Avaliação do conhecimento nutricional de atletas profissionais de judô Valoración del conocimiento nutricional de profesionales de judo |
|||
*Centro Universitário São Camilo – São Paulo, SP **Centro de Nutrição do Programa Holístico de Emagrecimento, Santo André, SP ***Universidade Federal de São Paulo – São Paulo, SP (Brasil) |
Fabiola Lopes de Oliveira* | Flaviany Marques Russo* Isabela Menegatti* | Monica Mayume Toya* Tamara Eugenia Stulbach* | Luciana da Silva Garcia* ** Alessandra Nunes Peron* ** | Murilo Dattilo*** |
|
|
Resumo É muito bem descrito na literatura que o judô está associado com práticas alimentares inadequadas. Dessa forma, o presente estudo foi elaborado com o objetivo de avaliar o conhecimento nutricional de atletas profissionais de judô e identificar possíveis fatores associados ao nível de conhecimento obtido. A amostra foi composta por 21 atletas (13 homens e 8 mulheres) e as variáveis analisadas foram estatura, massa corporal, conhecimento nutricional, nível de escolaridade e tempo de prática da modalidade. A pontuação média do conhecimento nutricional não apresentou diferenças significantes entre os sexos (6,9 ± 1,7 para homens e 6,9 ± 2,0 para mulheres; p = 0,56) e não houve correlações significantes da pontuação com o nível de escolaridade e tempo de prática da modalidade. Foi possível concluir que atletas profissionais de judô apresentaram conhecimento nutricional próximo ao ponto de corte de classificação para baixo conhecimento nutricional, sendo, possivelmente, um dos fatores associados com práticas alimentares inadequadas comumente observadas na modalidade. Unitermos: Judô. Conhecimento nutricional. Saúde. Nutrição |
|||
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 138 - Noviembre de 2009 |
1 / 1
Introdução
O judô é uma modalidade dinâmica, fisicamente exigente e complexa, caracterizada por curta duração, alta intensidade e de característica intermitente (Thomas et al., 1989). Assim como outras modalidades de lutas, tais como boxe, luta olímpica e karatê, as competições de judô são realizadas por categorias de peso (Kraemer et al., 2001) e, dessa forma, é comum observar que 90% dos atletas costumam reduzir cerca de 5 a 10% da massa corporal, em poucos dias, buscando enquadrar-se sempre em categorias inferiores (Filaire et al., 2001). Entretanto, para isso, muitas estratégias não adequadas são adotadas, dentre as quais a restrição alimentar severa é frequentemente utilizada (Kiningham e Gorenflo, 2001).
De fato, práticas alimentares inadequadas não estão presentes somente no judô, mas em diversas modalidades esportivas (Kiningham e Gorenflo, 2001). Tais aspectos têm despertado o interesse de pesquisas com o intuito de identificar os principais desvios nutricionais presentes para conseguinte elaboração de estratégias que possam modificar esse quadro (Nicastro et al., 2008). Embora muitas das avaliações empregadas sejam de característica objetiva, evidências recentes sugerem que a determinação do nível de conhecimento nutricional, a qual é uma avaliação subjetiva, também pode ser uma ferramenta útil para se estabelecer o nível de conhecimento que o indivíduo possui sobre nutrição e alimentação, podendo refletir, assim, na formação dos hábitos alimentares (Burke, 1995; Cupisti et al., 2002). Burke (1995) afirma que o conhecimento nutricional apresenta relação direta com os hábitos dietéticos de atletas e, para Cupisti et al. (2002), o esporte é apontado como um fator favorável nos hábitos alimentares e no conhecimento nutricional de atletas.
A partir dos dados supracitados, o presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento nutricional de atletas profissionais de judô, por meio da aplicação de uma escala previamente validada no Brasil, e identificar os possíveis fatores que podem influenciá-lo.
Materiais e métodos
Amostra
Foram entrevistados 21 atletas profissionais de judô (13 homens e 8 mulheres), em fase de treinamento e competição, sendo o convite realizado verbalmente.
Avaliação antropométrica
A massa corporal (kg) dos indivíduos foi aferida por meio de uma balança eletrônica portátil, da marca Plenna, com capacidade máxima de 150 kg. A balança foi colocada em local plano, sendo o atleta pesado sem calçados, agasalhos ou objetos nos bolsos.
A estatura (m) foi medida em posição ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo, os pés unidos e encostados à parede, e determinada com fita métrica de material não elástico com precisão de 1 cm.
