A importância da Educação Física na formação escolar: a opinião dos alunos do Ensino Médio La importancia de la Educación Física en la formación escolar: la opinión de los estudiantes de la Escuela Media |
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*Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física **Professor do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade de Caxias do Sul (Brasil) |
Adaiane da Silva Deon* Gerard Mauricio Martins Fonseca** |
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Resumo O presente trabalho procurou verificar a opinião sobre a importância da educação física escolar dos estudantes do ensino médio de uma cidade de médio. Os resultados mostram que os alunos enxergam a educação física como importante na manutenção da saúde e na melhora das habilidades motoras do cotidiano. Concluímos que as aulas de educação física podem atingir melhor seus objetivos se observarem mais a opinião dos estudantes. Unitermos: Educação Física. Ensino Médio. Opinião dos estudantes |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 142 - Marzo de 2010 |
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Introdução
A maioria das pessoas que freqüentam ou freqüentaram a escola, seja cursando apenas o Ensino Fundamental ou Médio, puderam ter conhecimento ou pelo menos uma vivência de atividades físicas e esportivas, desenvolvidas nas aulas de Educação Física Escolar. Na vida escolar de cada aluno esta disciplina tem ou teve um significado diferente. Para alguns é um momento de lazer, diversão, descontração, para outros significa esporte, competição, prática física ou ainda caracteriza-se como um momento para relaxar, enfim, cada um tem um conceito sobre Educação Física e sua aplicação na escola.
No Ensino Médio as aulas de Educação Física são freqüentadas na quase totalidade por alunos que se encontram na fase do desenvolvimento humano denominada de adolescência. Nesta fase da vida, o aluno sofre grandes transformações de ordem física, cognitiva e psicossociais. Período repleto de contestações, de rebeldias, de indignações e que muitas vezes na escola, os professores, assim como muitos pais, chamam de “aborrescência” talvez por não entenderem bem o processo pelo qual o aluno passa nesta fase.
Existem várias definições que buscam caracterizar a adolescência em diferentes dimensões (psicológica, física, social, etc.), mas, de maneira geral há um consenso de que essa fase se caracteriza por ser um momento de transição entre a infância e a juventude. Durante a puberdade, tanto os meninos quanto as meninas têm um aumento acelerado do peso, da altura, do desenvolvimento muscular e esquelético, o que pode afetar o desempenho do aluno nas aulas de Educação Física no que diz respeito à força física. Além das mudanças diretamente relacionadas à puberdade, há mudanças fisiológicas que influenciam o desempenho físico dos alunos de ambos os sexos.
Com todas estas transformações devemos ter uma atenção especial no planejamento das aulas, onde podemos utilizar o aspecto cultural para o planejamento das atividades que é um fator importantíssimo, pois, cada adolescente tem um estilo próprio e identifica-se com as modalidades que vão ao encontro dos seus interesses e características.
Outro aspecto importante a ressaltar é a motivação, incentivo do professor e dos colegas durante as aulas de Educação Física, pois, segundo Barreto (2003), quando um aluno é elogiado, ocorre um aumento na sua motivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade, isto é, vai haver um progresso na sua organização.
O professor deve ser o motivador e mediador da aprendizagem, se este não estiver motivado e não se esforçar para propor atividades que correspondam aos interesses dos alunos os objetivos não serão atingidos.
Para Samulski (2002, p.33) “o professor ou treinador deve observar o nível de motivação de cada atleta, para assim auxiliar aqueles que tiverem uma redução no seu nível de motivação, que a repetição de um mesmo procedimento durante muito tempo é o mais comum para o declínio de interesse.” No entanto existem escolas em que encontramos uma realidade diferente desta, onde a Educação Física, é um componente que em grande parte das vezes, é marginalizado, discriminado, desconsiderado, chegando até eventualmente a ser excluído dos projetos políticos pedagógicos de algumas escolas, como os alunos não dão grande importância para esta disciplina nos deparamos com uma triste realidade. Percebe-se que a prática pedagógica da educação física pouco tem contribuído para a compreensão dos fundamentos esportivos, para o desenvolvimento da habilidade de aprender, para a uma educação voltada para a saúde ou para a formação ética dos estudantes.
Portanto, devemos considerar as várias possibilidades de aprendizagem, para não encarar os alunos como um simples receptor no processo de ensino. Deve se reconhecer o papel determinante que eles desempenham no contexto escolar.
