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Análise do consumo de micronutrientes de jogadores 

de futebol de um clube de Santos, SP

Análisis del consumo de micronutrientes en jugadores de fútbol de un club de Santos, SP

Analysis of the consumption of micro for football players of a club de Santos, SP

 

*Nutricionista, Doutora e Mestre em Nutrição Saúde Pública pela

Faculdade de Saúde Pública – USP

**Nutricionista pelo Centro Universitário Lusíada

UNILUS, Santos, SP

(Brasil)

Tamara Eugenia Stulbach*

tamyst@ig.com.br

Leonardo Bruno Messias Raphael**

leonardobraphael@ig.com.br

 

 

 

Resumo

          No futebol –esporte popular difundido em mais de 190 países, segundo a FIFA– a preocupação com a nutrição dos jogadores deve ser a de oferecer uma alimentação equilibrada e variada, para atender às demandas de necessidades de cálcio, ferro, zinco e vitamina C, já que, segundo a literatura, existem indícios do papel da alimentação acerca da saúde do atleta. O objetivo deste estudo foi o de avaliar o consumo destes micronutrientes, feito através da obtenção de inquérito alimentar de 3 dias e calculados pelo software Avanutri. Os jogadores de futebol, em sua maioria, não chegaram a atender às recomendações das DRI´s (2002), bem como o percentual de adequação – de acordo com a SBAN – dos micronutrientes, o que pode não os beneficiar nos treinos e competições diante das inadequações dos valores consumidos em sua dieta habitual, sejam eles abaixo ou acima do recomendado.

          Unitermos: Futebol. Micronutrientes. Referência

 

Abstract

          In football -popular sport broadcast in over 190 countries, according to FIFA- the concern about the nutrition of the players should be to provide a balanced and varied diet to meet the demands of the needs for calcium, iron, zinc and vitamin C, since, according to the literature, there is evidence of the role of nutrition on the health of the athlete. The aim of this study was to evaluate the consumption of these micronutrients, done by obtaining a survey of food 3 days and calculated by the software Avanutri. The soccer players, most of them, did not meet the recommendations of the DRI's (2002), and the percentage of adequacy - according to SBAN - the micronutrients, which may not qualify in the training and before competitions the inadequacies of the values consumed in your diet, whether below or above recommended.

          Keywords: Football. Micro. Reference

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 141 - Febrero de 2010

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Introdução

    Os minerais pertencem à classe dos micronutrientes, divididos em duas classes: macrominerais – necessários em quantidades de 100 mg ou mais, como o cálcio – ou microminerais – elementos traço, necessários em quantidades menores, geralmente menor que 15 mg/dia, como o ferro e o zinco. As vitaminas são substâncias agrupadas em duas classes: hidrossolúveis (solúveis em água): vitaminas do complexo B – B1, B2, B6 e B12 – ácido fólico e vitamina C; e lipossolúveis (solúveis em gorduras): vitaminas, A, D, E e K (FISBERG et al., 2006).

    Muitos deles desempenham papéis essenciais, seja no metabolismo energético ou nos tecidos corporais, sendo importantes na manutenção e construção dos tecidos musculares após o exercício; na síntese de hemoglobina; na manutenção da saúde dos ossos; na função imunológica – ou seja: na resistência às doenças e infecções, além de proteção contra danos oxidativos. (CARVALHO, 2008).

    Os estados de deficiência de micronutrientes podem ter pouco efeito sobre o indivíduo sedentário, para o qual o desempenho físico não é evidentemente importante, mas um déficit de algum micronutriente pode prejudicar na capacidade de realização da bateria de exercícios, nos treinos e em competições, ocasionando em sérias conseqüências para o atleta. O consumo em excesso também pode ser prejudicial. (MAUGHAN; BURKE, 2004).

Metodologia

    Foram avaliados 15 jogadores de futebol do sexo masculino, da categoria profissional, do Litoral Futebol Clube. Os atletas tinham idade entre 18 e 25 anos.

