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Atuações dos atletas e países na prova de 100 metros rasos 

em todas as edições do Campeonato Mundial de Atletismo

Actuaciones de los atletas y países en la prueba de 100 metros llanos 

en todas las ediciones del Campeonato Mundial de Atletismo

 

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Departamento de Educação Física

Jardim Botânico. Curitiba, PR

(Brasil)

Dr. Vidal Palacios Calderón

Lic. Marcos Magalhães de Sousa

yendy2005@gmail.com

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho teve como objetivo principal analisar a atuação dos atletas e países por áreas continentais nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo na prova de 100m rasos para os sexos masculinos e femininos. Para o processamento dos dados foi utilizada a estatística descritiva, permitindo realizar a análise comparativa dos resultados dos oito primeiros velocistas colocados em cada edição. Neste sentido, constatou-se a supremacia das áreas de América do Norte e Central nesta prova de velocidade tanto no sexo masculino quanto no feminino, sendo que os atletas norte americanos dominaram de forma geral a prova nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo.

          Unitermos: Atletismo. Campeonato Mundial de Atletismo. Prova de 100 m rasos. Áreas continentais

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010

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Introdução

    O Atletismo conta a história esportiva no homem no Planeta. É chamado de esporte-base porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, lançar. Não por acaso, a primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, nos Jogos de 776 A.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, que deram origem às Olimpíadas. A prova, chamada pelos gregos de "stadium", tinha cerca de 200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o primeiro campeão olímpico da história.

    A Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) (2004) define o Atletismo com provas de pista (corridas), de campo (saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em campo (cross country), corridas em montanha, e marcha atlética.

    Se analisarmos as tendências pedagógicas contemporâneas da Educação Física, especificamente a crítico superadora segundo o Coletivo de Autores (1992), a qual está fundamentada no tratamento metodológico dos conteúdos a partir da leitura dos dados da realidade e da visão de historicidade que o aluno deve ter a partir da mesma gênese, podemos claramente perceber a importância de uma análise detalhada da atuação dos países por áreas continentais e atletas nas edições do Campeonato Mundial de Atletismo na prova de 100m rasos. Neste sentido, a análise estatística dos resultados e as comparações que pudessem ser realizadas entre os homens e mulheres representam sem dúvida uma possível alternativa para o entendimento e resgate dos fatos históricos nesta prova de atletismo. Isto permite a sua integração de forma sistematizada aos conteúdos a serem tratados nas aulas de atletismo nos diferentes níveis de ensino. Portanto, estes resultados precisam de uma análise histórica para descobrir as tendências de sua evolução no período que abrange a primeira edição do Campeonato Mundial de Atletismo realizada em 1983 até a décima segunda edição no ano de 2009.

    A análise da bibliografia científica especificamente sobre a corrida de 100m rasos nos sexos masculinos e femininos permitiu constatar a falta de dados estatísticos sobre a evolução histórica dos resultados nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo nesta prova de velocidade no período desde 1983 até 2009. Levando em conta a importância destes dados para o tratamento metodológico dos conteúdos de Atletismo nos diferentes níveis de ensino no Brasil desde uma perspectiva histórica, consideramos de grande relevância social a temática abordada neste artigo.

    Portanto, o objetivo principal deste artigo é analisar a atuação dos atletas e países por áreas continentais nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo na prova de 100m rasos para o sexo masculino e feminino

Material e métodos

    O trabalho é de caráter descritivo baseado na análise histórica das atuações dos oito atletas primeiros colocados nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo no sexo feminino e masculino na prova de 100m rasos. Neste sentido, a análise dos documentos permitiu fazer a coleta de dados dos resultados desses atletas no período desde 1983 até o ano 2009. Foram utilizados métodos da estatística descritiva para o processamento dos resultados. Em total foram analisados estatisticamente 92 resultados no sexo masculino de um total de 96 que representa (95,8%) e 92 de um total de 96 resultados para o sexo feminino que representa (95,8%) do total.

    O processamento estatístico utilizado permitiu determinar os valores médios dos oito finalistas, valores mínimos e máximos, o desvio padrão e o coeficiente de variação para saber a oscilação dos resultados com relação à média. Por outro lado, precisa-se determinar a porcentagem para analisar as atuações dos países e atletas.

Atuações dos atletas e países por áreas continentais nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo desde 1983 até 2009 nos 100 metros rasos masculino

    Na Tabela 1 apresentamos os resultados dos velocistas vencedores das doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo no período desde 1983 até 2009. Nesta tabela se observa que o norte-americano Carl Lewis, manteve a supremacia na prova de 100m rasos nas primeiras três edições, quebrando o recorde do mundo duas vezes consecutivo, isto é, na segunda e terceira edições com resultado de 9,93 segundos e 9,86 segundos respectivamente.

