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Aspectos morfológicos relacionado à saúde 

em indígenas da etnia Suruí-Paiter, Rondônia

Aspectos morfológicos relacionados con la salud en indígenas de la etnia Suruí-Paiter, Rondonia

 

*Mestrando. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, RO

**Doutor. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN

(Brasil)

César Ricardo Lamp*

crlamp@ig.com.br

Paulo Moreira Silva Dantas**

pgdantas@terra.com.br

 

 

 

Resumo

          Estudar aspectos morfológicos dos povos indígenas se torna interessante em virtude de compreender as modificações orgânicas na qual o ser humano está sempre exposto, sejam elas por condições ambientais ou decorrentes do estilo de vida. Portanto, objetivou-se analisar o perfil morfológico relacionando a aspectos de saúde em 54 índios voluntários, adultos, de ambos os gêneros, da etnia Suruí-Paiter, localizados em duas aldeias no sudoeste da Amazônia, Estado de Rondônia. Utilizou-se como procedimento metodológico a pesquisa descritiva onde se realizou a avaliação da composição corporal no que tange aos níveis e distribuição da gordura corporal. Constatou-se que a amostra apresentou valores moderados de massa corporal e baixa estatura em comparação com a média da população brasileira, no entanto, apresentando semelhança com outras etnias indígenas. Também verificou-se que tanto homens quanto mulheres apresentam um acúmulo de gordura na região visceral (tronco) estando mais propícios ao desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares. Assim, homens e mulheres desta etnia indígena ao analisar aspectos morfológicos apresentam alguns alertas relacionados ao desenvolvimento de certos distúrbios de saúde.

          Unitermos: Índios. Morfologia. Saúde.

 

Comitê de Ética: Comitê de Ética do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – Protocolo nº 182/09

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 142 - Marzo de 2010

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Introdução

    O interesse em se estudar os aspectos morfológicos dos povos indígenas tem aumentado, em virtude de sua história e cultura, pois desperta a curiosidade em entender e relacionar seus hábitos culturais, alimentares e do cotidiano com as características físicas e morfológicas, buscando compreender as modificações orgânicas na qual o ser humano está sempre exposto, sejam elas por condições ambientais ou decorrentes do estilo de vida.

    Atualmente, o que se tem visto é que as sociedades indígenas estão passando por mudanças sócio-culturais uma vez que possuem um contato mais permanente com a sociedade nacional. Isso certamente acarreta mudanças no modo de viver, pois as culturas indígenas não são estáticas, embora estas mudanças decorrentes da influência de uma cultura diferente podem alcançar escalas preocupantes (MINDLIN, 1985).

    No entanto, a compreensão de saúde muitas vezes é confundida com a busca de um corpo perfeito, onde equivocadamente temos a idéia de que saúde é uma determinada espécie de corpo e estilo de vida, em vez de uma sensação inerente de força e bem-estar. Além disso, a afirmação de que saúde não é a ausência de doença, mas sim uma centelha que brilha do âmago da pessoa para o exterior, é explicada quando a Organização Mundial de Saúde conceituou saúde com sendo um bem estar físico, psíquico e social, interpretando a mesma com abrangência de aspectos mais sutis da vida, relacionando o desequilíbrio destes fatores como geradores da doença física, e não apenas aquela visão materialista de saúde e doença adotado pela cultura social (ROMM, 1999).

    Portanto, dentro da concepção de saúde não basta apenas não estar doente para ter saúde, é preciso apresentar evidências ou atitudes que afastem ao máximo os fatores de risco que possam provocar doença (GUISELINI, 2006).

    Quando se discute o processo saúde-doença, algumas enfermidades envolvem os aspectos morfológicos, sendo assim, é importante considerar que cada povo indígena tem suas próprias concepções, valores e formas de vivenciar a saúde, a doença, a nutrição, a desnutrição e a obesidade. Além disso, a percepção do que é saúde é construída socialmente, variando em cada contexto cultural. E as concepções de corpo são também culturalmente elaboradas e são comumente muito distintas entre povos diferentes (SAÚDE, 2005).

