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Esporte e sua relação com a sociedade: uma síntese bibliográfica

El deporte y su relación con la sociedad: una síntesis bibliográfica

 

Acadêmico do curso de Educação Física do Centro de Ciências

da Saúde e do Esporte – CEFID – UDESC

(Brasil)

Jonas Godtsfriedt

jog1000@hotmail.com

 

 

 

Resumo

          O esporte surgiu com um caráter competitivo, criado por Thomas Arnold numa perspectiva pedagógica, como reflexo da cultura européia no século XVIII. A função social do esporte apresentou diferenças no decorrer das épocas, de país para país e de cultura para cultura. O presente texto visa identificar de modo objetivo a função social do esporte, através da leitura e interpretação da bibliografia que foi utilizada pelo autor deste material na construção do artigo. Portanto, almeja-se que professores da área da educação física e pessoas que tenham interesse nesta área de atuação, se sintam motivadas a elaborar projetos sociais fundamentados e percebam a relevância político-social e cultural do esporte na vida de indivíduos que vivem e se “alimentam” desta energia.

          Unitermos: Esporte. Função social. Educação Física

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 142 - Marzo de 2010

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Introdução

    De acordo com Oliveira (2002), o esporte que acontece dentro da escola (se acontece!) é o mesmo regido pela indústria de entretenimento, pelos meios de comunicações em massa. Teria o professor que atua no cotidiano da escola consciência ou mesmo intenção de adestrar os alunos?

    Tal idéia citada acima dá alusão que o esporte seria um adestramento coletivo de pessoas.

    “O papel do professor, como intelectual orgânico que opta pelos desfavorecidos, é abrir o amplo leque de percepção daqueles que o cercam para as contradições do capitalismo, dando-lhes opções” (OLIVEIRA, 2002).

    Trata-se da questão do professor de educação física trabalhar mais com seres pensantes, e não apenas com pessoas que reproduzem as tarefas que lhes forem impostas, ou seja, despertar em cada um o senso crítico perante a vida.

    O presente texto visa identificar de modo objetivo a função social do esporte, através da leitura e interpretação da bibliografia que foi utilizada pelo autor deste material na construção do artigo.

A gênese do Esporte Moderno e a sua relação com a Sociedade

    O esporte surgiu com um caráter competitivo, criado por Thomas Arnold numa perspectiva pedagógica, como reflexo da cultura européia no século XVIII. A função social do esporte apresentou diferenças no decorrer das épocas, de país para país e de cultura para cultura. O esporte, antes restrito aos privilégios dos nobres e burgueses europeus, tendo como objetivo, difundir ideologias políticas e mostrar superioridade de um clã sobre o outro. Passou por um processo de igualdade, com os jogos populares, pelas classes populares inglesas, onde na sua maioria usava-se a bola como objeto principal e o jogo como meio de socialização e descontração dos praticantes (TUBINO, 1987).

    O declínio dos jogos populares ocorre em meados de 1800, pelo desenvolvimento dos processos de industrialização e urbanização na Inglaterra que levou aos trabalhadores novos padrões e condições de vida, e deixou-os ausentes de qualquer manifestação corporal esportiva. Esta ausência tinha caráter ideológico para impossibilitar que os operários se reunissem, e armassem um levante contra os poderosos, através do contato com o esporte e jogos populares. Já que como se sabe os operários neste processo de industrialização eram submetidos a condições e cargas horárias de trabalho subumanas (TUBINO, 1987).

    É importante lembrar também, que os jogos populares, foram muitas vezes reprimidos pelo poder público, como é caso da perseguição violenta por parte das autoridades brasileiras nas décadas de 1910 e 1930, da capoeira, prática corporal das classes populares brasileiras da época. E na Inglaterra, onde foi principalmente nas escolas públicas, que estes jogos vão sobreviver, ser regulamentados e aos poucos assumir características do esporte moderno, como o caso clássico do futebol. “Entretanto, em 1936, Hitler, com objetivos políticos de demonstrar a pseudo-supremacia dos arianos nos jogos olímpicos, deixou nos registros da sua ação, valiosos exemplos político-ideológicos do esporte” (TUBINO, 1987).

    Nas manifestações dos intelectuais, Cazorla Prieto (CAZORLA, 1984), conseguiu observar aspectos que ultrapassavam a ênfase no rendimento, como o jogo, propôs a interpretação do fenômeno esporte em dois sentidos: o esporte espetáculo e o esporte-práxis, sendo que neste último o fenômeno esportivo ganhava um grande alcance social, ao aumentar as possibilidades de participação.

