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Estereótipos sociais vinculados ao corpo

Estereotipos sociales vinculados al cuerpo

 

*Graduado em Educação Física

Instituição Educacional São Judas Tadeu

**Doutor em Psicologia

Instituição Educacional São Judas Tadeu, UFRGS

Faculdade SOGIPA de Educação Física

Thaiguara Peçanha Corrêa*

thaiguara_correa@yahoo.com.br

José Augusto Evangelho Hernandez**

hernandz@portoweb.com.br

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Este trabalho teve por objetivo verificar a percepção de adolescentes e pré-adolescentes sobre indivíduos obesos (endomorfos) de ambos os sexos desenhados em um cartão. Participaram do estudo 300 alunos de Escolas Estaduais de Porto Alegre, com idades entre 10 e 15 anos (média 12,8 e desvio padrão 1,5), sendo 152 do sexo feminino e 148 do masculino. Foram tomadas as medidas de peso e altura de cada um dos participantes durante a aula de Educação Física. Depois, foram calculados os Índices de Massa Corporal, classificando-os, de acordo com a OMS, em baixo peso, normal, sobrepeso e obeso. Após, foram apresentados dois cartões com desenhos de jovens obesos, de ambos os sexos, seguido de um pequeno questionário com três perguntas, adaptado de Piccinini et al. (1996). Os conteúdos das respostas de cada indivíduo ao questionário foram classificados como negativos ou positivos. Através do Teste do Quiquadrado foram analisadas as freqüências, que revelaram percepções negativas dos participantes sobre os desenhos dos corpos endomorfos, principalmente sobre o feminino. Constatou-se a presença do preconceito numa fase em que o indivíduo está começando sua vida social, ou seja, no ambiente escolar.

          Unitermos: Imagem corporal. Obesidade. Estereótipos sociais

 

Abstract

          The aim of this study is to check the pre teenagers and teenagers perception when a card is presented to them showing a drawing of an obese person (endomorphic individual) from both sexes. A total of 300 students from Public Schools in Porto Alegre, age between 10 to 15 years-old (media 12,8; SD 1,5), 148 males and 152 females, were included in this study. Measures of height and weight of all students were collected while they atended to physical education classes. Body Mass Index of all subjects was determined according to the World Health Organization, being classified as underweight, normal weight, overweight and obese. Next, the students were presented with two card drawings showing obese youths, from both sexes, followed by a small questionnaire adapted from Piccinini et al. (1996). Each of the question´s answer was classified as negative or positive. Analysis of frequency using chi-square test reveled that the students had a negative perception when drawings of endomorphic individuals had been shown to them, specially about endomorphic female individuals. It was found that preconception is present in a period of which the individual is starting its social life, ie, its school environment.

          Keywords: Body image. Obesity. Social stereotypes

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 140 - Enero de 2010

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Introdução

    É comum, no meio social, a influência de diversos estereótipos na determinação das relações humanas e, conseqüentemente, na constituição da auto-imagem dos indivíduos. Esta pesquisa investigou as relações entre sexo, índice de massa corporal (IMC) e percepções acerca do formato corporal endomorfo de pré-adolescentes e adolescentes. Vivemos numa sociedade preconceituosa, onde as pessoas que não possuem os padrões físicos valorizados pela cultura podem ser discriminadas de alguma forma. Indivíduos acima do peso ou obesos, não raro, são mal vistos pelos outros, acarretando problemas de socialização e auto-estima nos mesmos.

    Em geral, os teóricos concordam que a imagem corporal é a visualização do próprio corpo formada e estruturada na mente do indivíduo, ou seja, a forma como o corpo se apresenta para si mesmo. A imagem corporal também pode ser compreendida como a união das sensações sinestésicas organizadas pelos sentidos (audição, visão, tato, paladar e olfato), conseqüência das experiências vivenciadas pelo indivíduo. A mesma está em desenvolvimento desde o nascimento até a morte da pessoa, numa complexa estrutura subjetiva que sofre alterações contínuas. Além disso, a imagem corporal é uma construção humana constituída das dimensões cognitivas, afetivas, socioculturais e motoras. Esta é influenciada pelo meio em que a pessoa vive e relacionada às várias etapas da existência humana (ADAMI et al., 2005; FREITAS, 2006; MATURANA, 2004; PALLAZZO, 2003; RUSSO, 2005; SCHILDER, 1999).