    Assim, o estudo dos componentes do corpo no que se refere a quantidade e distribuição de tecido adiposo, possibilita associar a determinadas doenças em ascensão, podendo agir na prevenção após diagnosticada.

    Portanto, estimar a composição corporal, mais especificamente o componente gordura corporal, bem como estudar a estrutura física, é importante, pois, possibilita identificar riscos associados à saúde, bem como monitorar mudanças decorrentes da idade (HEYWARD e STOLARCZYK, 2000).

    Estudar a cineantropometria é estar envolvido com mensurações e avaliação de diversos aspectos do homem em movimento e com as suas características físicas individuais ou coletivas (Beunem, 1990). Na qual, é uma ciência integrante de várias áreas de conhecimento científico, dentre elas a antropologia física, com finalidade de auxiliar na compreensão, sem preconceitos e aberta a diálogos, da busca da sistematização da cultura do movimento humano nas suas diversas manifestações (PETROSKI, 1995).

    Neste caso, o processo evolutivo da espécie humana motivada pelas questões genéticas e fenotípicas, das quais surgiram as semelhanças e diferenças relacionados a forma, tamanho, proporções, constituição e função, podem ser verificadas quando estudadas de maneira mais detalhada, levando em consideração aspectos culturais e sociais, bem como verificando as medidas corporais através da antropometria (MICHELS, 2000).

    Assim, medir o Ser Humano através de teste que visem mensurar a aptidão física é uma prática necessária e tão importante na promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida, além de imprescindível na estratificação do risco geral e cardiovascular (HESPANHA, 2004).

    Com base nisso, tem-se por objetivo no presente trabalho relacionar o perfil antropométrico da população em estudo com questões voltadas a saúde e bem estar físico do indivíduo para que possam desempenhar suas atribuições diárias de uma maneira mais eficaz, longe do desenvolvimento de doenças, apresentando então um quadro de aptidão física com relação a composição corporal relacionado à saúde (GLANER, 2002).

    Neste caso, então, por estarmos interessados nas variações incessantes dos seres vivos, analisando as alterações no decorrer do ciclo evolutivo, destacamos os aspectos dos componentes morfológicos voltado a sua compreensão e a fatos relacionados ao bom funcionamento orgânico e suas interferências no cotidiano, objetivando analisar o perfil morfológico relacionado à saúde dos indígenas da etnia Suruí-Paiter, adultos, de ambos os sexos.

Procedimentos metodológicos

    Utilizou-se a pesquisa descritiva, de cunho transversal e de levantamento, realizando a avaliação da antropometria (dobras cutâneas, circunferências e estatura) e da composição corporal (massa corporal, percentual de gordura, distribuição da gordura corporal, índice relação cintura-quadril e índice da massa corporal) por meio da análise da gordura corporal e suas possíveis conseqüências a saúde indígena.

Amostra

    Para a realização deste estudo, a amostra foi composta por 54 índios voluntários, de ambos os gêneros, da etnia Suruí-Painter, localizados na linha 14, no Parque Índigena Aripuanã, Estado de Rondônia, mais especificamente nas aldeias Placa e Gamir. A inclusão dos sujeitos no estudo ocorreu por desejo em participar do experimento, porém todos deveriam ser índios e pertencentes a etnia Suruí-Painter.

