 1.
Tabela 1. Distribuição da amostra estudada de acordo com o sexo e o grupo de exercícios físicos
Masculino |
Feminino |
Total |
||||
n |
% |
n |
% |
n |
% |
|
Esportivo |
11 |
50,0 |
11 |
50,0 |
22 |
52,4 |
Recreativo |
16 |
80,0 |
4 |
20,0 |
20 |
47,6 |
Total |
27 |
64,3 |
15 |
35,7 |
42 |
100,0 |
Instrumentos e procedimentos
Visando melhorar a confiabilidade das medidas, efetuou-se previamente um treinamento dos avaliadores a cerca dos procedimentos na coleta de dados. Os materiais utilizados para avaliação antropométrica foram: (i) fita métrica com escalas de 1 cm, marca Easyread e modelo Cateb; (ii) balança digital com resolução de 100 g e capacidade de 150 kg, marca Plenna e modelo Wind; e (iii) adipômetro científico com escalas de 0,1 mm, marca Cescorf.
A padronização proposta por Gordon et al.10 foi seguida para determinação da estatura (m) e massa corporal (kg). A estatura foi aferida com o adolescente sem sapatos, os calcanhares unidos e a cabeça orientada com o plano de Frankfurt. Para determinação da massa corporal, o adolescente foi avaliado na posição ortostática, sem sapatos e usando apenas roupas leves. As medidas da massa corporal e estatura foram utilizadas para cálculo do IMC (kg/m2).
A Circunferência da Cintura (CC) foi aferida no ponto médio entre as costelas inferiores e a crista ilíaca segundo Lohman et al.11. A dobra cutânea tricipital (DC_TR) foi mensurada no ponto médio entre o processo acromial e a margem inferior do processo olecrano. A dobra cutânea subescapular (DC_SE) foi aferida logo abaixo do ângulo inferior da escápula, pinçada obliquamente em ângulo de 45º em relação à coluna vertebral de acordo com Harrison et al.12. Foram realizadas três medidas alternadas e calculada a média de cada dobra cutânea.
Posteriormente, a soma das dobras cutâneas (∑DCs) foi calculada e inserida na fórmula proposta por Slaughter et al.13 para determinação do percentual de gordura corporal (%G), de acordo com o sexo e estágio maturacional. A maturação foi avaliada a partir da presença de pêlos axilares no sexo masculino e menarca (primeira menstruação) no sexo feminino14. A massa corporal magra (MCM) foi calculada a partir da relação entre o %G e massa corporal.
Prescrição do exercício físico
Ambos os grupos realizaram três meses de exercício físico com intensidade moderada a vigorosa (60-80% da freqüência cardíaca máxima, controlada com frequencímetros da marca Oregon Scientific), seguindo as recomendações do American College of Sports Medicine15 para a duração (60 minutos por sessão) e freqüência das aulas (três vezes/semana, sendo nas segundas, quartas e sextas-feiras). Cada sessão foi composta por: (i) dez minutos de alongamento/aquecimento; (ii) quarenta minutos de atividades específicas do grupo; e (iii) dez minutos de relaxamento. A seguir a descrição das atividades desenvolvidas em cada grupo:
(i) Grupo Esportivo – atividades de iniciação à natação (aprendizagem do nado crawl), seguindo o processo de ensino adequado para a faixa etária compreendida neste estudo: adaptação ao meio líquido, flutuação, respiração, propulsão de braços e pernas, coordenação entre braços e pernas, e nado completo16. Não houve interesse na aprendizagem do gesto técnico com qualidade, e sim na prática da modalidade esportiva na intensidade determinada para o estudo.
(ii) Grupo Recreativo – o programa deste grupo foi composto por jogos e atividades motoras ao ar livre caracterizadas por corridas, saltos, ultrapassagem de obstáculos, arremessos, entre outras, onde os adolescentes foram continuamente estimulados a manter a prática das atividades na intensidade determinada para o estudo.
Tratamento estatístico
Foi utilizada a estatística descritiva baseada em média, desvio-padrão e porcentagem. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para observar a normalidade dos dados. Com os resultados, optou-se por utilizar o teste t Students para amostra independente verificando as diferenças entre os grupos ao iniciar a intervenção, e t pareado para verificar as alterações após os três meses de exercícios físicos em cada grupo. Adotou-se p < 0,05 como nível de significância, analisando os dados por meio do SPSS 15.0.
