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Perfil nutricional e de crescimento físico de crianças 

das comunidades Quilombolas do Estado do Amapá

Perfil nutricional y de crecimiento físico de niños de la comunidades Quilombolas del Estado de Amapá

Nutritional profile and physical growth of children of Quilombola communities in the State of Amapá

 

*Alunos do Programa de Pós-graduação Stricto-sensu

em Ciência da Motricidade Humana da

Universidade Castelo Branco-UCB-RJ

**Professor Titular da Universidade do Estado do Pará-UEPA-PA

(Brasil)

Mara Rosana Nazaré Souza dos Santos*

iendis7@yahoo.com.br

Nahon de Sá Galeno*

ngaleno@hotmail.com

Ane Christine de Sousa Braga*

anechristine.braga@hotmail.com

José Luís da Cunha Pena*

penaf.ap@uol.com.br

Ricardo Figueiredo Pinto**

rfpuepa@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi investigar o estado nutricional e nível de crescimento físico das crianças na faixa etária de três a seis anos das Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá. Após a verificação do peso e mensuração da estatura conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde, os dados foram computados em base de dados Excel e analisados através dos programas SPSS10.0 e Epi Info 6.0. Fizeram parte da amostra 91 crianças sendo que 32,9% (n=30) IC entre 4.1 a 17,1encontram-se com peso baixo para idade. Houve uma prevalência de déficit de P/E em 14.4% (n=13) IC 41 a 17.1. Em relação ao índice E/I verificou-se principalmente déficit estatural que sinaliza uma desnutrição ao longo do ciclo da vida infantil, uma vez que o resultado de 43.3% IC 33.1–54.2 apresenta-se elevado em relação à população de referência (9,3%). Observou-se que em relação ao índice P/E com base no escore-z houve uma prevalência de 83.4% (n=75) de crianças em eutrofia. Foi verificado também que há uma redução na variável altura nas idades de 5 e 6 anos das crianças das comunidades quilombolas para ambos os gêneros, e na variável peso há uma ligeira elevação para o gênero feminino nas idades de quatro e cinco anos. O outro extremo do déficit ponderal encontra-se no sobrepeso e obesidade e os resultados encontrados nas comunidades quilombolas estudadas (6.6%), apontam para um índice acima da média nacional (4,9%). Conclui-se que as crianças de três a seis anos das Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, encontram-se principalmente em situação de déficit estatural prevalente aos cinco e seis anos de idade havendo a necessidade de se aprofundar os estudos aos fatores de risco associados a esse diagnóstico.

          Unitermos: Crianças quilombolas. Crescimento físico. Perfil nutricional

Abstract

          The body growth in the childhood together with nutritional evaluation contributes to indirect data of the population studied. To investigate the nutritional state and rate of physical growth of children between 3 to 6 years of age of quilombola communities in the state of Amapá, it was given a start to a descriptive study of transverse cut to children between 3 to 6 years old residents in communities and that were remainders of afro descendents (n=91). Weight and height were obtained in accordance with the recommendations of Health World-Wide Organization, and the basic facts were computed in a data base of Excel and analyzed through the softwares SPSS 10.0 and Epi Info 6.0. It was checked that from the total of the sample 32.9% (n=30) are found to be with low weight for the age. There was a prevalence of deficit of W/S in 14.4% (n=13) IC41 to 17.1. In relation to the index S/A, it was especially verified a stature deficit which shows a malnutrition along the childhood, once the result 43.3% IC 33.1–54.2 is elevated in relation to the population of reference (9.3%). It was observed that in relation to the index W/H on the basis of score-z there was a prevalence of 83.4% (n=75) of children in eutrophy. It was also observed that there a decrease in the variable height for ages 5 and 6 of children in the quilombola communities for both genders, and in the variable weight there is a slight increase for female gender at ages of four and five. The other extreme weighing deficit is found in the overweight and obesity and the results found in the quilombola communities studied ( 6.6%), aim at indexes above the national average (4,9%). We conclude that the children of 3 to 6 years of age in the Quilombola Communities of Amapá, are found especially in a situation of stature deficit at 5 and 6 years of age. We emphasize through this diagnosis the need for intervention.