Tabela 1. Relação dos velocistas vencedores da prova dos 100m rasos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo

Legenda: WR: Recorde Mundial. AR: Recorde Continental

CR: Recorde dos Campeonatos

    Nesta mesma tabela merece especial destaque a atuação do velocista norte americano Maurice Greene, o qual dominou esta prova também durante três edições de forma consecutiva (sexta sétima e oitava).

    Evidentemente, a supremacia dos atletas dos Estados Unidos é uma realidade durante todo este período, uma vez que, conquistaram oito títulos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo, isto é, (66%) dos títulos.

    É importante salientar que nesta lista das edições do Campeonato Mundial de Atletismo não aparecem os resultados de outros atletas velocistas que quebraram o recorde do mundo em outras competições, como por exemplo, o recorde mundial estabelecido pelo velocista jamaicano Usain Bolt com 9,69 segundos no dia 16 de Agosto de 2008 nas Olimpíadas de Pequin, na China.

    Por outro lado, o recorde mundial que mais durou nestas edições foi o do velocista norte americano Carl Lewis, com a marca de 9,86 segundos estabelecido na terceira destas edições. Este recorde de Lewis permaneceu desde 1991 até 2009. No entanto, foi quebrado na última edição do Campeonato Mundial de Atletismo pelo velocista jamaicano Usain Bolt com um tempo de 9,58 segundos. Entretanto, nestas edições podemos observar outros resultados melhores do que o 9,86 segundos conseguido pelo velocista norte americano Lewis, como por exemplo, os dos norte americanos Greene com 9,80 segundos e 9,82 segundos da sétima e oitava edições e de Gay com 9,85 segundos da décima primeira edição(Tabela 1).

    Outro dado de grande relevância a ser analisado nas atuações dos atletas é o número de recordes mundiais estabelecidos nestas edições. Neste sentido salienta se que somente dois velocistas conseguiram quebrar o recorde do mundo nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. O primeiro deles foi o norte americano Lewis, que por duas vezes quebrou o recorde do mundo na prova de 100m rasos com marcas de 9,93 segundos e 9,86 segundos na segunda e terceira edições respetivamente. O segundo foi o velocista jamaicano Bolt, o qual depois de duas décadas conseguiu repetir o que tinha feito Lewis, na prova de 100m rasos com marca de 9,58 segundos.

    Entre as edições do Campeonato Mundial de Atletismo, o ano que teve uma maior diminuição de tempo foi da décima primeira edição para a décima segunda edição. Neste sentido nota se que o tempo do velocista norte americano Gay de 9,85 segundos da décima primeira edição, foi melhorado em 0,27 centésimos de segundos pelo velocista jamaicano Usain Bolt na décima segunda edição com um tempo de 9,58 segundos.

    Nas doze edições analisadas as marcas obtidas pelos atletas primeiros colocados nem sempre foram melhoradas de uma edição para a outra. Neste sentido é importante salientar que os velocistas norte americanos foram os únicos atletas que conseguiram melhorar seus resultados de uma edição para outra. Por exemplo, o velocista norte americano Lewis, na segunda e terceira edições, conseguiu melhorar a sua marca anterior. Da mesma maneira, o velocista norte americano Greene melhorou as suas marcas e a marca do primeiro colocado na edição anterior do Campeonato Mundial de Atletismo, isto é, a do velocista canadense Bailey na quinta edição (Tabela 1).

    No gráfico 1 mostramos a dinâmica dos resultados dos velocistas na prova de 100m rasos no período desde 1983 até 2009.

    Nota-se ainda neste Gráfico 1 que somente em duas das edições do Campeonato Mundial de Atletismo as marcas dos oito velocistas primeiros colocados estiveram na casa dos 10,0 segundos, isto é, na primeira edição do Campeonato Mundial, disputado na cidade de Helsinque, na Finlândia, entre 07 e 14 de agosto de 1983, por meio do velocista norte americano Lewis com tempo de 10,07 segundos e, na nona edição, disputado na cidade de Paris, França, entre 23 e 31 de agosto de 2003 com igual marca por meio do também velocista norte americano Kim Collins. Nas restantes outras edições ao menos o primeiro colocado conseguiu baixar dos 10,0 segundos.

