Capacidade e potência aeróbia em jogadores de futebol de diferentes posições Capacidad y potencia aeróbica en jugadores de fútbol de diferentes puestos |
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*Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC **Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho ***Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF), Florianópolis, SC |
Naiandra Dittrich* Leandro Teixeira Floriano** Talita Grossl*** (Brasil) |
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Resumo O futebol é um esporte coletivo em que cada jogador tem sua função especifica, dessa forma, as demandas fisiológicas também variam de acordo com a posição em que se atua. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar as diferenças na capacidade e na potencia aeróbia, por meio do ponto de deflexão da freqüência cardíaca (PDFC) e do pico de velocidade (PV), entre os jogadores de diferentes posições. Participaram do estudo 35 atletas de futebol pertencentes à categoria juniores de duas equipes profissionais de nível nacional. Os atletas foram subdivididos em grupos de sete jogadores de acordo com a posição que atuam: atacantes (AT), meio campistas (MC), laterais (LA), zagueiros (ZA) e volantes (VO). Inicialmente os atletas foram submetidos a uma avaliação antropométrica (massa corporal, estatura e medidas de dobras cutâneas) e em seguida realizaram um teste incremental de corrida intermitente (TCar) para a determinação do PV e PDFC. Foi empregada a estatística descritiva (média e desvio-padrão). Para a comparação dos valores entre os jogadores de diferentes posições foi utilizada a análise de variância ANOVA, com posterior aplicação do teste de Tukey. Foi adotado um nível de significância de p < 0,05. Os resultados demonstraram não haver diferenças significativas nos indicadores de potência (ZA:16,8±0,89; LA: 17,2±1,02; VO: 16,8±1,0; MC: 16,8±0,5 e AT: 16,3±1,0) e capacidade aeróbia (ZA: 14,0±1,1; LA: 14,1±1,3; VO: 13,7±0,7; MC: 13,5±0,4 e AT: 13,5±1,4). Com base nos resultados encontrados, pode-se concluir que jogadores de futebol de campo da categoria juniores de variadas posições não apresentaram diferenças para os indicadores de potência e capacidade aeróbia, o que pode ser atribuído ao período que os atletas foram avaliados, além do fato de no futebol geralmente não utilizar-se treinamentos físicos diferenciados para cada posição, exceto para os goleiros. Unitermos: Futebol. Potência aeróbia. Capacidade aeróbia |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 137 - Octubre de 2009 |
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Introdução
O futebol trata-se do esporte mais praticado no mundo, e vem crescendo a cada dia, até mesmo em locais onde há pouco era quase desconhecido. Do ponto de vista fisiológico, é um dos esportes mais equilibrados, dependendo tanto do metabolismo aeróbio, quanto do anaeróbio. Exige dos jogadores força, velocidade e capacidade de suportar alta intensidade sem queda de rendimento com o aparecimento da fadiga, demonstrando ser um jogo com demanda energética variada durante as partidas (BANGSBO, 1994; EKBLOM, 1986).
Por ser um esporte coletivo, em que cada jogador tem sua função especifica, as demandas fisiológicas também variam de acordo com a posição em que se atua. Há, por exemplo, maior requerimento aeróbio para os jogadores que atuam na posição de meio-de-campo. Isso é demonstrado pela distancia percorrida durante as partidas, além do melhor desempenho destes indivíduos durante as avaliações fisiológicas de potência e capacidade aeróbia (REILLY et al. 2000). Assim, é fundamental conhecer as exigências físicas durante a partida para uma prescrição de exercícios mais adequada.
Sabendo-se das exigências fisiológicas do futebol, como a capacidade e a potência aeróbia, os testes tornam-se um indicador importante para avaliar a condição física dos jogadores, assim como auxiliam na percepção das suas fraquezas, servindo como ferramenta para aprimoramento das qualidades e melhora nas deficiências. Mais importante que a utilização de testes, é a escolha deles, que devem estar de acordo com as demandas do esporte e serem o mais especifico possível. Entretanto, os testes nem sempre são métodos acessíveis, requerendo cuidados especiais, pois, muitos utilizam materiais sofisticados e processos invasivos, inviabilizando a sua utilização em clubes sem condições financeiras elevadas.