A aula orientada na ação comunicativa tem um interesse didática no comunicação entre os alunos e professor, sobre o sentido do esporte, e, ao mesmo tempo, sobre os objetivos, conteúdos e formas de aula. Nesta aula o professor renuncia o monopólio do planejamento e será apenas um orientador do aluno. Com isso os alunos podem integrar suas idéias, necessidades e impressões na aula e discutidas com o professor. (STRAMAM, 2002, p. 141)
Ao realizar estágio de Educação Física nesta modalidade de ensino constatei que alguns alunos diziam que não gostavam da atividade proporcionada pelo professor, que estavam com alguma dor, que tinham medo de errar e serem criticados ou simplesmente por não estarem com vontade de realizar a atividade proposta pelo professor. Segundo Betti e Zuliani (2002) ao chegarem aos anos finais do ensino fundamental os alunos começam a desenvolver uma visão mais crítica do mundo e da sociedade, passando a desconsiderar a importância dessa disciplina e a ter outros interesses. Como acadêmica de Educação Física e futuramente profissional da área, interesei-me em compreender qual a importância da disciplina na formação escolar na visão dos alunos, pois sei a importância que esta disciplina exerce sobre o desenvolvimento integral dos indivíduos, no aprendizado dos mesmos e o quanto é importante a participação dos alunos nas aulas.
Constata-se no cotidiano escolar que os estudantes, ao chegarem nesse grau de escolaridade apresentam interesses diferentes de um lado encontram-se aqueles que gostam das aulas de Educação Física, estes, geralmente gostam de jogar voleibol e futsal, que são os esportes mais praticados no Ensino Médio. De outro lado, estão os alunos que não gostam desta disciplina e buscam vários motivos para não participarem das atividades propostas, como sentir alguma dor, falta de uniforme, etc.
A Educação Física para muitos alunos, é a disciplina que eles mais gostam na escola e esperam ansiosos o seu horário. Percebe-se também a existência de alguns que não gostam desta disciplina, desprezam, renegam e a colocam em segundo plano. Há outros que não praticam a educação física, ficam parados sentados, quietos. Estas atitudes parecem revelar o desprezo pela disciplina (SHINOGOV, 2002 p. 126).
Há também outro fator que auxilia para a precariedade que se encontra a Educação Física atual, onde vasta diversificação de conteúdos que é iniciada no Ensino Fundamental infelizmente não existe a continuidade no Ensino Médio, pois os professores acabam não valorizando o conhecimento prévio dos educandos e a cultura corporal de cada um, aplicando apenas esportes competitivos, onde sempre ficam excluídos os menos habilidosos e sendo apenas uma pequena parcela participante da aula contribuindo assim para o desinteresse dos alunos pelas aulas de Educação Física.
Para Mattos e Neira (2000, p.25) “há escolas em que o aprofundamento tático das modalidades é o único conteúdo das aulas de Educação Física. Essa especialização, não se mostra eficaz, pois só quem domina os fundamentos do jogo pode "jogar taticamente", perdendo o significado esse conhecimento de alto nível.”
Também deve-se ter cuidado para escolher uma metodologia que contemple as necessidades dos estudantes desta faixa etária. O que também é comum perceber nas escolas, que existe pouca diversidade de atividades físicas e aliado a este fator está a falta de planejamento para as aulas de Educação Física. Os estudantes não reconhecem da identidade da Educação Física e a infra-estrutura na escola é deficitária para a prática da Educação Física. Para Deivide (1999, p. 52)
Uma pesquisa realizada em escola de Ensino Médio, investigou a concepção de Educação Física dos alunos, a aplicabilidade de seus conteúdos no cotidiano e qual o papel do professor enquanto educador. Os resultados indicam que os alunos encaram a Educação Física como uma disciplina sem relevância para manter-se dentro do currículo escolar, com conteúdos repetitivos e sem aplicabilidade no cotidiano, além de não motivar a prática permanente de exercícios fora da escola.
A Educação Física é uma disciplina que busca desenvolver o individuo em sua totalidade, ou seja, seus aspectos motor, cognitivo e afetivo-social. Ela existe em todos os níveis escolares. Em cada um deles busca-se atingir diferentes objetivos através dos diversos conteúdos que devem ser trabalhados nesta disciplina. Para desenvolver um trabalho consciente, que busque desenvolver e atingir os objetivos na Educação Física, considero necessário que haja interesse por parte dos alunos em participar das atividades. Para isso, precisamos ouvir nossos educandos, buscando compreender suas necessidades, expectativas e a partir daí realizar um trabalho mais direcionado.
