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Treinamento de força para terceira idade

Entrenamiento de la fuerza en la tercera edad

 

*Universidade Presidente Antônio Carlos – Ponte Nova/MG

**Faculdade Governador Ozanan Coelho – Ubá/MG

***Universidade Federal de Viçosa – Viçosa/MG

(Brasil)

Márcia Aparecida Fontes*

Osvaldo Costa Moreira* ** ***

Bruno Teodoro Gonzaga***

Wellington Segheto**

Cláudia Eliza Patrocínio de Oliveira***

moreiraoc@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          O envelhecimento é um processo caracterizado pela diminuição gradativa das capacidades vitais, associado com um declínio da capacidade funcional dos sistemas neuromuscular e neuroendócrino. O objetivo deste estudo é revisar a literatura a respeito do treinamento de força para população idosa. O treinamento de força para idosos sejam eles homens ou mulheres, é importante, visto as modificações morfológicas e funcionais induzidas por este tipo de exercício nesse estrato populacional, sobretudo no controle do aumento do peso corporal e do tecido adiposa, visto as complicações as quais estão associadas. Além disso, o treinamento de força aumenta os níveis de força dos idosos, melhorando sua capacidade funcional e prevenindo, não só o aumento da adiposidade intra-abdominal, mas também algumas doenças crônico-degenerativas. Desta forma, o exercício de força para idosos, de maneira regular e orientado, é um componente fundamental para minimizar os efeitos prejudiciais do envelhecimento, bem como prevenir e colaborar no tratamento das doenças associadas, promovendo um estilo de vida mais ativo e com mais qualidade.

          Unitermos: Treinamento de força. Envelhecimento. Qualidade de vida

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 140 - Enero de 2010

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Introdução

    O envelhecimento é um processo pelo qual todos os indivíduos e organismos passam e é caracterizado pela diminuição gradativa das capacidades dos vários sistemas orgânicos em conseguir realizar suas funções de maneira eficaz (MARIN et al., 2003). Estas alterações ocorrem em ritmo e momentos diferentes. Assim, é possível encontrar idade cronológica (extensão do tempo na qual o indivíduo tem existido) e idade biológica (caracterizada pelos estágios de envelhecimento biológico). A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem o seguinte sistema de classificação de idade cronológica: meia idade (45-59 anos), idoso (60-74 anos), velho (75-90anos) e muito velho (acima de 90 anos).

    O envelhecimento biológico normal está associado com um declínio da capacidade funcional dos sistemas neuromuscular e neuroendócrino (IZQUIERDO et al., 2001), isso leva a algumas implicações funcionais que podem levar o idoso à perda de autonomia e uma conseqüente dependência de parentes e amigos. Porém, esta dependência está mais ligada à inatividade física do que as próprias mudanças ocasionadas pelo envelhecimento (ZAGO et al., 2000)

    O aumento da expectativa de vida e o crescimento relevante da população idosa chamaram a atenção de pesquisadores para a questão das melhorias das capacidades funcionais dos idosos.

    Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), a porcentagem de indivíduos com 60 anos ou mais na população atingiu 9,1% entre os anos de 1995 a 1999, o numero da população chamado de terceira idade aumentou em 1,8 milhão. Sendo que, a região que teve maior envelhecimento foi o sudeste, tendo 10% de sua população total de indivíduos desta faixa etária, em 1999 (IBGE, 2008). Além disso, dados do Censo de 2000 informam que a população total de brasileiros é de 169, 500.000 de habitantes, estima-se que em torno de 15,5 milhões tenham 60 anos ou mais, com predomínio do número de mulheres nessa faixa etária (IBGE, 2008).