          Keywords: Quilombola. Children. Physical growth. Nutritional profile

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 140 - Enero de 2010

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Introdução

    O crescimento corporal na infância conjuntamente à avaliação nutricional subsidia dados indiretos da população estudada. A antropometria em estudos populacionais constitui-se em um importante método para diagnóstico, fornecendo estimativa de prevalência e gravidade de alterações nutricionais. Como o crescimento é um processo dinâmico podemos organizar uma imagem de aspectos sócio-econômicos e culturais do meio em que vive a comunidade objeto de estudo, uma vez que constitui um dos indicadores primordiais e diretamente proporcional das condições antecedentes e presentes do processo de desenvolvimento (GALLAHUE e OZMUN, 2001:103).A avaliação nutricional na infância é esclarecedora e tem contribuído grandemente, descrevendo aspectos de desenvolvimento humano em populações vulneráveis, uma vez que o desenvolvimento e crescimento da criança são grandemente afetados por dois extremos: a desnutrição e a obesidade (ARAÚJO, 2005: 51).

    Evidencia-se de acordo com o risco de populações vulneráveis o grupo de pré-escolares e escolares, e conforme o critério de etnia que a população afro-descendente, classifica-se abaixo da média nacional do Brasil (PAIXÃO, 2001), constata-se ainda através de dados estatísticos que a população negra morre mais precocemente em todas as faixas etárias de causas que são passíveis e evitáveis (BARBOSA, 2001), pois as doenças tornam-se mais graves devido às carências econômicas, sociais e culturais a que está submetida a população afro-descendente. O presente estudo teve como objetivo investigar o perfil nutricional e de crescimento físico das crianças na faixa etária de três a seis anos, nas comunidades quilombolas do Estado do Amapá.

Materiais e métodos

    Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal. A amostra foi composta por 91 crianças de ambos os sexos na faixa etária de três a seis anos das Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, Região Norte do Brasil, correspondendo a 61% das crianças cadastradas pelos Agentes Comunitários de Saúde e Associação de Moradores de cada comunidade. Os dados foram coletados no período de Abril a Outubro de 2008. Foram excluídos do estudo crianças na faixa etária de três a seis anos que não fossem descendentes dos remanescentes de afro-descendentes, a pesquisa teve como fatores limitantes a dificuldade de acesso físico e ideológico de determinadas comunidades e a ausência de diagnóstico prévio de anemia. Houve uma perda amostral de 38.9% em consequência do não consentimento à participação na pesquisa e não comparecimento dos responsáveis pelas crianças nas datas agendadas. Após a aplicação dos critérios supracitados participaram da pesquisa as Comunidades do Curiaú, Mel da Pedreira, Lagoa dos Índios, Rosa e Ilha Redonda. As variáveis consideradas no estudo foram: sexo, idade, peso corporal, estatura. O estudo obedeceu aos preceitos éticos de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde através do protocolo nº. 80/2008 do CEP da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Viana. Para o registro dos dados foi utilizada uma ficha de avaliação individual onde constavam as seguintes informações: Nome, sexo, data de nascimento, e dados antropométricos. Para a verificação do peso foi utilizada balança digital (marca Plenna) com capacidade até 150 kg e escala de 100g, as crianças foram pesadas descalças com roupas leves. A estatura foi verificada com fita métrica inextensível (0-150 cm) com intervalo em milímetros, presa à parede lisa sem rodapé, com a criança de pés e descalça, calcanhares juntos, braços relaxados e estendidos ao longo do corpo. Após este procedimento foi apoiado o esquadro contra a parede ou coluna sobre a fita métrica deslizando até tocar a cabeça da criança. A leitura foi feita na posição lateral para melhor visualização de ângulo (BRASIL, 2008). Este procedimento foi realizado duas vezes em cada criança para confirmação da medida. Estas medidas são interpretadas através de pontos de corte constituindo as curvas que são a representação gráfica dos padrões de referência, cujos índices são: Peso e idade (P/I); Estatura/Idade (E/I); Peso/ Estatura (P/E) atualmente empregados pelo Ministério da Saúde. Os dois primeiros índices devem levar em consideração a idade e gênero, o último independe da idade, mas deve ser relacionado ao gênero, cada um deles reflete distintas combinações do processo biológico. Para o índice P/I de acordo com o referencial NCHS (1977) e pontos de corte do Ministério da Saúde temos a seguinte classificação: Peso muito baixo para idade (<escore-z -3); Peso baixo para idade (≥escore-z-3 e <escore-z-2); peso adequado (≥escore-z -2<escore-z+2) e peso elevado para idade (≥escore-z+2). Para os índices P/E e E/I foram consideradas com déficit nutricional as crianças classificadas no intervalo <escore-z -2 e de peso elevado para estatura das crianças que se encontravam no intervalo ≥escore-z +2 (WHO,2007). Os resultados foram registrados em uma base de dados Excel e posteriormente analisados tendo como auxílio os programas SPSS 10.0 e Epi Info 6.0. Para as comparações entre os gêneros de acordo com idade visando aderência das variáveis à distribuição normal foi aplicado o coeficiente de Pearson.

