Os benefícios da hidroginástica para mulheres na pós-menopausa Los beneficios de la gimnasia en el agua para mujeres en la pos menopausia |
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*Pós-graduado em Natação e Hidroginástica - UCB – RJ **Mestre em Educação Física – USJT - SP ***Doutoranda em Ciências do Desporto – UTAD (Portugal) |
Adilton da Silva Ventura* Zirlene Adriana dos Santos** |
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Resumo A hidroginástica é uma modalidade aquática conhecida por suas influências na qualidade de vida das pessoas, pois influenciam na melhora dos aspectos físicos, sociais, emocionais e psicológicos. Este estudo consistiu em identificar a percepção de mulheres praticantes de hidroginástica acerca da influência desta prática em sua qualidade de vida e bem-estar na pós-menopausa. Metodologia: A amostra para este estudo foi composta por 20 mulheres entre 50 e 60 anos de idade praticantes de hidroginástica, estas responderam a um questionário contendo nove questões abertas e fechadas e para tal foi utilizada uma abordagem qualitativa para a interpretação dos resultados. Ficou evidenciado que todas as entrevistadas já se encontravam na menopausa e que 50% praticam hidroginástica a mais de dois anos. Dentre os motivos que as levaram a se matricular estão: Prevenção de doenças, lazer e com finalidade de melhorar a estética corporal. Observou-se que a maior parte das mulheres que foram entrevistadas apresentou uma elevada auto-estima e auto-imagem, indicando que a atividade física no meio líquido pode proporcionar benefícios psicossociais que são fundamentais para a manutenção da prática regular da hidroginástica. Unitermos: Hidroginástica. Pós-menopausa. Qualidade de vida |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 138 - Noviembre de 2009 |
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Introdução
Atualmente a hidroginástica é caracterizada principalmente pela população da terceira idade e mulheres, apesar de ser indicado a todos. Realizaram-se leituras para identificar a percepção de mulheres praticantes de hidroginástica acerca da influência desta prática em sua qualidade de vida e bem-estar na pós-menopausa. Tendo como base de mulheres entre 50 a 60 anos, que já estejam no período da pós-menopausa e praticantes de hidroginástica.
Pereira et al. (2002) citam a importância de fazer com que os idosos estejam sempre ativos e conscientes da importância que a prática regular de exercícios tem para um melhor condicionamento físico, mental e social, através da promoção da saúde, com um programa de atividades e exercícios físicos adequados, respeitando suas limitações, logo a importância de uma avaliação periódica para um melhor aproveitamento do exercício.
Alves et al. (2004) mostraram testes realizados com mulheres acima de 60 anos não praticantes de atividade física regular ao iniciar aulas de hidroginástica. No período de três meses houve aumento expressivo relacionado à aptidão física após o treinamento, sendo considerado o seguinte fato; a realização periódica de exercícios e atividades causa uma resposta rápida e positiva aos estímulos, ressaltando que a suspensão dos mesmos ocasiona uma queda considerável da aptidão física, para tanto se indica prescrições de exercícios para minimizar os efeitos decorrentes ao envelhecimento.
Segundo Leitão et al. (2000) ocorre, durante a pós – menopausa, uma diminuição hormonal e de massa óssea havendo um aumento do colesterol total, triglicerídeos e diminuição do HDL. Revendo assim, a importância da prática de atividades e exercícios no auxilio e na prevenção de doenças coronarianas, além da depressão relacionada ao climatério. Estudos também relatam que o exercício físico é um meio preventivo para estimular a mineração óssea através do aumento da força muscular, com isso os autores ressaltam que ao se prescrever exercício para mulheres, deve-se estimar um trabalho de condicionamento cardiorrespiratório, força muscular, endurance, flexibilidade e composição corporal, sendo capaz de diminuir eventos descritos anteriormente e promover qualidade de vida para as mulheres.
A menopausa é definida clinicamente como a parada dos ciclos menstruais decorrente da perda da atividade ovariana, com cessação da secreção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. O termo climatério indica o período marcado pela diminuição gradual da função ovariana, no qual a mulher passa do período reprodutivo para os anos pós-menopausa (SPEROFF, 1999).
A hidroginástica tem sua importância pautada no crescimento e desenvolvimento do ser humano, ajudando-o em vários aspectos, como qualidade de vida, prevenção de doenças e melhora na percepção de bem-estar, sendo assim podemos relatar a real situação das mulheres na pós-menopausa praticantes de hidroginástica (TORRES, et , 2006). Portanto, este estudo consistiu em identificar a percepção de mulheres praticantes de hidroginástica acerca da influência desta prática em sua qualidade de vida e bem-estar na pós-menopausa.