Buscando aumentar o grau de especificidade, na avaliação de índices relacionados à performance nas diversas modalidades esportivas, principalmente futebol, inúmeros testes de campo têm sido propostos (LEGÉR; LAMBERT, 1982; BANGSBO, 1996; CARMINATTI et al., 2004), com elevado grau de especificidade reproduzindo nas avaliações os gestos motores dos atletas em competição, apresentando a possibilidade de avaliar um grande número de sujeitos em apenas uma bateria de avaliação, elevando o grau de motivação dos avaliados e principalmente sendo de baixo custo e de fácil aplicação (AHMAIDI et al. 1992; BERTHOIN et al., 1996; KUSTRUP, 2003; ÁLVAREZ, 2003; CARMINATTI et al., 2004).
Com o objetivo de oferecer avaliações mais específicas e acessíveis de potência e capacidade aeróbia em esportes como o futebol Carminatti et al. (2004) propuseram o teste incremental de corrida intermitente (TCar). O TCar é realizado no local em que o atleta desenvolve seus treinamentos e competições (quadra, gramado) em um sistema de ida-e-volta, com distâncias variadas e elevado grau de especificidade. Neste teste, pode ser determinado o ponto de deflexão da freqüência cardíaca (PDFC), que apresentou evidências de validade para determinação da capacidade aeróbia, sendo altamente associado à máxima fase estável de lactato (MLSS) (CARMINATTI, 2006). Além disso, no TCar também é possível se determinar o pico de velocidade (PV), sendo que esta variável é apresentada como um indicador de potência aeróbia.
A partir dos pressupostos assumidos em relação as diferentes solicitações, considerando a posição do jogador em campo, além dos benefícios da utilização de testes de campo, o presente estudo teve como objetivo verificar as diferenças na capacidade e na potencia aeróbia, por meio do PDFC e do PV, entre os jogadores de diferentes posições.
Materiais e métodos
Sujeitos
Participaram deste estudo 35 atletas de futebol pertencentes à categoria juniores de duas equipes profissionais de nível nacional. Os atletas foram subdivididos em grupos de acordo com a posição que atuam, sendo sete atacantes (AT), sete meio campistas (MC), sete laterais (LA), sete zagueiros (ZA) e sete volantes (VO).
Inicialmente os atletas foram submetidos a uma avaliação antropométrica (massa corporal, estatura e medidas de dobras cutâneas) e em seguida realizaram o TCar para a determinação do PV e PDFC.
Todos os procedimentos utilizados neste estudo foram aprovados previamente pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH-UFSC) e a inclusão dos voluntários na amostra se deu com a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (protocolo 384/08). A seguir estão descritos os protocolos utilizados nas duas avaliações.
Avaliação da composição corporal
A avaliação antropométrica abrangeu as seguintes variáveis: massa corporal (TOLEDO, Brasil), estatura (SANNY, EUA), e dobras cutâneas para a estimativa do %G. Foi utilizado o protocolo de Faulkner (1968) para determinação do %G, sendo aferidas as seguintes dobras cutâneas: supra-ilíaca, abdômen, tríceps, subescapular (CESCORF, Brasil).
As características dos atletas são apresentadas na tabela 1.
Tabela 1. Média e Desvio Padrão das Características antropométricas (n=35)
n = (35) |
Idade (anos) |
Massa Corporal (kg) |
Estatura (cm) |
Gordura Corporal (%) |
Média |
18,3 |
74,2 |
179,1 |
11,3 |
DP± |
0,9 |
6,7 |
5,3 |
2,0 |
Teste TCar
Na segunda avaliação os sujeitos foram submetidos a um teste progressivo intermitente com pausas - TCar (CARMINATTI et al., 2004) aplicado em um campo de grama, para a determinação do pico de velocidade (PV), freqüência cardíaca máxima (FCmáx).
