Perfil dos hábitos de lazer e nível de atividade física de jovens praticantes de xadrez |
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Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro (Brasil) |
Mário de Nazaré Moreira Cardoso | Ney Calandrini de Azevedo Ronédia Monteiro Bosque | Josenaldo Mendes Jr Ricardo Figueiredo Pinto |
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Resumo Estudo que descreve os hábitos de lazer e o nível de atividade física em jovens (n=501), praticantes de xadrez, residentes no Município de Salinópolis, Estado do Pará. Trata-se de uma pesquisa de campo, realizada através de questionários aplicados aos jovens, que observou grandes diferenças percentuais na predominância dos hábitos de lazer, visto que houve predomínio de hábitos ativos entre as mulheres (90.6%) e homens (84.7%). Apresenta, também, como outras atividades esportivas preferidas e praticadas freqüentemente por estes jovens, as seguintes: Futebol (31.5%), Voleybol (18.6%), Queimada (5.4%), Futsal (8.6%), Futebol de Praia (5.2%), Capoeira (4%) e Natação (2.4%). Enfatiza, ainda, como menos praticadas as atividades: hip-hop, ginástica olímpica, ginástica rítmica, caratê e boxe. Conclui que diferentemente dos grandes centros urbanos, o jogo do xadrez no Município de Salinópolis tem um saldo positivo tendo em vista que os praticantes possuem outras oportunidades de lazer e atividades físicas que a cidade oferece e que excluem a possibilidade de sedentarismo. Considera, portanto, o jogo do xadrez como uma atividade que contribui para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sendo um elemento importante na aprendizagem dos estudantes e que deve ser estimulado no contexto curricular das escolas em Salinópolis, como uma atividade criativa e facilitadora da aprendizagem na ação educativa. Unitermos: Xadrez. Atividade física. Hábitos de lazer
Artigo apresentado como parte dos requisitos para a defesa de Dissertação de Mestrado em Ciências da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 142 - Marzo de 2010 |
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Introdução
O Xadrez é uma atividade milenar, que há muito foi considerado por grandes estudiosos da educação e psicologia como elemento de contribuição para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, pensamento racional e até de habilidades ocultas que não foram alcançadas através de meios educacionais tradicionais em crianças na idade escolar. Entre esses estudiosos está Vygotsky (1988), que afirmou que “embora no jogo de xadrez não haja uma substituição direta das relações de vida real, ele é sem dúvida, um tipo de situação imaginária“. Pode-se dizer que, conforme propôs este estudioso da pesquisa do desenvolvimento cognitivo, através da aprendizagem do xadrez, a criança estaria elaborando habilidades e conhecimentos socialmente disponíveis, passando a internalizá-los, propiciando a ela um comportamento além do habitual de sua idade. Esses estudos levaram outros teóricos, que se dedicaram ao estudo do xadrez, a observar que esta modalidade é muito importante no processo de aprendizagem de crianças e jovens, não só como atividade de lazer, mas como estimulante para a criação de habilidades de raciocínio lógico.
A prática do jogo de xadrez proporciona benefícios intelectuais, além de contribuir diretamente com o desempenho acadêmico de jovens com idade escolar, por isso o xadrez tem estimulado o desenvolvimento intelectual de crianças e de adolescentes, quando se ensina habilidades como: observação, atenção e concentração. Entretanto, essa relação somente acontece se o aluno estiver inserido no contexto educacional formal, posteriormente respondendo com mais segurança aos estímulos recebidos, mostrando, assim, que o xadrez pode ser muito mais que entretenimento e diversão para seus praticantes. No entanto, há também teorias que confirmam que a prática do jogo de xadrez excessiva pode levar ao sedentarismo que é um estilo de vida com baixo nível de exercício do corpo que faz com que as pessoas ganhem massa corporal, provocando com isto um sério problema de saúde.
Diante disso, decidiu-se realizar uma pesquisa no município de Salinópolis, Estado do Pará, para verificar o nível de sedentarismo adquirido pelos praticantes do jogo de xadrez, bem como a possibilidade de prática de exercício de outras atividades físicas praticadas paralelamente ao jogo do xadrez.