Resultados e discussão

    A amostra (n= 91) foi composta por 49,5%(n=45) de crianças do sexo masculino e 50,5% (n=46) crianças do sexo feminino o que caracterizou uma amostra uniforme.

Tabela 1. Distribuição das crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de acordo com diagnóstico nutricional 

com base no escore-z de P/I e idade (anos) - Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, 2008

    As tabelas 1 e 2 apresentam a distribuição de crianças de acordo com o índice P/I com base no escore-z, por idade e sexo respectivamente, onde se observa que do total da amostra 24.1% (n=22) encontram-se com peso muito baixo para idade (≥-3 escore-z e<escore z-2), com Intervalo de Confiança (IC) entre 4.1 a 17, 1, é válido enfatizar que quando adicionamos a este quantitativo as crianças com peso baixo para idade (≥escore-z-3 e <escore-z-2), totalizarão 32.9% (n= 30), apresentando-se acima do encontrado nas regiões Sudeste e Centro-Oeste (PEGOLO, 2008:78; MACHADO,2008), onde os resultados encontrados foram em média 2.7%. No entanto, apresentou-se abaixo do estudo feito no Estado de Rondônia onde a proporção de crianças indígenas Pakaánova apresentou-se com um percentual de 45,8% (ESCOBAR et al, 2003:458). Merece ênfase a proporção de 60.5% (n=55) de crianças com diagnóstico de peso adequado para idade (≥escore-z -2<escore-z+2), o que confirma os resultados da POF 2002-2003 (IBGE,2003), de que há uma evolução do estado nutricional principalmente na área rural. Apenas seis crianças apresentaram peso elevado para idade (≥escore-z +2). Percebe-se em relação à idade que aos três e seis anos as crianças apresentam um percentual de déficit P/I de 24.0% (n=6) e 27.0% (n=7) diagnóstico de risco nutricional (escore-z< -3) o que pode caracterizar uma deficiência na introdução da alimentação complementar ou ainda, alimentação deficiente em qualidade e quantidade, necessitando ainda de diagnósticos complementares a este tema. A significância estatística em ter o índice P/I e gênero foi altamente significativa (r=0,88).

Tabela 2. Distribuição das crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de acordo com diagnóstico nutricional 

com base no escore-z de P/I e sexo - Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, 2008

    Nas tabelas 3 e 4 apresentam-se os resultados da distribuição para o índice P/E de acordo com escore-z para idade e sexo com a observação de que neste índice não houve análise de uma criança da amostra, pois apresentou dados de estatura fora dos limites do banco de dados do programa Epi Info 6.0.

    Observa-se que não houve uma elevação de peso para estatura com o aumento da idade, este resultado apresenta-se inferior ao estudo realizado em creches de Brasília-DF (TUMA,2005:425) cujos resultados apresentaram uma proporção de 6,1% de crianças com peso elevado para estatura nesta faixa etária.

    A prevalência de déficits Peso/estatura entre as crianças na faixa etária de três a seis anos em 14.4% (n=13), com IC 4.1 a 17.1 segundo sexo, apresenta-se elevada se observada a partir dos valores apresentados pela POF (2002-2003), com uma prevalência de 5,8% para as crianças, sendo 7% nos menores de 5 anos. Também se considerarmos que a maioria das populações quilombolas localiza-se nas zonas de campo e se compararmos os resultados do estudo com os obtidos pela mesma pesquisa nas áreas de campo da Região Norte onde para o mesmo índice houve um resultado de 14,9% para menores de 5 anos. Este déficit significa comprometimento recente que interferiu no peso, porém ainda não comprometendo a altura, por isto deve ser acompanhado do índice E/I. A correlação em relação aos sexos apresentou-se este índice altamente significativo (r= 0,99)

Tabela 3. Distribuição das crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de acordo com diagnóstico nutricional 

com base no escore-z de P/E e idade (anos) – Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, 2008

 

Tabela 4. Distribuição das crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de acordo com diagnóstico nutricional 

com base no escore-z de P/E e sexo – Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, 2008

    Na tabela 5 observamos a distribuição das crianças de acordo com escore-z para E/I apresentando 20%(n= 18) das crianças classificadas com estatura muito baixa para a idade (escore-z <-3) com IC entre 0,1 a 6,9, não havendo diferença significativa entre os sexos. No entanto, quando adicionados de 23.3% (n=21) das crianças classificadas em estatura baixa para idade(≥-3 escore- z<-2) com IC entre 12,6 a 30,0, ou seja 43.3%(n=39) este resultado apresentou-se superior ao encontrado em outros estudos (ISTRIA, 2002; ORELLANA, 2006; LEITE, 2006; NEVES, 2006; VICENTE, 2004) a elevada frequência de indivíduos de baixa estatura indica que historicamente a população não tem acesso aos meios necessários para seu adequado crescimento e desenvolvimento.