    Para Adami et al. (2005) a formação da imagem corporal será mais completa quando os estímulos e as possibilidades de novas experiências do recém nascido se derem durante toda a sua trajetória de vida, especialmente sob o ponto de vista psicomotor. A imagem corporal retratada na adolescência e na vida adulta serão confirmações das experiências corporais que foram determinantes na modelação da imagem corporal quando crianças. Transformações poderão ocorrer, porém seus elementos da construção inicial serão preservados, apesar das mudanças ocorridas ao longo da vida.

    A imagem corporal foi caracterizada de diferentes maneiras ao longo da história ocidental. Já na Grécia antiga, o corpo atlético era valorizado, no modo de educação corporal, em Atenas, predominava o ideal de ser humano bom e belo. Na Idade Média, a preocupação com o corpo passou a ser proibida, pela influência da Igreja Católica. Neste período, ficou clara a separação do corpo e da alma, prevalecendo a segunda sobre a primeira. A moral cristã coibia toda e qualquer prática que visasse o culto ao corpo. Este era visto como corrupto e pecaminoso, um obstáculo ao desenvolvimento da alma. O conceito de corpo no período Renascentista difere das anteriores, pois o avanço técnico – científico fez com que os indivíduos desse período tivessem um apreço tão grande à razão científica, que a usaram como a única forma de conhecimento. Sob esse novo olhar, o corpo serviu de objeto de estudos e experiências. As atividades físicas eram prescritas por um sistema de regras rígidas, visando à saúde corpórea. No final do século XX e começo do XXI, a exposição demasiada de modelos corporais nos meios de comunicação contribuiu para a formação de uma ótica estereotipada do corpo. A mídia atual valoriza corpos que sigam um padrão estético guiado pelos interesses da indústria do consumo, configurando-se um corpo bonito, jovem e malhado, como objeto de desejo. Esses conjuntos de fatores criaram no imaginário social uma ligação entre “corpo ideal” e sucesso, passando a obesidade, ser algo altamente condenável (PAIM, STREY, 2004; PELEGRINI, 2004).

    De acordo com Nahas (1999), a obesidade é vista hoje como um problema de proporção mundial pela Organização Mundial da Saúde, já que ela atinge um número elevado de pessoas e predispõe o organismo a muitas doenças e mortes prematuras. Estatisticamente, dentro de um mesmo grupo etário, é muito maior a mortalidade entre indivíduos obesos. Inúmeros estudos apontam que várias doenças da era moderna estão associadas ao excesso de gordura corporal. Para Silva et al. (2006) a obesidade está associada, fisicamente, não apenas ao aumento da prevalência de algumas doenças, como também ao aumento nos níveis de dor (como síndrome de dor crônica) e aos níveis de mortalidade e morbidade somática e, também psicológica. Na dimensão psicológica, a distorção da imagem corporal ocasionada pela obesidade poderá provocar uma desvalorização da auto-imagem e do autoconceito, no obeso, diminuindo sua auto-estima.

    A distorção da percepção corporal através da sub ou superestimação do peso é muito mais comum em mulheres e adolescentes, pois estes são mais influenciados por fatores socioculturais. A indústria corporal através da mídia encarrega-se de criar desejos e reforçar a padronização dos corpos. Pessoas que estão “fora de forma” sentem-se pressionadas e insatisfeitas. O reforço dado pelos meios de comunicação ao mostrar corpos atraentes faz com que parte da sociedade persiga uma aparência física idealizada. A beleza estética está associada à possibilidade do sucesso, do dinheiro e da felicidade. Estas condições dificultam o processo de busca pela percepção do corpo real e, conseqüentemente, sua funcionalidade é meramente exibicionista em detrimento de outras tantas funções que o mesmo possa ter (BARROS, BANKOFF, SCHMIDT, 2005; BOSI et al., 2006; CONTI, FRUTUOSO, GAMBARDELLA, 2005; OLIVEIRA, 2005; RUSSO, 2005).