Resultados
Este estudo teve maior participação de adolescentes do sexo masculino (64,3%), enquanto 52,3% dos adolescentes que concluíram o estudo fizeram parte do Grupo Esportivo (Tabela 1). Observou-se também que os grupos apresentaram idades semelhantes ao iniciar o estudo (12,3 vs. 12,0 anos; p=0,42).
As variáveis antropométricas analisadas antes e após os três meses dos programas de exercícios físicos podem ser verificadas na Tabela 2. Em relação às variáveis analisadas antes dos programas de exercícios físicos, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de participantes, permitindo inferir que as características antropométricas eram semelhantes ao iniciar o programa.
Tabela 2. Perfil antropométrico dos grupos de adolescentes antes e após prática de exercícios físicos (Recreativas e Esportivas)
Recreativo |
Esportivo |
|||
Antes |
Após |
Antes a |
Após |
|
Massa (kg) |
55,62 ±9,70 |
56,34 ±8,88 |
58,42 ±12,82 |
59,56 ±12,08b |
Estatura (m) |
1,50 ±0,08 |
1,52 ±0,08b |
1,52 ±0,09 |
1,53 ±0,09b |
IMC (kg/m²) |
24,35 ±2,53 |
24,34 ±2,20 |
25,11 ±4,21 |
25,25 ±3,93 |
CC (cm) |
84,90 ±8,08 |
85,45 ±7,49 |
86,55 ±10,70 |
86,41 ±9,90 |
DC_TR (mm) |
18,65 ±4,66 |
18,16 ±4,39 |
19,77 ±4,30 |
19,71 ±3,43 |
DC_SE (mm) |
18,44 ±6,70 |
16,16 ±5,18b |
19,98 ±6,12 |
18,53 ±4,82b |
∑DCs (mm) |
37,08 ±10,51 |
34,31 ±8,79b |
39,75 ±9,73 |
38,24 ±7,83 |
%G (%) |
30,60 ±7,00 |
29,43 ±7,12 |
32,11 ±6,60 |
31,21 ±5,19 |
MCM (kg) |
38,37±6,50 |
39,86 ±6,05b |
38,37±6,50 |
43,22 ±6,69b |
IMC = índice de massa corporal; CC = circunferência da cintura; DC_TR= dobra cutânea tricipital; DC_SE = dobra cutânea subescapular;
∑DCs = somas das dobras cutâneas; %G = percentual de gordura por Slaughter et al13; MCM = massa corporal magra.
a - Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos antes dos programas de exercícios físicos, com p ≥ 0,05.
b - Diferenças significativas após 12 semanas do programa de exercícios físicos, com p<0,05
Após os três meses de exercício físico, o Grupo Recreativo apresentou aumento significativo na estatura (p<0,001) e MCM (p=0,004), além de reduções significativas na DC_SE (p=0,012) e ∑DCs (p=0,027). Não foram verificadas diferenças significativas na massa corporal (p=0,087), IMC (p=0,969), CC (p=0,371), DC_TR (p=0,285) e %G (p=0,116). No Grupo Esportivo, foi observado o aumento significativo na massa corporal (p=0,008), estatura (p<0,001) e MCM (p<0,001), enquanto a DC_SE (p=0,018) reduziu significativamente após o programa proposto. As variáveis IMC (p=0,286), CC (p=0,877), %G (p=0,133), DC_TR (p=0,886) e ∑DCs (p=0,068) não alteraram significativamente após os três meses do programa esportivo.
Discussão
O presente estudo verificou alterações significativas em algumas variáveis da composição corporal, entretanto, em relação às variáveis antropométricas, não foram observadas alterações significativas no IMC e CC em ambos os grupos de exercício físico. Além disso, foi observado aumento significativo na estatura dos adolescentes após os programas propostos e aumento na massa corporal nos adolescentes do Grupo Esportivo. Estes resultados podem ser explicados pelas mudanças morfofisiológicas, características desta faixa etária17.
As mudanças antropométricas características da adolescência tornam este período de maior risco para o surgimento da obesidade18. O excesso de peso na adolescência é um fator de risco para o desenvolvimento de sérios problemas metabólicos relacionados com a obesidade que tendem a se estender até a vida adulta19. Diante disso, considera-se importante o combate ao excesso de peso em indivíduos nesta fase da vida.