Tabela 5. Distribuição das crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de acordo com o crescimento físico 

com base no escore -z de E/I e sexo - Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, 2008

    Na tabela 6 observa-se que para o índice E/I conforme escore-z para idade há uma elevação do déficit em estatura aos 5 anos de idade. Também é válido ressaltar que para o índice E/I o resultado para estatura adequada (≥escore-z-2) de 55.5% apresenta-se inferior ao encontrado na população de referência que é de 84.1% este resultado difere do encontrado em estudo realizado por Batista Filho (2004) que apresenta uma recuperação de estatura média nas últimas décadas. A correlação estatística do índice E/I relacionada aos sexos foi altamente significante (r=1,0).

    Com relação ao estado nutricional devemos discutir a situação principalmente de déficit estatura que sinaliza uma desnutrição ao longo do ciclo da vida infantil, uma vez que o déficit estatural de 43.3% (n=39) com IC 33.1 – 54.2, apresenta-se elevado em relação ao que preconiza o Relatório da OMS para os países em desenvolvimento apontando uma prevalência de déficit estatural de 48.1% e para a América do Sul em torno de 9,3%e estudo realizado em crianças de comunidades quilombolas no Estado de S. Paulo (VICENTE,2004). Esta redução de crescimento é muito observada em populações que vivem sob as condições restritas. Enfatiza-se também que o resultado encontrado para o índice E/I está acima de 2.3% que seria o esperado de acordo com a população de referência. Devemos considerar também que há uma redução na variável altura nas idades de 5 e 6 anos das crianças das comunidades quilombolas para ambos os sexos, em relação à variável peso há uma ligeira elevação para o sexo feminino na idade de 6 anos se comparados com dados da pesquisa POF(2002-2003) referente às crianças na mesma faixa etária na zona urbana do Estado do Amapá. É válido também comparar o resultado deste estudo com o obtido pela chamada nutricional quilombola realizado pelo Ministério da Saúde (2007) quando o déficit para o índice P/I de 32.9% identificado pelo estudo apresenta-se com resultados acima da média nacional (11,6%).

Tabela 6. Distribuição das crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de acordo com crescimento físico

com base no escore-z de E/I e idade (anos) - Comunidades Quilombolas do Estado do Amapá, 2008

    Para o índice P/E o estudo apresentou-se com uma déficit baixo (14.4%) em relação ao resultado nacional (8,2%) e quanto ao déficit E/I configura-se a maior diferença no estrato Amapá, apresentando déficit de E/I de 43.3% acima da média nacional (11,6%). Tal fato também é relevante quando comparamos os mesmos indicadores para déficit nutricional com os resultados deste mesmo fator nos assentamentos rurais em estudo do IBGE (2006) demonstrando para os índices P/I (15,5%); P/E (5,6%) e E/I (2,8%), portanto, bem abaixo se comparados com a prevalência dos indicadores do Amapá. O outro extremo do déficit ponderal encontra-se no sobrepeso e obesidade e os resultados encontrados nas comunidades quilombolas estudadas (6.6%), ainda não são elevados apesar de apresentarem índices acima da média nacional (4,9%). Várias pesquisas enfatizam o aumento de peso das crianças nos últimos anos (KAIN, 2002; HERPERTZ, 2003), o que se observa nas comunidades quilombolas está diretamente proporcional ao quadro epidemiológico da transição nutricional (VICENTE, 2000:123).

Conclusão

    No presente estudo constatou-se a progressão de déficit ponderal e estatural, no entanto, houve um maior comprometimento da estatura quando comparado ao peso. Tal tendência nos conduz a uma consideração especulativa das causas para este resultado, encaminhando-nos a uma hipótese de aspectos sociais da realidade encontrada no cotidiano destas crianças que se configuraram na situação nutricional diagnosticada nas comunidades quilombolas estudadas, havendo a necessidade de se aprofundar os estudos aos fatores de risco associados a esse diagnóstico, com ações estratégicas que possam contribuir para ampliar as informações sobre a situação nutricional da população afro-descendente, com acompanhamento através de estudos longitudinais, e implementação de ações estratégicas de saúde pública voltadas à vigilância alimentar e nutricional das populações quilombolas no Estado do Amapá.

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