Procedimento para coleta dos dados

    Assim, a composição corporal foi avaliada pela técnica de espessura do tecido subcutâneo. Três medidas foram tomadas em cada ponto, em seqüência rotacional, do lado direito do corpo, conforme convencionado, sendo utilizada então a média das referidas aferições. Foram aferidas dez espessuras de dobras cutâneas em pontos anatômicos específicos e padronizados pela Sociedade Internacional para o Avanço da Cineantropometria (ISAK, 2000), tais como: bíceps, tríceps, peitoral, subescapular, supra-espinal, supra-ilíaca, abdominal, axilar-médio, coxa e perna medial (ISAK, 2001). O instrumento utilizado foi um compasso de dobras cutâneas (plicômetro) da marca Cescorf, com precisão de 0,1 mm. As medidas de espessura das dobras cutâneas, massa corporal e estatura foram aferidas sempre pelo mesmo avaliador, com ampla experiência na realização de medidas antropométricas.

    Dentre as inúmeras equações existente envolvendo espessura de dobras cutâneas, e nenhuma específica para a população indígena, optou-se por envolver o somatório de 10 (dez) dobras cutâneas, bem como a utilização o protocolo de Jackson e Pollock de 7 dobras para a densidade corporal e posteriormente a fórmula de Siri, baseando-se nos valores de densidade corporal preditos pela equação.

    Os valores equivalentes ao IMC foram calculados, considerando-se a razão entre as medidas do peso corporal e o quadrado da medida da estatura. Para a determinação da estatura utilizou-se estadiômetro com escala de medida de 0,1 cm, e para a verificação da massa corporal, balança antropométrica, da marca Filizola, com definição de 100g.

    Para se chegar aos resultados de relação cintura-quadril, índice de conicidade foram necessárias as coletas das circunferências da cintura, mensurada com o avaliador de pé, abdômen relaxado, no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela e fita no plano horizontal. Já o quadril o avaliado permanece de pé, pés juntos e glúteos contraídos, colocando a fita da marca Sanny, com precisão de 0,1 cm, no plano horizontal no ponto de maior massa muscular das nádegas (FERNANDES FILHO, 2003).

    O índice de conicidade (IC) é calculado através das medidas do perímetro da cintura e da estatura expressas em metros, e da massa corporal, consignado em quilogramas. A equação matemática para obtenção do valor do IC é a divisão da circunferência da cintura, pela multiplicação da raiz quadrada do peso dividido pela estatura com o valor da constante 0,109 que resulta da conversão de unidade de volume e massa em unidade de comprimento (PITANGA, 2004a; b; GUEDES e GUEDES, 2006).

    A distribuição de gordura na região de tronco ou extremidades foi obtida através da coleta de oito medidas de dobras cutâneas, sendo essas divididas em quatro dobras da região do tronco (Subescapular, axilar-médio, supra-ilíaca, abdominal) e quatro dobras da região dos membros (tríceps, bíceps, coxa, panturrilha). Onde posteriormente, soma-se as espessuras das dobras de tronco e divide pelo somatório das espessuras das dobras de membros, cujo valores superiores a 1,0 para homens e 0,8 para mulheres indicam maior acúmulo de tecido adiposo no tronco do que nos membros.

    Cabe salientar, que os procedimentos de coleta dos dados referenciados neste item, foram realizados em três dias consecutivos, todos no período da manhã, porém a coleta dos dados tinha início e fim no mesmo período.

Procedimento estatístico

    Para a análise do perfil da amostra recorreu-se aos procedimentos da estatística descritiva, média e desvio padrão para dados paramétricos, e mediana para os com distribuição não paramétrica, sempre relatando e descrevendo as eventuais características encontradas nos gêneros estudados.

Aspectos éticos

    O presente estudo insere-se no programa que o CEULJI/ULBRA desenvolve visando contribuir em aspectos relacionados a saúde das populações indígenas. Portanto, antes de dar início à coleta de dados dos índios das aldeias Placa e Gamir da etnia Suruí-Paiter, localizadas na linha 14, no Parque Índigena Aripuanã, Estado de Rondônia, foram explicados e explanados o objetivo do trabalho e os procedimentos a serem adotados, ficando bem explícito o caráter voluntário da participação e a liberdade de o indivíduo deixar de participar a qualquer momento que desejasse, bem como o fato de não inferir na integridade física e moral dos mesmos. A equipe do projeto comprometeu-se de voltar para divulgação e explicação dos resultados do estudo para a comunidade. Ressalta-se que as autorizações obtidas foram por parte das lideranças indígenas, da comunidade e da Fundação Nacional do Índio, na qual havia funcionário presentes acompanhando a coleta dos dados, bem como a autorização do Comitê de Ética em pesquisas com seres humanos do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – RO, protocolado no mesmo com o número 182/09. Não houve recusa na participação do projeto por nenhum dos indígenas.