    Segundo Cordas e Ascencio (2006) as primeiras evidências de preconceitos contra obesos já aparecem na infância. Quando, por exemplo, crianças são apresentadas a desenhos, representando crianças em cadeiras de roda, em muletas, desfiguradas, amputadas ou obesas, elas tendem a rejeitar mais as representações de obesos do que qualquer outra figura com exceção dos mutilados. Crianças obesas são freqüentemente definidas pelos seus colegas, já nos primeiros anos de escola, como preguiçosas, sujas, estúpidas, feias e burras ou em elogios superficiais, como engraçadas e alegres. Adultos e adolescentes obesos sofrem discriminação em sua vida profissional e acadêmica de forma explícita, esses empobrecimentos sociais, culturais, econômicos e afetivos, estão relacionados diretamente com a gravidade da obesidade, ou seja, quanto maior o IMC, maior o problema psicológico.

    No senso comum, crianças obesas ou com sobrepeso, são geralmente subestimadas quanto ao desenvolvimento de suas habilidades motoras. Como conseqüência, o professor, especialmente de Educação Física, avalia essas crianças deficitárias e inaptas a alcançar sucesso em tarefas motoras (CATENASSI et al., 2007). Segundo Rosenthal e Jacobson (1968) essa expectativa do professor sobre o comportamento das crianças, pode inconscientemente influenciar tal comportamento. Essa influência, que na Psicologia Social é denominada Efeito Pigmaleão ou Profecia Auto-Realizadora, pode ter um impacto negativo ou positivo. Ou seja, quando os professores esperam que os estudantes rendam bem, tendem a render bem, quando os professores esperam que falhem, eles tendem a falhar.

    Paralelamente à obesidade, o adolescente sofre transformações biológicas que ocorrem no seu corpo. Essas alterações corporais são recebidas com maiores dificuldades pelo jovem obeso, lhe causando freqüentes sentimentos de estranheza pela própria imagem. O adolescente obeso, não raro, se confronta com situações traumatizantes ao sofrer com brincadeiras e receber apelidos pejorativos relacionados à sua aparência. A limitação na realização das atividades físicas, também prejudica o convívio social dos adolescentes obesos, além de causar aos mesmos, sentimentos de impotência e fracasso (FERRIANI et al., 2005).

    Soares e Petroski (2003) afirmam que a obesidade causa problemas psicossociais, como discriminação e aceitação diminuída pelos pares; isolamento e afastamento das atividades sociais. Benetti (1990) acredita que a obesidade na adolescência provoca uma série de problemas na relação do jovem com a sua autoconfiança. A sociedade é hostil e desaprovadora com os obesos, o que recrudesce a luta que o adolescente trava para conquistar sua identidade. O corpo assume na adolescência uma importância particular, é neste período que se dá a maturação da estatura e do peso do individuo.

    Para Gonçalves (2004), o preconceito que sofre o indivíduo obeso pode ser tão ou mais prejudicial do que os problemas de saúde física decorrentes do excesso de peso. Os estudos comprovam que as pessoas gordas são vistas como relaxadas, feias, sujas e culpadas de sua condição, o que lhes causa grande sofrimento. Observa-se que o medo de ser confrontada com uma situação humilhante, por exemplo, danificar algo devido ao excesso de peso, leva a pessoa à não sair de casa, a não visitar os amigos. Provavelmente, a vergonha que se sente em quebrar o móvel de alguém, é mais pelo motivo que causou tal dano, o excesso de peso, do que pelo fato de tê-lo quebrado, ou seja, a maior vergonha é pelo fato de ser muito gorda, sendo que se poderia pesar menos e evitar essas situações constrangedoras.

    De acordo com Felippe (2003), os indivíduos obesos deixarão de sofrer discriminação, preconceito e exclusão social, assim que a obesidade não for mais condenada. Permitir a manifestação desses sujeitos é abrir uma escuta ao que está sendo dito e sentido, para possibilitar a quebra dessa situação, que pode ser alterada no momento que for discutida, socializada, polemizada e politizada. Apesar do crescimento de pessoas obesas nos últimos tempos, falar em obesidade significa dirigir-se a uma minoria, mas não no sentido numérico, e sim nos excluídos e discriminados, que se encontram marginalizados pela sociedade, sem nenhuma força de representatividade (SANTOS, 2003).