Aplicação do Questionário de Conhecimento Nutricional (QCN)
A escala escolhida para mensuração do conhecimento nutricional neste estudo foi desenvolvida por Harnack et al. (1997) e posteriormente traduzida, adaptada e validada para o Brasil por Scagliusi et al. (2006). Para classificação do conhecimento nutricional foi utilizado o seguinte critério: pontuações totais entre zero e seis indicam baixo conhecimento nutricional; entre sete e 10 indicam moderado conhecimento nutricional e acima de 10 indicam alto conhecimento nutricional. A escala foi administrada aos indivíduos nos períodos pré ou pós-treino, onde os mesmos foram orientados a responder da maneira mais honesta possível. Decidiu-se não reaplicar o questionário nos indivíduos, pois estes poderiam receber alguma educação nutricional nos próximos dias.
Aplicação do questionário adicional
Em função do QCN utilizado neste estudo ter como foco a avaliar o conhecimento nutricional voltado à saúde, optou-se por elaborar questões relacionadas ao esporte, com respostas fechadas. As opções destacadas indicam as respostas consideradas como corretas.
1. Qual nutriente necessita estar em maior concentração em uma dieta: gorduras, carboidratos ou proteínas?
a) Gorduras
b) Carboidratos
c) Proteínas
d) Não sei/não tenho certeza
2. Para atletas, qual nutriente deve ser consumido em maior proporção?(assinale somente uma opção)
a) Proteínas
b) Gorduras
c) Carboidratos
d) Não sei/não tenho certeza
3. É possível atingir as necessidades nutricionais exigidas pelo exercício sem a utilização de suplementos alimentares?
a) Sim
b) Não
c) Provavelmente
d) Não sei
4. O uso de suplementos alimentares pode ser prejudicial para a saúde quando consumido sem orientação adequada?
a) Sim
b) Não
c) Provavelmente
d) Não sei
Tempo de prática da modalidade
O tempo de prática da modalidade foi mensurado por meio de um questionamento aberto, onde os indivíduos descreveram, em anos, o tempo de prática contínua da modalidade.
Nível de escolaridade
O nível de escolaridade foi mensurado de acordo com o tempo de estudos, expresso em anos cursados.
Análise estatística
As análises foram conduzidas pelo software Statistica versão 7.0. Os dados são apresentados através de análise de tendência central (média) e variabilidade (desvio padrão). Para comparação dos dados entre os sexos, utilizou-se o Teste T de Student enquanto que o coeficiente Pearson foi aplicado para a correlação entre a pontuação do QCN e o tempo de prática da modalidade e de estudos. O nível de significância adotado foi p < 0,05.
Resultados
Na tabela 1 estão representadas as características da amostra. Não foi possível identificar diferenças significantes entre os sexos para nenhum dos parâmetros avaliados, indicando que a amostra apresentou-se homogênea.
Tabela 1. Características dos indivíduos
|
Homens (n=13) |
Mulheres (n=8) |
p |
Idade (anos) |
22,6 ± 6,8 |
22,4 ± 8,0 |
0,59 |
IMC (kg/m²) |
24,14 ± 3,91 |
22,52 ± 3,0 |
0,49 |
Tempo de treino (anos) |
12,8 ± 6,2 |
11,8 ± 5,7 |
0,81 |
Nível de escolaridade (anos) |
12,1 ± 2,8 |
10,9 ± 3,8 |
0,37 |
Pontuação do QCN |
6,9 ± 1,7 |
6,9 ± 2,0 |
0,56 |
Legenda: QCN, Questionário de Conhecimento Nutricional.
Quando realizadas correlações entre a pontuação do QCN e escolaridade e tempo de treinamento, não foram obtidos resultados significantes (Tabela 2).
Tabela 2. Correlações entre a pontuação do QCN e nível de escolaridade e tempo de prática da modalidade
|
Pontuação do QCN |
p |
Escolaridade (anos) |
-0,09 |
NS |
Tempo de treino (anos) |
-0,04 |
NS |
Legenda: QCN, Questionário de Conhecimento Nutricional; NS, Não significante
Na figura 1 está demonstrada a distribuição percentual da classificação obtida a partir da pontuação do QCN, de acordo com os níveis baixo, moderado e alto conhecimento nutricional. A maioria dos atletas obteve classificação moderada e nenhum apresentou alto conhecimento nutricional.
Figura 1. Distribuição percentual do nível de conhecimento nutricional de acordo com a classificação
A tabela 3 indica a distribuição percentual das alternativas corretas do questionário adicional aplicado, de acordo com o sexo.
Tabela 3. Distribuição em número e porcentagem das respostas corretas obtidas no questionário adicional, segundo sexo
|
Homens (n=13) n (%) |
Mulheres (n=8) n (%) |
Questão 1 |
8 (61,5%) |
3 (38,5%) |
Questão 2 |
6 (46,2%) |
6 (75%) |
Questão 3 |
8 (61,6%) |
6 (75%) |
Questão 4 |
13 (100%) |
8 (100%) |
No figura 2 está representada a distribuição de atletas que realizam ou realizaram uso de suplementos alimentares.