Referencial teórico
Algumas concepções teóricas sobre o jogo do xadrez
Segundo Taille (1992), o jogo de Xadrez é considerado elemento de contribuição para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e pensamento racional em crianças na idade escolar. Na sua relação com o mundo, mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos culturalmente, o ser humano cria as formas de ação que o distinguem de outros animais. Vygotsky (1988) afirmou que o funcionamento do cérebro humano fundamenta-se em na idéia de que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo da história social do homem.
Para Smith e Sullivan (1997), a prática regular do jogo de xadrez vem a enriquecer não só o nível cultural do indivíduo, mas também várias outras capacidades, como a memória, a agilidade no pensamento, a segurança na tomada de decisão, o aprendizado na vitória e na derrota, a capacidade de concentração, entre outros, no exercício da sociabilidade, do raciocínio analítico e sintético, da autoconfiança e da organização metódica e estratégia do aluno.
Desde o século V, o xadrez vem se difundindo em todo o mundo, sendo introduzido em diversas culturas, inclusive nos países ocidentais e, através disso, foram realizadas algumas modificações na suas regras, porque o jogo tornou-se mais dinâmico e multidisciplinar. Após a elitização do jogo, tanto num contexto histórico como social, o xadrez passou a ser chamado, então, de "jogo dos reis e rei dos jogos" (MENDEZ, 1988).
Após a sua grande expansão na Europa, o xadrez se tornou um jogo socialmente conceituado e a sua prática por personagens famosos da história lhe conferiu um status ainda maior. Napoleão Bonaparte, Monteiro Lobato e Machado de Assis são alguns dos ilustres que praticaram e incentivaram o desenvolvimento do xadrez. Um registro evidencia que "Machado de Assis no ano de 1877 foi secretário do primeiro Clube de Xadrez do Rio de Janeiro" (BECKER, 2002).
Segundo Silva (2002), a atividade enxadrística não proporciona apenas atividade lúdica, pois quando "a criança joga, compromete toda sua personalidade, não o faz apenas para passar o tempo, podemos dizer, sem duvida, que o jogo é o trabalho da infância ao qual a criança dedica-se com prazer".
Alguns estudos ressaltam o valor educativo do xadrez. O Psicólogo Howard Gardner, que reorganizou o ser humano em sete tipos de inteligência, (Inteligência Lógico Matemática, Inteligência Lingüística, Inteligência Espacial, Inteligência Sinestésica, Inteligência Intrapessoal, Inteligência Interpessoal, Inteligência Musical), descreve que o xadrez desenvolve alguns conceitos de Inteligência Lógico-Matemática e de Inteligência Espacial. (GARDNER, 1994).
Afirma Rifner (1992) que o jogador de xadrez é constantemente exposto a situações em que precisa efetivamente olhar, avaliar e entender a realidade mais facilmente, aprender a planejar adequada e equilibradamente, a aceitar pontos de vistas diversos, a discutir questionários e compreender limites e valores estabelecidos e a vivenciar a riqueza das experiências de flexibilidade e reversibilidade de pensamento e posturas.
Segundo estudos dirigidos por Wallon (1975) o desenvolvimento sensório-motor (olhar, pegar, andar) permitirá, ao longo do segundo ano de vida, a exploração intensa e sistemática do ambiente. Este é o momento em que a inteligência poderá dedicar-se à construção da realidade (TAILLE,1992), daí o reforço para as experiências francesas. Já para Piaget a aplicabilidade do jogo e as regras do mesmo têm uma importância paradigmática na cultura, ou seja, envolve principalmente a autonomia, característica presente no xadrez.
Nos últimos anos, os temas “xadrez” e “educação” estão presentes nos debates institucionais. Se em países desenvolvidos a utilização de jogos de estratégia em salas de aula já se encontra perfeitamente aceitável, o mesmo não se pode afirmar, salvo algumas exceções, quanto aos países em desenvolvimento. Entretanto, no Brasil, a implantação do xadrez nas escolas já é vista como fundamental por pedagogos e coordenadores e isto vem sendo feito, mais especificamente, nos últimos quinze anos (STOREY et al, 2004).