    A beleza física está exageradamente valorizada na sociedade atual, e diretamente ligada a um ideal de corpo magro, firme e esbelto. Como conseqüência, o obeso sofre uma pressão social por estar fora dos padrões impostos pela sociedade, lhe causando mal-estar e ocasionando discriminações sociais, que acarretarão em dificuldades de relacionamento, evitando a realização de tarefas corriqueiras, mas que requerem contatos sociais (SILVA et. al., 2006). Segundo Almeida et al. (2005) a percepção do tamanho corporal vem sendo associada a fortes valores culturais. Em dados períodos, os corpos grandes e arredondados foram estereotipados como sinais de poder, hoje em dia, ele é condenado, já que nas últimas décadas, foram valorizados corpos esbeltos e esguios.

    Os estereótipos sociais são construídos de generalizações de observações individuais para todo o grupo ao qual a pessoa observada pertence. Estes são crenças, conjunto de idéias e rótulos usados para determinadas situações de forma mecânica, sem questionamentos. Além disso, costumam estar relacionados a conceitos negativos associados a algum tema, uma determinada pessoa, um grupo e a comportamentos (PAIM, 2004; RODRIGUES, 2003; WALTER, BAPTISTA, 2007).

    A instalação do estereótipo seguiria os seguintes passos: inicialmente, as pessoas imaginariam e definiriam o mundo e, logo após, o observariam. A interpretação estaria essencialmente relacionada à cultura, determinando de forma estereotipada uma noção interna sobre o mundo externo. Portanto, de acordo com os códigos da cultura, já haveria uma opinião formada para se analisar o mundo antes mesmo de observá-lo. O mundo estaria ordenado por códigos, passados de geração a geração, favorecendo a estereotipia, que teria por função a manutenção de posições sociais e culturais (GUERRA, 2002). Giavoni (2002) afirma que o termo estereótipo primeiramente foi usado para explicar um preconceito, ou seja, para definir as manifestações e os fatos que ocorrem no mundo exterior sem antes interpretá-los. Depois o termo estereótipo começou a ser usado como sendo generalizações impróprias de características de um indivíduo para o grupo a qual esse pertence, baseadas em processos motivacionais em oposição aos processos cognitivos. Hoje em dia, os estudos acerca de estereótipos passaram a avaliá-los de uma forma probabilística. Portanto, estereótipo, é a probabilidade de se encontrar algumas características em um grupo de indivíduos, em confrontação à probabilidade de se verificar as mesmas características no restante da população.

    Nesta perspectiva, a presente investigação buscou identificar relações entre o sexo, o IMC de pré-adolescentes e adolescentes e as suas percepções sobre o formato corporal endomorfo expresso em desenhos de pessoas (da mesma faixa etária dos participantes) de ambos os sexos.

Método

Participantes

    Participaram deste estudo 300 alunos de Escolas Estaduais de Porto Alegre, do Ensino Fundamental, sendo 152 do sexo feminino e 148 do masculino, na faixa etária dos 10 aos 15 anos de idade, média 12,8 e desvio padrão 1,5. A tabela 1 apresenta a distribuição dos participantes conforme sexo e IMC.

Tabela 1. Distribuição de freqüência do Sexo por IMC dos participantes

 

IMC

Total

baixo peso

normal

sobrepeso

obeso

sexo

feminino

19

99

17

17

152

masculino

18

79

15

36

148

Total

37

178

32

53

300

Instrumentos

    Para medir o peso corporal dos alunos foi usada uma balança mecânica portátil marca Camry com capacidade máxima de 120 quilos e desvio de 1 quilo. Para medir a estatura dos participantes, uma fita métrica de 200 centímetros.

