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Expectativas para a Educação Física adaptada: novos caminhos

Perspectivas para la Educación Física adaptada: nuevas orientaciones

 

*Profissional de Educação Física, Graduado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

**Mestre em Educação Física (UNICAMP- SP), Doutora em Educação (UNIMEP – SP)

Professora da Universidade Federal de Uberlândia

(Brasil)

Gabriella Ferreira Braga*

gabriellafbraga@yahoo.com.br

Patricia Silvestre De Freitas**

patricia@ufu.br

Luciano Fernandes Crozara*

lucianoeduca@gmail.com

Diego Cristovão Feliciano*

diegocristovao@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          A cada dia que passa, observa-se a crescente preocupação entre os profissionais de Educação Física e também de outras áreas, em resgatar os compromissos sociais com as pessoas portadoras de deficiência, possibilitando a elas o direito ao acesso a prática da atividade física, esporte e lazer. Deveria ser uma medida política e provisória de conscientização a respeito da prática da atividade física pelas pessoas portadoras de deficiência a adequação de materiais e instalações que facilitem a prática da Educação Física e/ou esporte pela pessoa portadora de deficiência. A preparação de recursos humanos para atuarem na área, tem sido uma grande preocupação das pessoas envolvidas nesse setor, pois o grande empecilho colocado é a grande falta de profissionais especializados para atuar junto a essa clientela. O objetivo deste estudo é analisar a repercussão de um novo campo especifico do esporte para deficientes, no esporte dito normal e nos setores acadêmicos e propiciar a compreensão do esporte para deficientes neste contexto. A pesquisa foi realizada com 13 Universidades Federais, que possuem a faculdade de Educação Física. O Instrumento utilizado foi uma entrevista semi-estruturada com questionário misto. Os dados foram submetidos à análise estatística e descritiva. Os resultados obtidos retratam que mesmo com o desenvolvimento de ações e uma nova proposta da educação física adaptada pode-se observar a continuidade de vários problemas, como a insuficiência de recursos humanos, docentes e técnicos qualificados, bem como inadequação dos estímulos aos profissionais que atuam na área. Desta maneira os profissionais de Educação Física e demais profissionais da Saúde, tem possibilidade de gerar reflexões às suas ações, bem como permitir e planejar intervenções mais adequadas na área da educação física e diversidade humana, objetivando atuar como poderosa ferramenta para contribuir na reabilitação e inclusão social.

          Unitermos: Esportes. Deficientes. Inclusão

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 138 - Noviembre de 2009

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Introdução

    O presente estudo tem como temática central analisar a repercussão de um novo campo especifico do esporte para deficientes, no esporte dito normal e nos setores acadêmicos e propiciar a compreensão do esporte para deficientes no contexto social.

    A Educação Física vem atravessando tempos de grandes questionamentos e mudanças em seus paradigmas. As várias vertentes epistemológicas têm sido objetos de discussões em congressos, seminários, onde esta crise atual pela qual a educação física passa é refletida por diversos autores como Farinatti, Manoel Sérgio entre outros.

    Tojal (2007) afirma que para educação física ter a cientificidade necessária a toda profissão de nível superior, falta que seus profissionais consigam se expressar através de termos científicos e técnicos adequados identificados com os diferentes conhecimentos que nela e através dela sejam desenvolvidos.

    O que se percebe é que essa área viveu e mesmo hoje ainda vive do que toma emprestado de outras áreas, como biologia, psicologia, sociologia, pedagogia, deixando de demonstrar qualquer rigor científico que lhe pertença, ou seja, dela decorrente, enquanto uma nova área ou campo de conhecimento.

    Medina (1983), afirma que os licenciandos em Educação Física além de terem poucas noções sobre a finalidade da Educação e da Educação Física no ensino formal, supervalorizam a competição, o resultado e a vitória, objetivos próprios do Esporte.

    A ciência busca explicação sobre fenômenos na natureza. Explicações são importantes, pois permitem identificar regularidades, fazer previsões e generalizações. Por isso, o conhecimento científico é fundamental para o processo de invenção e criação de coisas ou artefatos, de método de atuação. Embora essas duas atividades, científicas e tecnológicas, devessem caminhar em conjunto, isso nem sempre acontece. Esse é um problema comum à educação física adaptada que também sofre as conseqüências das discussões realizadas sobre a crise dos paradigmas.

    Como a própria educação Física, em um dos seus paradigmas, tem como parâmetro de normalidade a pessoa tida como corporalmente e mentalmente "normal" - mente sã corpo sã -, que se choca com a questão de que esta mesma educação física pode e deve ser utilizada por todos, partindo do conceito de adaptação como um processo através do qual qualquer criatura ajusta ao meio ambiente incluindo o próximo e o distante, onde este processo inclui mudanças de comportamento e físico.