Bernett e as suas “5” (cinco) críticas ao esporte

    Segundo Bernett (Bernett, 1982) citado por Bracht (1997), resumiu em cinco pontos as críticas ao esporte:

  1. Emancipação do “esporte dos senhores”. Era destaca a necessidade de quebrar a exclusividade do esporte dos senhores (dos dominantes).

  2. Os princípios da competição, do rendimento e do recorde. A negação do princípio da competição é entendida como decisivo para uma cultura corporal proletária.. O esporte competitivo burguês é atacado genericamente como um espelho e instrumento da economia capitalista. Nesta visão, a racionalização das técnicas esportivas aparece como paralela ao sistema capitalista taylorizado.

  3. Mentalidade esportiva capitalista. As organizações ginásticas e esportivas de trabalhadores buscavam se distancia da mentalidade esportiva burguesa, na medida em que colocavam como princípio orientador a solidariedade de todos os trabalhadores.

  4. O esporte como arma dos dominantes. O esporte espetáculo é utilizado como meio para desviar a atenção das massas da luta de classes e como fuga da realidade política. Com relação ao esporte nas fábricas, alertava-se contra a introdução de uma nova “arma” para a disciplinação dos trabalhadores.

  5. Esporte “burguês” a serviço do militarismo e do fascismo. O esporte burguês é dominado pelo capitalismo que fomenta o militarismo e o fascismo

As sete características básicas do esporte segundo Guttmann

    Guttmann (1979) identificou sete características básicas ao esporte: 1. secularaização; 2. igualdade de chances; 3. especialização dos papéis; 4. racionalização; 5. burocratização; 6. quantificação; 7. busca do recorde.

    Para Guttmann (1979), o esporte é de certa forma uma “racionalização do romântico”, um misto de raízes arcaicas e místicas e regulação racional moderna.

O Esporte corrompe a espontaneidade?

    De acordo com Huizinga (1980), o jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições menos rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana; mas, os animais não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica. É-nos possível afirmar com segurança que a civilização humana não acrescentou característica essencial alguma à idéia geral do jogo. Os animais brincam tal como os homens.

    Segundo Bracht (1997) Huizinga em seus pensamentos e produção bibliográfica já advertia que o esporte corrompia uma das características fundamentais do “jogo” que é a espontaneidade, que o esporte utilizava caráter tecnicista, racionalizava o jogo, e também o lúdico.

    O que se dizer sobre os profissionais e os amadores do esporte. Os primeiros não praticam mais o esporte com “despreocupação”, e já os amadores acabam por se sentirem inferiorizados pelos profissionais, por não terem tanto destaque e acesso a grandes premiações.

    O esporte deveria ser espontâneo, capaz de trazer uma sensação prazerosa, para cada um dos cidadãos da sociedade, mas acaba sendo substituído por incansável busca de resultados e rendimento em qualquer que seja a modalidade esportiva.

A prática esportiva

    Segundo Santin (1994), fazendo uma tipologia dos praticantes de esportes, é possível estabelecer três níveis de práticas esportivas:

  1. O primeiro nível de práticas esportivas é estabelecido por aqueles que se dedicam a praticar um esporte dentro de todas as exigências científicas e tecnológicas, próprias da modalidade visada. É o esporte de “rendimento”.

  2. No extremo oposto encontramos um outro nível de prática esportiva, formado por aqueles que colocam o esporte como uma criação lúdica, ou seja um brinquedo infantil. O esporte é para eles um simples passa tempo.

  3. Entre esses dois extremos podemos situar um terceiro, onde se situa um grupo que não tem como meta a prática científica do esporte, mas também não aceita a ingenuidade do brinquedo. Uma negação ao “rendimento” e também a “infantilidade do lúdico”.

As três manifestações sociais do esporte

    No Brasil, a Comissão de Reformulação do Esporte Brasileiro, instituída pelo presidente José Sarney em 1985, sugeriu, e foi amplamente aceito e incorporado na Constituição Federal de 1988, diferenciar o conceito de esporte em três manifestações. O esporte-educação, o esporte-participação e o esporte-performance ou esporte-rendimento (TUBINO, 1987).

    O principal equívoco histórico do entendimento do esporte-educação é a sua percepção como um ramo do esporte-performance. Esta associação faz com que as competições escolares apenas reproduzam competições de alto nível, tornando ausente a função educacional do esporte (TUBINO, 1987)

    Para Manoel Tubino (TUBINO, 1987), “tendo consciência de que o esporte na escola pode ser um dos meios mais efetivos de formação de jovens, a prática esportiva como educação social será indispensável no desenvolvimento de suas personalidades e imponderável nos seus processos de emancipação”. Tubino ressalta ainda, que o esporte como elo de ligação na formação dos jovens, deve ser considerado um caminho essencial para o exercício pleno da cidadania no futuro individual dessas pessoas. Há ainda um conceito de esporte educacional desenvolvido pela professora Vera Lucia Menezes Costa que diz que “O Desporto Educacional tem como finalidade desenvolver a formação corporal e as próprias potencialidades do indivíduo, preparando-o para o lazer e o exercício crítico da cidadania, evitando a seletividade, e segregação racial e a hiper-competitividade, com vistas a uma sociedade livremente organizada, cooperativa e solidária”.