    A velhice é uma etapa da vida em que ocorrem transformações no individuo, como modificações na composição do corpo, diminuição do peso, da altura, da densidade mineral óssea, nas necessidades energéticas e no metabolismo, devido a uma vida sedentária e ao decréscimo da massa muscular. O sedentarismo associado ao menor consumo de alimento e outras mudanças que ocorrem com o envelhecimento (menor mobilidade e absorção intestinal, alteração do metabolismo de glicídios, cálcio, ferro e micronutrientes) pode determinar desnutrição ou, pelo menos, déficit vitamínico ou mineral (REBELATTO et al., 2006).

    Entre os 25 e 65 anos de idade há uma queda de 10 a 16% da massa magra ou massa livre de gordura, devido às perdas de massa óssea no músculo esquelético e na água total do corpo como conseqüência do envelhecimento. Essa perda gradativa da massa muscular e da força que acontece ao longo dos anos é conhecida como sarcopenia. É um termo utilizado para determinar a perda da massa, da força e a da qualidade do músculo esquelético, que tem impacto significante na saúde pelas suas bem reconhecidas conseqüências funcionais no andar, no equilíbrio, aumentando o risco de queda, sendo que o esqueleto padece de osteoporose, há perda da independência física funcional e também contribui para o aumento de doenças crônicas (MATSUDO et al., 2003).

    A perda da massa muscular e, como conseqüência, da força, é a principal responsável pela alteração na qualidade e na capacidade funcional do ser humano em processo de envelhecimento. Por isso tem chamado a atenção e despertado o interesse de pesquisadores a procurar os motivos e mecanismos envolvidos e assim podendo criar estratégias para reduzir esses efeitos nocivos à saúde e manter ou melhorar a qualidade de vida desse grupo etário (MATSUDO et al., 2003).

    Assim, o objetivo deste estudo é revisar a literatura a respeito do treinamento de força para população idosa, buscando esclarecer alguns pontos sobre o mesmo em relação as principais enfermidades crônico não transmissíveis que afetam a população idosa.

Métodos

    O presente estudo se caracteriza como descritivo simples, com fonte de dados documentais, conduzindo-se por meio da busca de artigos científicos na base de dados eletrônicos SCIELO. Foram utilizados os termos livres “envelhecimento” e “exercício de força” e seus respectivos nomes em inglês.

    Após o cruzamento dos termos e utilizando-se como critérios de inclusão pesquisas realizadas com humanos, de janeiro de 2000 a outubro de 2008, que possuíssem os termos-chave no título e que dispusessem de livre acesso ao documento original, encontraram-se 38 referências, das quais foram selecionadas as mais relevantes para a confecção deste trabalho e ainda as principais referências dos artigos encontrados também foram selecionadas.

    Como forma de refinamento das informações obtidas através da leitura dos artigos e pela necessidade de suplementação desses dados, foram inseridos outros artigos, que não os encontrados no SCIELO.

Treinamento de força em mulheres com osteoporose e menopausa

    A redução de densidade mineral óssea (DMO) que ocorre com o processo de envelhecimento pode levar ao desenvolvimento da osteoporose, elevando o risco de queda e conseqüentemente a fratura em ambos os sexos. Ela é a mais comum de todas as doenças relacionadas aos ossos nos adultos, especialmente em indivíduos de terceira idade. As principais causas são: deficiência da vitamina C, falta de estresse físico sobre os ossos devido à inatividade, desnutrição, falta de secreção do estrogênio e síndrome de Cushing (secreção excessiva de glicocorticóides que reduzem a deposição protéica e deprime a atividade das células ósseas) (GUYTON e HALL, 2006).

    A menopausa, apesar de não estar associada a doenças crônicas, ocorre no período entre a idade de 40 a 52 anos, em que o ciclo menstrual se torna irregular. Após meses ou anos há uma interrupção total do ciclo menstrual o que provoca uma diminuição na secreção dos hormônios femininos, chegando a níveis insignificantes no organismo. Esse processo causa mudanças fisiológicas importantes na mulher, tais como: fadigas, ansiedade, irritabilidade, fogachos (rubores na pele) diminuição da resistência e descalcificação dos ossos no corpo inteiro, aumentando a propensão à osteoporose (GUYTON e HALL, 2006).