Diante do exposto anteriormente o trabalho objetivou identificar a importância da Educação Física na formação dos alunos, perceberem qual a relevância da Educação Física e das outras disciplinas, analisar qual o status da Educação Física no contexto escolar e identificar quais os conteúdos de maior interesse dos estudantes do ensino médio, para podermos avaliar e rever a situação da Educação Física atualmente.
Acreditamos que este estudo nos ajudará a ter um conhecimento melhor sobre o que este público entende e quais suas aspirações em relação a Educação Física Escolar, para assim realizar uma prática educativa mais consciente, através da qual poderemos obter melhores resultados.
Metodologia
Este trabalho caracterizou-se por ser uma pesquisa descritiva, pois de acordo com Cervo e Bervian (2007), a pesquisa descritiva tem por objetivo registrar, observar, analisar e também correlacionar os eventos sem a intenção de manipulá-los. Também pode ser considerado um estudo de corte transversal, pois avalia apenas o momento, sendo mais eficientes em termos de tempo do que os estudos longitudinais. Nosso estudo também apresenta uma característica quantitativa, na medida em que busca identificar uma linha característica de pensamento dos alunos, por meio da análise quantitativa de suas respostas. De acordo com Marconi e Lakatos (2007, p.269), “a pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”. Cabe salientar que nosso trabalho também apresenta um viés qualitativo na medida em que se preocupa em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. De acordo com Goldenberg (2003, p.107), a combinação de métodos quantitativos e qualitativos em alguns estudos faz-se necessária, como complementação da metodologia e como ferramenta para uma melhor análise e compreensão do estudo.
A pesquisa teve como população alvo os estudantes do Colégio Estadual Frei Getúlio que se localiza no município de Bom Jesus, RS. Este município foi referência esportiva nos anos anteriores, sendo que havia dois clubes esportivos na cidade: Esporte Clube Santa Cruz e o Esporte Clube Juventude. Existiu uma grande rivalidade entre ambas as equipes, pois eram clubes conceituados e apresentavam um grande envolvimento com a comunidade, que participava ativamente dos encontros e eventos esportivos destes clubes. Com o passar do tempo essas duas equipes se extinguiram, por falta incentivo e patrocínio. Nos anos 90, havia também uma grande disputa esportiva entre os jovens que participavam de campeonatos de futsal da cidade bem como da equipe de futsal de Bom Jesus que chegou a jogar competições federadas da modalidade. Hoje resta apenas o campeonato Citadino de futsal, para o envolvimento esportivo direto dos jovens bem como para sua formação como apreciadores da prática esportiva.
Com isso, se produziu um declínio na cultura esportiva da comunidade que por consequência acabou afetando aos jovens a não terem mais estímulo em praticar algum esporte. O Colégio Frei Getúlio sempre foi um grande aliado das equipes, pois tinha um maior número de alunos, no qual desses muitos se destacavam para praticar qualquer modalidade esportiva, pois o Colégio incentivava os alunos e dava condições que os mesmos se dedicassem a outros esportes e não somente o futebol e futsal. Na escola, na atualidade, ainda uma pequena parcela dos estudantes participam dos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (JERGS) onde participam no atletismo, basquete, handebol e voleibol. O nível esportivo ainda se mantém,sendo que no ano de 2009 as meninas da categoria Juvenil foram campeãs na série Regional.
Desta maneira, participaram da investigação os estudantes de ambos os sexos do 2º ano do ensino médio do referido educamdário. No total foram 66 questionários respondidos pelos estudantes. Cabe salientar que os sujeitos da investigação, autorizaram sua participação através de um termo de consentimento livre e esclarecido, onde estavam explicados os objetivos do trabalho, a isenção e sigilo dos dados, bem como a inexistência de riscos e de benefícios decorrentes da participação no mesmo.
Para a coleta de informações, foi utilizado como instrumento um questionário fechado. De acordo com Cervo e Bervian (2002), o questionário é a forma mais utilizada para coletar dados, possibilitando medir com exatidão, o que se deseja. As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação de acordo Goldenberg (2003, p.57) “as perguntas fechadas são destinadas a obter informações sócio demográficas sobre o entrevistado e identificar suas opiniões”
O questionário foi baseado no instrumento proposto por Costa (1997), que foi construído para que pudessem utilizar nas várias formas de controle da sua validade, de modo a assegurar a qualidade e rigor exigível, analisando a atitude dos alunos face à escola, à educação física e a alguns comportamentos de ensino do professor. As questões do questionário foram organizadas com base na Escala de Likert (THOMAS, NELSON e SILVERMAN, 2007).
O questionário consistiu de 09 perguntas, abordando temas sobre a opinião dos estudantes em relação às aulas de educação física, seu grau de envolvimento, as relações da educação física com outras áreas do conhecimento e a relevância desta disciplina na formação dos estudantes.