    Para verificar a ingestão dietética, foi realizado um Inquérito Alimentar de três dias consecutivos nos treinamentos em períodos competitivos. Cada jogador foi entrevistado individualmente a fim de se avaliar a ingestão dietética durante o período referido, caracterizando assim seu consumo habitual. Segundo Cintra et al. (1997), este método de avaliação é válido, pois estima a ingestão habitual de nutrientes dos indivíduos, visto que apenas um único recordatório alimentar não é capaz de avaliar esta ingestão.

    A ingestão alimentar foi avaliada através do cálculo das dietas de cada atleta através do software Avanutri®, dados estes computados posteriormente no programa Excel.

    Em relação aos valores de consumo dos micronutrientes – cálcio, ferro, zinco e vitamina C – encontrados nos três dias alimentares, foi elaborada a mediana, que é uma medida de tendência central, correspondente ao valor que divide a amostra ao meio, ou seja: metade dos elementos do conjunto de dados são menores ou iguais à mediana, enquanto que os restantes são superiores ou iguais. (WIKIPÉDIA, 2008).

    Conforme visto na literatura, não existem quantidades específicas acerca da ingestão de micronutrientes para jogadores de futebol, bem como para os demais atletas, portanto, foram usados como parâmetros de avaliação da ingestão dietética as atuais DRI´s (2002) para cada nutriente, sendo que, ainda em relação ao consumo dos jogadores de futebol, foram calculados os percentuais de adequação mínimos e máximos (% 90 e 110, respectivamente), valores estes calculados para cada micronutriente, conforme a recomendação da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição – SBAN. (RIVEIRA; SOUZA, 2008).

Resultados e discussão

Gráfico I. Distribuição dos valores da mediana do consumo de Cálcio pelos jogadores de futebol de um clube de Santos – SP.

    O gráfico acima demonstrou que, do total de 15 jogadores, 4 jogadores (27%) ficaram entre os valores de recomendação do Cálcio (900 mg e 1100 mg, percentual de adequação 90 e 110, respectivamente), 5 jogadores (33%) apresentaram um consumo de cálcio acima da recomendação (maior que o %110) e 6 atletas (40%) consumiram abaixo da recomendação de cálcio (menor que %90) dos resultados da mediana nos três dias de aplicação do inquérito de 3 dias.

    Discutindo acerca destes resultados, a ingestão de cálcio da maioria dos atletas mostrou-se inapropriada em comparação com a recomendação proposta pela DRI (2002) – que são 1000 mg/dia, sendo deste modo, inadequada para a prática da modalidade. (FRANCESCHINI; PRIORE; EUCLYDES, 2006; RIVEIRA; SOUZA, 2008).

    O valor da mediana dos jogadores 1, 2, 3, 4, 6, 9, 10, 13, 14 e 15 apresentou um consumo de cálcio abaixo da recomendação. Os motivos deste consumo inadequado, de acordo com uma breve análise das dietas destes atletas demonstraram, por exemplo, que houve omissão de alimentos fonte de cálcio – como leite e derivados – em refeições como desjejum, lanche da tarde e ceia; substituição do requeijão por manteiga ou margarina, sendo que estes dois últimos não são fontes de cálcio, mas sim de gordura; iogurte substituído por refrigerante ou suco industrializado, como suco em pó; falta de verduras fonte deste mineral no almoço e/ ou no jantar; substituição de fruta in natura – como laranja e melão, com considerável quantidade de cálcio – por sucos industrializados ou refrigerantes. (SILVA; COZZOLINO, 2005).

    O jogador 12 apresentou ingestão acima do recomendado de cálcio em 2 dias de análise do inquérito alimentar, o que influiu no valor da mediana acima do recomendado pois, após breve análise de sua dieta, ele ingeriu mais de um alimento fonte de cálcio em pelo menos duas refeições, tendo ainda consumido, em quatro refeições do dia, algum alimento fonte deste nutriente.

    Assim, em relação ao consumo inapropriado de cálcio deste presente estudo, 73% dos jogadores o fez. Comparado a um estudo que fez a caracterização nutricional de jogadores de elite de futebol amputados, o percentual encontrado naquele estudo foi de 50% de inadequação do consumo de cálcio, ou seja: menos que o percentual achado no presente estudo. No entanto, o estudo citado teve uma amostra de quatro jogadores e a avaliação dietética usada foi pelo registro alimentar de 6 dias – onde o jogador anotou o que consumiu, em relação ao alimento e sua respectiva quantidade. (GOMES; RIBEIRO; SOARES, 2008).