O TCar é caracterizado por ser do tipo intermitente escalonado, com multi estágios de 90 segundos de duração, em sistema “ida-e-volta”, constituído de 5 repetições de 12 segundos de corrida (distância variável), intercaladas por 6 segundos de caminhada (± 5 metros). O ritmo é ditado por um sinal sonoro (bip), em intervalos regulares de 6 segundos, que determinam a velocidade de corrida a ser desenvolvida nos deslocamentos entre as linhas paralelas demarcadas no solo e também sinalizadas por cones. O teste inicia com velocidade de 9,0km·h-1 (distância inicial de 15m) com incrementos de 0,6km·h-1 a cada estágio até a exaustão voluntária, mediante aumentos sucessivos de 1m a partir da distância inicial, conforme esquema ilustrativo apresentado na figura 1 (CARMINATTI et al., 2004).
Para realizar o TCar, além de fichas para controle do teste, foi utilizado um aparelho de som (PANASONIC®), uma caixa de som amplificada capaz de gerar o áudio do protocolo do TCar (CARMINATTI et al., 2004a), fita métrica de 50 metros, seis cones e duas cordas brancas com 10 metros de comprimento (demarcar linhas de referência das distâncias de cada estágio).
A FC foi monitorada com um freqüencímetro Polar® (modelo S610i). O PDFC foi determinado pelo método Dmáx proposto por Kara et. al. (1996). Utilizou-se os valores de FC acima de 140bpm, traçando-se uma reta entre os pontos iniciais e finais da FC pela velocidade e, em seguida, fez-se um ajuste polinomial de terceira ordem com todos os pontos de FC. No ponto de maior diferença entre a reta e a curva (chamado de Dmáx), foi identificada a FC e a velocidade correspondentes a este ponto.
Figura 2. Esquema ilustrativo do método Dmáx proposto por Kara et al. (1996).
Análise estatística
Foi empregada a estatística descritiva (média e desvio-padrão) para apresentação dos valores referentes ao TCar e composição corporal. Para a comparação dos valores de PV, VPDFC, PDFC, FCmáx, PDFC%FCmáx e VPDFC%PV entre os jogadores de diferentes posições foi utilizada a análise de variância ANOVA, com posterior aplicação do teste de Tukey. Foi adotado um nível de significância de p < 0,05.
Resultados
Os dados relativos as velocidades referentes ao PV e PDFC estão descritos na tabela 2, onde pode-se observar que não foram encontradas diferenças significativas entre as posições nas variáveis analisadas.
Tabela 2. Valores médios de PV e VPDFC dos atletas das diferentes posições
Posição |
Zagueiro (n=7) |
Laterais (n=7) |
Volantes (n=7) |
Meias (n=7) |
Atacantes (n=7) |
Grupo total (n=35) |
PV (Km.h-1) |
16,8±0,89 |
17,2±1,02 |
16,8±1,01 |
16,8±0,5 |
16,3±1,0 |
16,8±0,9 |
VPDFC (Km.h-1) |
14,0±1,1 |
14,1±1,3 |
13,7±0,7 |
13,5±0,4 |
13,5±1,4 |
13,8±1,0 |
PDFC (bpm) |
178±5,0 |
177±8,0 |
181±6,0 |
181±7,0 |
179±8,0 |
179±6,0 |
FCmáx (bpm) |
190±8,0 |
196±4,0 |
197±7,0 |
197±6,0 |
196±7,0 |
195±7,0 |
PDFC%FCmáx |
94±1,0* |
90±3,0 |
92±2,0 |
91±2,0 |
92±2,0 |
92±2,0 |
VPDFC%PV |
84±4,6 |
82±3,8 |
81±1,4 |
80±2,3 |
82±5,1 |
82±3,8 |
p<0,05 em relação aos laterais.