Após a montagem do instrumento, ele foi apresentado para três professores habilitados em educação física no ensino médio e também com experiência em pesquisa para avaliarem o instrumento e verificarem sua adequação com os objetivos propostos na pesquisa. Depois das considerações dos especialistas o questionário foi novamente refeito.
Pelo fato de existirem possíveis falhas ou erros na elaboração do questionário, Negrine (2004), propõe que seja feito um teste com indivíduos de perfil semelhante aqueles que participarão do estudo. Desta forma antes de aplicar o questionário nas escolas, foi feito um “estudo piloto”, com um grupo de quinze estudantes da 7ª série do Colégio Estadual Frei Getúlio. Findado o estudo piloto, realizaram-se as modificações e o instrumento foi organizado para ser aplicado.
Depois de testado o instrumento, a etapa seguinte consistiu na coleta de informações, que foi realizada no mês de outubro nas dependências do Colégio Estadual Frei Getúlio. Os questionários foram respondidos individualmente, nas salas de aula durante o horário das aulas de Educação Física. As dúvidas surgidas sobre seu preenchimento foram explicadas pela investigadora responsável no momento de sua aplicação.
A análise dos resultados foi feita com base no tratamento estatístico, com uso de cálculos porcentuais, para definir uma característica principal para cada quesito abordado no instrumento.
Análise e discussão dos resultados
Os resultados da pesquisa serão apresentados e analisados baseados nas questões aplicadas no questionário. Optou-se pela apresentação dos dados em forma de tabelas, para sua melhor visualização.
Os resultados serão apresentados em forma de tabelas, de acordo com a ordem das perguntas existentes no questionário. Logo abaixo de cada tabela está a análise e discussão, onde serão relacionados também os resultados do mesmo.
Na tabela 1 representa a participação dos meninos e meninas nas aulas de educação física.
Tabela 1
Quanto à participação nas aulas de educação física |
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Categoria |
Meninas |
Meninos |
Total |
Sempre |
10% |
44% |
54% |
Quase sempre |
29% |
42% |
71% |
Pouco |
26% |
- |
26% |
Muito Pouco |
29% |
14% |
43% |
Não participa |
6% |
- |
6% |
Podemos observar que os resultados da tabela acima mostram que na realidade escolar os alunos realmente deixam de participar das aulas de Educação Física. Observa-se que em grande parte das vezes são as meninas que não participam das aulas, pois mais de 50% delas participam pouco ou não participam. Já com relação aos meninos o índice é menor, pois quase todos participam das aulas. Os meninos de uma maneira geral dão mais importância às aulas de educação física do que as meninas, estas valorizam mais os aspectos sócio-afetivos enquanto os meninos a competitividade e a melhoria das habilidades (DYSON, 2004). Baseado na opinião do citado autor pode-se inferir que as aulas possivelmente tenham um caráter mais competitivo, com o desenvolvimento de atividades de cunho esportivo. Desta forma, a motivação e o interesse dos meninos parecem ser maiores.
Além disso, é visível a evasão da maioria das alunas ao longo da aula. Talvez, um dos fatores contribuintes seja o formato de aula, onde o esporte é privilegiado, e valorizando as qualidades masculinas, não indo ao encontro dos interesses das alunas (ROMERO, 1994).
Com relação à qualidade do espaço disponível para as aulas podemos perceber que este não é um dos principais fatores para a não participação dos alunos nas aulas, pois 90% do total dos investigados consideram o espaço bom e razoável. Quanto ao material 75% dos participantes do estudo dizem ser suficientes para a prática das aulas. Apesar da escola não possuir uma quadra coberta, os alunos não consideram este um fator determinante para as aulas de educação física. No entanto para a aula ser produtiva o aluno deve estar disponível a participar da aula, partindo de sua intensão para que ocorra a aprendizagem, não dependendo apenas do professor planejar a ação.
Segundo Lee Solmon (1992), a aprendizagem representa um processo ativo, que depende da disponibilidade do aluno para se envolver e persistir numa prática significativa das diferentes atividades que lhe são propostas nas aulas e parte do principio de que o aluno desempenha um papel determinado no processo interativo nas relações professor-aluno. Possivelmente nos resultados encontrados pelo presente estudo, é esse um dos fatores para a não participação das aulas, onde os alunos se omitem a participarem das mesmas.