    Assim, verificou-se que não se pode substituir alimentos fonte de cálcio por alimentos de outros grupos de alimentos nem omitir uma ou mais refeições, senão o valor de cálcio encontrado na dieta poderá estar abaixo da recomendação, acarretando em problemas para o jogador de futebol, como a incidência de câimbras musculares, diminuição da contração muscular e, posteriormente, osteoporose. (WILLIAMS, 2002).

    Mudando o foco da ingestão inapropriada à ingestão adequada de cálcio pelos jogadores de futebol, 27% encontraram-se dentro da recomendação (entre 900 e 1100 mg), sendo este percentual referente aos jogadores 5, 7, 8 e 11. Estes dados contrastam os resultados de um estudo realizado com os jogadores de elite de futebol amputado onde não houve o consumo recomendado deste micronutriente. (GOMES; RIBEIRO; SOARES, 2008). Diante do exposto, é útil fazer alguma intervenção na alimentação dos jogadores de futebol cuja dieta, além de garantir a ingestão recomendada de cálcio, tenha também a preocupação de incluir alimentos fonte deste micronutriente e com pouca gordura. (MAUGHAN, BURKE, 2004).

Gráfico II. Distribuição dos valores da mediana do consumo de Ferro pelos jogadores de futebol de um clube de Santos – SP

    Discutindo acerca destes resultados, a ingestão de ferro quase que pela totalidade dos jogadores de futebol – 93% – mostrou-se inapropriada em comparação com a recomendação proposta pela DRI (2002) – que são 8 mg/ dia –; em relação ao %90 – que são 7,2 mg/ dia – e ao %110 (que indica o consumo máximo de ferro de 8,8 mg/ dia), sendo, deste modo, inadequado para a prática da modalidade (FRANCESCHINI; PRIORE; EUCLYDES, 2006; RIVEIRA, 2008).

    Estes 93% (total de 14 jogadores) refere-se ao consumo acima da recomendação máxima (%110), já que a terminação “consumo inapropriado” pode ser referida tanto para a ingestão abaixo como acima do recomendado, como foi este caso. De acordo com uma breve análise das dietas dos jogadores, houve ingestão considerável do grupo das carnes – tendo como consumo expressivo à carne bovina e logo após a carne de frango – nas duas principais refeições (almoço e jantar), bem como um concomitante consumo de leguminosas – principalmente feijão –, rico em ferro, como também o consumo de alimentos feitos à base de farinha de trigo – encontraram-se dentro deste quesito o pão francês, pão de fôrma, bolos e tortas – onde esta farinha é enriquecida com ferro. (WILLIAMS, 2002).

    Dentre eles, um jogador passou do limite tolerável de ingestão (UL), que é de 45 mg/ dia, devido à associação de mais de um tipo de alimento fonte de ferro em uma mesma refeição – como carne de frango e lingüiça – uma ou mais vezes ao dia, sem contar o alto consumo de açaí (3 potes de 200 gramas), que também ajudou aumentar o valor encontrado do ferro em sua dieta, pois esta fruta tem um alto teor do mineral em questão. Com isso, o atleta pode apresentar diarréia, náusea ou vômito pelo alto consumo de ferro. (COLLI; MARI; SARDINHA, 2005).

    Os dados do presente estudo se equiparam aos de um artigo que analisou o consumo de jogadores de futebol amputados, onde todos os atletas consumiram acima da recomendação de ferro, de acordo com os valores médios de consumo de ferro, em um período de 6 dias, através do registro de alimentos. (GOMES; RIBEIRO; SOARES, 2008).

    Somente o jogador 10 encontrou-se com o consumo adequado de Ferro pela DRI (2002) – 8 mg – e pelo percentual de adequação (valores entre 90 e 110%, que valem 7,2 mg e 8,8 mg respectivamente) no valor da mediana dos 3 dias de obtenção do recordatório – 7% da amostra.