    Na Tabela 2 mostramos o número de atletas que conseguiu correr na casa dos 9,0 segundos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Aqui, neste Gráfico nota-se que na terceira destas edições do campeonato, disputado na cidade de Tóquio, Japão, entre 23 de agosto e 01 de setembro de 1991, seis dos oito velocistas finalistas conseguiram correr na casa dos 9,0 segundos.

    Como dado interessante salienta-se que os três primeiros atletas colocados foram os velocistas norte americanos Lewis, Burrell e Mitchell, fato que só tinha acontecido anteriormente na primeira edição do Campeonato Mundial de Atletismo em 1983 pelos também velocistas norte americanos Lewis, Smith e King.

    Veja-se ainda nesta Tabela que na primeira e nona edição nenhum dos velocistas primeiros colocados conseguiu baixar dos 10,0 segundos. Por outro lado, na segunda, quinta e décima primeira edição, apenas o primeiro colocado nesta prova correou na casa dos 9,0 segundos. Neste sentido salienta-se que o primeiro velocista a baixar dos 10,0 segundos na prova de 100m rasos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo, foi o norte americano Carl Lewis, na segunda edição com um tempo de 9,93 segundos.

Tabela 2. Número de atletas finalistas com marcas na casa dos 9,0 segundos, na prova de 100 rasos masculino, nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo

    No gráfico 2 mostramos os resultados médios dos oito velocistas primeiros colocados nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Observa-se que apenas em três das doze edições (1991, 1999 e 2009) os finalistas conseguiram um resultado médio na casa dos 9,0 segundos. Este fato justifica-se principalmente por terem colocados seis e cinco atletas respectivamente com marcas abaixo dos 9,0 segundos, em Tóquio (1991) e na Alemanha (2009). Ainda neste último Campeonato Mundial de Atletismo, o recorde estabelecido pelo velocista jamaicano Bolt deu o melhor resultado médio com 9,91segundos para estas edições.

    Ao analisarmos a atuação dos países que conquistaram títulos na prova de 100m rasos masculino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo, observa-se que os Estados Unidos foi o país que conquistou mais medalhas com dezessete (47,22%), de um total de 36(Gráfico 3). A seguir, a Jamaica com cinco medalhas(13,88%), Canadá e Reino Unido com quatro medalhas(11,11%), Trinidad e Tobago com três medalhas(8,33%), São Cristovão e Nevis com duas medalhas(5,55%) e Bahamas com uma medalha(2,77%) completaram a lista final dos países com medalhas de ouro.

    Enfim, se evidencia a supremacia dos Estados Unidos na prova de 100m rasos masculino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Porém, é importante salientar que os atletas norte americanos ficaram sem medalhas na quinta edição do Campeonato Mundial de Atletismo, disputado na cidade de Gotemburgo, Suécia, entre 05 e 13 de Agosto de 1995 e, na nona edição do Campeonato Mundial de Atletismo, disputado na cidade de Paris, França, entre 23 e 31 de Agosto de 2003. Na Suécia, ods Estados Unidos apenas consegui uma quinta posição por meio de Michael Marsh, com um tempo de 10,10 segundos e, na França os norte americanos ficaram na quarta posição por meio de Bernad Williams com um tempo de 10,13 segundos, pois o outro velocista finalista, Tim Montgomery foi desclassificado.

    Se analisarmos a atuação dos grupos de países por áreas continentais segundo a divisão estabelecida pela IAAF(2004), vemos que as 36 medalhas disputadas nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo foram distribuidas somente em duas destas áreas:

1.     América do Norte e Central;

2.     Europa

    Evidentemente, nota-se uma hegemonia dos velocistas da América do Norte e Central, pois seis dos países com medalhas nestas edições do Campeonato Mundial de Atletismo pertencem a esta área, com um total de 32 medalhas das 36 disputadas (Gráfico 3). Somente o Reino Unido representou a Europa nestas edições na prova de 100m rasos masculino totalizando 4 medalhas.

Atuações das atletas e países por áreas continentais nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo desde 1983 até 2009 nos 100 metros rasos feminino

    Na Tabela 3 mostramos os resultados das velocistas vencedoras das doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo no período de 1983 até 2009. Chama a atenção nesta tabela a atuação da norte americana Marion Jones, a qual foi a única atleta a vencer duas edições do Campeonato Mundial de Atletismo, consecutivamente, isto é, na sexta edição, com o tempo de 10,83 segundos, e na sétima edição, onde quebrou o recorde do campeonato com o tempo de 10,70 segundos, que nunca foi batido nas edições posteriores.