Com relação aos conteúdos que são desenvolvidos em aula são basicamente os esportes tradicionais da cultura escolar brasileira, como o voleibol, futsal, basquete e handebol, sendo trabalhados apenas os desportos, deixando de lado as demais atividades componentes da cultura corporal, colaborando com a redução dos níveis de participação nas aulas. Por sua característica técnica, de exigência de um bom nível de habilidade e de desempenho motor e físico, os esportes na maioria das vezes acabam deixando de lado os menos habilidosos, excluindo assim uma boa parcela dos estudantes.
Em um estudo feito por Gonçalves (1997), com alunos entre 13 e 18 anos o resultado encontrado foi semelhante, pois os alunos listaram os seguintes conteúdos por ordem de preferência: voleibol, seguido de handebol, futebol e basquetebol. Desta forma, os resultados do presente trabalho demonstram que o gosto pela prática esportiva parece ser o mais destacado nas aulas de educação física. Cabe assinalar que outra possibilidade para o resultado é a falta de incentivo para a prática de atividades diferentes que compõem a cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992), em contraposição a supremacia dos esportes nas aulas.
A diversidade de atividades que deve existir na Educação Física como já nos relatou Coletivos de autores (1992), não está sendo trabalhada de forma efetiva na escola, pois notamos uma grande insatisfação dos alunos quanto a pouca variação de conteúdos ministrados nas aulas.
Segundo Gonçalves (1994) e Darido (1999), a maneira de ensinar a educação física, na proposta tradicional, vincula o esporte coletivo a performance, à repetição fragmentada dos fundamentos, etc. A mesma é concretizada quando o professor ensina os esportes ditos tradicionais, priorizando o desempenho, quando centraliza e dirige as ações parecendo mais um treinador, ou quando obriga o aluno a praticar um determinado esporte para o qual não está preparado, sem preocupar-se com outros aspectos como gosto, ou características psicosociais, como o humor, entrosamento com o grupo, estado emocional, experiência de vida e outros aspectos que tenham significado para os jovens.
Outro ponto importante que se deve salientar nos resultados, remete a prática de atividades físicas e/ou esportivas fora do horário escolar, onde novamente os resultados do presente trabalho reafirmaram que os meninos praticam mais exercícios que as meninas, pois quase todos, cerca de 85% dos avaliados, pratica alguma atividade física ou mesmo esportiva fora do horário escolar. Por outro lado, nas meninas esse índice é bem menor, pois elas não têm o hábito de fazer atividades físicas. Algumas fazem caminhadas ou praticam ginásticas e outras atividades na academia, porém na escola não participam das aulas de educação física. Fica o questionamento sobre os motivos que levam as jovens estudantes a ter um comportamento diferente nas aulas, do que fora delas, em se tratando de atividades físicas e esportivas. Possivelmente, para as meninas esse aspecto deve estar relacionado com a cultura da aparência que nem sempre é a cultura da saúde, pois também vamos encontrar as comunidades de anoréxicos, bulímicos e prosélitos das dietas malucas (ORTEGA, 2006).
Neste aspecto, pode-se concluir até aqui que nas aulas de educação física o estudo nos mostra que o conteúdo desenvolvido pelos professores nas escolas analisadas está resumido à pratica desportiva, principalmente aos esportes coletivos, limitando, a produção de conhecimento corporal e cultural do aluno.
A tabela abaixo destaca a importância da educação física no contexto escolar na visão dos alunos, abordando os objetivos da disciplina relacionados à sua formação escolar para os meninos qual a função que esta disciplina desempenha na escola.
Tabela 2
Qual a função da Educação Física na escola se acordo com os meninos? |
% |
Total |
Melhorar a coordenação motora para as atividades do cotidiano |
28% |
1° |
Melhorar sua saúde corporal (aumentar a resistência, força, etc.) |
17% |
2° |
Melhorar a disciplina, respeitar as regras do jogo e da sociedade. |
13% |
3° |
Divertimento e lazer no período escolar, durante a sua infância e juventude. |
11% |
|
Desenvolver a cooperação e a socialização entre os colegas e as pessoas |
12 % |
|
Buscar uma especialização esportiva, visando ser um futuro profissional dos esportes. |
10% |
|
Melhorar as habilidades esportivas, aprender a jogar bola. |
10% |
|
Na questão anterior representada na tabela 02, foram analisados quais os objetivos e aspectos que podem ser trabalhados na Educação Física de uma forma geral, desta maneira listamos uma sequência com sete itens onde eles deveriam marcar três das alternativas mais importante e relevantes, que são ou deveriam ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física na visão dos alunos.