    Além disso, foram utilizados dois cartões, um com o desenho de uma menina e o outro, de um menino, conforme Figura 1. Em ambos, os jovens tinham um formato corporal endomorfo. Os desenhos foram acompanhados de um pequeno questionário com três perguntas, adaptado de Piccinini et al. (1996). As duas primeiras indagaram sobre a heteropercepção dos participantes e a terceira sobre a autopercepção dos mesmos, a seguir:

  1. Como você acha que uma pessoa com o corpo como o da figura se sente? Por quê?

  2. Como você acha que é o relacionamento social de uma pessoa com um corpo como o da figura? Por quê?

  3. Você está satisfeito (a) com o corpo que tem (peso, altura, formato)?

Figura 1. Desenhos de corpos endomorfos

Procedimentos

Coleta de dados

    Os dados foram coletados durante o horário de aula dos participantes. Primeiro, foi entregue aos alunos duas cópias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com a solicitação da anuência dos pais para a participação na pesquisa mediante a assinatura dos mesmos. No dia da coleta de dados, os professores liberaram um aluno de cada vez, que foi encaminhado à sala reservada para a pesquisa. Os alunos foram pesados e medidos, na seqüência, observaram os desenhos e responderam ao questionário, sendo as respostas destes, anotadas manualmente pelo pesquisador.

Termo de consentimento livre e esclarecido

    Vimos por meio deste, solicitar a V. Sa. Autorização para seu filho............................................................................................................................ participar da pesquisa: “Percepção do Corpo e Estereótipos Vinculados ao Sexo”. O objetivo desta pesquisa é investigar o pensamento de jovens acerca de formato corporais.

    Ressaltamos que a concordância em participar deste estudo não implica necessariamente em qualquer modificação no tratamento que já está sendo feito ao seu filho, nem tampouco os resultados desta pesquisa terão efeitos sobre você. Da mesma forma, a não concordância em participar deste estudo não irá alterar de nenhuma maneira o relacionamento já estabelecido. A participação de seu filho não causará nenhum risco adicional e sua privacidade será garantida bem como a desistência a qualquer momento sem nenhuma repercussão.

    Para tanto necessitamos o seu consentimento através da assinatura do termo a seguir.

    Eu, _____________________________________________________________ fui informado (a) dos objetivos da pesquisa acima, de maneira clara e detalhada. Recebi informações a respeito dos procedimentos e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão se assim eu desejar. O acadêmico Thaiguara Peçanha Corrêa (telefone 51-81194867), certifica-me de que todos os dados desta pesquisa referentes à pessoa de meu filho são confidenciais e terei liberdade de retirar meu consentimento de participação na pesquisa a qualquer momento. Poderei também contar com o orientador da pesquisa Prof. Dr. José A E. Hernandez (051-98424990).

    Declaro que recebi cópia do presente Termo de Compromisso.

           __________________________                                                       ____________

      Assinatura do Responsável                                                                 Data

_______________________________________

Assinatura do Orientador

Análise de dados

    Foi calculado o IMC (peso dividido pelo quadrado da altura) de cada participante e os índices obtidos foram classificados, conforme os critérios da OMS1 (s/d) apud Júnior (2006), nas categorias: baixo peso, peso normal, sobrepeso e obeso. O conteúdo das respostas de cada um dos participantes às questões 1 e 2 (heteropercepção) foi analisado e as mesmas foram classificadas em duas categorias, negativa ou positiva. O mesmo procedimento foi adotado para as respostas à questão 3 (autopercepção). Os dados foram digitados e analisados no SPSS, versão 11.5, através de técnicas estatísticas descritivas e Teste do Quiquadrado.

Valores de IMC para crianças e adolescentes

Idade

Sexo

Baixo Peso

Normal

Sobrepeso

Obeso

10

MAS

FEM

Abaixo de 15,0 Abaixo de 14,5

15,0 - 19,8

14,5 - 20,7

19,8 – 21,5

20,7 - 22,0

Acima de 21,5 Acima de 22,0

11

MAS

FEM

Abaixo de 15,1 Abaixo de 15,3

15,1 - 21,5 15,3 - 21,8

21,5 - 22,5 21,8 - 23,4

Acima de 22,5 Acima de 23,4

12

MAS

FEM

Abaixo de 15,7 Abaixo de 15,6

15,7 - 21,7 15,6 - 23,1

21,7 - 23,7 23,1 - 24,6

Acima de 23,7 Acima de 24,6

13

MAS

FEM

Abaixo de 16,4 Abaixo de 16,3

16,4 - 22,2 16,3 - 23,8

22,2 - 24,0 23,8 - 25,2

Acima de 24,0 Acima de 25,2

14

MAS

FEM

Abaixo de 17,0 Abaixo de 17,1

17,0 - 23,1 17,1 - 24,7

23,1 - 24,2 24,7 - 25,6

Acima de 24,2 Acima de 25,6

15

MAS

FEM

Abaixo de 17,5 Abaixo de 17,5

17,5 - 23,4 17,5 - 25,1

23,4 - 24,6 25,1 - 26,2

Acima de 24,6 Acima de 26,2

Fonte: Júnior, 2006.