Figura 2. Distribuição em número e porcentagem de atletas que utilizam ou utilizaram suplementos alimentares
Discussão
A avaliação do nível de conhecimento nutricional vem ganhando espaço entre as pesquisas científicas nos últimos anos devido à premissa de que o conhecimento sobre nutrição e alimentação pode estar associado com práticas alimentares (Dattilo et al., 2009; Nicastro et al., 2008; Rastmanesch et al., 2007; Raymond-Barker et al., 2007; Cupisti et al., 2002; Burke, 1995) e, de certa forma, a prática de uma modalidade esportiva ser capaz de influenciar positivamente o conhecimento nutricional (Cupisti et al., 2002).
Entretanto, pouco se sabe sobre o conhecimento nutricional que atletas possuem no que diz respeito a nutrição e alimentação para preservação e promoção da saúde, visto que a presente escala apresenta questões direcionadas a alimentação e desenvolvimento de doenças, presença de fibras e lipídeos nos alimentos e, por fim, recomendação de consumo de hortaliças e frutas. Outros trabalhos já aplicaram este QCN em diversas populações, tais como pacientes com transtornos alimentares e estudantes de nutrição (Scagliusi et al., 2006), mulheres vegetarianas e onívoras (Freitas et al., 2006) e pacientes de um centro de reabilitação (Dattilo et al., 2009). Entretanto, o primeiro trabalho a aplicar esse mesmo questionário em atletas foi realizado por Nicastro et al. (2008), onde observou-se que atletas profissionais apresentaram pontuação média no QCN de 7,3 ± 1,8. Já no presente estudo, mulheres e homens apresentaram pontuação média 6,9 ± 1,7 e 6,9 ± 2,0, respectivamente, sendo semelhante ao encontrado por Nicastro et al. (2008). Curiosamente, esses dois estudos observaram pontuação média do QCN próxima ao limite inferior para classificação de baixo conhecimento nutricional (classificação modera é estabelecida com pontuações entre 7 e 10). Quando comparado a outras populações, mulheres com transtornos alimentares e estudantes de nutrição obtiveram pontuação de 7,4 ± 2,6 e 10,5 ± 1,7, respectivamente (Scagliusi et al., 2006), enquanto que mulheres vegetarianas e onívoras 10,6 ± 1,7 e 8,7 ± 2,3, respectivamente (Freitas et al. 2006) e atletas amadoras de atletismo 8,9 ± 1,7 (Nicastro et al., 2008).
Quando se objetiva avaliar o conhecimento nutricional da população, se torna pertinente distinguir o nível de conhecimento entre homens e mulheres, pois o mesmo pode ser fortemente influenciado por fatores ambientais e culturais. Zawila et al. (2003) afirmam que mulheres atletas e desportistas, em geral, apresentam um maior conhecimento nutricional devido a preocupação com questões estéticas. Curiosamente, no presente estudo não foi identificada diferença na pontuação do QCN entre os sexos, ponto este diferente do obtido por Nicastro et al. (2008), onde a pontuação do nível de conhecimento nutricional de atletas amadores (composta exclusivamente por mulheres) foi significantemente superior a de atletas profissionais (composta por homens e mulheres).
Dados recentes têm sugerido que o nível de conhecimento nutricional pode ser influenciado pela escolaridade (Dattilo et al., 2009). Entretanto, esse dado não foi verificado no presente estudo, corroborando com os dados encontrados por Nicastro et al. (2008). O fato de termos encontrado alta escolaridade associada a pontuação média próxima ao ponto de corte para baixo conhecimento nutricional indica que esse fator pode não ser determinante para a formação de conhecimento relacionado a alimentação, tornando-se necessária intervenções específicas (ex.: educação nutricional). Outro ponto esperado era que o tempo de prática da modalidade pudesse ser um indicador de aprimoramento do nível de conhecimento, assim como apontado por Cupisti et al. (2002), citando o esporte como fator positivo na promoção dos hábitos alimentares saudáveis. Embora essa relação não tenha sido verificada, cabe ressaltar que o QCN aplicado neste estudo avalia exclusivamente aspectos relacionados à saúde, sendo que o conhecimento nutricional específico ao rendimento esportivo poderia ter se apresentado de maneira diferente.