Para os meninos o fator mais importante nas aulas de educação física está relacionado ao melhor desempenho da coordenação motora para as atividades físicas do cotidiano, onde para eles ter uma boa resistência e coordenação ajuda consideravelmente para realizar as tarefas diárias, já que seus trabalhos exigem na maioria das vezes um bom condicionamento, até mesmo pela caracterização do município, onde os trabalhos estão na maioria das vezes relacionados ao esforço físico.
Em segundo lugar está à saúde corporal, com todos os benefícios que a atividade física traz para a saúde, melhora as condições físicas, desenvolvimento corporal, que nesta fase está bem acentuada e muitas outras vantagens que a atividade física proporciona como: aumento da resistência, melhora circulação, coordenação motora, etc. Sendo que estes benefícios estarão presentes em todos os ambientes: em casa, na escola, na trabalho, etc.
Esta melhora alcançada com a prática regular do exercício físico são mundialmente conhecidas, principalmente em relação ao ganho de força e resistência muscular, melhoria da flexibilidade articular, alterações na composição corporal, redução do risco de traumatismo músculo-esquelético e melhoria do condicionamento cardiovascular. (POWER E HOWER, 1997)
Em terceiro lugar está a Educação Física para melhorar a disciplina e a seguir as regras do jogo e da sociedade. Onde através do jogo aprendem a conviver em sociedade e respeitar os colegas e as regras impostas. Esse papel da educação física que às vezes não fica tão evidente, mas que está muito presente e é impressionante como esse fator influencia na vida social dos alunos, pode-se perceber que o mesmo comportamento que eles assumem com relação às regras dos jogos, também são tomadas perante a sociedade.
Percebe-se com o resultado obtido que os meninos estão cientes da função da Educação Física escolar e sabem da relevância da mesma, pois nas questões tinham varias opções como especialização esportiva, qualificar as habilidades motoras, etc. Mas para eles esses aspectos não são o mais importante, e demonstraram estar cientes da função desta disciplina e os benefícios da mesma, não reconhecendo apenas o cunho competitivo, como formar atletas e especializações esportivas.
No entanto, ainda permanecem essas diferenças entre os alunos e alunas de uma mesma escola onde têm histórias de vida, condições sócio-econômicas, experiências motoras, acervo cultural e interesses distintos, portanto, há uma diversidade de modos de ser do menino e da menina que não pode ser reduzida às diferenças biológicas entre gêneros.
Na pesquisa de Altmann (1998), no horário das atividades lúdicas, em geral, os meninos ocupam todos eles, jogando futebol, correndo, lutando, competindo. As meninas ocupam um pequeno espaço, preferencialmente à sombra, onde conversam ou jogam algum jogo de mesa.
Na sequência, estão os resultados sobre a visão das meninas com relação as aulas de educação física e sua função na formação escolar.
Tabela 3
Qual a função da Educação Física na escola se acordo com as meninas?
%
Total
Melhorar sua saúde corporal (aumentar a resistência, força, etc.)
31%
1°F
Melhorar a coordenação motora para as atividades do cotidiano
17%
2°F
Divertimento e lazer no período escolar, durante a sua infância e juventude.
14%
3°F
Melhorar a disciplina, respeitar as regras do jogo e da sociedade.
13%
Desenvolver a cooperação e a socialização entre os colegas e as pessoas
11%
Buscar uma especialização esportiva, visando ser um futuro profissional dos esportes.
6%
Melhorar as habilidades esportivas, aprender a jogar bola.
8%
Para as meninas o que é mais importante nas aulas de educação física é a saúde corporal, para elas esse é o que mais fica evidente e importante, até mesmo pelo fato de estarem na adolescência e estarem preocupadas com a aparência, que nesta fase da vida é bem considerável. Assim como a saúde, alimentação adequada e bons hábitos aliados a prática de exercícios físicos, compõe a dita “vida saudável” onde está em alta nos anúncios de jornais, revistas e TVs. Todos esses atributos podem, e devem ser trabalhados nas aulas de Educação Física para assim atender os objetivos que elas consideram primordiais nesta disciplina.
Em segundo lugar está à coordenação motora e as capacidades físicas para as atividades diárias, para ter mais facilidade ao executar a movimentação do cotidiano. As habilidades físicas estão presentes desde o início de nossas vidas, mas precisamos estar sempre aperfeiçoando e trabalhando cada uma delas, obtendo movimentos melhores definidos e aperfeiçoados.