    No esporte-participação ou esporte popular, a manifestação ocorre no princípio do prazer lúdico, que tem como finalidade o bem-estar social dos seus praticantes. Está associado intimamente com o lazer e o tempo-livre e ocorre em espaços não comprometidos com o tempo e fora das obrigações da vida diária. Tem como propósitos a descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e o relacionamento com as pessoas. Pode-se afirmar que o esporte-participação, por ser a dimensão social do esporte mais inter-relacionada com os caminhos democráticos, equilibra o quadro de desigualdades de oportunidades esportivas encontrado na dimensão esporte-performance. Enquanto o esporte-performance só permite sucesso aos talentos ou àqueles que tiveram condições, o esporte-participação, favorece o prazer a todos que dele desejarem tomar parte (TUBINO, 1987).

    O esporte-performance traz consigo os propósitos de novos êxitos esportivos, a vitória sobre os adversários nos mesmos códigos e é exercido sob regras preestabelecidas pelos organismos internacionais de cada modalidade. É esta manifestação social que propicia o espetáculo esportivo, que por sua vez, traz a tendência de transformar o esporte em mercadoria veiculada pelos meios de comunicação de massa. (TUBINO, 1987).

Seis referências para a relevância social do esporte:

    Segundo Prieto (Prieto, 1979) citado por Tubino (1987), ao afirmar a notável relevância social do esporte, mostra seis referências para a localização dessa importância:

  1. a dupla perspectiva: como fenômeno social universal e como instrumento de equilíbrio pessoal;

  2. o consumismo esportivo;

  3. os espetáculos esportivos;

  4. os valores que o esporte leva à sociedade;

  5. o impacto social do associacionismo esportivo;

  6. a difusão do esporte através dos meios de comunicação.

    Sobre as referências da importância social do esporte, destaca-se a questão dos valores que o esporte pode levar à sociedade.

    De acordo com Santin (1994), pode-se entender esta ordem social (a população enquadrada como “cultura popular”) presente no imaginário social, nas práticas do jeitinho brasileiro, na aceitação acomodada da corrupção generalizada, no conformismo diante da impunidade oficializada, na admiração do princípio de que, sempre que possível, deve-se levar vantagem em tudo, na crença que, apesar de tudo, Deus é brasileiro e nós somos o país do futuro.

    Segundo Cardoso (1994), por fim um questionamento tem que ser trazido a tona: A sociedade brasileira (considerando as suas características regionais), apesar de se estruturar oficialmente em princípios de um estado moderno (pautado na noção de indivíduo), dá prioridade à noção de pessoa. Qual seria então, o exato significado da Educação Física enquanto componente educacional, que trabalha com a corporeidade dessa cultura que reconhece o indivíduo, privilegia a pessoa e dicotomiza o ser? (CARDOSO, 1994)

    Nesse contexto também devemos refletir sobre qual é o componente educacional do esporte e sua função social.

O significado e função social do esporte

    Dentre as várias justificativas da função social, os mais relevantes são os que discorrem sobre o fenômeno esportivo: ser um meio de socialização (instituição social), favorecer o desenvolvimento da consciência comunitária pela atividade coletiva, ser um meio de democratização, dos valores que o esporte leva à sociedade, do associacionismo e da difusão do esporte através dos meios de comunicação. As abordagens mais relevantes quanto à função social segundo Tubino (1987) são:

  • O Associacionismo no Esporte – A importância deste aspecto sociológico se dá devido à necessidade de fazer os indivíduos pensarem através do esporte, ou seja, a idéia de associacionismo no Esporte é de que através de uma associação de idéias fundamentada na prática esportiva, a criança, o jovem e o adulto cheguem nos princípios do conhecimento e apreendam valores, culturas e idéias.

  • O Esporte como Instituição Social – O esporte, para ser considerado uma instituição social, deverá estar organizada socialmente, representar uma forma de atividade social, promover identificações sociais e resgatar valores.