Resultados e discussão

    Buscando analisar o perfil desta população em estudo, inicia-se descrevendo aspectos referentes à idade, massa corporal e estatura, demonstrados na tabela 1. Nisso, observa-se que se trata de uma população com média de idade adulta jovem, mai especificamente no período de fixação. (GALAHUE, 2005).

Tabela 1. Resultados de idade, massa corporal e estatura de indígenas da etnia Suruí

Variável

Sexo

n

Média ± DP

Mediana

Mínimo

Máximo

Variância

Idade

Masculino

13

36,6 ± 11,9

43,0

20,0

49,0

140,9

 

Feminino

41

34,4 ± 16,7

33,0

18,0

79,0

279,1

MC

Masculino

13

69,4 ± 11,6

64,0

56,0

94,0

134,2

 

Feminino

41

60,5 ± 10,4

60,0

43,0

86,0

108,2

Estatura

Masculino

13

160,9 ± 4,9

160,0

152,0

170,2

24,1

 

Feminino

41

149,0 ± 6,1

148,0

139,0

167,0

37,7

MC (Massa Corporal); DP (Desvio Padrão); * Valores da Mediana

    As variáveis massa corporal e estatura são utilizadas como base de cálculos para a descoberta de outras variáveis, bem como, melhores empregadas e comentadas no decorrer do texto para entendimento da proporção e distribuição dos componentes corporais. Mas, pode-se comentar quanto a estatura que a amostra apresentou baixa estatura, o que não nos surpreende, pois estudos anteriores já havia constatado em mais de uma etnia estes resultados, embora haja etnia com uma estatura de grande a médio porte. Relaciona-se esta baixa estatura a disfunções nutricionais acometidas na infância, tal como a desnutrição energético-protéica atingindo então as fases do ciclo de vida da infância ao envelhecimento (COIMBRA Jr. e SANTOS, 1991; SANTOS, 1993; CAPELLI e KOIFMAN, 2001; RIBAS, SGANZERLA et al., 2001; COIMBRA Jr., FLOWERS et al., 2002; MORAIS, FAGUNDES NETO et al., 2003; WEISS, 2003; LEITE, SANTOS et al., 2006). E alguns estudos e dados coletados demonstram que os povos indígenas tendem a apresentar a massa corporal e estaturas inferiores à população referência (SAÚDE, 2005).

    Ainda com relação ao citado anteriormente, os genes determinam nosso potencial para a determinação de várias características estruturais, como a estatura que é fortemente influenciada pelos genes embora a dieta e outros fatores ambientais desempenham um grande papel na expressão do potencial genético (SKINNER, 2002; KATCH, KATCH et al., 2003).

Tabela 2. Resultados de variáveis referentes à gordura corporal de indígenas da etnia Suruí

Variável

Sexo

N

Média ± DP

Mediana

Mínimo

Máximo

Variância

IMC

Masculino

13

26,7 ± 3,6

27,0

21,91

32,45

12,8

 

Feminino

41

27,2 ± 4,1

26,5

19,56

35,61

16,7

IRCQ

Masculino

13

0,93 ± 0,06

0,92

0,82

1,00

0,003

 

Feminino

41

0,90 ± 0,09

0,90

0,76

1,19

0,008

IC

Masculino

13

1,24 ± 0,06

1,25

1,12

1,31

0,003

 