Da mesma maneira que os meninos, os dois resultados que prevalecem apenas invertem sua posição, mas ficou clara a preocupação também das meninas sobre os aspectos da vida cotidiana e a função da educação física. Parece que para os jovens escolares a educação física deveria ter como preocupação assuntos e atividades relacionadas à melhoria da saúde corporal e não apenas qualificações esportivas como é trabalhado na maioria das escolas. Isto não impede um desempenho técnico que pode ser melhor aprimorado fora da escola, em clubes ou outros programas de formação esportiva.
Em terceiro lugar estão as atividades relacionadas ao prazer e divertimento, quebrar a monotonia das aulas e relaxar, através da atividade física, melhorando assim seu desempenho intelectual e físico. Já que vivemos num mundo em que exige cada vez mais perfeição e qualificação, onde as pessoas estão deixando de lado o prazer de viver, brincar, relaxar e fugir um pouco dessa realidade em que muitas vezes o setor financeiro vem à frente de tudo. Deve-se perceber, muitas vezes, que o corpo está realmente precisando relaxar, ter prazer para que assim consiga melhorar o concentração e desempenhar melhor sua tarefa independente do local.
Estes interesses são o que as alunas esperam das aulas de Educação física, já que dispõe de apenas dois períodos semanais, deveria pelo menos contemplar alguns desses interesses listados acima.
Nos dias atuais, sabemos que a imagem do esporte ainda afasta as mulheres de sua prática. Ao observarmos as quadras esportivas, provavelmente, o número de homens praticantes será maior do que de mulheres. Nos espaços escolares, também as quadras esportivas são comumente ocupadas por meninos durante o recreio e horários livres, demonstrando, até certo ponto, que eles dominam esse universo. (ALTMANN, 1998).
A menina de uma maneira geral tem outras preferências, pois nesta faixa etária não tem muita preocupação com desempenho esportivo, para elas há outros fatores mais importantes, como aparência, corpos bem torneados e como o esporte não trabalha diretamente esses aspecto e também por outro lado jogar vai desarrumar o cabelo, suar, etc. sendo este mais um motivo para ficarem alheias as aulas.
Percebe-se que esta realidade não esta presente apenas neste colégio, pois num estudo realizado pelo Gonçalves (1997), os inquiridos escolheram como primeira escolha, com rapazes e moças manifestando comum acordo, o fator “beneficiar a saúde corporal”, sendo este um dos objetivos prioritários ao ensino da Educação Física.
De acordo com os PCNs (1999), a contextualização do conteúdo referente à qualidade de vida, dentre vários outros, favorecerá ao aluno a adoção de um estilo de vida ativo hoje e, provavelmente por toda a sua vida. A escola é um dos espaços onde a conscientização do aluno para essas questões será aflorada, devendo ser também uma preocupação do professor ao planejar suas atividades.
Também nos fala das competências a serem desenvolvidas nas aulas, entre elas está a conscientização e a importância de realizarmos atividades físicas para promover a saúde. Verificamos que esta competência está sendo reconhecida pelos alunos, já que este aspecto foi bastante citado.
Como constata Verenguer (2006), a educação física no ensino médio deve tratar da atividade motora e suas formas, o corpo e suas significações vinculando sua prática ao cotidiano do jovem, lhe dando autonomia e conhecimento que lhe permitam escolher a atividade física que mais se adequar aos seus objetivos.
Os meninos têm uma melhor participação nas aulas do que as meninas, pois a maioria participa ativamente das aulas, apesar de não ter diversidade e praticarem apenas futebol e voleibol, mas estão presentes e são ativos não apenas no horário escolar como também fora dele, pois no questionário os meninos quase todos também praticam algum desporto em outros horários, geralmente os mesmos que praticam na escola, mas este é um resultado positivo pois, se comparado ao resultado das meninas estes já estão não só conscientizados mas também praticantes e ativos, o que deixa ainda uma esperança para as aulas de educação física e os profissionais da área, pois não depende apenas da conscientização mas sim da participação.
Na questão relacionada á importância da educação física na visão dos alunos, eles consideram o mais importante à coordenação motora para facilitar nas atividades diárias, pois um desenvolvimento das habilidades motoras colabora para um bom desempenho nos esportes assim como no trabalho, pelo fato cultural onde o mercado exige maior força e resistência por parte dos homens, na questão seguinte que fala sobre as outras disciplinas, também citaram biologia, onde tem grandes afinidades, pois por esta ser uma região de interior vários deles participam das atividades campeiras, tendo assim maior contato com animais que são melhor estudados na disciplina de Biologia, como habitat, seu desenvolvimento, características, etc. e a disciplina de História pelo contexto relacionado a cultura dos diferentes povos, as revoluções, fatos históricos,etc. Interessante ver as diferenças, com esses dados percebe-se que os meninos tem uma visão diferenciada das meninas, pois são conscientes dos benefícios do esporte e praticam com mais regularidade até mesmo porque os homens de uma maneira geral precisam de mais força, e as atividades físicas ajudam consideravelmente.