    Diante do observado, é importante que os atletas não ultrapassem o nível máximo de ingestão (UL), pois assim evitam a intoxicação por este mineral, o que pode ser desagradável.

Gráfico III. Distribuição dos valores da mediana do consumo de Zinco pelos jogadores de futebol de um clube de Santos – SP

    O gráfico acima revelou que dois jogadores (13%) ficaram entre os valores de recomendação da ingestão de zinco/ dia (9,9 e 12,1 mg, percentual de adequação 90 e 110, respectivamente), 8 jogadores (53%) apresentam um consumo de zinco na alimentação acima da recomendação (maior que %110) e 5 atletas (34%) consumiram o zinco abaixo da recomendação (menor que %90) dos resultados da mediana nos três dias de inquérito alimentar.

    A ingestão de zinco em 87% dos jogadores mostrou-se inapropriada em comparação com a recomendação proposta pela DRI (2002) – que são 11 mg/ dia –; em relação ao %90 – que são 9,9 mg/ dia – e ao %110 (que indica o consumo máximo de zinco de 12,1 mg/ dia), sendo, deste modo, inadequado para a prática da modalidade. (FRANCESCHINI; PRIORE; EUCLYDES, 2006; RIVEIRA; SOUZA, 2008).

    Oito jogadores de futebol – números 3, 5, 7, 8, 12, 13, 14 e 15 – consumiram uma quantidade acima da recomendada de zinco, o que pode ser ilustrado, após breve análise da dieta consumida durante os três dias, que se deve ao proporcional aumento da porção de carne vermelha nas principais refeições.

    Cinco jogadores de futebol – números 2, 4, 6, 9 e 10 – consumiram o zinco abaixo da recomendação (menor que 9,9 mg - %90), ficando evidente que, se o jogador apresentou uma quantidade ingerida de zinco abaixo da recomendação em dois ou três dias, este resultado influiu no valor final do consumo de zinco – ou seja, na mediana. O consumo inadequado de zinco deu-se, após breve análise da dieta, devido à substituição de carne in natura – seja ela bovina, de frango ou peixe – por produtos industrializados, como nugget, hambúrguer e salsicha, além do hábito de fazer um lanche em vez de jantar, onde nem sempre prevalece os alimentos fonte de zinco necessários na refeição omitida, devido ao consumo, por exemplo, de alimentos ricos em cálcio.

    Outro aspecto observado é o pequeno consumo de outras variedades de alimentos fonte de zinco pelos jogadores de futebol, como qualidades de peixes, vísceras de animais, gema de ovo, grão de bico, amêndoa ou amendoim. (COLLI; MARI; SARDINHA, 2005). Este fato pode ser explicado pela falta de costume no consumo destes alimentos na dieta habitual dos jogadores de futebol, conforme verificado nos três dias do inquérito. Os dados do presente estudo apresentam um contrate aos resultados de um artigo que analisou o consumo de jogadores de futebol de elite amputados, onde um atleta consumiu a quantidade recomendada de zinco, e os demais – sendo três atletas – consumiram acima da quantidade recomendada, de acordo com os valores médios de consumo de zinco, em um período de 6 dias, através do registro de alimentos. (GOMES; RIBEIRO; SOARES, 2008).

    Diante do exposto, fica evidente que os jogadores de futebol tenham, em sua dieta habitual, alimentos fonte de zinco para atingir as recomendações, bem como não ultrapassar o nível máximo de ingestão (UL) para não apresentarem sintomas desagradáveis, que certamente os prejudicariam nos treinos e competições, como dor epigástrica, diarréia e vômitos. (ANDERSON, 2005).

Gráfico IV. Distribuição dos valores da mediana do consumo de Vitamina C pelos jogadores de futebol de um clube de Santos – SP

    O gráfico acima demonstrou que somente 1 atleta (7%) consumiu a quantidade recomendada de vitamina C (81 e 99 mg, percentual de adequação 90 e 110, respectivamente). 6 jogadores (40%) consumiram a vitamina C na dieta acima da recomendação (maior que %110), enquanto que 8 jogadores (53%) apresentaram deficiência de vitamina C (menor que %90) dos resultados da mediana nos três dias de aplicação do inquérito alimentar de 24 horas.