Resultados

    A análise da freqüência das respostas (negativas ou positivas) às questões 1 e 2 sobre as figuras feminina e masculina foi realizada por meio do Teste do Quiquadrado (Tabela 2). Os resultados mostraram diferenças estatísticas significativas (p<0,01). Ou seja, as respostas dos participantes classificadas como negativas foram significativamente mais freqüentes do que as positivas, independente de sexo das figuras, sexo e IMC dos respondentes.

Tabela 2. Teste do Quiquadrado para as respostas nas questões 1, 2 e 3

 

Questão 1 Figura Feminina

Questão 2 Figura Feminina

Questão 1 Figura Masculina

Questão 2 Figura Masculina

Questão 3

 

Auto-imagem

Quiquadrado

225.333

27.000

201.720

23.520

48.000

Gl

1

1

1

1

1

Sig.

0,000

0,000

0,000

0,000

0,000

    A análise da freqüência das respostas (negativas ou positivas) na questão 3 da auto-imagem foi realizada através do Teste do Quiquadrado (Tabela 2). Os resultados mostraram diferenças estatísticas significativas (p<0,01). Diferentemente das questões 1 e 2, as respostas dos participantes classificadas como positivas foram significativamente mais freqüentes do que as negativas, não considerando sexo e IMC dos respondentes.

    A análise da freqüência das respostas (positiva ou negativa) considerando a interação das variáveis Sexo e IMC dos respondentes, para a figura masculina, na questão 1, foi realizada por meio do Teste do Quiquadrado. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas significativas quando os respondentes eram do sexo feminino (Tabela 3), χ2 (3) = 1.386; p = 0,709. Por outro lado, quando os respondentes eram do sexo masculino, houve diferenças estatísticas significativas, χ2 (3) = 9.332; p = 0,025. A análise dos resíduos padronizados ajustados mostrou que, quando o IMC dos respondentes era normal, as respostas positivas foram significativamente mais freqüentes do que o esperado e as negativas foram menos freqüentes do que o esperado e, ao contrário, quando o IMC dos mesmos era obeso, as respostas negativas foram mais freqüentes do que o esperado e as positivas, menos (Tabela 3).

Tabela 3. Distribuição de Freqüência das Respostas dos participantes por Sexo x IMC na Questão 1 – Figura Masculina

 

Sexo

 

Respostas

 

Freqüência

IMC

Baixo Peso

Normal

Sobrepeso

Obeso

Feminino

negativa

Observada

19

96

16

16

Esperada

18,4

95,7

16,4

16,4

Resíduo

0,9

0,2

- 0,6

- 0,6

positiva

Observada

0

3

1

1

Esperada

0,6

3,3

0,6

0,6

Resíduo

- 0,9

- 0,2

0,6

0,6

Masculino

negativa

Observada

17

61

13

35

Esperada

15,3

67,3

12,8

30,6

Resíduo

1,2

- 2,9

0,2

2,3

positiva

Observada

1

18

2

1

Esperada

2,7

11,7

2,2

5,4

Resíduo

- 1,2

2,9

- 0,2

- 2,3

    A análise da freqüência das respostas (positiva ou negativa) considerando a interação das variáveis Sexo e IMC dos respondentes, para a figura feminina, na questão 1, foi realizada por meio do Teste do Quiquadrado. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas significativas, tanto no sexo feminino, χ2 (3) = 2.033; p = 0,565, quanto no masculino, χ2 (3) = 4.074; p = 0,254.