Esta maior participação masculina, também é reflexa de fatores históricos, sociais e culturais, que cercam a relação entre homens e mulheres na nossa sociedade, afinal não podemos negar uma cultura machista em nosso contexto, que por muitas vezes excluiu as mulheres de diversas atividades sociais. Adelman (2003), lembra que os esportes continuam sendo avaliados em termos de gênero, incluindo tanto os que se tornaram unissex, quanto os que são vistos como potencialmente ‘masculinizantes’ para as mulheres, ou seja, apesar de atualmente a mulher ter alcançado maior espaço no campo social, cultural e até mesmo político, ainda existem reflexos que dificultam a sua participação em determinados esportes.
Estas práticas servem até hoje de respaldo para práticas escolares que fazem distinção entre os indivíduos pelas suas capacidades físicas e características biológicas, perpetuando o papel de ativo, competitivo e violento ao homem e o papel de frágil às mulheres.
Apesar da divisão entre os sexos não ser mais tão comum nas aulas de educação física, ainda permanece uma divisão cultural simbólica onde o docente, ao exigir certo tipo de atitude diferente entre meninos e meninas, tende a reforçar a estereotipia de comportamentos, como se fossem próprios de cada gênero. Infelizmente as pessoas ainda vêem alguns esportes como sendo apenas masculinos ou femininos tornando assim um fato limitante de participação.
Conclusão
Esta pesquisa realizada sobre a importância da Educação Física na formação escolar visão dos alunos do ensino médio, seus conteúdos e finalidades dentro e fora da escola, à relevância das demais disciplinas e as finalidades da Educação Física. Onde através de questionário foi constatado que os estudantes têm conhecimentos sobre os benefícios da atividade física e a sua importância no contexto escolar, mas mesmo assim têm alguns que ainda são resistentes a participação das aulas, sendo na maioria das vezes as meninas. Pelos estudos realizados esta realidade não está presente só nesta escola, mas também em muitas outras. Interessante como os adolescentes de certa forma se contradizem com relação aos seus interesses, pois nesta faixa etária eles estão de uma maneira geral preocupados com a aparência física, saúde corporal que por sinal foi a questão mais votada pelas meninas no questionário sendo essa uma das principais funções da Educação Física na visão delas, mas considerando isto deveriam então participar e usufruir dos benefícios da atividade física tendo assim uma boa saúde e uma vida saudável.
Já os meninos pensam um pouco diferente para eles o mais importante está relacionado á melhoria na coordenação motora para as atividades diárias, sendo que se estiver com um bem condicionamento físico e bem preparado fisicamente terá mais facilidade em executar seus afazeres particulares e esportivos. Quanto á participação os meninos estão bem mais presentes normalmente participam das aulas, o que é um aspecto positivo, pois demonstra que para alguns a disciplina de Educação Física ainda desenvolve sua função e cativa os alunos para a sua pratica. Quanto ás meninas teria que fazer um estudo a parte para saber as causas da não participação, e os motivos pelos quais ficam alheias as aulas.
Com relação á prática de atividades físicas fora do horário escolar, permaneceu os mesmos índices, onde os que praticam na escola também praticam em outros horários, que no caso são os meninos. Também se verificou as demais disciplinas, qual a escala por ordem de importância de acordo com os alunos, os resultados demonstraram que tanto meninos como meninas dão maior importância para português e matemática Percebe-se que eles valorizam a escrita e fazer cálculos e na sequência as meninas se preocupam com o mercado de trabalho, apresentando na sequência inglês e informática já os meninos se interessam mais pelas disciplinas de Biologia e história provavelmente por estar relacionadas aos animais e os seres vivos.
Concluiu-se que a Educação Física mais especificamente do Ensino Médio necessita de modificações. Os objetivos, conteúdos dos programas e as metodologias precisam ser revistos e reformulados, a fim de valorizar a disciplina dentro do ambiente escolar para assim ter uma maior participação por parte dos alunos. Essa mudança pode ocorrer a partir do momento que se construir e organizar o corpo de conhecimento próprio da disciplina e quando os educadores de Educação Física, aceitarem que a opinião e a participação dos alunos no processo de planejamento é importante para o desenvolvimento das aulas. Pretende-se refletir de que os afetos, sentimentos e sensações do aluno interagem com a aprendizagem das práticas da cultura corporal.
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