  • O Esporte como meio de democratização – Democratizar o esporte é assegura igualdade de acesso à prática esportiva para todas as pessoas e por esta razão passa pelo esporte-participação. Na interpretação de práticas esportivas marginalizadas quanto às oportunidades democráticas, observa-se que as mesmas sofreram ações de grupos dominantes, que historicamente, se utilizaram de todos os tipos de processos, para manter-se na posição de dominação. No Brasil a capoeira chegou a ser proibida em 1890, pelo Decreto nº 874, logo depois da Proclamação da República sob o pretexto de que era praticada por “negros” fiéis à Princesa Isabel e a D. Pedro II. O mesmo aconteceu com o futebol, no qual os “negros” e os “pobres”, foram proibidos de jogar enquanto esta modalidade esportiva permaneceu restrita aos colégios ingleses e portugueses do país. Até hoje, observa-se barreira imposta por modalidades que requerem um alto de custo de material e pela impossibilidade financeira em esportes, como o golfe, o tênis, hipismo e esportes de inverno.

Esporte como uma obra de arte (fim em si mesmo)

    De acordo com Santin (1994), começa aqui o grande desafio de aprender o que diz a palavra esporte. O esporte é um ato humano, individual e social, que pode, como toda atividade humana, assumir múltiplas funções (SANTIN, 1994). O esporte portanto, não possui funções específicas, isto é, não é como o trem ou a caneta, cujas essências se confundem com as funções respectivamente de transportar e de escrever (SANTIN, 1994). O esporte pode ser usado, pelo menos o foi ao longo da história, para as mais diferentes e controvertidas finalidades (SANTIN, 1994). Apesar desta preocupação habitual de se pensar o esporte vinculado a funções, ainda que diversificadas, pode-se sustentar a idéia de que o esporte, na sua forma original, não teria surgido à sombra da razão instrumental (SANTIN, 1994). Ele não se deixaria submeter à condição de ferramenta. O esporte faria parte daquelas realidades cuja natureza está na ordem dos fenômenos que possuem um fim em si mesmo, como uma obra de arte.

O caráter social do esporte hoje em dia é questionado?

    Segundo Tubino (1987), a sociedade de hoje, ao receber várias demonstrações diferentes, como sociedade tecnológica, sociedade de massa, sociedade pós-indrustrial, sociedade de rendimento, sociedade de consumo, sociedade cibernética, e outras adjetivações, deixa na verdade algumas marcas, que podem ser aceitas em quaisquer dessas interpretações de sociedade: competitividade, a especialização, o rendimento, o consumo, a desumanização, a desescolarização, o tecnicismo, o mecanicismo, o sedentarismo, a internacionalização e outras.

    Desta forma uma sociedade com estas características tais como competitividade, rendimento, sedentarismo, e outras, deveria dar uma maior atenção ao esporte, e realmente questionar sua validade e função.

    Não apenas se preocupar em reproduzir os movimentos e ou seguir as regras de um determinado esporte, mas refletir sobre o mesmo, buscar informações, adotar uma postura crítica para com o esporte e também em relação a sua vida.

Conclusão

    Com esta revisão bibliográfica, é possível notar o quanto se pode explorar o tema função social do esporte. E pode-se concordar com Prieto (1984), o qual diz que o esporte constitui o grande entretenimento do ócio passivo contemporâneo, pois, além da sua repercussão social, constituí um meio idôneo para inocular na sociedade valores extra-esportivos.

    Portanto, almeja-se que professores da área da educação física e pessoas que tenham interesse nesta área de atuação, se sintam motivadas a elaborar projetos sociais fundamentados e percebam a relevância político-social e cultural do esporte na vida de indivíduos que vivem e se “alimentam” desta energia.

Referências bibliográficas

  • BERNETT, H. Sport im Kreuzfeuer der Kritik. Schorndorf, 1982.

  • BRACHT, Valter. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. Vitória: UFES, 1997.

  • CARDOSO, Fernando Luiz. Noções de corporeidade: de quem para quem? Motrivivência, Florianópolis/SC, v. 05, n. 05/06/07, p. 170-177, 1994.

  • CAZORLA PRIETO, L. M. Deporte y Estado. Madrid: Editorial Labor, 1979.

  • CAZORLA PRIETO, L. M. Los poderes públicos ante el deporte popular y el deporte espectáculo. In Deporte Popular – Deporte de Elite. Elementos para la reflexión. Valencia: Ayuntamento de Valencia, 1984.

  • GUTTMANN, A. From ritual to record: nature of the modern sports. N. York: University Press, 1979.

  • HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 4. ed. São Paulo. Perspectiva, 1980.

  • OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Educação Física escolar e ditadura militar no Brasil (1968-1984): história e historiografia. Educa. Pesqui., Jan./ June 2002 vol.28, no.1, p.51-75. ISSN 1517-9702.

  • SANTIN, Silvino. Educação Física: da alegria do lúdico a opressão do rendimento. 1ª Ed. Porto Alegre: Edições EST/ESEF-UFRGS, 1994.

  • TUBINO, Manoel José Gomes. Teoria geral do esporte. São Paulo, IBRASA, 1987.

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