    A análise da freqüência das respostas (positiva ou negativa) considerando a interação das variáveis Sexo e IMC dos respondentes, para a figura masculina, na questão 2, foi realizada por meio do Teste do Quiquadrado. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas significativas, tanto no sexo masculino, χ2 (3) = 3.677; p = 0,298, quanto no feminino, χ2 (3) = 5.167; p = 0,160. A análise da freqüência das respostas (positiva ou negativa) considerando a interação das variáveis Sexo e IMC dos respondentes, para a figura feminina, na questão 2, foi realizada por meio do Teste do Quiquadrado. Os resultados mostraram que, tanto no sexo masculino, χ2 (3) = 4.223; p = 0,238, quanto no feminino, χ2 (3) = 3.910; p = 0,271, não houve diferenças estatísticas significativas.

    A análise da freqüência das respostas (positiva ou negativa) considerando a interação das variáveis Sexo e IMC dos respondentes, na questão 3, da Auto-imagem, foi realizada por meio do Teste do Quiquadrado. Os resultados mostraram que houve diferenças estatísticas significativas, tanto no sexo masculino, χ2 (3) = 37.926; p = 0,000, quanto no feminino, χ2 (3) = 13.550; p = 0,004. A análise dos resíduos padronizados ajustados identificou independente do sexo, diferenças estatísticas significativas nos respondentes de IMC obeso, a freqüência das respostas negativas foi significativamente maior do que as positivas, e também, diferenças estatísticas significativas nos respondentes masculinos, de IMC normal, a freqüência das respostas positiva foi significativamente maior do que as negativas (Tabela 4).

Tabela 4. Distribuição de Freqüência das Respostas dos participantes por Sexo x IMC na Questão 3 - Auto-imagem.

Sexo

Respostas

Freqüência

IMC

Baixo Peso

Normal

Sobrepeso

Obeso

 

 

Feminino

negativa

Observada

4

31

9

12

Esperada

7,0

36,5

6,3

6,3

Resíduo

-1,5

-1,9

1,5

3,1

positiva

Observada

15

68

8

5

Esperada

12,0

62,5

10,7

10,7

Resíduo

1,5

1,9

-1,5

-3,1

Masculino

negativa

Observada

4

5

4

21

Esperada

4,1

18,1

3,4

8,3

Resíduo

-0,1

-5,2

0,4

5,8

positiva

Observada

14

74

11

15

Esperada

13,9

60,9

11,6

27,7

Resíduo

0,1

5,2

-,4

-5,8

Discussão

    O presente estudo mostrou que a estereotipação acerca de algumas situações, nesse caso o formato corporal, influencia diretamente na percepção dos indivíduos quando questionados sobre tais comportamentos. A imagem negativa perante um indivíduo obeso, antes mesmo de conhecê-lo, é característico do preconceito. O comportamento observado nas respostas dos participantes é igualmente como Huffman, Vernoy, Vernoy (2003) definem o preconceito, uma atitude normalmente negativa associada à determinada pessoa apenas em razão de sua filiação a um grupo identificado.

    Considerando a variável heteropercepção do corpo endomorfo, ou seja, observando as valências das respostas dos participantes (positivas ou negativas), os resultados mostraram que há nítido preconceito em relação aos desenhos dos jovens. Isso confirma a afirmação de Russo (2005), que a indústria corporal através da mídia encarrega-se de criar desejos e reforçar a imagem de padronização de corpos. As pessoas que estão fora desse padrão sentem-se cobradas e insatisfeitas. O reforço dado pelos meios de comunicação em mostrar corpos atraentes faz com que a sociedade valorize essa aparência física idealizada e julgue os corpos endomorfos através da manifestação de expectativas negativas acerca dos mesmos. Isso ocorreu de forma majoritária nesta pesquisa.

    Quando analisadas as respostas dos indivíduos na questão 3, auto-imagem, não considerando o sexo e IMC dos respondentes, houve significativamente mais respostas positivas do que negativas. Segundo Adami et al. (2005) o sentido de beleza varia de acordo com etnia, idade, nível social, história, sociedades, culturas e infinitos outros grupos, podendo ser considerado também o nível individual. Porém hoje, a beleza corporal está muito vinculada a padrões de mercadoria, onde há culturalmente, uma venda de corpos, adornos e elementos relacionados a ele. Essa comercialização corporal faz com que as pessoas que estão dentro desse padrão se sintam realizadas. Talvez isso seja explicativo para compreender o comportamento encontrado nesta pesquisa, já que a grande maioria dos respondentes (59,3%) era de indivíduos com IMC considerado normal.