    A supremacia das velocistas norte americanas na prova de 100m rasos feminino é, também, uma realidade durante as doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo, uma vez que conquistaram seis títulos de um total de doze que foram disputados, ou seja, 50% dos títulos. Além disso as velocistas norte americanas quebraram o recorde do campeonato duas vezes, isto é, na quarta e sétima edições por meio de Devers com um tempo de 10,82 segundos e de Jones com um tempo de 10,70 segundos, enquanto o único outro país a conseguir quebrar este recorde foi a extinta Alemanha Oriental, na segunda edição com a velocista alemã Silke Gladisch com um tempo de 10,90 segundos.

    Entre as edições do Campeonato Mundial de Atletismo, o ano que teve uma maior diminuição de tempo foi da décima primeira edição para a décima segunda edição. O tempo da velocista jamaicana Veronica Campbell de 11,01 segundos foi melhorado em 0,28 centésimos de segundos pela também velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser que conseguiu um tempo de 10,73 segundos.

Tabela 3. Relação das velocistas vencedoras da prova dos 100m rasos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo

Legenda: CR: Recorde dos Campeonatos

    No gráfico 4 mostramos a dinâmica dos resultados das velocistas na prova de 100m rasos no período desde 1983 até 2009. Nota-se neste Gráfico que, somente na décima primeira edição do Campeonato Mundial de Atletismo, disputado na cidade de Osaka, no Japão, entre 24 de agosto e 02 de setembro de 2007 a marca da atleta vencedora, isto é, a da velocista jamaicana Campbell ficou nas casa dos 11,0 segundos. Nas outras edições ao menos a primeira atleta colocada conseguiu baixar dos 11,0 segundos, mesmo que tenha sido uma diferença muito pequena da esta marca.

    É importante salientar que durante todo este período analisado não tem sido muito fácil para as oito velocistas finalistas correr na casa dos 10,0 segundos, mesmo que no Gráfico 4 se observa que onze delas conseguiram baixar dos 11,0 segundos.

Tabela 4. Número de atletas finalistas com marcas na casa dos 10,0 segundos, na prova de 100 rasos feminino, nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo

    Neste sentido na Tabela 4 pode-se perceber que na sétima das edições do Campeonato Mundial de Atletismo, disputado na cidade de Sevilha, Espanha, entre 20 e 29 de agosto de 1999, seis das oito primeiras colocadas conseguiram correr na casa dos 10,0 segundos, sendo esta a edição em que mais atletas baixaram dos 11,0 segundos, enquanto que na décima primeira edição, disputada na cidade de Osaka, Japão, entre 24 de agosto e 02 de setembro de 2007, nenhuma atleta conseguiu uma marca abaixo dos 11,0 segundos.

Tabela 4. Número de atletas finalistas com marcas na casa dos 10,0 segundos, na 

prova de 100 rasos feminino, nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo

    Como dado interessante os únicos três países que conseguiram medalhas de ouro e prata na mesma competição foram a Alemanha Oriental, na primeira e segunda edições, os Estados Unidos, na sétima edição, e a Jamaica, na décima segunda edição do Campeonato Mundial de Atletismo.

    No Gráfico 5 são apresentados os resultados médios das oito velocistas primeiras colocadas nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Observa-se que apenas em duas das doze edições (1999 e 2009) as oito velocistas finalistas conseguiram um resultado médio na casa dos 10,0 segundos. Este fato justifica-se principalmente por terem colocadas seis e quatro atletas respectivamente com marcas abaixo dos 10,0 segundos em Sevilha (1999) e na Alemanha (2009) (Tabela 4).

    O melhor resultado médio das oito velocistas finalistas na sétima edição justifica-se pelo número elevado de atletas que conseguiram uma marca abaixo dos 11,0 segundos, além do bom tempo conseguido pela velocista norte americana Marion Jones, com 10,70 segundos, estabelecendo assim o recorde do campeonato nesta edição que dura até hoje.

    Ao analisarmos a atuação dos países com atletas vencedoras da prova de 100m rasos feminino, nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo, observa-se que os Estados Unidos foi o país que mais medalhas conquistou com treze (36,11%), de um total de 36(Gráfico 6). A seguir, na segunda posição a Jamaica com oito medalhas (22,22%), a extinta Alemanha Oriental com quatro medalhas (11,11%) ficou na terceira posição e, por último, Ucrânia e Bahamas com três medalhas (8,33%) compartiram a quarta posição. Outros quatro países neste Gráfico como Grécia, Alemanha, Rússia e França, totalizaram cinco medalhas (13,81%). Enfim, se evidencia uma supremacia dos Estados Unidos na prova de 100m rasos feminino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Porém, as atletas norte americanas estiveram ausentes do pódio na segunda edição e na oitava edição do Campeonato Mundial de Atletismo. Em Roma, Itália, as velocistas norte americanas apenas conseguiram uma quarta posição por meio de Diane Williams com um tempo de 11,07 segundos e, outra oitava posição por meio de Pam Marshall com um tempo de 11,19 segundos. É importante salientar que nesta edição as velocistas da Alemanha Oriental conquistaram as medalhas de ouro e prata. Por outro lado, em Edmonton, Canadá, a melhor colocação das velocistas norte americanas foi por meio da quarta posição de Chryste Gaines com um tempo de 11,06 segundo, pois as outras duas velocistas norte americanas que participaram desta final foram desclassificadas.