    O Decreto Federal Nº. 914, de 6 de setembro de 1993, em seu Art. 3º, define a pessoa portadora de eficiência aquela que apresenta, em caráter permanente, perdas ou anormalidades de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.

    Segundo Azevedo e Barros (2004) corpo humano pode ser de muitas maneiras, comparado a uma máquina que converte uma forma de energia em outra na execução de um trabalho. Assim, o funcionamento do corpo é mantido por um equilíbrio dinâmico que necessita de atividades para se manter em normalidade; sendo que a quebra deste equilíbrio, causada, por exemplo, por hábitos alimentares errôneos ou pela vida sedentária, pode resultar em doenças crônico-degenerativas e desordens emocionais.

    Se as relações entre os homens se diferenciaram no movimento histórico, os problemas encontrados pelos deficientes nas sociedades também se diferenciaram. Então, conhecermos a história do deficiente não se presta apenas para acumularmos conhecimentos, mas também para refletirmos e questionarmos, por exemplo, por que apesar de se ter, nas letras das leis, uma política de inclusão, a pessoa deficiente continua excluída.

    Nesse sentido, ao depararmos com uma área tão antagônica como o esporte para deficiente e suas devidas adaptações muitas indagações ainda se fazem presente.

    As raízes do esporte para deficientes foram sistematizadas no início do século XX e podem ser identificadas inicialmente através de eventos isolados. Em 1918 na Alemanha, durante a primeira grande guerra, um grupo de lesionados reuniu-se para praticar esporte. Há registros de que em 1932, surgiu na Inglaterra, a Associação de Golpista de um Só Braço, que não consegue efetivar a prática dessa modalidade (Comitê Olímpico Espanhol, 1994).

    O esporte como prática para pessoas deficientes efetivou-se sistematicamente através de duas linhas distintas de trabalho que se formaram a partir da Segunda Grande Guerra e caminharam paralelamente cada qual com seu objetivo.

    Uma delas, com enfoque médico foi iniciada na Inglaterra. Em face aos problemas que se instalavam com os soldados mutilados e lesados medulares, os quais tinham uma sobrevida de no máximo um ano, ações foram implementadas e, em 1943, o governo britânico construiu o hospital de Stoke Mandeville em Aylesbury (Guttmann, 1976). Segundo Varela (1991), o hospital tinha como objetivo receber e tratar lesados medulares, vítimas da 2ª Guerra Mundial onde Ludwig Guttmann, neurocirurgião e neurologista foi convidado para dirigi-lo (Strohkendl, 1996)

    A outra, com enfoque esportivo, foi desenvolvida nos Estados Unidos por Benjamin Linpton em 1946. Veteranos de guerra lesionados iniciaram a atividade de basquetebol e criaram o primeiro time, “The Flyng Wheels” (rodas voadoras), em Van Nuys, Califórnia (Strohkendl, 1996; Pool e Tricot, 1985). As apresentações públicas tinham como objetivo despertar o interesse da sociedade para os problemas dos traumas físicos dos deficientes e, também, estimular outras pessoas deficientes a compreenderem a sua capacidade de realizar diversas atividades, entre elas o esporte (Adams e col., 1985; Strohkendl, 1996).

    Este processo inovador na história do esporte agrega tensões entre tradições culturais reavaliadas, novos campos esportivos e novas significações do esporte; entre redes sociais globais e locais.

    No que diz respeito a leis e decretos, o Estado iniciou disposições que regem a Educação para deficientes no Brasil a partir de 1946, mas só a partir de 1970 a Educação Especial tomou corpo através de vários projetos e incluiu a Educação Física em seu conjunto de ações a serem implantadas no período de 1980/85 no III PSEC (Plano Setorial de Educação e Cultura).

    No Brasil, até o início dos anos 50 do século XX, houve um silêncio em relação à atividade física para deficientes físicos no Brasil. O qual pode ser entendido em função dos paradigmas de caráter morfológico e postural que orientavam a área de Educação Física. (Freitas, 2003).

    De acordo com Brasil (1971) no plano I PSEC 1972/1974, a educação foi considerada básica para o desenvolvimento auto-sustentado e requisito essencial de uma sociedade democrática, atendendo ao binômio “segurança e Desenvolvimento”. A expansão das oportunidades de atendimento aos excepcionais e apoio técnico que possibilitasse o desenvolvimento da educação especial, foi alguns objetivos e estratégias fixados para atuação na Educação Especial (Mazzota, 1996).