A elaboração do questionário adicional teve como objetivos identificar esses pontos específicos associados ao esporte, tais como principais nutrientes envolvidos no fornecimento de energia e o papel dos suplementos alimentares na prática esportiva. A maioria dos homens afirmaram que o carboidrato é o nutriente que deve estar presente em maior quantidade em uma dieta, independentemente da prática esportiva, enquanto que somente 38,5% das mulheres consideraram a mesma questão. Porém, este padrão apresentou-se de maneira oposta quando questionado o principal nutriente que deve estar presente em uma dieta quando se pratica exercícios físicos, com 46% dos homens e 75% das mulheres indicando ser o carboidrato. Sendo assim, evidencia-se que ainda há a noção generalizada de que as dietas contendo elevadas quantidades de proteínas são necessárias à adaptação ao treinamento físico. Entretanto, nos dias atuais é amplamente descrito que as necessidades protéicas, embora necessitem estar aumentadas em relação a sedentários, são facilmente atingidas em uma dieta variada (Sociedade Brasileira de Medicina, 2009). Outro ponto a ser destacado é que uma parcela da amostra avaliada demonstrou ter um conceito errôneo associado ao consumo de suplementos alimentares, considerando que a obtenção das necessidades nutricionais só pode ser alcançada com seu uso. Porém, um ponto positivo é que todos os atletas apontaram que seu uso indiscriminado pode ser prejudicial à saúde quando consumido sem orientação adequada.
Conclusão
Concluímos que os atletas de judô apresentaram conhecimento nutricional próximo ao ponto de corte para baixo conhecimento nutricional, podendo, possivelmente, ser um dos fatores associados com práticas alimentares inadequadas comumente observadas na modalidade. A ausência de correlações com o nível de escolaridade e prática esportiva indica que estratégias nutricionais educativas necessitam ser elaboradas para constante aprimoramento do nível de conhecimento sobre nutrição e alimentação, visto que o mesmo possui importante impacto na promoção e manutenção da saúde.
Referências bibliográficas
Burke L. Practical issues in nutrition for athletes. J Sports Sci. 1995;13:S83-90.
Cupisti A, D'Alessandro C, Castrogiovanni S, Barale A, Morelli E. Nutrition knowledge and dietary composition in Italian adolescent female athletes and non-athletes. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2002;12(2):207-19.
Dattilo M, Furlanetto P, Kuroda AP, Nicastro H, Coimbra PCFC, Simony RF. Conhecimento nutricional e sua associação com o Índice de Massa Corporal. Nutrire 2009;34(1):75,84.
Filaire E, Maso F, Degoutte F, Jouanel P, Lac G. Food restriction, performance, psychological state and lipid values in judo athletes. Int J Sports Med. 2001;22(6):454-9.
Freitas ECB, Alvarenga MS, Scagliusi FB. Avaliação do conhecimento nutricional e freqüência de ingestão de grupos alimentares em vegetarianos e não vegetarianos. Rev Bras Nutr Clin 2006;21(4):267- 72.
Harnack L, Block G, Subar A, Lane S, Brand R. Association of cancer prevention-related nutrition knowledge, beliefs, and attitudes to cancer prevention dietary behavior. J Am Diet Assoc. 1997;97(9):957-65.
Kiningham RB, Gorenflo DW. Weight loss methods of high school wrestlers. Med Sci Sports Exerc. 2001;33:810-3.
Kraemer WJ, Fry AC, Rubin MR, Triplett-McBride T, Gordon SE, Koziris LP, Lynch JM, Volek JS, Meuffels DE, Newton RU, Fleck SJ.. Physiological and performance responses to tournament wrestling. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(8):1367-78.
Nicastro H, Dattilo M, Santos TR, Padilha HVG, Zimberg IZ, Crispim CA, Stulbach TE. Aplicação da escala de conhecimento nutricional em atletas profissionais e amadores de atletismo. Rev Bras Med Esporte 2008;14(3):205-8.
Rastmanesh R, Taleban FA, Kimiagar M, Mehrabi Y, Salehi M. Nutritional knowledge and attitudes in athletes with physical disabilities. J Athl Train. 2007;42(1):99-105.
Raymond-Barker P, Petroczi A, Quested E. Assessment of nutritional knowledge in female athletes susceptible to the Female Athlete Triad syndrome. J Occup Med Toxicol. 2007;2:10.
Scagliusi FB, Polacow VO, Cordás TA, Coelho D, Alvarenga M, Philippi ST, Lancha Junior AH. Tradução, adaptação e avaliação psicométrica da escala de conhecimento nutricional do National Health Interview Survey Cancer Epidemiology. Rev Nutr 2006;19(4):425-36.
Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte 2009;15(Supl. 3):3-12.
Thomas SG, Cox MH, LeGal YM, Verde TJ, Smith HK. Physiological profiles of the Canadian National Judo Team. Can J Sport Sci. 1989;14(3):142-7.
Zawila LG, Steib CM, Hoogenboom B. The female collegiate cross-country runner: nutritional knowledge and attitudes. J Athl Train, 2003;38(1):64-74.
Outros artigos em Portugués
revista
digital · Año 14 · N° 138 | Buenos Aires,
Noviembre de 2009 |