    Os resultados referentes à Questão 1, figura masculina, corroboram a idéia de que a pressão social relacionada com o formato corporal é muito maior sobre as pessoas do sexo feminino. A distorção da percepção corporal subestimando ou superestimando a realidade a de que o referentes é muito comum em mulheres e adolescentes, pois os mesmos são mais influenciados pelos fatores socioculturais. Isso está evidente nas modelos e atrizes de corpos extremamente magros que a mídia impõe a sociedade, estimulando a busca por esse padrão de corpo ideal, associado com status, sucesso, poder e felicidade (BOSI et al., 2006; CONTI, FRUTUOSO, GAMBARDELLA, 2005).

    Os resultados da questão 2, figura masculina e feminina, confirmam a tendência de que adolescentes e pré-adolescentes obesos, sofrem problemas de socialização, sendo na maioria das vezes, rejeitados e ignorados por outros indivíduos da mesma faixa etária. A obesidade na adolescência pode determinar dificuldades de socialização e aceitação diminuídas pelos pares, resultando em afastamento das atividades sociais. As crianças obesas, não raro, são definidas pelos seus colegas, já nos primeiros anos escolares, como preguiçosas, estúpidas e burras (ABRANTES, LAMOUNIER, COLOSIMO, 2002; CORDAS, ASCENCIO, 2006; SOARES, PETROSKY, 2003).

    Na questão 3, referente à auto-imagem, os participantes masculinos apresentaram respostas de conteúdo positivo mais freqüentemente do que os femininos. É claro que, ao mesmo tempo em que a cobrança pelo formato corporal ideal recai predominantemente sobre a mulher, o homem se sente mais livre e menos pressionado a manter esses padrões. Nas últimas décadas, a beleza feminina está sustentada na estética da magreza em nossa sociedade. As mulheres são fortemente influenciáveis por esse padrão de beleza, e na busca de um corpo perfeito e, muitas vezes, inalcançável, são levadas a um sentimento de fracasso (OLIVEIRA, 2005).

    Quando os respondentes da pesquisa foram indivíduos classificados com o IMC considerado obeso, independente do sexo, prevaleceu a resposta classificada como negativa referente à auto-imagem. Segundo Benetti (1990) a obesidade na adolescência resulta numa série de problemas na relação do jovem com a sua autoconfiança. A sociedade julga e discrimina os obesos, o que dificulta ainda mais a luta que o adolescente trava para conquistar sua identidade. Na sociedade atual, predomina o ideal de corpo magro, firme e esbelto. Isto produz no obeso, uma incomoda pressão social e, conseqüentemente, uma sensação de inadequação frentes aos padrões ideais de beleza (SILVA et al., 2005).

Conclusão

    Os resultados deste estudo confirmaram as pressões socioculturais para o modelo de corpo ideal, relacionado como objeto de poder e conquistas. Também vem a confirmar que as mulheres e os adolescentes sentem-se muito mais cobrados do que os homens nesse aspecto. Essa estereotipia já ocorre na sociedade há muitos anos e para mudar esse estigma, deve-se aos poucos introduzir questionamentos se realmente vale a pena os excessos para conseguir a qualquer custo um corpo perfeito. Será que necessitamos estar no padrão de beleza socialmente exigido para sermos saudáveis e felizes?

    Infelizmente, parece que o padrão corporal imposto pela mídia foi aceito quase com unanimidade pela população. A maioria, mesmo inconscientemente, faz julgamentos precipitados acerca dos indivíduos, crendo que o efetivo sucesso dos seres humanos depende exclusivamente de suas condições físicas, ignorando os demais atributos que o mesmo possa ter. Essa suposta relação que existe entre a obesidade e a inaptidão vem crescendo nas últimas décadas, e a exclusão tem sido a principal conseqüência. No ambiente escolar, essa situação tem prejudicado as crianças obesas em seus desenvolvimentos afetivos, cognitivos e motor. Os professores de Educação Física devem se preparar para evitar situações constrangedoras, incluindo-os nas atividades escolares e oportunizando uma melhor qualidade de vida para esses alunos. Claro, que esse assunto ainda tem muito que ser pesquisado, principalmente, considerando as limitações metodológicas que possui este estudo.

Notas

  1. http://www.who.int

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