Entender os benefícios que este esporte pode trazer ao aluno e à educação, em geral, é a maior barreira para os educadores, porém como já é demonstrado, basta analisar os resultados obtidos e também aprofundar o estudo em relação aos verdadeiros benefícios do xadrez para saber como aplicá-lo, que a iniciativa será justificada. A beleza do xadrez, como uma ferramenta pedagógica, é que estimula as mentes das crianças e os ajuda a construir habilidades enquanto desfrutam do jogo. Como resultado, as crianças se tornam pensadoras mais críticas, resolvem melhor os problemas e se tornam fabricantes de decisões mais independentes (SMITH & SULLIVAN, 1997).
Como benefícios sociais, nas escolas o xadrez serve freqüentemente como uma ponte, enquanto reúne crianças de idades diferentes, raças e gêneros em uma atividade que eles desfrutam. O xadrez ajuda a construir amizades individuais e, também, espírito escolar, quando as crianças competem juntas como times contra escolas. Assim como, ainda, ensina a ganhar com graciosidade e se render ao encontrar a derrota. Para crianças com assuntos de ajuste, há muitos exemplos em que o xadrez conduziu ao aumento da motivação, melhoria do comportamento, melhoria o ego-imagem e, até mesmo, a freqüência. O xadrez prevê uma saída positiva, uma atividade recreativa saudável que pode ser aprendida facilmente e pode ser desfrutada a qualquer idade (LIPTRAP, 1997).
O xadrez ajuda, também, a estimular a paciência, a memória acentuada, a habilidade para concentrar e para resolver problemas, a compreensão que cada comportamento conduz a uma respectiva conseqüência, a capacidade de julgamento e o raciocínio abstrato. Uma ligação entre habilidades de matemática e habilidades do xadrez foi sugerida por alguns investigadores neste campo. Goethe (2002) afirma que o pensamento que processa na matemática é semelhante ao xadrez, mas isso não é a história inteira. Ele diz que crianças que são boas no xadrez provavelmente serão boas em matemática ou em qualquer situação que seja necessário resolver um problema. E diz, ainda, que mais crianças que se superam em matemática necessariamente não serão boas jogadoras de xadrez.
O jogo do xadrez como qualquer outra atividade lúdica e criativa estimulante do raciocínio possui suas fases e períodos de desenvolvimento desde a fase infantil até a fase adulta. No entanto, é fase da adolescência que os aspectos para experimentação se aguçam, quando as crianças e jovens buscam participar de longas jornadas de jogos estimulante do raciocínio e da aprendizagem. Por isso o jogo do xadrez é interessante ao dar oportunidade de várias experiências de raciocínio, assemelhando-se aos jogos virtuais. Sobre esses aspectos Wojcio (1990) afirma o seguinte sobre o programa de xadrez escolar:
É maravilhoso! isto é estupendo! É a melhor coisa que já aconteceu nesta escola. Eu sou muito sincero. Foi uma vantagem absoluta para os estudantes que estavam diretamente envolvidos como também para o resto da escola... Se eu pudesse dizer uma coisa, seria isto. Mais que qualquer outra coisa, xadrez fez uma diferença... o que fez para estas crianças simplesmente estarem além de qualquer coisa que eu posso descrever. O estudante com a melhor avaliação escolar de nossa escola é um participante do time de xadrez. Ele se tornou a criança de notas mais altas na escola depois que ele passou a participar do time de xadrez. Todos os quatro estão entre os melhores alunos da escola, e eles não estavam antes. Academicamente, eles estão muito melhor em classe. E o aumento da auto-estima faz eles terem cada vez mais um sentimento de vitória.
Os praticantes de xadrez aprendem a analisar concretamente e avaliar os resultados de ações específicas e sucessões. Também são ensinados a dar, periodicamente, um passo atrás de detalhes e considerar o contexto maior, assim como, também, aprendem: a levar padrões usados em um contexto e os aplicam a situações diferentes, mas relacionadas ao contexto; como desenvolver metas mais longas e jogadas para provocar a reação do oponente; reavaliar os planos conforme o desenvolvimento e novos fatos mudem a situação. Nenhuma destas habilidades é específica ao jogo de xadrez, mas elas estão em toda a parte do jogo (WOJCIO, 1990).