Discussão
A caracterização fisiológica do jogo de futebol, assim como, a relação dos índices que melhor se relacionam com a performance em tal esporte tem sido um assunto abordado em diversos estudos (TUMILTY, 1993; WISLOFF, 1998; HOFF, 2002). Neste sentido, Helgerud et al., (2001) estudando o efeito do treinamento de potência aeróbia sobre a performance de jogadores de futebol, encontraram melhoras no VO2max, limiar anaeróbio, economia de corrida e principalmente na performance durante o jogo (número de sprints, número de envolvimento com bola, distância percorrida).
Este fato reforça a importância da avaliação da potência aeróbia máxima em jogadores de futebol, assim como, da capacidade aeróbia, pois esta também é sensível aos efeitos do treinamento, mesmo que este seja focado inicialmente na potência aeróbia. No entanto, os tradicionais testes descritos na literatura para determinação de tais capacidades, geralmente contemplam protocolos laboratoriais com corrida em esteira com ou sem inclinação (HELGERUD et al., 2001).
A avaliação laboratorial não corresponde às exigências que o jogador é submetido durante a partida, que envolve saltos, mudanças rápidas de direção, acelerações, ou seja, uma atividade tipicamente intermitente com períodos de alta intensidade, e outros de baixa intensidade que permitem a recuperação. Somado a isso, os testes laboratoriais geralmente são dispendiosos financeiramente, e de tempo para a sua realização, dificultando a sua realização por parte dos clubes. Desta forma, os testes de campo vêm ganhando espaço na literatura e no dia-dia dos clubes (LEGÉR; LAMBERT, 1982; BANGSBO, 1996; CARMINATTI et al., 2004).
Em uma interessante revisão de Svenson e Drust (2005), sobre testes em jogadores de futebol eles ressaltam o elevado número de testes propostos na literatura, no entanto, observam que muitos destes não apresentam critérios básicos de validade e reprodutibilidade, desta forma, são poucos os utilizados por preparados físicos e fisiologistas. Entre os testes de campo, o TCar apresentado por Carminatti et al., (2004) é uma interessante alternativa para a avaliação de jogadores de futebol, pois inclui na sua realização acelerações, desacelerações, mudanças de direção e pausas intermediárias, sendo assim, um teste específico para modalidades intermitentes.
Neste teste, é determinado o PDFC, que apresentou evidências de validade para determinação da capacidade aeróbia, sendo altamente associado à máxima fase estável de lactato (MLSS) (CARMINATTI, 2006). Além disso, no TCar também é determinado o pico de velocidade (PV); sendo que esta variável é apresentada como um indicador de potência aeróbia.
Embasado nestes pressupostos assumidos e na aplicabilidade do TCar utilizamos este teste para verificar possíveis diferenças nos níveis de potência e capacidade aeróbia em jogadores de futebol de diferentes posições, pois apesar de alguns estudos mostrarem tais diferenças em jogadores profissionais (BALIKIAN et al., 2002) associadas a exigência específica da posição, não encontramos a comparação de tais capacidades em jogadores juniores(até 20 anos) utilizando uma metodologia específica de campo.
O nosso estudo é primeiro com tal metodologia, além disso, optamos em deixar fora da investigação os goleiros, pois é evidente na literatura (BALIKIAN et al., 2002) que estes apresentam diferenças fisiológicas em relação aos demais jogadores, devido ao seu processo de treino e sua exigência física extremamente diferente em relação aos demais jogadores durante a partida, assim não é interessante pesquisar algo que já está bem descrito na literatura. Sobre os demais jogadores eles foram divididos em cinco posições (ZA, LA, VO, MC, AT). Nossos resultados demonstraram não haver diferenças significativas nos indicadores de potência (PV) e capacidade (VPDFC) aeróbia.