    Ao analisarmos a atuação dos países por grupos de áreas continentais vemos que as 36 medalhas disputadas nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo foram distribuidas somente em duas áreas:

1.     América do Norte e Central;

2.     Europa

    Evidentemente, nota-se uma hegemonia das velocistas da América do Norte e Central, pois três destes países, Estados Unidos, Jamaica e Bahamas, totalizaram em total 24 medalhas das 36 disputadas(Gráfico 6). Dentre os países que representaram a Europa nestas edições do Campeonato Mundial de Atletismo, na prova de 100m rasos feminino, estão a extinta Alemanha Oriental, a Ucrânia, a Grécia, a Alemanha, a Rússia e a França. Estes países totalizaram 12 medalhas.

Análises comparativas das atuações dos atletas e países por áreas continentais nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo na prova de 100m rasos para os sexos femininos e masculinos

    Se compararmos os resultados na prova de 100m rasos masculino e feminino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo apresentados nas Tabelas 1 e 4, podemos constatar que os resultados das velocistas foram menos expressivos. Por exemplo, enquanto os velocistas tiveram três quebras do recorde do mundo, duas quebras do recorde dos campeonatos e uma quebra de recorde de área, as velocistas no período de 1983 até 2009, apenas três recordes de campeonato quebraram, isto é, na segunda edição, por meio da velocista Silke Gladisch-Möller representando a Alemanha Oriental, com o tempo de 10,90 segundos, na quarta edição, por meio da velocista norte americana Gail Devers, com o tempo de 10,82 segundos e na sétima edição, por meio da também velocista norte americana Marion Jones, com a marca de 10,70 segundos. É importante salientarmos que o recorde mundial desta prova na atualidade pertence à velocista norte americana Florence Griffith-Joyner, com o tempo de 10,49 segundos, que foi estabelecido em 16 de julho de 1988, em Indianápolis, nas classificações para as Olimpíadas de Verão que aconteceriam em Seul, na Coréia do Sul neste mesmo ano.

    Como já foi dito anteriormente, a supremacia dos velocistas dos Estados Unidos na prova de 100m rasos em todas as edições do Campeonato Mundial de Atletismo é completamente evidente, sendo que eles não conquistaram nenhuma medalha apenas na quinta e na nona edição do Campeonato Mundial de Atletismo, enquanto as velocistas norte americanas também estiveram ausentes do pódio na segunda e oitava edições. Porém, se juntarmos estes resultados, podemos constatar que em nenhuma das doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo, somando os resultados das provas de 100 metros rasos masculinos e femininos, os velocistas norte americanos deixaram de ganhar medalhas. Se separarmos os resultados por gênero, podemos dizer que, os Estados Unidos deixou de levar atletas ao pódio na prova de 100 metros rasos nestas edições, mas se somarmos os resultados masculinos e femininos, constata-se que os velocistas norte americanos ganharam ao menos uma medalha nesta prova nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo.

    Esta supremacia fica ainda mais evidente se considerarmos que apenas os atletas norte americanos conseguiram o melhor resultado em mais de uma edição do Campeonato Mundial de Atletismo por meio dos velocistas Lewis (primeira, segunda e terceira edição) e Greene (sexta, sétima e oitava edição) no masculino (Tabela 1). Já no sexo feminino este mérito correspondeu à também velocista norte americana Jones (sexta e sétima edição) (Tabela 3).

    No Gráfico 7 apresentamos a dinâmica comparativa dos resultados na prova de 100m rasos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo para os atletas dos sexos feminino e masculino.