Feminino

41

1,24 ± 0,08

1,23

1,07

1,46

0,007

DC

Masculino

13

1,06 ± 0,02

1,07

1,02

1,09

0,000

 

Feminino

41

1,04 ± 0,01

1,04

1,02

1,06

0,000

%G

Masculino

13

15,7 ± 9,5

11,1

2,74

34,21

90,8

 

Feminino

41

26,6 ± 4,7

27,7

15,53

33,95

22,4

DG

Masculino

13

2,1 ± 0,5

2,2

1,5

3,0

0,220

 

Feminino

41

1,6 ± 0,4

1,7

0,9

2,8

0,157

Soma DC

Masculino

13

148,4 ± 47,4

129,0

67,3

228,9

2250,0

 

Feminino

41

182,1 ± 40,8

187,0

92,0

255,1

1667,9

DP (Desvio Padrão); IMC (Índice de Massa Corporal); IRCQ (Índice de Relação Cintura-Quadril); IC (Índice de Conicidade); DC (Densidade Corporal);

%G (Percentual de Gordura); DG (Distribuição de Gordura); Soma DC (Somatório das 10 dobras cutâneas); * Valores da Mediana.

    Conforme observa-se quanto ao perfil de distribuição de gordura, observa-se que tanto homens quanto mulheres apresentam semelhança (Tabela 2), sendo caracterizado como um formato parecido a de um duplo cone com uma base comum, bem como uma maior concentração de gordura na região do tronco, após analisado as variáveis índice de conicidade e distribuição de gordura, significando que o perfil morfológico do corpo humano apresenta maior concentração de gordura na região central, associando assim, a fatores de riscos à doenças ou disfunções cardiovasculares e metabólicas (BOUCHARD, 1991; DESPRÉS e POULIOT, 1991; PITANGA, 2004a; b; GUEDES e GUEDES, 2006). Embora, estudos realizados anteriormente mostravam que, especialmente em relação aos fatores de risco cardiovasculares, os povos indígenas, quando comparados aos caucasianos, apresentavam baixos riscos de doenças crônicas não transmissíveis (PAZZANESE, RAMOS et al., 1964; CDCDM, 2003; STORY, STEVENS et al., 2003).

    No entanto, o fato desse baixo risco era atribuído ao tipo de alimentação desses indígenas, baseada em grande parte na mandioca e outros tubérculos, peixe, amendoim, milho, mel, banana e outras frutas silvestres (PAZZANESE, RAMOS et al., 1964). Atualmente com o ingresso progressivo do sal comum, do açúcar e do óleo de cozinha (responsável pela ingestão freqüente de frituras), bem como o consumo de outros alimentos não tradicionais para esta população como massas, bolachas e arroz, decorrentes do processo de interferência do não índio, algumas conseqüências e alterações podem ser percebidas, concorrendo assim, para o aumento do número de indivíduos com excesso de peso (GIMENO, 2007).

    Contudo, principalmente em função das mudanças provocadas pelo processo de “ocidentalização”, esses grupos populacionais sofreram rápida mudança no perfil de morbi-mortalidade, tornando-se mais susceptíveis às doenças cardiovasculares e ao diabetes mellitus, mostrando um certo aumento na porcentagem de indivíduos com as referidas doenças em função do processo de crise de identidade e de mudanças de hábitos (PAZZANESE, RAMOS et al., 1964; CARVALHO, BARUZZI et al., 1989; CARDOSO, MATTOS et al., 2001; CDCDM, 2003; STORY, STEVENS et al., 2003; LIAO, TUCKER et al., 2004).

    Porém, existe a preocupação por parte dos povos indígenas, quanto as doenças crônico-degenerativas, em virtude dos últimos dez anos terem ocorridos óbitos por problemas de acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, colesterol alto, hipertensão e obesidade (BANKOFF, CRUZ et al., 2002).