Entretanto, estudos apresentam divergências em relação aos resultados encontrados nos programas de exercício físico isolado ou associado com a orientação nutricional em adolescentes com excesso de peso. Alguns estudos verificaram alterações significativas nos indicadores antropométricos20,21,22, enquanto estudos não apresentaram alterações significativas em algumas das variáveis antropométricas analisadas23,24.
Verifica-se, contudo, que alterações significativas nas variáveis antropométricas de adolescentes com sobrepeso e/ou obesidade são mais freqüentes em programas que aliaram o exercício físico com a orientação nutricional25,26. Desta forma, em programas de prevenção e tratamento da obesidade em adolescentes, verifica-se que a realização de intervenções que aliam o exercício físico com a orientação nutricional pode obter melhores resultados nas variáveis antropométricas de adolescentes27. Entretanto, o fator nutricional não foi controlado neste estudo, podendo ter influências relevantes nos resultados encontrados.
Em relação aos fatores da composição corporal, o presente estudo verificou alterações significativas nas variáveis DC_SE e MCM dos adolescentes de ambos os grupos e na ∑DCs dos adolescentes do Grupo Recreativo. No entanto, a DC_TR e o %G estimado a partir das equações de Slaughter et al.13 não tiveram alterações significativas após os programas propostos, o que também foi observado em outros estudos23,28,22.
As reduções verificadas na DC_SE após os programas propostos representam alterações importantes para a composição corporal de adolescentes com excesso de peso. Esta dobra cutânea, localizada na região centralizada do corpo, representa uma estimativa da gordura subcutânea central, sendo utilizada na identificação do excesso de gordura corporal e uma excelente preditora de doenças associadas à obesidade7. Além disso, o aumento na MCM em ambos os grupos e a redução na ∑DCs dos adolescentes do Grupo Recreativo sugerem uma melhora na composição corporal e na proporção de massa corporal magra e gorda dos adolescentes.
A partir do aumento na MCM, o metabolismo apresenta uma melhora, visto que a MCM é mais ativa metabolicamente do que o tecido adiposo, sendo um importante determinante do gasto energético em repouso em crianças e adolescente obesos e não-obesos29. Com a perda de MCM, pode ocorrer o retorno ou até mesmo o aumento da massa corporal, devido à consequente redução do gasto energético24.
Algumas variáveis, principalmente no Grupo Esportivo, não alteraram significativamente após o programa proposto. Um fato que pode ter colaborado para poucos resultados significativos nos adolescentes deste grupo é em relação ao tipo de exercício físico aplicada neste grupo (natação não-competitiva). Outras modalidades esportivas, como basquetebol, futebol ou handebol, apresentam maior gasto energético do que a natação não-competiviva30. No entanto, ambos os grupos de exercícios físicos realizaram atividades de intensidade moderada a vigorosa (60-80% da freqüência cardíaca máxima), como recomendado no tratamento do excesso de peso em adolescentes15.
Medidas de prevenção podem ser tomadas frente às alterações antropométricas31, sugere-se a realização de estudos que analisem a antropometria e a composição corporal de adolescentes com excesso de peso após programas com outras modalidades esportivas.
Considerando que o estudo apresentou limitações, o primeiro está relacionado ao tamanho da amostra (pequena e não-representativa), portanto, deve haver cautela quanto na generalização desses resultados. Segundo, o estudo não apresentou um grupo controle para a comparação dos resultados com os grupos de atividade, bem como, a amostra e as escolas não foram selecionadas aleatoriamente.
Conclusão
Os resultados deste estudo sugerem que a participação em programas de exercícios físicos realizados tanto com atividades de forma recreativa quanto na forma de iniciação desportiva, com freqüência de três vezes por semana com intensidade de moderada a vigorosa, pode influenciar positivamente em algumas variáveis antropométricas e da composição corporal em adolescentes com excesso de peso. Entretanto, esses resultados devem ser interpretados com cautela, devido às limitações apresentadas neste estudo. Sugere-se, assim, a realização de outros estudos que utilizem a prática de atividades esportivas e recreativas na prevenção e no tratamento do excesso de peso em adolescentes.
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