    Elsangedy, Krinshi e Jabor (2006), investigaram através de revisão de literatura os efeitos do exercício resistido em mulheres idosas portadoras de osteoporose. Concluíram com base nos dados coletados que o exercício resistido age positivamente na promoção da saúde global do praticante e no que se refere ao tratamento da osteoporose tem mostrado resultados positivos na manutenção da massa óssea em mulheres na pré-menopausa e mantendo benefícios pós-menopausa.

    Em estudo de Jovine et al. (2006), quanto ao efeito do treinamento resistido sobre a osteoporose após a menopausa em ensaios controlado randomizados e meta-análises, foram encontrados, 26 estudos, com um total de 2.300 mulheres, com idade entre 40 a 92 anos. Concluiu-se que o treinamento de força mostrou-se capaz de prover aumento da força muscular e a formação óssea, o que influencia diretamente os fatores de risco da osteoporose e de quedas seguidas de fraturas em mulheres após a menopausa.

    Oliveira et al. (2008), que investigaram respostas hormonais agudas a diferentes intensidades de exercícios resistidos em 15 mulheres com idade media de 67,5 anos, realizando exercícios resistidos a 50% e a 80% de 1RM e sessão de controle, concluindo que exercícios resistidos realizados a 50% ou 80% de 1RM não induziram elevação significativa de cortisol, testosterona ou hGH na amostra estudada, mas a sessão realizada a 80% de 1RM promoveu aumento significativo da razão testosterona/cortisol, três horas pós-exercícios. Este fato é importante, na medida em que, uma relação testosterona/cortisol aumentada é um dos fatores primordiais para que ocorra hipertrofia muscular. Deste modo, através do TF de intensidade moderada à alta, pode-se obter ganhos de massa muscular, promovendo alterações benéficas no processo de sarcopenia que ocorre com o avançar da idade.

    Em estudo de Trevisan e Burini (2007), foi investigado o gasto energético de repouso (GER) de mulheres pós-menopausa submetido a programa de treinamento com pesos, em que foram estudadas 30 mulheres entre 45 e 70 anos, separadas em dois grupos: programa de treinamento (GT) e programa de controle (GC). Concluiu-se que o grupo GT teve aumentos da massa corporal (1,8 Kg), da massa muscular (2,0 Kg) e o GER apresentou elevação de 8,4% em relação ao grupo GC. Portanto, o treinamento com pesos aumentou a massa muscular e o GER em mulheres pós-menopausa. Esse estudo indica que o TF é uma forma eficiente de controlar a composição corporal, tanto por promover aumento da massa corporal magra, quanto aumentar o GER, possibilitando a redução do componente gordura corporal.

    Em estudo de Aveiro et al. (2006), foi investigada a influência de um programa de treinamento físico na força muscular, no equilíbrio e na velocidade da marcha de mulheres portadoras de osteoporose. Participaram desse estudo 12 voluntarias com idade entre 68,7 ± 2,7 anos, submetidas a exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e treino de equilíbrio. Conclui-se que o treinamento proposto teve influência na melhora significante desses indivíduos, para as valências de equilíbrio, velocidade da marcha e força muscular.

    Assim, o treinamento de força parece ter impacto positivo na manutenção da massa de tecido ósseo e de tecido muscular, sobretudo pelo aumento do efeito piezoelétrico e da relação testosterona/cortisol, indicando esse tipo de exercício no intuito da prevenção da osteoporose em mulheres de todas as idades.

Treinamento de força no controle da obesidade

    A obesidade é definida como um excesso de tecido adiposo (gordura) no corpo, causado por grande ingestão de calorias juntamente com pouco gasto energético (GUYTON e HALL, 2006).