    Associado ao resultado do índice de conicidade, confirma-se o achado na variável distribuição de gordura corporal, onde pode-se constatar que ambos os sexos apresentam maior acúmulo de gordura corporal na região abdominal, o que demonstra que as mulheres embora possuam características de obesidade periférica ou tipo ginóide, com concentração de gordura predominantemente na região do quadril, coxas e nádegas, apresentam também a obesidade central (visceral), com maior risco para a saúde decorrente da deposição de gordura na área abdominal.

    Os depósitos viscerais internos podem resultar da lipólise exuberante desse tecido com a estimulação das catecolaminas. A gordura acumulada nessa área mostra maior responsividade biológica que a gordura localizada nas regiões glúteas e femorais estimulando mais prontamente os processos que causam doenças cardíacas (SLYPER, 1994; MCARDLE, KATCH et al., 2003).

    Com isso a deposição central de gordura, independentemente do armazenamento de gordura em outras áreas anatômicas, reflete um perfil metabólico alterado, o que acarreta um maior risco de hiperinsulinemia e de intolerância à glicose, diabetes tipo 2, câncer endometrial, hipertrigliceridemia, hipecolesterolemia e um perfil das lipoproteínas alterado negativamente, hipertensão e aterosclerose (DESPRÉS e POULIOT, 1991; HUNTER, 1997).

    Complementando esses achados, também pode-se constatar uma maior prevalência de gordura abdominal nos índios das tribos Aruák, no que tange ao gênero feminino nas diversas faixas etárias (GIMENO, 2007).

    A maior produção lipolítica na obesidade abdominal, pode ser um sintoma adicional no aumento da atividade do sistema nervoso central, através de acréscimo na secreção de cortisol, que tem efeitos sobre a mobilização e acumulação dos lipídios, mediante o aumento da atividade da lipoproteína lipase, a principal enzima controladora do consumo de triglicerídios pelos tecidos. Ainda, as células de gordura abdominal são caracterizadas por altas taxas de lipólise, fazendo com que os ácidos graxos livres dos adipócitos intra-abdominais sejam drenados para a circulação portal, expondo o fígado a elevadas concentrações de lipídios, o que poderia ser um importante aspecto na topografia da gordura corporal, conforme Björntorp (PITANGA, 2004a).

    Então, pode-se complementar que o acúmulo de gordura visceral, em ambos os sexos, está associado ao aumento nos níveis de cortisol e diminuição na secreção de hormônios esteróides sexuais, com redução de testosterona em homens e estrógeno em mulheres. Além disso, mulheres com obesidade abdominal apresentam diminuição da sensibilidade da musculatura esquelética para insulina, bem como diminuição da remoção hepática de insulina, sendo este um fator predisponente ao desenvolvimento de diabetes e hipertensão (PITANGA, 2004a).

Tabela 3. Resultados das variáveis cintura e quadril de indígenas da etnia Suruí

Variável

Sexo

n

Média ± DP

Mediana

Mínimo

Máximo

Variância

Cintura

Masculino

13

88,6 ± 8,6

87,5

73

104,5

74,1

 

Feminino

41

86,0 ± 11,5

85,0

65,0

111,0

132,7

Quadril

Masculino

13

95,7 ± 7,4

92,0

87,1

108,2

54,1

 

Feminino

41

95,0 ± 7,3

94,0

82,0

114,0

53,8

DP (Desvio Padrão); * Valores da Mediana.

    Ainda, com relação à forma física apresentada, verifica-se a semelhança dos valores, de ambos os gêneros, na circunferência do quadril, o que nas mulheres deveria ser mais predominante, pelo fato desta estrutura estar voltada ao nascimento de outro “Ser”, e na circunferência da cintura onde a predominância deveria ser do sexo masculino, demonstrando que devemos atentar para as proporções corporais convencionadas. Inferindo que isso pode estar relacionado a duas hipóteses ainda serem investigadas, a primeira pelo fato dos homens possuírem uma maior estrutura óssea ou possuírem um maior acúmulo de gordura na região dos quadris (Ginóide), o que é reportado pela literatura ser de predominância feminina. E o outro seriam as mulheres assemelharem-se a estrutura corporal masculina, possuindo menor concentração de gordura na região de quadril, possuindo uma estrutura andróide como apontado nesse trabalho como característica apresentada por ambos os gêneros.