    Essas prioridades e ações ainda continuam no II PSEC 1975/1979, onde 50% dos professores não dispunham de treinamento adequado que possibilitasse o desempenho de suas funções, consistia num grande entrave ao desenvolvimento da Educação Especial (Brasil, 1976).

    Apenas a partir de 1981 com o Ano Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência, pela Organização das Nações Unidas – ONU que ações foram implantadas. As ações estenderam-se ao longo da década (1981/1990) para que, numa atitude coletiva e mundial, os países filiados dedicassem sua atenção e esforços visando a melhoria na qualidade de vida da pessoa deficiente (Cidade e Freitas, 2002).

    Sob uma forte influência da área médica, uma postura correta e uma boa aparência física surgiam nos meados do século XX como principal meta dos programas de Educação Física, o que ainda hoje tem alguma repercussão, principalmente quando nos reportamos à pessoa deficiente. (Costa, 1983).

    Logo após a promulgação da Constituição de 1988 (Brasil constituição: república federativa do brasil. – Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988, 292 p.) ocorreu uma ausência de legislação esportiva específica, já que as normas anteriores perderam vigência pelo preconizado na nova Carta e havia a necessidade de elaboração de legislações complementares. Esse fato, de certa forma fortaleceu transitoriamente as estruturas arcaicas e os interesses dos senhores feudais do esporte brasileiro, pela ocorrência de um vazio na ordem jurídica esportiva nacional.

    Após profundas discussões e inúmeras tentativas de manutenção da cômoda situação vigente para muitos dirigentes esportivos brasileiros é promulgada a Lei Nº. 8.672/1993– Lei Zico –, sendo a primeira legislação que preconiza uma gestão profissional para o esporte, aos moldes do que existe para os demais ramos de atividade.

    Muito debatida, a Lei nº 9.615/1998– Lei Pelé – retira a autonomia do Estado sobre a administração e organização esportiva nacionais, reitera a figura do clube empresa – criada na Lei Zico – que exige um nível de responsabilidade e profissionalismo semelhantes aos inerentes aos demais tipos de empresa.

    Nem menos ou mais importante que outras ações, o esporte se apresenta como um dos requisitos indispensáveis para que o indivíduo possa atingir a dimensão total da inclusão social. Isso pode ser comprovado por ser um instrumento simples, acessível, barato e eficiente, seja em nível recreativo, ou de competição de alto rendimento e que muito contribui para a inclusão social do indivíduo. (Azevedo e Barros 2004).

    A cada dia que passa, observa-se a crescente preocupação entre os profissionais de Educação Física e também de outras áreas, resgatar os compromissos sociais com as pessoas portadoras de deficiência, possibilitando a elas o direito ao acesso a prática “a atividade física, esporte e lazer.

    Além da adequação de materiais e instalações que facilitem a prática da Educação Física e/ou esporte pela pessoa portadora de deficiência, tem sido a preparação de recursos humanos para atuar na área uma grande preocupação das pessoas envolvidas nesse setor, pois o grande empecilho colocado e a grande falta de profissionais especializados para atuar junto a essa clientela. deveriam ser uma medida política e provisória de conscientização a respeito da prática da atividade física pelas pessoas portadoras de deficiência.

    Espera-se que o presente estudo possa contribuir no sentido de criar visibilidade suficiente para profissionais afins ou da área que se interessam pela analise da repercussão de um novo campo específico do esporte para deficientes, no esporte dito normal e nos setores acadêmicos e propiciar a compreensão do esporte para deficientes no contexto social.

    Para a pesquisa realizada selecionaram as Universidades Federais (IEF’s) do Brasil e foram enviadas entrevistas semi-estruturadas com questionários mistos para cada professor do curso de Educação Física, explicando os objetivos da entrevista.

    O universo da pesquisa foi de 36 Universidades Federais do Brasil e amostra dos sujeitos para a pesquisa foi constituída de 13 IEF’s. O critério adotado para a analise foi ter na Universidade Federal a faculdade de Educação Física.

    Para a realização da pesquisa adotou-se a abordagem qualitativa. O estudo ora citado foi uma pesquisa de campo, de caráter descritivo. A técnica utilizada para a coleta de dados foi à inquirição escrita. O questionário foi submetido à análise estatística descritiva, e foi organizado em tabelas e gráficos.

Análise dos dados

    Foram enviados 36 questionários para as faculdades de educação física das universidades federais, no início da coleta de dados. Apenas 12 faculdades devolveram os questionário no prazo de 3 meses, os quais procede-se a analise:

Gráfico 1. Número de disciplinas sobre atividade física e esportes para pessoas com deficiência nas universidades

    Quando perguntados sobre a existência na grade curricular de disciplina que contemplam a Atividade Física e Esportes Adaptados, pode-se observar que 100% disseram ter a disciplina de Atividade Física para pessoas com deficiência.