É importante ressaltar, que o jogador da categoria juniores ainda está em processo de formação, assim espera-se que às diferenças fisiológicas devido a especialização da posição ainda não sejam tão acentuadas como em jogadores adultos profissionais. Além disso, o período que o grupo foi avaliado era de pré temporada, na qual a ênfase do treino é dada ao aumento nos níveis de rendimento dos componentes da aptidão física, e, considerando que existem evidências de que o treinamento físico no futebol (exceto goleiros) geralmente não apresenta especificidade necessária para as funções táticas no jogo, não é estranho que não seja encontrada diferença entre as posições nas categorias de base neste período. Balikian et al., (2002) afirmam que quando são encontradas diferenças no condicionamento aeróbio de atletas de diferentes posições, estas são explicadas pelas sobrecargas metabólicas aplicadas durante as partidas e coletivos, e não nos treinamentos específicos.
No entanto, apesar de não encontrarem-se diferenças entre as posições observa-se uma tendência de maiores valores de PV para os laterais, o que é tradicionalmente descrito em outros estudos (TUMILTY, 1993; REILLY, 1997), porém o que surpreende são os valores elevados de PV e VPDFC para os zagueiros, o que pode ser explicado pela conjuntura atual do futebol moderno que exige destes indivíduos uma participação mais efetiva no jogo, e consequentemente uma maior aptidão física.
Em um estudo com futebolistas brasileiros Balikian et al., (2002), encontraram os maiores valores dos índices de capacidade aeróbia para os MC e LA, porém não encontraram diferença entre as posições (ZA, LA, VO, MC, AT) para os indicadores da potência aeróbia. A comparação dos valores relativos às velocidades com outros estudos, não foi realizada tendo em vista originalidade do nosso trabalho, que é o primeiro a comparar tais capacidades em jogadores de futebol de diferentes posições com esta metodologia. Os menores valores de PV e VPDFC encontrados com os AT podem ser explicados pelo fato de estes terem suas funções táticas relacionadas a um setor restrito do campo, com funções de armação, finalização e marcação da saída de bola do adversário.
Quando se comparou o PDFC em percentuais da FCmáx os zagueiros apresentaram valores significativamente superiores aos laterais. Isto ocorreu pelo fato de os zagueiros terem apresentados valores inferiores às demais posições em relação à FCmáx, pois em valores absolutos o PDFC nas diferentes posições foi semelhante.
Os dados médios de PV do grupo são superiores aos encontrados com Carminatti et al., (2004) com jogadores juvenis (16,0 ± 0,8 Km.h-1) e semelhantes aos de juniores (16,7 ± 0,8 Km.h-1), porém os dados dos LA foram superiores aos daquele estudo. Piasecki (2006) estudando jogadores profissionais também encontrou valores iguais ao do nosso estudo (16,8 ± 0,9 Km.h-1), ratificando o bom condicionamento de nossos atletas. Os valores percentuais do PDFC relativo à FCmáx corroboram com os achados de Carminatti et al., (2004) que encontraram tal variável à 91,2 da FCmáx.
Sobre a VPDFC nossos valores foram superiores aos achados de Carminatti et al., (2004) com juvenis (12,6 ± 1,0 Km.h-1) e juniores (13,6 ± 0,8 Km.h-1), e inferiores aos de Piasecki com profissionais (14,2 ±1,6 Km.h-1). O percentual da VPDFC em relação ao PV ficou em torno de 82% corroborando com os dados de Carminatti et al., (2004), e com outros estudos que verificaram a intensidade percentual dos indicadores de capacidade com os de potência aeróbia (HELGERUD et al., 2001, McMILLAN et al., 2005). É importante ressaltar, que o teste utilizado em nosso estudo, apesar de consideravelmente novo já vem sendo utilizado por clubes da primeira e segunda divisão nacional com objetivo de avaliar seus atletas e acompanhar os efeitos dos programas de treinamento empregados.
Conclusões
Com base nos resultados encontrados, concluímos que jogadores de futebol de campo da categoria juniores de variadas posições não apresentaram diferenças para os indicadores de potência e capacidade aeróbia, o que pode ser atribuído ao período que os atletas foram avaliados, além do fato de no futebol geralmente não utilizar-se treinamentos físicos diferenciados para cada posição, exceto para os goleiros.
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