    Na circunferência da cintura justifica-se os valores semelhantes devido a maior concentração de gordura visceral de ambos. Dados como este, demonstram a semelhança da estrutura corporal encontradas entre os gêneros desta população.

    Quando observado isoladamente a circunferência da cintura (Tabela 3) verifica-se que somente o gênero feminino apresenta relação para o risco de saúde significativo. Pois, os homens com uma circunferência de cintura superior ou igual a 102 centímetros, a as mulheres com valor superior e igual a 86 centímetros correm um alto risco a saúde e ao desenvolvimento de várias doenças, sofrendo grande influência do ambiente (WILMORE e COSTILL, 2001; SKINNER, 2002).

    Como abordamos a questão de risco a saúde e circunferências corporais, devemos considerar a relação da cintura com o quadril (Tabela 2), onde, também, somente apresentaram risco as mulheres. O que possivelmente, tenha ocorrido foi a semelhança apresentada nas circunferências corporais dos homens, pois os mesmos tendem a apresentar estruturas corporais maiores em relação os gênero feminino, apresentando padrões de índices classificatórios maiores. Essa semelhança retrata um aumento nas circunferências femininas mostrando, conforme já discutido, uma predominância de gordura visceral prejudicial à saúde.

    Um elevado percentual de gordura armazenado está relacionado a uma diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde, pois se trata da gordura estocada no tecido adiposo localizada em grande volume na camada subcutânea (KATCH e MCARDLE, 1996; SILVA, 2006). Com isso, constata-se nos valores da variável percentual de gordura, apresentado na tabela 2, que os homens estão enquadrados em níveis normais desta variável, já as mulheres estão acima dos níveis normais, mas deve-se atentar para que não ultrapassem os padrões estabelecidos, mesmo sendo características as mulheres apresentarem maior acúmulo de gordura, pode vir a desenvolverem uma doença metabólica e cardiovascular.

    É de suma importância, comentar que o percentual de gordura foi utilizado para classificar o nível e verificar se o mesmo encontra-se no que é estabelecido como estando dentro da normalidade. Quanto ao somatório das dobras pode-se verificar que o gênero feminino possui maior quantidade de gordura corporal, quando somada os dez pontos anatômicos aferidos pelo espessamento de tecido adiposo subcutâneo, pois a distribuição de gordura corporal em seres humanos apresenta alguns locais semelhantes e outros diferenciadamente específicos para cada sexo. E conforme a literatura, mulheres possuem maior concentração de gordura nos quadris e nas coxas relacionada com a função reprodutora, e também que durante os ciclos menstruais as mesmas apresentam níveis muito altos da lipase lipoprotéica (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Além disso, o gênero feminino possuem maior gordura corporal para a regulação do sistema hormonal bem como, que tal componente tem função importante no organismo, agindo no transporte das vitaminas lipossolúveis (A,S,E e K), fonte energética, isolante térmico e protetor de órgãos a agressões externas (SILVA, 2006). Sendo importante ressaltar ainda, que os componentes de gordura recebe maior influência do meio em que estão inseridos, como a atividade física, as questões alimentares e o tipo de trabalho.

    Estudos com a finalidade de verificar a aptidão física relacionada a saúde de diversos grupos étnicos indígenas brasileiros, do sexo masculino, concluiu com relação ao percentual de gordura que três etnias (Terena, Xavante e Kadiveu) encontravam-se dentro dos padrões recomendados. Já a etnia Enawene-Nawe apresentou baixo percentual desta variável e somente uma das estudadas, a Bakairi, demonstrou percentual de gordura elevado, chegando a ser classificada como obesidade grau I (BANKOFF, MARCHI NETO et al., 2007).