Metodologia
Esse estudo é de natureza descritiva, com uma abordagem qualitativa. A pesquisa foi um clube situado na zona norte da Cidade do Rio de Janeiro. Para atingir aos objetivos propostos, utilizou-se um questionário composto por 9 (nove) perguntas abertas e fechadas e validado pela Comissão de Validação de Instrumentos Científicos do Centro Universitário Celso Lisboa (UCL). Este instrumento teve por objetivo identificar a percepção das mulheres praticantes de hidroginástica no período da pós-menopausa, acerca da influência desta prática em sua qualidade de vida e bem-estar. Foram entrevistadas 20 mulheres, com idade entre 50 e 60 anos de idade.
Todas as entrevistadas aceitaram participar da pesquisa, de forma voluntária e anônima, após conhecer seus objetivos e fins, por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em obediência à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Todos os questionários foram aplicados nos momentos após a aula de hidroginástica. As respostas foram dadas oralmente e prontamente registradas pelos pesquisadores responsáveis.
Para efeito de análise dos resultados, as variáveis qualitativas foram analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo.
Resultados
Ficou identificado que 60% pratica há mais de dois anos e 40% há menos de dois anos.
Este ponto do trabalho mostra, que há um interesse das mulheres em praticar uma atividade regularmente. Em relação a frequência regular ao clube para as aulas de hidroginástica observamos que dentre as entrevistadas, obteve-se 50% de alunas que disseram que sim e 50% disseram que não, ao perguntar se freqüentam ao clube regularmente.
Figura 1. Freqüência regular ao clube para aulas de hidroginástica
Na questão onde foi perguntado se praticam além da hidroginástica outro tipo de exercícios físicos, apenas 10% das entrevistadas responderam que sim e 90% responderam que não praticam nenhum exercício físico além da hidroginástica.
Figura 2. Realização de outros exercícios físicos além da hidroginástica
Ao perguntar, se as entrevistadas haviam entrado no período da menopausa, foi observado que todas disseram que sim, sendo 10% até dois anos, 20% até cinco anos, 35 % até dez anos e 35 % com mais de dez anos.
Figura 3. Tempo que as entrevistadas estão na menopausa
Quando foi perguntado por qual motivo realizam a hidroginástica, sete entrevistadas responderam que realizam para prevenção de doenças, quatro responderam que praticam por lazer, duas responderam que praticam para melhorarem a estética corporal e dez entrevistadas responderam outras opções, sem mencionar quais eram.
Figura 4. Motivos para a prática da hidroginástica
Segundo Bonachela (1994) a prática regular da hidroginástica trás como benefícios o bem estar físico-mental além de ser uma atividade que proporciona um baixo impacto nas articulações, ossos e músculos, evitando o risco de lesões a seus praticantes.
Foi perguntado para as entrevistadas se elas portavam algum caso clínico. Doze responderam que sim e oito responderam que não. Foi verificado que entre as doze entrevistadas que responderam positivamente seis eram devido à hipertensão, duas tinham diabetes e quatro responderam outras patologias.
Figura 5. Tipos de patologias que as entrevistadas possuem
Segundo Di Masi (2003) pessoas com diversas patologias procuram a hidroginástica visando à melhora ou inibição de problemas como asma, bronquite, fadiga, ansiedade, contusões, torções, colesterol, triglicerídeos, diabetes, hipertensão, etc.
Conclusão
De acordo com o presente estudo, foi observado que as mulheres na pós-menopausa ingressam em um programa de hidroginástica devido a dois fatores: O primeiro são os diversos benefícios que esta traz a saúde, na parte física, mental, no convívio social além de gostarem de atividade física no meio líquido (libido). E o segundo fator está associado à prevenção de doenças principalmente a hipertensão arterial e a diabetes, de acordo com os resultados obtidos na pesquisa.
Acredita-se que a prática regular de exercícios físicos possa auxiliar na resistência a insulina e aumenta à tolerância a glicose ocasionando uma melhora no quadro clínico da diabetes. E a prática regular de exercícios físicos contribui para um melhor funcionamento do sistema cardiovascular, ocasionando uma redução da pressão arterial de repouso. Lembrando que, em ambas as situações, a prática de exercícios físicos, no caso do presente estudo, a hidroginástica deve ser associada a uma alimentação balanceada e a um estilo de vida saudável.
A maior parte das mulheres que foram entrevistadas apresentou uma elevada auto-estima e auto-imagem, indicando que a atividade física no meio líquido pode proporcionar benefícios psicossociais que são fundamentais para a manutenção da prática da hidroginástica regularmente.
Esta pesquisa veio a confirmar o quanto é fundamental que o professor de educação física tenha um local de trabalho adequado que a confiabilidade e afinidade são fatores importantíssimos para bons resultados, tendo em vista há necessidade que as mulheres no período da pós - menopausa tem de a realizarem atividades regularmente, pois como visto a maioria das entrevistadas responderam que não prática nenhuma atividade além da hidroginástica. Temas como qualidade de vida e promoção da saúde devem ser questões a serem discutidas e revistas pelos profissionais de educação física além de diversificarem as suas aulas abordando temas importantes como tais.
Referências bibliográficas
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