    Como dado interessante neste gráfico, podemos perceber a dinâmica lineal dos resultados, tanto no sexo masculino quanto no feminino, o que significa que os velocistas que foram vencedores desta prova sempre mantiveram um resultado próximo à média geral dos doze finalistas, de = 10,87 segundos para o sexo feminino e = 9,98 segundos para o sexo masculino. Neste sentido, observa-se uma maior homogeneidade dos resultados para as velocistas campeãs destas edições S=0,10 com um coeficiente de variação (CV) de apenas 0,9%, quando comparada com os velocistas campeões S=0,12 com um CV= 1,21%. Por outro lado, ainda nota-se maior homogeneidade das oito velocistas primeiras colocadas S=0,07 com um CV=0,63% quando comparada com as oscilações dos oito velocistas primeiros colocados S=0,29 com um CV=2,86% (Tabela 6).

Tabela 6. Oscilações nos resultados dos velocistas finalistas e dos oito primeiros colocados 

nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo para os sexos masculino e feminino

    Enfim, os resultados dos velocistas do sexo masculino foram mais dispersos do que os obtidos pelas velocistas.

    Por outro lado, observa se que na prova de 100m rasos femininos, apenas na décima primeira edição do Campeonato Mundial de Atletismo o resultado da velocista campeã esteve na casa dos 11,0 segundos. Entretanto, vale ressaltar que esta foi a única edição do Campeonato Mundial de Atletismo em que todas as velocistas finalistas fizeram um tempo acima de 11,0 segundos, pois em todas as outras edições ao menos uma das velocistas correu na casa dos 10,0 segundos

    Já nos 100m rasos masculinos, as duas únicas edições em que o primeiro velocistas colocado correu, na casa dos 10,0 segundos foram na primeira edição por meio do velocista norte americano Lewis (10,07 segundos) e na nona edição por meio do velocista Collins, de São Cristovão e Neves com igual tempo. Fato interessante é que estas foram as duas únicas edições do Campeonato Mundial de Atletismo em que nenhum atleta conseguiu correr na casa dos 9,0 segundos, pois em todas as outras dez edições ao menos um velocista correu na casa dos 9,0 segundos.

    O Gráfico 8 mostra a comparação entre os resultados médios dos oito velocistas finalistas na prova de 100m rasos masculino e feminino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Ao analisarmos este gráfico percebe se que tanto as velocistas quanto os velocistas tiveram resultados médios bastante lineares. No entanto, a margem de oscilação entre os tempos mínimos e máximos dos velocistas foi de 0,16 centésimas de segundos, superior ao das mulheres. Como conseqüência, nota-se uma grande diferença nos coeficientes de variação segundo os resultados mostrados na Tabela 6.

    Observa- se que apenas na sétima e na décima segunda edição do Campeonato Mundial de Atletismo as velocistas obtiveram uma média que ficou na casa dos 10,0 segundos. Este fato pode ser explicado devido ao grande número de atletas que conseguiram correr na casa dos 10,0 segundos, isto é, seis atletas na sétima edição e quatro atletas na décima segunda edição. Porém, na quarta edição do Campeonato Mundial de Atletismo, quatro atletas também conseguiram correr na casa dos 10,0 segundos, e mesmo assim, a média desta edição ficou na casa dos 11,0 segundos.

    Por outro lado, os resultados dos velocistas apresentaram uma linearidade nos resultados apenas a partir da terceira edição do Campeonato Mundial de Atletismo. Na primeira edição a média foi consideravelmente maior do que da terceira edição em diante, sendo que nesta edição nenhum atleta correu na casa dos 9,0 segundos, e a melhor marca foi de 10,07 segundos, sendo que todas as outras marcas foram acima da marca dos 10,20 segundos, o que gerou uma média geral de 10,26 segundos.

    Já na segunda edição do Campeonato Mundial de Atletismo, a marca registrada no Gráfico 8 está muito acima da média se comparada as outras edições, igualando-se até mesmo aos resultados médios obtidos nos 100m rasos feminino. Este fato pode ser explicado devido ao tempo conseguido pelo sétimo colocado, isto é, o do italiano Pierfrancesco Pavoni o qual fez um péssimo tempo de 16,23 segundos

    A terceira, sétima e décima segunda edição do Campeonato Mundial de Atletismo foram as únicas em que a média dos velocistas foi na casa dos 9,0 segundos. Na terceira edição, este fato se explica ao grande número de atletas que obtiveram uma marca abaixo da casa dos 10,0 segundos, nesta edição foram seis velocistas. Na sétima edição, apenas três velocistas conseguiram marcas na casa dos 9,0 segundos, porém a primeira e a segunda marcas foram significativamente abaixo da casa dos 10,0 segundos, enquanto as marcas que foram acima desta casa não ultrapassaram mais do que 0,1segundo, com exceção do último colocado. Tudo isto contribuiu para que a média geral nesta edição fosse de = 9,99 segundos.