    Portanto conforme demonstrado na tabela 2, observa-se que o Índice de Massa Corporal (IMC) apresentou sobrepeso para ambos os gêneros. Pois, o IMC é um bom índice para detectar o sobrepeso (excesso de massa corporal) e não casos de obesidade (excesso de gordura), devido ao fato dele não leva em consideração exclusiva a quantidade de gordura presente na composição do corpo, porém existe uma correlação positiva quando o mesmo é relacionado a gordura corporal apresentada expressa em percentual de gordura (REVICKI e ISRAEL, 1986; ROUBENOFF, DALLAL et al., 1995; GALLAGHER, VISSER et al., 1996; MORABIA, ROSS et al., 1999). Assim, então, com a análise das demais variáveis relacionadas a gordura corporal, infere-se que o gênero feminino tende a se aproximar mais da afirmação de que existe uma maior predominância de gordura corpórea nos componentes da massa corporal total. O mesmo não pode ser dito quanto ao gênero masculino, pois o percentual de gordura mostrou-se dentro dos padrões normais estabelecidos, ficando então distribuído para os demais componentes como peso ósseo, peso muscular e peso residual.

    Portanto, não se pode utilizar indistintamente dos termos sobrepeso e obesidade, pois do ponto de vista técnico, eles possuem significado diferente. O sobrepeso é definido como um peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma determinada pessoa, baseando-se na sua altura e constituição física, e a obesidade trata-se da condição em que o indivíduo apresenta uma quantidade excessiva de gordura corporal (WILMORE e COSTILL, 2001).

    Dessa forma, uma maior massa corporal pode ser resultado de uma massa óssea e muscular mais desenvolvida em contraste a uma menor massa adiposa, pois a estrutura corpórea é formada por ossos, músculos, gordura e resíduos que juntos constituem a massa corporal total de um indivíduo (ANJOS, 1992; ORGANIZATION, 1995).

    Como visto, homens e mulheres desta etnia indígena tendem a serem bastante semelhantes na sua estrutura física, apresentando mínimas diferenciações corporais, principalmente naquelas que recebem grande influência dos hormônios sexuais.

Conclusão

    Conclui-se que, os dados apresentados neste estudo conseguem de certa forma caracterizar alertas para a saúde da etnia indígena, considerando o perfil apresentado da seguinte forma:

    Os indígenas desta etnia apresentaram valores moderados de massa corporal e baixa estatura em comparação com a média da população brasileira, no entanto, apresentando semelhança com outras etnias indígenas.

    O gênero feminino apresentou a gordura corpórea mais acentuada por terem associadas questões fisiológicas e hormonais, embora esta presença seja classificada como prejudicial a sua saúde, por terem sido enquadradas com níveis acima da normalidade.

    No que tange a gordura abdominal, tanto homens quanto mulheres apresentam esta característica, ou seja, acúmulo de gordura na região visceral (tronco) estando mais propícios ao desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares.

    Assim, o que se pode verificar é que algumas variáveis morfológicas, por terem uma interpretação direcionada ao processo saúde-doença, apontam para alguns alertas relacionados ao desenvolvimento de alguns distúrbios de saúde, porém cabe ressaltar, que povos indígenas possuem concepções muitas vezes culturais quanto ao corpo e hábitos, pois como citado anteriormente a visão do que é saúde é construída pela sociedade, variando em cada contexto cultural nas suas particularidades.

    Enfim, os dados encontrados possivelmente estejam agregados aos hábitos alimentares e de estilo de vida adotado por esta população, então sugere-se para maiores esclarecimentos, que novas pesquisas sejam realizadas com o objetivo de mensurar variáveis relacionadas a estes hábitos supracitados, além de índices classificatórios destas variáveis direcionada a população indígena nas sua diversas etnias, levando em consideração aspectos culturais, pois os padrões culturais interferem de certa forma nas características morfológicas.

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