    Discutindo acerca destes resultados, a ingestão de vitamina C de 93% dos jogadores mostrou-se inapropriada em comparação com a recomendação proposta pela DRI (2002) – que são 90 mg/ dia –; em relação ao %90 – que são 81 mg/ dia – e ao %110 (que indica o consumo máximo de zinco de 99 mg/ dia), sendo, deste modo, inadequado para a prática da modalidade. (FRANCESCHINI; PRIORE; EUCLYDES, 2006; RIVEIRA; SOUZA, 2008).

    Seis jogadores de futebol – números 1, 7, 10, 11, 13 e 14 – consumiram uma quantidade acima da recomendada de vitamina C (%110), o que pode ser ilustrado, após breve análise da dieta consumida durante os três dias, que se deve ao fato de em alguma refeição do dia, ter incluído alimentos fonte deste micronutriente, como frutas cítricas e sucos naturais das mesmas. O alto consumo de vitamina C pode ocasionar em diarréia e possibilidade de formação de pedras nos rins. (GALLAGHER, 2005).

    Oito jogadores de futebol – números 2, 4, 5, 6, 8, 9, 12 e 15 – consumiram vitamina C abaixo da recomendação (menor que 81 mg - %90), sendo que vale ressaltar alguns aspectos após breve análise da dieta: baixo consumo de frutas in natura e/ ou suco natural de alguma fruta cítrica – como laranja ou limão – ocorrendo, em muitas vezes, a substituição destas por suco industrializado (em pó), que não fornece a mesma quantidade de vitamina C de uma fruta; baixo consumo de vegetais ricos em vitamina C, como brócolis e repolho – exceto alface e tomate, consumido por alguns jogadores em sua dieta habitual, o que é recomendado e saudável mas, mesmo assim, as dietas dos jogadores deste quesito apresentam pouca variedade do consumo de hortaliças e outros vegetais. – A omissão de uma ou mais refeições acarreta também em diminuição da ingestão de vitamina C. (ALVARENGA NETTO, abr. 2007).

    Os dados do presente estudo apresentam um ponto em comum em relação aos resultados de um estudo que analisou o consumo de jogadores de futebol amputados, no qual dois atletas – de um total de quaro jogadores – apresentaram o consumo de vitamina C abaixo da recomendação, sendo que os outros dois consumiram acima das recomendações, de acordo com os valores médios de consumo de vitamina C, em um período de 6 dias, através do registro de alimentos. (GOMES; RIBEIRO; SOARES, 26/09/2008).

    Além disso, o alto consumo de vitamina C pode ocasionar em diarréia e possibilidade de formação de pedras nos rins. (GALLAGHER, 2005).

    Somente 7% do total encontrou-se dentro da recomendação de vitamina C – entre 81 mg e 99 mg – perante o resultado da mediana dos três dias.

    Diante do exposto, é importante que os jogadores de futebol tenham, em sua dieta habitual, os alimentos fonte de vitamina C para atingirem as recomendações nutricionais, sendo esta vitamina um suporte à sua saúde, promovendo resistência ao organismo contra infecções e, em relação ao seu desempenho, evitando a fadiga muscular, dores nas pernas, além de lesões na pele e atrofia muscular. (TIRAPEGUI et al., 2005).

Considerações finais

    O presente estudo verificou que os jogadores de futebol necessitam melhorar o aporte de cálcio, ferro, zinco e vitamina C para um melhor desempenho e qualidade de vida, através de uma alimentação que atinja as recomendações destes micronutrientes, mesmo não havendo uma recomendação específica para atletas, seguindo, conforme exposto, as recomendações para a população em geral, conforme as DRI´s (2002).

    A carência de trabalhos que demonstrem o consumo de micronutrientes de jogadores de futebol – bem como para as demais modalidades esportivas – deve ter o suprimento através de mais investigações acerca deste tema, para justamente caracterizar o consumo alimentar desta população, assim como o seu perfil nutricional.

Referências bibliográficas

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