    Todas as IEF's tem em sua grade curricular disciplina que contemplam a Atividade Física e Esportes Adaptados, porém de acordo com o gráfico verifica-se que apenas 50% delas tem em seu conteúdo aulas praticas.

Gráfico 2. Número de horas da disciplina oferecida

    Quando perguntado o numero de horas/aula oferecidas pela disciplina Atividade Física e Esportes Adaptados 60% responderam que a carga horária oferecida é de 60 horas e 40% ofereciam a disciplina em 30 horas.

Gráfico 3. Atividades Práticas do Conteúdo

    Ao serem perguntados sobre a realização das atividades praticas da Atividade Física e Esportes Adaptados, pode-se observar que 50% responderam que existe a pratica do conteúdo e o outros 50% responderam não existir esta prática.

    Embora seja importante a interligação da parte teórica com a prática, podemos observar que ainda não é um fator que tenha sistematizado pelos professores.

    Isso se dá pelo fato de que nem todos os professores tem formação na área específica da disciplina bem como experiências para possibilitar uma adequação de conteúdo prático da mesma.

    Nesse sentido, outro problema encontrado foi à insuficiência de informações sobre o tema disponíveis para os professores.

Gráfico 4. Informações suficientes para aplicação do conteúdo Atividade Física e Esporte Adaptado

    Quando perguntados aos professores se as informações sobre a área, esporte para deficientes são suficientes para aplicar o conteúdo em sala de aula, pode-se observar que 70% afirmaram não existir suficiência de informações e apenas 30% afirmam existir informações sobre Atividade Física e Esporte e Adaptado.

    Realmente a escassez de informações é compreensível pelo fato desta área estar em pleno desenvolvimento.

Gráfico 5. Interesse dos alunos de graduação atuar na área de Esportes Adaptados

    Quando perguntados sobre o interesse dos alunos da graduação de Educação Física atuar na área de Esportes Adaptados, pode-se observar que apenas 70% disseram que de 5 a 20% é o interesse dos alunos na área e 30% disseram que há o interesse de 20 a 50% para atuarem na área.

    Os conteúdos mais aprofundados nas aulas são relativos a inclusão e esporte para de acordo com 70 por cento dos entrevistados. Faz-se de extrema importância, acrescentar conteúdos como avaliação, atividades psicomotoras, aspectos práticos da atividade física, novas metodologias, para que os alunos da graduação possam ter um escopo de formação viável com a pratica a ser implementada na sua vida profissional.

Conclusão

    Educação física adaptada traz no seu bojo características de uma área uma marcada pela inserção médico-pedagógica e determinada freqüentemente por modelos clínico-terapêuticos, em que as práticas pedagógicas têm a tarefa da correção e da normalização.

    Neste estudo, podemos observar na prática, que não está claro para muitos profissionais o objetivo da Educação Física para deficientes. Na verdade, deveria primeiramente colocar em discussão a concepção de aptidão física até então reinante no meio acadêmico de Educação Física sem dar a conotação de especialidade por não haver modificações em princípios e conteúdos, mas em métodos, métodos esses que respeitem as limitações e desenvolvam o máximo das potencialidades das pessoas, quaisquer que sejam.

    Cabe ressaltar neste estudo, que estas questões deveriam passar necessariamente por toda área acadêmica As sugestões propostas pelas políticas publicas foram acatadas e implementadas por várias Instituições, principalmente no que diz respeito à inclusão de disciplinas específicas nos cursos de graduação, cursos de especialização e programas de atendimento as pessoas com deficiência. Porém, hoje, a preocupação se estende para a discussão dessas ações, pois não deveriam apenas ser uma medida política e provisória e sim de conscientização a respeito da prática da atividade física pelas pessoas com deficiência e a inserção dos profissionais da educação física no mercado.

Mesmo com o desenvolvimento de ações e uma nova proposta da educação física adaptada pode-se observar a continuidade de vários problemas, como a insuficiência de recursos humanos, docentes e técnicos qualificados, bem como inadequação dos estímulos aos profissionais que atuavam na área.

    Acreditamos, contudo, que esses dados contribuirão para os profissionais de Educação Física e demais profissionais da Saúde, na possibilidade de gerar reflexões às suas ações, bem como permitir e planejar intervenções mais adequadas na área da educação física e diversidade humana, objetivando atuar como poderosa ferramenta para contribuir na reabilitação e inclusão social, pois a partir das experiências vivenciadas nessa área os indivíduos podem alcançar autonomia e independência.

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