O xadrez possui um aspecto socializador. Nas escolas este esporte serve freqüentemente como uma ponte, enquanto reúne as crianças de idades diferentes, raças e gêneros em uma atividade que elas se unem e desfrutam dessa união. O xadrez ajuda construir amizades individuais e também espírito escolar quando as crianças competem junto como times contra outras escolas. O jogo de xadrez também ensina as crianças sobre esportividade: como ganhar elegantemente e não se render ao encontrar a derrota. Neste caso, é muito importante para crianças com problemas de ajustamento social, pois há muitos exemplos em que o xadrez conduziu a um aumento da motivação, a um comportamento melhorado, à melhoria da auto-imagem e até mesmo melhorou freqüência escolar.
Além do valor educativo, outro componente que reforça o papel do xadrez como meio de educação é a sua ludicidade, uma vez que o xadrez não deixa de ser um jogo. O xadrez é uma brincadeira onde a criança aprende a pensar e um alerta para o papel do professor no desenvolvimento do jogo: "um erro que muitos professores cometem é não valorizar em toda sua extensão esta atividade, extraindo o que ela contém de educativo" (SILVA, 2002)
No entanto, por ficar muito tempo parados a criança e o jovem ou qualquer pessoa que se dedique ao jogo do xadrez pode correr o risco de ser levada ao sedentarismo que é um processo em que as pessoas não exercitam o organismo, isto é, não praticam atividades físicas, esportivas ou de lazer. O sedentarismo está ligado ao mesmo tempo com um consumismo, devido aos avanços tecnológicos na produção de alimentos, antes inexistentes na história da humanidade, como os hipercalóricos (produtos industrializados), aumentando consideravelmente o sobrepeso das pessoas. A conjunção de pouco ou nenhum esforço físico com o consumo contínuo de alimentos hipercalóricos levaria a sérios problemas de saúde. Este modo de vida, portanto, seria altamente prejudicial a saúde, já que o homem precisaria colocar em funcionamento e exercitar todas as suas células, tecidos, órgãos e sistemas, a fim de evitar doenças e atrofias, segundo alegam grupos anti-sedentarismo. (FERREIRA, 1999). O sedentarismo não é um fator de risco isolado, pois associado a ele estão presentes as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial, a obesidade, o AVE, Diabetes Mellitus e complicações respiratórias. (MCARDLE, 2003).
Procedimentos metodológicos
Para realização deste estudo foi feita uma pesquisa qualitativa que absorveu dois momentos: a análise teórica e a de campo. No que se refere à pesquisa de campo para coleta e apuração de dados sobre “hábitos de lazer e nível de atividades físicas em jovens praticantes de jogos de xadrez, esta foi realizada nas escolas municipais de Salinópolis – Pará: EEEFM “Dr. Miguel de Santa Brígida”, EEEFM “Aracy Marques” e EEEF “Dom Bosco”. Essas três instituições são freqüentadas por jovens de diferentes extratos econômicos, onde a população de praticantes de xadrez é de 3 mil estudantes.
Foram aplicados questionários aos estudantes nas próprias escolas, ou seja, a amostragem absorveu os jovens com idade entre 12 e 17 anos, que pratiquem xadrez há pelo menos 12 meses, regularmente matriculados no sistema educacional de ensino fundamental ou ensino médio em Salinópolis, que totalizou 501 adolescentes e jovens estudantes de ambos os sexos.
O material e métodos utilizados para a obtenção de dados desta pesquisa deu-se através da aplicação de dois formulários: o IPAQ para medir o nível de atividade física e o Inventário de Hábitos de Lazer. Para realização desta pesquisa foram estipulados e obedecidos alguns critérios como: procedimentos de coleta de dados e avaliação diagnóstica, protocolos utilizados, instrumentos e procedimentos de análise de dados.