    Já na décima segunda edição, a melhor média geral de todas as edições do Campeonato Mundial de Atletismo se deve ao fato de que cinco corredores conseguiram marcas na casa dos 9,0 segundos, além disso, o tempo do jamaicano Bolt foi muito superior ao da média, estabelecendo um novo recorde mundial com a marca de 9,58 segundos, contribuindo para uma média geral de = 9,91segundos.

    Na Tabela 7 ao analisarmos a atuação dos países por grupos de áreas continentais, vemos que somando as 72 medalhas disputadas nos 100m rasos masculino e feminino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo foram distribuidas somente em duas áreas:

1.     América do Norte e Central;

2.     Europa

Tabela 7. Países com mais medalhas conquistadas na prova de 100m rasos masculino e feminino nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo

    Evidentemente, nota-se uma hegemonia dos atletas velocistas da América do Norte e Central, com destaque para os Estados Unidos, com 30 medalhas (41,66%), seguido pela Jamaica com 13 medalhas (18,05%), Canadá, Bahamas, Reino Unido e a extinta Alemanha Oriental com 4 medalhas cada (5,55%), Trinidad e Tobago e Ucrânia com 3 medalhas cada (4,16%), São Cristovão e Nevis e Grécia com 2 medalhas cada (2,77%) e Rússia, França e Alemanha com 1 medalha cada (1,38%).

    Estados Unidos, Jamaica, Canadá, Bahamas, Trinidad e Tobago e São Cristovão e Nevis pertencem a área da América do Norte e Central, enquanto Reino Unido, Alemanha Oriental, Ucrânia, Grécia, Alemanha, Rússia e França pertencem a área da Europa. Dado interessante é que os países da área da América do Norte e Central possuem seis países que foram medalhistas em todas as edições do Campeonato Mundial de Atletismo, enquanto a Europa possui sete países medalhistas, um a mais do que as américas. Ainda assim, os países da América do Norte e Central possuem 56 medalhas (77,74%) de um total de 72 medalhas disputadas em todas as edições nos 100m rasos masculino e feminino, enquanto os países europeus, mesmo com um país medalhista a mais do que as américas possuem apenas 16 medalhas (22,26%) do total.

    Portanto, é inquestionável a supremacia esmagadora dos países da América do Norte e Central na prova de 100 metros rasos masculino e feminino no Campeonato Mundial de Atletismo, com destaque especial aos Estados Unidos.

    Finalmente, corrobora se que os velocistas superaram a atuação das velocistas, pois os primeiros conquistaram oito títulos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo e totalizaram dezzesete medalhas, enquanto as mulheres conquistaram seis títulos e totalizaram treze medalhas.

Considerações finais

    A investigação científica sobre estes dados históricos sem sombra de dúvidas enriquece o conhecimento da Educação Física acerca do Atletismo, podendo trazer benefícios para o tratamento metodológico dos conteúdos desde uma perspectiva histórica. Podemos perceber que os resultados nesta prova tenderam a melhorar ao longo do tempo, o que implica uma grande probabilidade de muitos recordes poderem ser quebrados nas futuras edições, evidenciando a capacidade de superação e a força de vontade dos seres humanos e dos novos atletas de amanhã.

    É importante salientarmos que a dominância evidente dos atletas norte americanos, tanto no sexo masculino quanto no feminino, na prova de 100m rasos do Atletismo, transparecem a idéia de um problema social relacionado à prática esportiva.

    Enquanto que os Estados Unidos foi o maior representante no quadro geral de medalhas, o Brasil nem se quer aparece neste quadro, sendo que a única representação nos resultados gerais dos 100m rasos, isto é, somando os resultados masculinos e femininos, foi a de Robson Caetano da Silva, com um tempo de 10,12 segundos, chegando em sétimo lugar na terceira edição do Campeonato Mundial de Atletismo, realizado em Tóquio, Japão, entre 23 de agosto de 01 de setembro de 1991. Enquanto o brasileiro chegava na sétima posição, nesta mesma edição o ilustre velocista norte americano Lewis foi o vencedor, definindo um novo recorde mundial, com o tempo de 9,86 segundos.

    Por outro lado, podemos perceber que a dominância dos atletas norte americanos sobre esta prova também ofusca a participação das outras áreas continentais que aparecem nas análises, que são a América Central e a Europa.