    Com o envelhecimento, o conteúdo de gordura corporal aumenta, ao passo que, concomitantemente, a massa isenta de gordura diminui. Muito dessas alterações podem ser atribuídas ao aumento da ingestão alimentar, à diminuição da atividade física e à redução da capacidade do organismo em mobilizar gordura. Contudo, acredita-se que o treinamento físico pode auxiliar e até retardar essas alterações da composição corporal (WILMORE e COSTILL, 2001).

    Nesse sentido, o treinamento de força e a adiposidade intra-abdominal (AIA) se correlacionam ao desenvolvimento de diabetes mellitus e doenças cardiovasculares inclusive com a mortalidade, em que o primeiro reduz esse risco e o segundo aumenta (GUTTIERRES e MARINS, 2008).

    Em pesquisa observacional, Jurca et al. (2004 citado por GUTTIERRES e MARINS, 2008), analisaram a relação entre força e a prevalência da síndrome metabólica em 8.570 homens na faixa etária de 20 a 75 anos. Concluíram que a força muscular e a prevalência da síndrome metabólica se associam independentemente, e os homens que obtiveram níveis maiores de força tiveram 67% menos chances de desenvolver a síndrome metabólica comparados aos que ganharam menos força.

    Hunter et al. (2002 citado por MATSUDO et al., 2003), em estudo com idosos acima de 60 anos, com duração de 25 semanas, utilizando de tomografia computadorizada, concluíram que o treinamento de força promoveu perda de peso corporal de 1,7 Kg nas mulheres e 1,8 Kg nos homens, além do ganho de 1 Kg de massa magra nas mulheres e 2,8 Kg nos homens. A AIA das mulheres diminuiu 16 cm e dos homens aumentou 9 cm, o tecido subcutâneo feminino diminuiu 15 cm e o masculino não teve alteração, sugerindo que a diferença entre os gêneros para perda de AIA é induzida pelo TF.

    Assim, nota-se a importância do TF para idosos sejam eles homens ou mulheres, visto as modificações morfológicas induzidas por este tipo de exercício nesse estrato populacional, sobretudo no controle do aumento do peso corporal e do tecido adiposa, visto as complicações as quais estão associadas. Além disso, o TF aumenta os níveis de força dos idosos, prevenindo, não só o aumento da AIA, mas também algumas doenças crônico-degenerativas.

Treinamento de força e pressão arterial

    De acordo com as V Diretrizes Brasileira de Hipertensão (SBC, 2006), recomendam-se exercícios físicos para todos os hipertensos incluindo aqueles que fazem uso de remédios, em função dos efeitos benéficos na pressão arterial, em média, 6,9/4,9 mmhg. A freqüência de atividade física deve ser de pelo menos 30 minutos, 3 a 5 vezes por semana. Além de exercícios aeróbicos, devem ser praticados também, exercícios resistidos numa intensidade de 50 a 60% de 1 RM (SBC, 2006).

    O avançar da idade favorece quadros em que a pressão arterial se apresenta anormalmente alta, impondo uma sobrecarga crônica ao sistema cardiovascular. Tal quadro, sem tratamento adequado, pode lesionar os vasos arteriais e resultar em arteriosclerose, doença cardíaca, acidente vascular cerebral e insuficiência renal (WILMORE e COSTILL, 2001).

    Em estudo de Bifano e Virtuoso Junior (2008), através de revisão teve como objetivo analisar a efetividade dos exercícios físicos no controle da pressão arterial (PA). Dividiram o estudo em atividade física habitual, exercícios aeróbicos e anaeróbicos e exercícios de força. No que se refere aos exercícios de força a avaliação em geral eram feitas por testes de carga máxima (80% de 1 RM) e concluíram que o programa de treinamento resistido demonstrou ser efetivo para melhoria dos níveis tensionais da pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). Nesse estudo pode-se perceber que os trabalhos apresentados nos últimos anos são na maioria voltados para indivíduos com idade superior aos 60 anos.