Resultados e discussão
Participação de 321 (64%) sujeitos do sexo masculino e 180 (36%) do sexo feminino. A amostra não apresentou grandes diferenças percentuais na predominância dos hábitos de lazer, visto que houve predomínio de hábitos ativos entre as mulheres (90.6%) e homens (84.7%);
Entre os praticantes de xadrez de sexo masculino (n=321) predominam os hábitos ativos. A média de tempo aplicado em hábitos ativos difere em 112 minutos (201-89). A média do tempo gasto em hábitos sedentários difere em 138 minutos (206-68). Portanto, observa-se uma grande variação nos hábitos de lazer dentro dos praticantes de sexo masculino;
Os praticantes de xadrez de sexo feminino (n=180) predominam os hábitos ativos. A média de tempo aplicada em hábitos ativos difere em 41 minutos (243-202). A média do tempo gasta em hábitos sedentários diferem em 185 minutos (245-60);
Entre os praticantes de xadrez de sexo feminino predominam os hábitos ativos (197±65 minutos), os hábitos sedentários (78±38 minutos) ocorre em menor escala e entre todos os praticantes de xadrez de sexo masculino também predominam os hábitos ativos (184±52 minutos), os hábitos sedentários (89±46 minutos) ocorre em menor escala;
Outras atividades esportivas praticadas pelos praticantes de xadrez destacam-se como preferidos o Futebol (31.5%), o Voleybol (18.6%). Atividades como Queimada (5.4%), Futsal (8.6%), Futebol de Praia (5.2%), Capoeira (4%) e Natação (2.4%) também são freqüentemente praticados pelos praticantes de xadrez. Há outras atividades tais como: hiphop, ginástica olímpica, ginástica rítmica, caratê e boxe que são menos praticadas;
A avaliação do nível de atividade física realizada a partir do questionário IPAQ mostrou que entre os praticantes de xadrez predomina a categoria Ativo (52.7%) sendo este seguido da categoria Muito Ativo (35.9%) e houve apenas 1% dos praticantes considerados sedentários.
De modo geral os jovens praticantes de jogos de xadrez em Salinópolis dedicam 88 minutos semanais para Caminhada, com atividades Moderadas são gastos 60 minutos semanais e 23.2 minutos de atividades Vigorosas.
Conclusão
Um dado importante nesta pesquisa, é que os jovens estudantes e praticantes do jogo de xadrez em Salinópolis, também,praticam atividades esportivas tais como: Futebol e o Voleibol; Queimada, Futsal, Futebol de Praia, Capoeira e Natação, além de outras não tão ativas como hip-hop, ginástica olímpica, ginástica rítmica, caratê e boxe. Eles praticam, ainda, caminhadas como complemento de suas atividades físicas. Isso significa que, por ser uma cidade do interior do estado, onde ainda existem muitos espaços para o lazer e atividades esportivas – praias, quadras, quintais, pequenos campos de futebol etc. –, os jovens praticantes têm a oportunidade de aliar o jogo do xadrez a outras atividades de lazer, sem correr o risco de adquirir o sedentarismo que, segundo os teóricos, é um elemento prejudicial no jogo de xadrez. Isto leva a afirmar que os jovens estudantes de Salinoóplis, como praticantes de xadrez, demonstram que não são sedentários, pois buscam alternativas de suprir ou reparar o tempo que dedicam ao jogo de xadrez com exercício físico, o que pode ser possível por outras pessoas desde que saibam orientar o seu tempo.
Dessa forma, chegou-se à conclusão de que o jogo de xadrez, enquanto elemento de contribuição para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, pode ser um grande elemento no processo de aprendizagem dos estudantes e que deve ser estimulado e desenvolvido no contexto curricular das escolas em Salinópolis – Pará e não considerado um elemento prejudicial à saúde já que possibilita grandes aprendizagens, necessitando, portanto, que os estudantes sejam orientados sobre a sua importância e os cuidados para não se tornarem sedentários. Assim, será possível a prática do xadrez sem correr o risco de adquirir hábitos prejudiciais, como o sedentarismo. Considera-se, portanto, que o jogo do xadrez deve desenvolvido e estimulado nas instituições escolares, como uma atividade criativa e facilitadora da aprendizagem na ação educativa.
Referências
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 1999.
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WOJCIO, Michael David. The importance of Chess in the classroom. Atlantic Chess News, 1990.
VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,1988.
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