    Se considerarmos que as primeiras edições do Campeonato Mundial de Atletismo aconteceram ainda na época da guerra fria, onde ainda existia também o muro de Berlim, vale ressaltar que a Alemanha Oriental, representante da Europa na divisão de países por áreas continentais, apresentou resultados expressivos na prova de 100m rasos femininos nas primeiras duas edições, conseguindo as medalhas de ouro e prata respectivamente em ambas as edições, em 1983 e 1987. Já na terceira edição, uma atleta alemã conseguiu a medalha de ouro, pois com a queda do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha em 1990, a divisão entre Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental não mais existia, porém até este ponto se evidenciou uma supremacia das velocistas alemãs na prova de 100m rasos feminino.

    Após estas três primeiras edições do Campeonato Mundial de Atletismo, percebe-se uma aparição altamente expressiva de uma supremacia das velocistas norte americanas, que venceram as próximas quatro edições, perderam na oitava edição para a ucraniana Zhanna Pintusevich, e venceram novamente a nona e décima edições do Campeonato Mundial de Atletismo. Foi só a partir de 2007, na décima primeira edição, que as velocistas norte americanas perderam sua hegemonia para dar lugar as velocistas jamaicanas, que venceram as duas últimas edições realizadas do Campeonato Mundial de Atletismo.

    Já na prova de 100m rasos masculino, a supremacia é avassaladora. Aqui vale ressaltarmos que nenhum outro país, de qualquer outra área continental, conseguiu vencer a prova em duas edições consecutivas, o único país a conseguir tal feito foi os Estados Unidos, que venceu as três primeiras edições do Campeonato Mundial de Atletismo por meio do velocista Lewis, depois a sexta, sétima e oitava edições consecutivas por meio do também velocista norte americano Greene, e novamente a décima e décima primeira edições, consecutivas por meio de Gatlin e Gay. Os outros países que conseguiram um atleta vencedor na prova de 100m rasos masculino apenas aparecem de forma isolada entre os campeonatos, com os velocistas Linford Christie do Reino Unido, na quarta edição, o velocista canadense Bailey na quinta edição, o velocista Collins de São Cristóvão e Nevis na nona edição, e por fim o velocista jamaicano Bolt na décima segunda edição.

    Em relação à quebra de recordes nas edições do Campeonato Mundial de Atletismo, os velocistas norte americanos mais uma vez dominaram. No sexo masculino, eles quebraram dois recordes mundiais, com Lewis em 1987 e 1991, e dois recordes do campeonato, com Greene em 1997 e 1999. Outras atuações neste aspecto ficaram por conta do atleta do Reino Unido Linford Christie, que quebrou o recorde continental europeu em 1993, e o jamaicano Bolt que quebrou o recorde mundial em 2009. Entretanto, na prova de 100m rasos femininos, as velocistas norte americanas conseguiram apenas duas quebras de recorde do campeonato, com Gail Devers em 1993 e Marion Jones em 1999. Outras participações ficam por conta apenas da atleta da extinta Alemanha Oriental, Silke Gladisch-Möller, que também havia quebrado o recorde do campeonato anteriormente, em 1987.

    Vale lembrarmos de que o recorde mundial para esta prova pertence até hoje à norte americana Florence Griffith-Joyner, e foi estabelecido em 16 de julho de 1988 em Indianápolis, fora de qualquer uma das edições do Campeonato Mundial de Atletismo, sendo que esta marca jamais conseguiu ser superada em qualquer outra competição oficial de Atletismo.

    Resumindo a análise feita às atuações dos atletas velocistas neste artigo, podemos dizer que a supremacia dos atletas dos Estados Unidos é uma realidade nos sexos masculinos e femininos nas doze edições do Campeonato Mundial de Atletismo.

Referências bibliográficas

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  • CBAT: Confederação Brasileira de Atletismo: Regras Oficiais 2010/2011 – Edição oficial para o Brasil (disponível em http://www.cbat.org.br/regras/regras_oficiais_2010_2011.pdf), acesso em 09 de outubro de 2009.

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  • Wikipédia: A enciclopédia livre. Artigo: Campeonato Mundial de Atletismo, (disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Mundial_de_Atletismo), acesso em 5 de outubro de 2009.

Anexo

Legenda

WR: Recorde Mundial (World Record)

AR: Recorde de Área (Area Record)

CR: Recorde dos Campeonatos (Championship Record)

NR: Recorde Nacional (National Record)

PB: Recorde Pessoal do Atleta (Personal Best)

SB: Recorde da Temporada do Atleta (Season Best)

WL: Melhor Marca da Temporada (World Leading)

DNS: Não largou (Did Not Start)

DNF: Não terminou (Did Not Finish)

DSQ: Desclassificado (Disqualified)

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