    Monteiro e Sobral Filho (2004), estudaram 109 indivíduos hipertensos nos estágios 1 e 2 que realizaram treinamento leve por 8 semanas em academias. Constataram que houve redução significativa da PA em todos eles. Os indivíduos idosos apresentaram menor redução nos níveis pressóricos em relação aos indivíduos jovens.

    Então, há indícios de que o TF possa ser indicado para a população idosa, visto que ela obtém benefícios semelhantes aos encontrados em populações mais jovens. Contudo, resta aos estudos subsequentes esclarecerem os mecanismos pelos quais os idosos obtêm efeitos hipotensivos menores do TF, do que indivíduos mais jovens.

Benefícios do treinamento de força para a saúde do idoso

    De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte, citado em estudo de Câmara et al. (2007), a pratica regular de treinamento de força ou resistido pode oferecer melhorias na aptidão física e na saúde de indivíduos idosos, bem como auxiliar na prevenção ou no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, tais como hipertensão arterial sistêmica, diabete mellitus, obesidade e osteoporose.

    Em estudo de Dias, Gurjão e Marucci (2006), investigaram através de revisão os benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos. Tendo concluído com esse estudo, que TF consiste num aliado importante para a melhoria da aptidão física. Alem disso há aumentos na força muscular e melhorias nos níveis de flexibilidade.

    Semelhantemente, Rebelatto et al. (2006), avaliaram a influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas, com idade entre 60 a 80 anos, na cidade de Salamanca (Espanha). A amostra selecionada realizou 174 sessões de atividade física durante 58 semanas com freqüência de três vezes semanais e duração de 50 a 55 minutos cada. Foram utilizados para avaliação um manômetro e formulários. Obtiveram-se os resultados de contribuição de força bilateral das mãos das mulheres idosas e quanto à flexibilidade, os autores indicam uma possível influência.

    Em estudo de Raso, Matsudo e Matsudo (2001), investigando o decréscimo da força muscular de mulheres idosas após oito semanas de interrupção de um programa de exercícios com pesos livres, em amostra composta por 8 mulheres idosas, com 64 a 76 anos. Realizou-se um programa de 12 semanas com três repetições semanais e 6 tipos de exercícios para os membros inferiores e superiores. Houve decréscimo significativo na capacidade de produção de força muscular dos membros inferiores de -27,5% e superiores de -35,1%, principalmente após a oitava semana de interrupção. Isso sugere que, é necessária a continuidade do programa de exercício com pesos com intensidade suficiente para minimizar e prevenir a redução da força muscular em pessoas idosas.

    É importante deixar bem claro que o treinamento não impede que a pessoa envelheça e nem impede a perda de força, mas é possível minimizar essa perda e seu impacto no dia-a-dia de pessoa idosas (CÔRTES e SILVA, 2005).

    Desta forma, a associação do TF no dia-a-dia de pessoas idosas, pode contribuir para o aumento dos níveis de força, aumento dos níveis de flexibilidade e diminuição do déficit bilateral, melhorando, por consequência, a independência das atividades da vida diária dos idosos.

Considerações finais

    Esta revisão de literatura propôs que o exercício com peso é um aliado à promoção de saúde em idosos. Estudos demonstraram resultados positivos em mulheres na pós-menopausa, na manutenção da massa óssea, no aumento gasto energético de repouso, além da promoção da perda de peso corporal.

    O exercício também é eficaz na diminuição da gordura corporal abdominal e na significativa redução da PA, além da promoção de força muscular, influencia benéfica na flexibilidade, equilíbrio e na velocidade da marcha.

    Considerando os estudos apresentados, o exercício de força para idosos, de maneira regular e orientado, é um componente fundamental para minimizar os efeitos prejudiciais do envelhecimento, bem como prevenir e colaborar no tratamento das doenças associadas, promovendo um estilo de vida mais ativo e com mais qualidade.

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